TÓQUIO (Reuters) - O primeiro-ministro do Japão, Taro Aso, anunciou nesta quarta-feira o maior orçamento anual da história do país na tentativa de evitar que a nação enfrente um longo processo de recessão.
Entretanto, o orçamento de 88,5 trilhões de ienes (980,6 bilhões de dólares) é ameaçado pelo apoio em queda da população ao premiê e enfraquecimento do controle sobre seu Partido Democrático Liberal, que analistas afirmam que corre risco de perder eleição na câmara baixa.
O orçamento para o ano fiscal que começa em abril de 2009, junto com outros dois orçamentos extras para o atual ano, vai financiar os programas de estímulo econômico de 12 trilhões de ienes de Aso, que correspondem a 2 por cento do Produto Interno Bruto do Japão.
Ministros afirmam que o orçamento é tão grande quanto, ou ainda maior, que as medidas adotadas por outras grandes economias. Mas isso também significa que o déficit primário do Japão vai quase triplicar, tornando a meta de Tóquio de superávit em dois quase impossível.
"O Japão não pode evitar a tsunami da recessão mundial, mas pode tentar encontrar uma saída", afirmou Aso em entrevista a jornalistas.
"A economia mundial está em uma recessão que só acontece uma vez a cada 100 anos. Precisamos de medidas extraordinárias para lidar com uma situação extraordinária", disse Aso.
O orçamento proposto pelo gabinete de Aso é 6,6 por cento maior que o volume de recursos previstos inicialmente para o atual ano fiscal, que se encerra em março.
(Por Hideyuki Sano e Isabel Reynolds)
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