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quarta-feira, 8 de julho de 2009

Perdigão e Sadia fecham acordo de reversibilidade com Cade

SÃO PAULO (Reuters) - A Perdigão anunciou no final da terça-feira que fechou acordo com o Conselho Administrativo de Defesa Econômica (Cade) que garante a reversibilidade da compra da rival Sadia, enquanto o órgão avalia a associação.

Segundo o Cade, o acordo entre as empresas "poderá resultar em elevadas concentrações, sendo necessário assegurar a plena reversibilidade".

O acerto das empresas com o Cade veda que a Perdigão exerça controle sobre a Sadia, determina que as estruturas administrativas, produtivas e comerciais da Sadia serão mantidas (sem descontinuação de marcas e alterações de relações contratuais com terceiros, por exemplo) e independentes. O acordo também limita a troca de informações entre as duas empresas, afirma o Cade.

"O acordo permite, por outro lado, que a Perdigão proceda à reestruturação financeira da Sadia e circunscreve o conjunto de medidas que as empresas poderão adotar ao implementar essa reestruturação. Desta forma, o acordo atende às preocupações de ordem concorrencial sem implicar ônus desnecessários aos negócios das empresas", informou o órgão em comunicado.

A aquisição da Sadia pela Perdigão foi acertada em 19 de maio, em um acordo baseado em troca de ações. A união das empresas criou a Brasil Foods, empresa com faturamento anual acima de 20 bilhões de reais e que controla mais de 55 por cento do mercado nacional de industrializados de carne e margarinas e participação ainda maior em produtos como massas prontas.

(Por Alberto Alerigi Jr.; Edição de Vanessa Stelzer)

terça-feira, 19 de maio de 2009

Perdigão assume Sadia e busca expansão no exterior


Por Roberto Samora

SÃO PAULO (Reuters) - A Perdigão assumiu sua rival Sadia em um negócio feito inteiramente em troca de ações, criando a Brasil Foods, empresa com faturamento anual superior a 20 bilhões de reais que pretende focar principalmente o mercado externo para sua expansão.

O negócio, que ocorre após várias semanas de negociações entre as duas empresas, deixará os acionistas da Perdigão com 68 por cento da Brasil Foods, enquanto os acionistas da Sadia ficam com 32 por cento.

A nova companhia deverá realizar uma oferta pública de ações em meados de julho para levantar 4 bilhões de reais, dinheiro que deverá, em parte, ser utilizado para saldar dívidas de curto prazo que possuem custo elevado.

A união das empresas, que já esteve perto de ocorrer outras vezes no passado, se desenhou a partir dos graves problemas financeiros da Sadia, que perdeu bilhões de reais em operações com derivativos cambiais depois que a crise econômica global mudou a direção da moeda brasileira no ano passado.

O real, que até então registrava forte valorização contra o dólar, passou a cair e fez com que as apostas da Sadia no mercado de câmbio gerassem perdas volumosas.

Sadia e Perdigão chegaram a trabalhar juntas no início da década na Brazilian Foods, uma associação para as vendas no mercado externo que não vingou.

Em 2005, a Sadia, então maior, lançou oferta hostil pela Perdigão, que a rejeitou.

Desde então, a Perdigão se expandiu, comprou concorrentes menores e avançou em lácteos, com a incorporação da Eleva e da Batavo, diversificando negócios e ganhando tamanho.

"Começamos a conversar sobre uma união há 10 anos, mas vocês têm que imaginar que uma associação desse porte é difícil e tem muitos aspectos a serem discutidos", afirmou a jornalistas Nildemar Secches, presidente do conselho da Perdigão e agora co-presidente do conselho da Brasil Foods, ao lado de Luiz Fernando Furlan, da Sadia.

"Provavelmente no curto prazo essa empresa se tornará o maior exportador de carne processada do mundo", disse Furlan no evento organizado para apresentar a nova companhia.

Como já haviam subido bastante nas últimas semanas, as ações das empresas apresentavam baixas após o anúncio do acordo. Por volta das 14h10, os papéis da Sadia caíam 1,9 por cento e os da Perdigão perdiam 4,2 por cento.

CRESCER FORA

A empresa resultante do negócio terá uma presença muito forte no varejo brasileiro. Juntas, Sadia e Perdigão dominam mais de 55 por cento do mercado de industrializados de carne e margarinas, e possuem parcelas ainda maiores em itens como massas prontas.

Assim, o negócio depende da aprovação dos órgãos de defesa da concorrência no Brasil.

Mas é no mercado externo que a Brasil Foods deve focar sua expansão, pelo que disseram Furlan e Secches em São Paulo.

"Queremos oferecer produtos de qualidade a preços acessíveis em todos os lugares do mundo. Essa é a missão e a responsabilidade", afirmou o representante da Perdigão, acrescentando que a Brasil Foods buscará ampliar o número de mil clientes ativos no exterior atualmente.

A Brasil Foods deverá exportar 42 por cento de sua produção total. A companhia tem capacidade instalada de abater 1,7 bilhão de aves por ano e 10 milhões de suínos. Será responsável por quase a metade das exportações de carne de frango do Brasil, o maior exportador mundial com cerca de 40 por cento do mercado global.

Furlan acredita que a empresa terá capacidade de elevar no curto prazo seu faturamento para cerca de 30 bilhões de reais e afirmou que não vê sobreposições nas unidades industriais no Brasil. "Não há previsão de demissão no chão da fábrica", acrescentou.

Dispensas, no entanto, poderão ocorrer nas áreas não industriais, já que as companhias atuam nos mesmos mercados e possuem estruturas parecidas.

Secches ressaltou o aspecto de a produção de proteína animal ser altamente competitiva no Brasil, o que vai gerar condições para a empresa, agora mais robusta, ganhar mercado fora do país.

PROCESSO COMPLICADO

A união das companhias se dará por meio de uma complexa operação societária, com a criação de uma outra entidade, a HFF Participações.

Para o negócio se concretizar, os detentores de pelo menos 51 por cento das ações ordinárias da Sadia deverão repassar os papéis com direito a voto que detêm para a HFF.

Ao mesmo tempo, a Perdigão terá sua denominação alterada para Brasil Foods, que posteriormente vai incorporar as ações da HFF. A relação de troca, nesse caso, será de 0,166247 ação de emissão da Brasil Foods por cada ação ordinária da HFF.

A incorporação de ações da HFF pela Brasil Foods está condicionada à alienação, pela Sadia, da Concórdia Holding Financeira, que controla banco e corretora de mesmo nome, para outra sociedade de participações.

O comunicado declara ainda que a condição final para a associação é a comprovação, pela HFF, de que é detentora de mais de 51 por cento das ações ordinárias da Sadia.

As ações da Sadia em circulação no mercado serão, depois disso, incorporadas pela Brasil Foods. A relação de troca para os minoritários será de 0,132998 ação ordinária da Brasil Foods por cada ação ordinária ou preferencial da Sadia, equivalente a 80 por cento do valor atribuído aos controladores da empresa, como determinam as regras da Comissão de Valores Mobiliários em caso de alienação de controle.

Conforme as empresas, as ações da Brasil Foods continuarão a ser negociadas no Novo Mercado, ambiente da Bovespa que exige maior grau de governança corporativa e em que hoje está listada a Perdigão.

As empresas informaram que o acordo de associação pode ser rescindido no prazo de 15 dias se as condições incluídas no documento não forem cumpridas.

(Reportagem adicional de Alberto Alerigi Jr., Cesar Bianconi e Guillermo Parra-Bernal)

terça-feira, 17 de março de 2009

Bovespa acompanha bom humor externo e fecha em alta de 2,34%

Investidores ficaram mais otimistas e compraram Vale e Petrobras.
Ações da Perdigão, que pode se unir à Sadia, subiram mais de 7% no dia.

A Bolsa de Valores de São Paulo (Bovespa) acompanhou de perto os mercados internacionais nesta terça-feira (17). Depois de abrir em queda, o mercado virou no início da tarde. O Ibovespa, principal indicador da bolsa paulista, acabou registrando ganho de 2,34% no fechamento, terminando o dia aos 39.510 pontos.

O resultado do dia foi puxado pelo bom desempenho das ações da Petrobras e da Vale do Rio Doce. As principais ações da petrolífera e da mineradora tiveram valorização de mais de 2% e de 1%, respectivamente. As ações da Perdigão, que pode se unir à Sadia, dispararam mais de 7% nesta terça-feira.

O volume negociado na Bovespa no dia ficou em linha com a média dos últimos dias, em R$ 3,4 bilhões. Entre as outras ações que tiveram forte valorização no dia estiveram a Votorantim, a Natura e a Renner, todas com ganhos acima de 6% no pregão. Entre as baixas, destacaram-se Gol, Braskem, Usiminas e Gerdau.

Sadia e Perdigão

O fato de muitos dos principais acionistas da Perdigão, como os fundos de pensão brasileiros, também possuírem bom número de papéis da Sadia poderá ser determinante para que as duas empresas cheguem a um acordo para uma associação operacional, disseram especialistas nesta terça-feira.

As empresas, duas das maiores companhias de alimentos da América Latina, que juntas chegam a um faturamento anual superior a R$ 20 bilhões, confirmaram que estão discutindo uma eventual parceria, apesar de a Perdigão ter informado que, no momento, as conversas sofreram uma pausa após não ter sido alcançado um entendimento.

Segundo uma fonte que pediu anonimato, a Sadia pode se complicar financeiramente se não receber algum auxílio nos próximos 60 dias. "Deve estar uma pressão grande sobre a direção da Perdigão. Mas a palavra final é dos fundos", acrescentou.

Exterior

Em Wall Street, os mercados iniciaram o dia em baixa, com os agentes assimilando notícias corporativas negativas. Entretanto, depois de notícias positivas sobre o setor imobiliário, o mercado americano passou a subir. No fechamento, o Dow Jones - referência para Nova York - ganhou mais de 2,48%.

Os índices da construção civil e o número de licenças para construir concedidas nos Estados Unidos subiram de maneira inesperada em fevereiro: 22,2% e 3%, respectivamente, depois de sete meses de baixa, segundo dados oficiais divulgados nesta terça-feira.

Empresas

Na noite de segunda-feira, a fabricante de alumínio Alcoa anunciou um corte de dividendos que deve ter impacto negativo em suas ações, mesmo que o movimento resulte em economia de US$ 400 milhões por ano.

Ainda no segmento de matérias-primas, a ArcelorMittal negou que esteja planejando a emissão de US$ 6,5 bilhões em ações, conforme apontaram algumas reportagens, mas não refutou que possa utilizar tal instrumento de captação. Já a Rio Tinto apontou que não acredita em uma retomada de preços durante 2009.

No setor de tecnologia, a Apple apresentará um novo software para o iPhone. A fabricante de celulares Nokia anunciou a demissão de 1,7 mil funcionários.

Outros mercados

Na Europa, as bolsas de valores encerraram em baixa, após terem registrado alta durante cinco sessões consecutivas. A fraqueza das ações do setor de mineração, devido à queda dos preços dos metais e notícias sobre a redução do dividendo da Alcoa, superou os ganhos verificados no segmento bancário.

O índice FTSEurofirst 300, referência das principais bolsas europeias, recuou 0,7%, para 715 pontos. O indicador ainda acumula queda de 14% neste ano, depois de ter despencado 45% em 2008.

(Com informações do Valor OnLine, da Reuters e da France Presse)