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sábado, 20 de dezembro de 2008

Japão aprova verba extra de US$ 54 bilhões para estimular economia

Liberação do dinheiro terá de passar pelo Parlamento do país, em janeiro.
Governo apresentou projeto de orçamento com gasto recorde para 2009.

O governo japonês aprovou neste sábado (20) uma verba extra de US$ 54 bilhões (cerca de 4,8 trihões de ienes) para ajudar a economia do país, que está perto de cair em uma profunda recessão por conta da crise que afeta a economia mundial.

O plano do governo japonês é submeter a proposta ao Parlamento no dia 5 de janeiro, sem garantias de aprovação, uma vez que há divisão dentro da Casa e analistas põem em dúvida a eficácia de um novo pacote em estimular a economia.

O valor extra será usado, segundo informações do governo japonês, para financiar ajudas financeiras, incentivar a criação de empregos e para outras medidas econômicas. "Quero um orçamento audicioso e prático que tem o objetivo de recuperar a economia e assegurar o padrão de vida das pessoas", disse o prmieiro-ministro Taro Aso, em comunicado.

O plano vem um dia depois de o Banco Central japonês ter reduzido a taxa de juro no país de 0,3% para 0,1% ao ano e de o governo ter admitido que a economia do país terá expansão zero no próximo ano fiscal (que começa em abril de 2009 e vai até março de 2010).

Mais gastos

O Ministério das Finanças japonês anunciou um orçamento provisório para o governo que vai atingir 88,5 trilhões de ienes nos 12 meses entre abril de 2009 e março de 2010, desistindo de seu caráter de contenção de gastos governamentais em meio à crise financeira.

Analistas avaliam, porém, dizem que está levando tempo demais para o Japão pôr em prática as medidas de estímulo. "O problema é que está levando mais de cinco meses para Aso pôr em prática suas medidas econômicas em um momento em que as condições econômicas estão mudando muito", afirmou Takahide Kiuchi, economista sênior da Nomura Securities.

O valor de 4,8 trilhões de ienes anunciado neste sábado extra deve ajudar a financiar esses novos gastos do governo, que se somarão a outros dois pacotes econômicos já anunciados pelo primeiro-ministro, um deles de 27 trilhões de ienes e outro de 43 trilhões de ienes.

(Com informações da AFP e da Reuters)

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