Pages

Mostrando postagens com marcador Petrobras. Mostrar todas as postagens
Mostrando postagens com marcador Petrobras. Mostrar todas as postagens

domingo, 25 de outubro de 2009

Petrobras fecha acordo e paga R$2,06bi adicionais por Marlim

SÃO PAULO (Reuters) - A Petrobras selou um acordo com a Agência Nacional de Petróleo, Gás Natural e Biocombustíveis (ANP) e o Estado do Rio de Janeiro, aceitando fazer um pagamento adicional de 2,06 bilhões de reais pela participação especial no Campo de Marlim.

"As partes chegaram ao entendimento que contempla os argumentos jurídicos da Petrobras, no sentido de rever o método de cálculo adotado para atualização do valor devido, assim como sua quitação pela companhia", diz trecho de comunicado enviado pela Petrobras na noite de sexta-feira à Comissão de Valores Mobiliários (CVM).

Segundo a petroleira, o montante em discussão no processo era de aproximadamente 3,4 bilhões de reais, podendo chegar perto de 4 bilhões, devido ao critério de cálculo utilizado anteriormente pela ANP para atualização do saldo devedor.

Com a revisão, houve uma redução do saldo devido superior a 1,3 bilhão de reais, reduzindo-o o montante total para 2,06 bilhões de reais (aproximadamente 1,36 bilhão de reais após Imposto de Renda.

A proposta da Petrobras à ANP prevê a quitação da dívida em oito parcelas mensais de 258 milhões de reais, com a primeira vencendo em 30 de outubro. As demais serão reajustadas pela Selic. O parcelamento carece de aprovação da diretoria da ANP.

Desde 2007, a Petrobras contestava judicialmente a cobrança de pagamento adicional da ANP pelo Campo de Marlim. A empresa recorreu, mas perdeu na primeira e segunda instâncias da Justiça. A última decisão, proferida pelo Tribunal Regional Federal da Segunda Região em 30 de setembro.

Segundo o comunicado, com a proposta a Petrobras evita a chance de ser obrigada a pagar um valor ainda maior em caso de perda definitiva no processo, de ser executada de imediato e de ser inscrita na dívida ativa da União e no Cadastro Informativo de Créditos não Quitados do setor público Federal (Cadin).

"O pagamento em questão encerra definitivamente toda e qualquer discussão judicial e administrativa relacionada ao assunto", conclui a Petrobras.

(Reportagem e edição de Aluísio Alves)

(aluisio.pereira@thomsonreuters.com; 5511 5644-7712; Reuters Messaging: aluisio.pereira.reuters.com@thomsonreuters.net))

quarta-feira, 2 de setembro de 2009

Índice emenda 4ª queda, mas Petrobras estende reação

Por Aluísio Alves

SÃO PAULO (Reuters) - As quedas acentuadas de grandes construtoras domésticas e o esvaziamento do otimismo com a retomada da economia norte-americana pesaram na bolsa paulista, que cravou a quinta sessão consecutiva no vermelho.

Num dia volátil, o Ibovespa fechou desvalorizado em 0,77 por cento, em 55.385 pontos, na mínima do dia. O giro financeiro do pregão totalizou 5,7 bilhões de reais.

No plano geral, novos índices da economia norte-americana chancelaram a visão recente de analistas, de que o pior da crise efetivamente foi superado, mas que os mercados podem ter exagerado nas apostas de recuperação rápida da economia.

Um dos dados do dia apontou que o setor privado dos EUA fechou 298 mil empregos em agosto, acima das previsões de economistas. Outro revelou que as encomendas à indústria do país subiram 1,3 por cento em julho, menos que o esperado.

Resultado: o Dow Jones, principal índice de ações da Bolsa de Nova York, caiu 0,32 por cento.

No plano doméstico, o setor imobiliário foi o destaque com anúncios de fusão e de ofertas de ações de construtoras, determinando as ações de melhor e pior desempenho da sessão da bolsa de maneira geral.

No Ibovespa, a pior foi Rossi Residencial, recuando 5,4 por cento, para 10,86 reais, depois de a companhia ter anunciado na terça-feira à noite que pretende captar até 600 milhões de reais com uma oferta de ações para financiar seu plano de expansão.

Gafisa, apontada em relatório do Merrill Lynch como candidata a também anunciar uma oferta de ações em breve, murchou 5,3 por cento, para 24,95 reais.

Fora do Ibovespa, o pedido para uma oferta de ações feito na véspera empurrou PDG Realty para uma queda de 4,3 por cento, a 24,40 reais. A construtora quer levantar de 750 milhões a 800 milhões de reais.

Abyara, Agra e Klabin Segall concordaram com proposta de fusão na Agre Empreendimentos, negócio que formará uma maiores empresas do setor imobiliário do país.

Com investidores ajustando os preços das ações à relação de troca sugerida, Agra desabou 11,1 por cento, para 4,48 reais. Abyara perdeu 2,2 por cento, a 4,16 reais. Do outro lado, Klabin Segall disparou 6,6 por cento, para 4,37 reais.

Cyrela, que tem participação na Agra e integra a carteira teórica do Ibovespa, encolheu 4,9 por cento, a 21,01 reais.

Segundo o presidente da Claritas Wealth Management, Ernesto Leme, a expectativa de que outras empresas possam engrossar a lista de pedidos de registro na CVM para vender ações, como também o fez a Cetip nesta quarta-feira, pode estar por trás da queda recente do Ibovespa.

"Alguns investidores podem estar realizando lucros com ações que subiram bastante recentemente para participar nos IPOs", disse.

O que protegeu o Ibovespa de uma perda maior foi Petrobras, cuja ação preferencial subiu 1,74 por cento, para 32,15 reais, com o melhor desempenho do índice.

Segundo Leme, a segunda alta seguida do papel refletiu a percepção do mercado de que a reação inicial negativa ao novo marco regulatório do pré-sal, divulgado na segunda-feira, foi exagerada.

(Edição de Cesar Bianconi)

terça-feira, 1 de setembro de 2009

Valor de capitalização da Petrobras é desconhecido, diz Gabrielli

que for dado no momento sobre o tamanho da operação de capitalização da Petrobras é "especulação infundada", afirmou o presidente da companhia, José Sergio Gabrielli, nesta terça-feira.

O governo federal anunciou na segunda-feira o plano de capitalizar a empresa com o equivalente a aproximadamente 5 bilhões de barris de petróleo.

Segundo Gabrielli, o valor final da operação vai depender do preço que for estimado para o barril do petróleo, que por sua vez dependerá das condições do local onde estará esse óleo.

"Nós não estamos validando nenhum número. Vai depender da área que for definida, da potencialidade da área, dos investimentos necessários, são variáveis que hoje não estão determinadas", afirmou Gabrielli a jornalistas.

"Portanto nós não estamos dizendo nenhum valor relativo ao preço do barril", acrescentou.

Na véspera, circularam algumas estimativas, em Brasília, sobre o tamanho financeiro da operação da capitalização da Petrobras.

O senador Romero Jucá (PMDB-RR), líder do governo no Senado, afirmou que a capitalização poderia chegar a 50 bilhões de dólares, considerando um valor de 10 dólares para o barril de petróleo em estoque (nas reservas).

Esse seria, segundo ele, um valor aproximado do barril descontando os custos de produção.

(Reportagem de Denise Luna)

quinta-feira, 30 de julho de 2009

China e balanços trimestrais trazem otimismo de volta

Por Aluísio Alves

SÃO PAULO (Reuters) - O repique nos preços das commodities provocado pela China e novos balanços trimestrais acima das expectativas nos EUA levaram a bolsa paulista de volta à trajetória de ganhos, após duas sessões no vermelho.

Depois de ter chegado a superar os 55 mil pontos pela primeira vez no ano, o Ibovespa ainda perdeu força no final dos negócios, fechando com alta de 1,38 por cento, aos 54.478 pontos. O giro financeiro da sessão foi de 4,69 bilhões de reais.

Declarações de comprometimento do governo chinês com o crescimento econômico aliviaram os temores do mercado, levando a uma forte recuperação dos preços de commodities, referência para as blue chips Petrobras e Vale.

Na véspera, rumores de que a China estaria prestes a anunciar medidas restritivas de crédito derrubaram os preços das matérias-primas, levando junto as bolsas de valores.

"Os rumores foram desmanchados e o investidor voltou à ponta compradora", disse André Hanna Farath, analista de investimentos da corretora Interfloat.

De carona no salto de mais de 5 por cento no preço do barril do petróleo, a ação preferencial da Petrobras subiu 1 por cento, a 31,22 reais.

Na mesma trilha, o papel da Vale ganhou 0,5 por cento, para 32,01 reais, mesmo depois a mineradora ter apresentado resultados decepcionantes do segundo trimestre.

"As perspectivas para a Vale estão melhorando e a empresa deve ter resultados melhores no segundo semestre", comentou a Itaú Corretora em relatório que pareceu sintetizar a opinião majoritária do mercado.

Wall Street contribuiu para o cenário mais positivo, depois que grandes companhias norte-americanas, como Visa e Motorola apresentaram resultados acima das expectativas, dando fôlego adicional à ponta compradora na bolsa paulista. O índice Dow Jones subiu 0,92 por cento.

Destacaram-se na ponta positiva do Ibovespa setores como celulose, siderurgia, financeiro e aéreo. VCP subiu 4 por cento, para 28,40 reais. A ação preferencial da Usiminas ganhou 3,6 por cento, a 43,93 reais.

Faltando apenas uma sessão para o fechamento do mês, o Ibovespa acumula valorização de 5,85 por cento em julho e de 45,1 por cento em 2009.

segunda-feira, 27 de julho de 2009

Em dia de giro fraco, Bovespa bate máxima desde setembro

Por Aluísio Alves

SÃO PAULO (Reuters) - Com margem mínima, o otimismo voltou a prevalecer no final dos negócios da bolsa paulista nesta segunda-feira, em dia de indicações divergentes da economia norte-americana.

Depois de oscilar o dia todo em torno da estabilidade, o Ibovespa ganhou pequeno alento já nos ajustes para fechar valorizado em 0,17 por cento, o suficiente para bater nos 54.548 pontos, a maior pontuação desde setembro de 2008.

O volume de negócios seguiu a tendência internacional, de movimento mais fraco, e resumiu-se a 4,1 bilhões de reais.

Para profissionais do mercado, mesmo com o desencontro do noticiário econômico nos EUA, voltou a prevalecer a aposta de que a economia global está saindo da crise, sustentando novos ingressos de recursos para a bolsa paulista.

"Com os sinas de recuperação, ninguém está querendo correr o risco de perder o potencial de uma valorização ainda maior das ações", afirmou Hamilton Moreira, analista senior do BB. Em 2009, o Ibovespa já subiu mais de 45 por cento.

O dia até começou fraco, depois de empresas como a fabricante de equipamentos para aviões Honeywell e a seguradora Aetna terem reduzido as previsões de ganhos para 2009, induzindo os investidores à realização de lucros.

Logo em seguida, o ânimo voltou com a divulgação de que as vendas de novas moradias nos EUA subiram acima do esperado em junho, movimento amortecido por outro índice, o de atividade do Meio-Oeste norte-americano, que caiu em junho para o menor nível desde 1993.

No final, entretanto, prevaleceu a disposição para comprar ações, o que levou os principais índices de Wall Street a fecharem o dia com leve ganho. O Dow Jones subiu 0,17 por cento.

Na bolsa paulista, em meio a movimentos de giro de carteiras, com a venda de ações que subiram forte e a troca por outras que ficaram para trás, altas pontuais ajudaram a dar sustentação ao Ibovespa.

A que mais subiu foi Sabesp, com um salto de 7,4 por cento, para 31,15 reais. Em relatórios, o Merrill Lynch e o Santander elevaram a recomendação para os papéis, considerando positiva a mudança regulatória anunciada na sexta-feira pela Agência Reguladora de Saneamento e Energia de São Paulo (Arsesp) para a Sabesp.

O ramo de papel e celulose também cresceu, sob liderança de VCP, com avanço de 5,9 por cento, a 26,15 reais. Aracruz ganhou 4,5 por cento, a 3,50 reais.

Mas a ação preferencial da Vale foi o fiel da balança, subindo 0,8 por cento, para 32,43 reais. A outra blue chip doméstica, a preferencial da Petrobras, caiu 0,15 por cento, para 32,45 reais.

quinta-feira, 16 de julho de 2009

China e EUA fazem Bovespa ter segunda alta seguida

Por Aluísio Alves

SÃO PAULO (Reuters) - Uma nova onda de notícias positivas da economia e de empresas conduziu a bolsa brasileira ao segundo dia de ganhos, levando seu principal índice para a melhor pontuação do mês.

Na cola dos índices de Wall Street, que tiveram a quarta alta seguida, o Ibovespa subiu 1,21 por cento, para 51.918 pontos. Os negócios da sessão movimentaram 4,77 bilhões de reais.

"O dia foi cheio de notícias boas, tanto de empresas quanto da economia", disse Bruno Lembi, sócio da M2 Investimentos.

Uma das mais importantes foi a de que a economia chinesa cresceu 7,9 por cento no segundo trimestre de 2009 ante mesmo período do ano anterior. A mediana das projeções de economistas consultados pela Reuters era de crescimento de 7,5 por cento.

"Isso deu impulso para as commodities", disse, lembrando as várias companhias brasileiras que exportam matéria-prima para aquele mercado, como as ligadas a metais.

Na bolsa paulista, as siderúrgicas estiveram entre as líderes de ganhos do Ibovespa. Em destaque, Gerdau saltou 3 por cento, para 20,61 reais, seguida pelo papel preferencial da Usiminas que ganhou 2,6 por cento, a 38 reais.

O otimismo dos investidores foi reforçado com a notícia de que o JPMorgan teve lucro líquido de 2,7 bilhões de dólares no segundo trimestre deste ano, reforçando o time de grandes corporações norte-americanas que apresentou resultados acima das expectativas no período.

Na Bolsa de Nova York, o índice Dow Jones teve alta de 1,1 por cento, no quarto avanço consecutivo.

Por aqui, a Aracruz abriu a temporada de balanços das empresas do Ibovespa, reportando lucro líquido de 595 milhões de reais no segundo trimestre, 127 por cento maior do que no mesmo período de 2008. Sua ação subiu 1,3 por cento, a 3,14 reais.

Entre as blue chips, a ação preferencial da Petrobras ganhou 0,6 por cento, a 30,95 reais, em outro dia de alta do petróleo.

Já a preferencial da Vale recuou 0,23 por cento, para 30,10 reais, em meio a comentários de que a mineradora pode fazer uma proposta para compra da empresa de fertilizantes Mosaic.

O destaque negativo do Ibovespa na sessão foi TIM Participações, que desabou 22,7 por cento, para 5,45 reais, depois de a Comissão de Valores Mobiliários (CVM) ter anunciado na quarta-feira à noite que seu Colegiado liberou a Telco, maior acionista da Telecom Italia, da obrigação de realizar uma oferta pública de aquisição de ações ordinárias da TIM Participações.

quarta-feira, 15 de julho de 2009

Ibovespa dispara quase 5% com euforia nos EUA e Vale

Por Aluísio Alves

SÃO PAULO (Reuters) - Uma safra de dados econômicos e corporativos acima das expectativas nos Estados Unidos espalhou entusiasmo pelos mercados globais, levando a bolsa paulista à maior alta diária em oito semanas.

Com uma disparada de 4,96 por cento, o Ibovespa alcançou os 51.296 pontos, praticamente anulando as perdas acumuladas em julho depois de sete baixas em oito sessões. O movimento foi suportado por um giro financeiro de 6,46 bilhões de reais, o maior em 3 semanas.

A disparada já era prevista por analistas, depois de a gigante de tecnologia Intel ter anunciado no final da terça-feira que teve lucro acima das expectativas no segundo trimestre, trilhando o caminho do Goldman Sachs, que também havia surpreendido positivamente o mercado.

"Os primeiros balanços nos EUA estão reforçando a visão de que o pior da crise ficou para trás", disse Fernando Campello, gerente da Hera Investment.

O noticiário macroeconômico reforçou o entusiasmo do mercado, com a divulgação de que o Empire State, importante índice regional dos EUA, subiu em julho para o maior nível desde abril de 2008 e que a atividade industrial do país caiu menos do que se esperava em junho.

Na Bolsa de Nova York, o índice Dow Jones subiu 3,07 por cento.

O otimismo contaminou também os mercados de commodities, ajudando a impulsionar algumas das principais ações do Ibovespa. O ícone desse movimento foi o papel preferencial da Vale, com um salto de 8,3 por cento, para 30,17 reais.

A disparada refletiu também um relatório datado de terça-feira, mas que chegou ao mercado nesta manhã, com o Merrill Lynch elevando a recomendação das ações da mineradora para "compra", elegendo-as como uma de seus preferidas na América Latina.

Segundo operadores, comentários de que a mineradora chegou a um acordo com siderúrgicas chinesas para um corte nos preços do minério menor do que o projetado por analistas deu fôlego adicional ao papel.

A ação preferencial da Petrobras avançou 3,95 por cento, para 30,76 reais, refletindo a alta do petróleo. Em menor intensidade, o otimismo cobriu o mercado. Das 65 ações do Ibovespa, 63 subiram.

Para Campello, a proximidade do exercício de opções ajudou a impulsionar o Ibovespa. Isso porque os investidores que apostam na baixa dos papéis vinham agindo para impedir o exercício de algumas séries, fazendo o Ibovespa fechar as últimas duas sessões no vermelho na contramão de Wall Street.

Com uma nova disparada em Nova York, esses investidores desistiram da estratégia, abrindo espaço para realinhamento em relação aos mercados internacionais.

quinta-feira, 25 de junho de 2009

Ibovespa retoma 51 mil pontos com Wall St e commodities

Por Paula Laier

SÃO PAULO (Reuters) - Após uma abertura fraca e hesitante, o mercado acionário brasileiro firmou-se em terreno positivo nesta quinta-feira, amparado no forte avanço das bolsas nos Estados Unidos e na valorização das commodities.

No término da sessão, o Ibovespa registrou alta de 3,71 por cento, aos 51.514 pontos. O volume financeiro do pregão totalizou 4,78 bilhões de reais.

A reação negativa ao aumento inesperado dos pedidos de auxílio-desemprego nos Estados Unidos perdeu fôlego logo após a abertura, com as bolsas de valores norte-americanas firmando-se em trajetória de alta e contagiando as operações brasileiras.

O avanço de ações ligadas ao consumo em Nova York deu o tom dos negócios, ajudado pela baixa na remuneração dos Treasuries após a boa demanda em um leilão. O recuo nos juros dos títulos do Tesouro norte-americano tende a significar custos mais baixos de crédito a empresas e consumidores.

O alívio com o desdobramento de uma audiência do chairman do Federal Reserve, Ben Bernanke, no Congresso sobre o acordo Bank of America/Merrill Lynch foi mais um componente para as compras de ações.

O Dow Jones fechou com elevação de 2,08 por cento e o Standard & Poor's 500 avançou 2,14 por cento.

Outro ingrediente para a forte valorização do Ibovespa foi a alta nos preços de commodities, particularmente petróleo e metais, devido ao impacto nas blue chips brasileiras Petrobras e Vale. O índice CRB de commodities subiu 1,42 por cento.

A preferencial da Petrobras avançou 4,03 por cento, para 32,25 reais, enquanto a preferencial da Vale apreciou-se 4,1 por cento, a 30,69 reais.

O operador de uma corretora em São Paulo, contudo, chamou atenção para o volume relativamente baixo e para o fato de que os negócios foram em grande parte operações em que o investidor compra ações e vende o índice (basket) e arbitragens com o mercado externo. "A alta foi uma correção", disse.

O gerente de renda variável de uma corretora no Rio de Janeiro disse que o gráfico do Ibovespa sinaliza uma realização de lucros, mas que antes disso o índice deverá subir um pouco mais.

quarta-feira, 17 de junho de 2009

Investidor estende embolso de lucro e Ibovespa tem 3a queda

Por Aluísio Alves

SÃO PAULO (Reuters) - A realização de lucros com ações ligadas a commodities prevaleceu pelo terceiro dia seguido na Bovespa, mas o movimento foi contido pelo alívio de investidores diante da ausência de medidas mais agressivas dos Estados Unidos para regular o setor financeiro.

Depois de ter beirado os 2 por cento de queda, o Ibovespa recobrou fôlego e reduziu a desvalorização para 0,31 por cento no fechamento desta quarta-feira, aos 51.045 pontos.

O giro financeiro, inflado pelo vencimento dos contratos de índice futuro, chegou aos 9,35 bilhões de reais, o maior do ano.

Segundo profissionais do mercado, a ansiedade com medidas de reforço regulatório de bancos norte-americanos, anunciadas pelo presidente Barack Obama, acabou se revelando exagerada. O medo era de uma regulação que engessasse o setor, mas Obama mostrou preocupação com um equilíbrio entre a liberdade e a regulação do mercado.

"Acabou não tendo influência nenhuma nos negócios", disse Luiz Gustavo Medina, sócio da M2 Investimentos.

Na bolsa de Nova York, o índice Dow Jones recuou 0,1 por cento, atingido pela queda de ações de bancos depois que a agência de classificação de risco Standard & Poor's cortou o rating de 18 instituições financeiras do país.

Por aqui, explicou Medina, prevaleceu o esvaziamento do fluxo comprador, que manteve o Ibovespa em alta nos últimos três meses, deixando espaço para realização de lucros.

Os alvos principais foram as ações ligadas a commodities. O papel preferencial da Petrobras cedeu 1,5 por cento, a 32,05 reais. A preferencial da Vale recuou 0,9 por cento, valendo 31,88 reais.

Os bancos refletiram o mau desempenho setorial em Wall Street, com liderança de Bradesco, que perdeu 0,95 por cento, para 29,27 reais.

AÇÕES EM ALTA

A ponta de cima do índice teve entre os destaques as companhias aéreas. TAM subiu 4 por cento, para 19,35 reais. Gol ganhou 3,9 por cento, a 10,33 reais.

Ambas perderam market share no mercado doméstico de aviação civil, segundo dados da Agência Nacional de Aviação Civil divulgados na terça-feira, mas analistas tiveram visões divergentes sobre os números.

As corretoras Itaú e Banif reforçaram a preferência por Gol em relação à TAM. O HSBC avaliou que o cenário ainda é positivo para a TAM.

Eletropaulo subiu 1,8 por cento, a 33,18 reais. A Agência Nacional de Energia Elétrica (Aneel) decidiu na terça-feira aprovar redução de 8,07 por cento para o índice de revisão tarifária da distribuidora retroativo a julho de 2007. Analistas, porém, consideraram que a revisão veio melhor do que as expectativas.

O Banif elevou a recomendação para os papéis da companhia de "vender" para "neutra".

terça-feira, 28 de abril de 2009

Após sobe-e-desce, mercado fecha estável

SÃO PAULO (Reuters) - A Bovespa terminou a terça-feira estável, com investidores atentos ao noticiário internacional.

O dia começou com viés negativo, diante do temor de que grandes bancos no exterior precisem levantar mais recursos. O movimento de venda de ações, contudo, foi atenuado por indicadores macroeconômicos nos Estados Unidos que vieram acima do esperado.

Depois de cair 1,86 por cento no pior momento do dia, no início do pregão, o Ibovespa terminou a sessão sem oscilação sobre o fechamento da véspera, aos 45.821 pontos. Na máxima da sessão, o principal indicador da Bolsa paulista chegou a subir 0,69 por cento. O giro financeiro foi de 4,36 bilhões de reais.

As ações preferenciais da Petrobras e da Vale, as mais líquidas da Bolsa, foram em direções distintas. Os papéis da estatal subiram 0,49 por cento, a 28,83 reais, enquanto os da mineradora caíram 0,67 por cento, negociados a 29,50 reais.

As ações do frigorífico Friboi, abatidas ontem pelas preocupações com o alastramento da gripe suína, tiveram recuperação, com alta de 2,13 por cento nesta sessão.

A questão da gripe suína --motivo citado na segunda-feira para a queda de 2,04 por cento do Ibovespa-- só contaminará de fato os mercados acionários se a doença alcançar o status de uma epidemia, segundo operadores.

Em Wall Street, o Dow Jones cedeu 0,1 por cento, enquanto o Nasdaq teve desvalorização de 0,33 por cento e o Standard & Poor's 500 teve baixa de 0,27 por cento.

A confiança do consumidor norte-americano subiu em abril para o maior patamar deste ano com algumas expectativas de que o declínio econômico possa estar chegando ao fim.

O índice de confiança do Conference Board avançou para 39,2 este mês, ante patamar revisado para cima de 26,9 em março. A leitura de abril, que veio acima da mediana das expectativas dos economistas de 29,8, foi a maior desde novembro de 2008.

(Reportagem de Cesar Bianconi)

quarta-feira, 15 de abril de 2009

Gabrielli elogia retirada da Petrobras da conta do superávit primário


Decisão foi anunciada nesta quarta pelo governo.
Retirada é importante para a companhia cumprir seus investimentos, disse.

Valor Online/G1

O presidente da Petrobras, José Sergio Gabrielli, elogiou nesta quarta-feira (15) a decisão do governo de retirar a Petrobras do cálculo de superávit primário do setor público consolidado.

Ele disse que a decisão é importante para a companhia cumprir seus investimentos, projetados em US$ 174,4 bilhões até 2013.

O executivo lembrou que a meta antiga levava em conta o caixa da companhia, conceito que, segundo ele, "penaliza" os investimentos. O novo conceito, explicou Gabrielli, leva em consideração o valor patrimonial da empresa, o que torna o investimento positivo porque "aumenta a empresa".

"Agora mudou o conceito. Mas o dinheiro nunca saiu da Petrobras, é apenas um efeito caixa", frisou. O caixa da Petrobras tem variado entre R$ 10 bilhões a R$ 13 bilhões.

Gabrielli também negou que seja candidato ao senado, que atribuiu a uma manobra política do ministro de Integração Nacional, Geddel Vieira Lima. "Eu não sou candidato nem serei candidato", disse.

segunda-feira, 6 de abril de 2009

Com giro menor, Bovespa realiza lucro após 4 dias em alta

SÃO PAULO (Reuters) - Após quatro pregões em alta, a Bovespa aproveitou a fraqueza das bolsas de valores externas e embarcou num movimento de realização de lucros nesta segunda-feira.

O principal índice da bolsa paulista fechou em baixa de 0,5 por cento, a 44.167 pontos. O volume total de negócios foi de 3,95 bilhões de reais --abaixo da média diária da última semana, de 4,6 bilhões de reais.

No pior momento do dia, o Ibovespa chegou a recuar 2,16 por cento, também acompanhando um deslize maior de Wall Street.

"Hoje foi um dia de realização de lucros. A alta dos últimos dias foi muito forte para um mercado ainda instável", afirmou Miguel Daoud, sócio da consultoria Global Financial Advisor.

Nas últimas quatro sessões, o Ibovespa havia acumulado ganho de 9,2 por cento, beneficiada principalmente pela perspectiva de que as medidas anunciadas pelo G20 possam ajudar o mundo a se livrar de uma recessão.

Além disso, uma regra mais flexível para marcação a mercado de títulos nos Estados Unidos animou investidores, esperançosos de que os bancos podem ter perdas menores.

Nesta segunda-feira, porém, o setor voltou a ser alvo de descrença nas bolsas norte-americanas depois de comentários de um veterano analista. Mike Mayo, do Calyon Securities, alertou sobre o aumento das perdas ligadas a empréstimos até o final de 2010.

O índice Dow Jones fechou em baixa de 0,52 por cento e o Standard & Poor's 500 cedeu 0,83 por cento, também se recuperando frente às mínimas do dia.

Na Bovespa, as ações que mais contribuíram para a queda do índice foram justamente as que têm maior peso em sua formação.

Vale caiu 1,75 por cento, a 28,64 reais, e Petrobras perdeu 0,36 por cento, para 30,29 reais. Os papéis da BM&F Bovespa recuaram 1 por cento, a 7,91 reais.

Na ponta contrária, as ações do Itaú Unibanco se desvencilharam das perspectivas ruins para o setor bancário dos EUA e subiram 1 por cento, valendo 28,28 reais.

(Por Daniela Machado)

quinta-feira, 2 de abril de 2009

G20 dita otimismo que leva Ibovespa a máxima desde outubro

Por Aluísio Alves

SÃO PAULO (Reuters) - A ação coordenada das maiores economias do mundo em torno de um pacote trilionário para enfrentar a crise global inflamou o ânimo dos investidores da Bovespa, que fechou no seu melhor momento em seis meses.

Impulsionado pelas ações de commodities, o Ibovespa avançou 4,19 por cento, para 43.736 pontos. Esse movimento foi lastreado por um giro financeiro de 5,89 bilhões de reais, o maior movimento do ano.

Os mercados acionários, que já vinham de dois dias seguidos de ganhos em meio a dados alentadores da economia dos Estados Unidos, ampliou ainda mais a onda compradora com a notícia de que o G20 se comprometeu com um estímulo fiscal de 5 trilhões de dólares até 2010 e um reforço a organismos multilaterais, para tentar debelar a recessão global provocada pela crise.

"O mercado se animou com a ideia de que vai ter dinheiro novo no mercado para tentar reanimar a economia", disse Hamilton Moreira, analista sênior BB Investimentos.

O otimismo foi ainda reforçado no meio do dia com a notícia de que o Fasb, órgão que rege os padrões de contabilidade nos Estados Unidos, flexibilizou regras para marcação a mercado, o que favorece bancos atingidos pelos chamados ativos tóxicos.

Os principais índices das bolsas norte-americanas subiram ao redor de 3 por cento.

Na bolsa paulista, o Ibovespa também captou o efeito positivo da disparada dos preços de commodities sobre as ações mais importantes do mercado doméstico.

Na esteira de uma escalada de quase 9 por cento do barril do petróleo, Petrobras subiu 3,7 por cento, a 30,50 reais. Vale foi ainda mais longe com um salto de 6,1 por cento, a 28,70 reais.

O movimento foi reforçado por altas aceleradas dos papéis de empresas dos setores imobiliário e de varejo. Em destaque, Lojas Renner cresceu 9,3 por cento, para 15,95 reais. Foi a mesma alta de Cyrela, que fechou o dia valendo 10,70 reais.

Segundo Moreira, boa parte desse repique na bolsa paulista vem sendo sustentada por novos ingressos de recursos externos.

Nos primeiros 30 dias de março, a entrada líquida de investimentos estrangeiros no setor foi de 1,6 bilhão de reais nos primeiros 30 dias março, o melhor saldo desde abril do ano passado.

quarta-feira, 1 de abril de 2009

Investidor foca dados positivos dos EUA e levanta Bovespa

Por Aluísio Alves

SÃO PAULO (Reuters) - Após mais uma série de mostras de fraqueza da economia global, bastaram alguns dados dos Estados Unidos terem vindo menos ruins do que o esperado para os investidores do mercado acionário voltarem às compras, levando a Bovespa para perto das máximas de 2009.

O Ibovespa, principal indicador da bolsa paulista, subiu 2,57 por cento, para 41.976 pontos. O volume financeiro da sessão foi de 4,35 bilhões de reais.

"O dia começou com uma nuvem preta. Mas depois os números que foram divulgados, embora ainda não deem um sinal de recuperação, mostraram que a situação parou de piorar", disse Newton Rosa, economista-chefe da SulAmérica Investimentos.

No início do pregão, os investidores amargavam as notícias de que só o setor privado dos EUA eliminou 742 mil postos de trabalho em março e que a taxa de desemprego na zona do euro subiu de 8,3 para 8,5 por cento em março.

Mas logo se consolaram ao saber que a atividade fabril norte-americana teve em março uma retração menor do que a esperada por economistas, o mesmo acontecendo com o setor imobiliário do país em fevereiro.

Os principais índices acionários de Wall Street subiram acima de 1,5 por cento, sob liderança do Dow Jones, que avançou 2 por cento.

Na bolsa paulista, o otimismo levantou principalmente as ações de commodities, setor de maior liquidez e de maior peso no Ibovespa, com os investidores fazendo vista grossa para a queda dos preços de commodities, como petróleo e metais.

Assim, Gerdau subiu 4 por cento, para 13,42 reais, seguida por Companhia Siderúrgica Nacional, com valorização de 3,2 por cento, a 35,50 reais.

A trilha foi seguida pelas blue chips. Petrobras ganhou 3 por cento, a 29,40 reais. Vale cresceu 1,1 por cento, cotada a 27,05 reais.

Cesp liderou os ganhos do índice com uma disparada de 7,1 por cento, a 13,92 reais. Embora tenha reportado um prejuízo de 2,35 bilhões de reais em 2008, a elétrica paulista foi vista com otimismo, já que reportou números operacionais melhores do que o esperado.

No extremo oposto do índice, Redecard desabou 8,5 por cento, a 25,66 reais, depois da divulgação de um estudo do Banco Central com críticas à indústria de cartões de crédito.

terça-feira, 31 de março de 2009

Bovespa tem o melhor mês desde abril de 2008

Por Aluísio Alves

SÃO PAULO (Reuters) - A alta de empresas ligadas a metais selou o fechamento positivo da Bovespa no mês, ilustrando um trimestre em que a recuperação dos preços das commodities permitiu ao mercado acionário doméstico encontrar um piso em meio à volatilidade oriunda da crise global.

De carona na recuperação dos mercados internacionais, o Ibovespa fechou o dia valorizado em 0,67 por cento, aos 40.925 pontos, subindo 7,2 por cento em março, que foi o melhor de onze meses.

O giro financeiro da sessão foi de 4,18 bilhões de reais.

Para profissionais do setor, a necessidade de alguns mercados de recompor estoques de produtos como minério de ferro e petróleo deu sustentação aos preços de empresas domésticas ligadas a esses setores, responsáveis por cerca de metade do peso do Ibovespa.

"O mercado à frente ainda é de muitas incertezas, mas a recuperação das commodities fez os investidores encontrarem um chão", disse André Spolidoro, sócio-gestor da Nobel Asset Management.

Essa é, segundo ele, a melhor explicação para o índice ter fechado o trimestre com valorização de 9 por cento, enquanto o Dow Jones da Bolsa de Nova York acumula baixa de 12 por cento no ano, mesmo após a recuperação fulminante deste mês.

"As medidas do governo norte-americano para montadoras e bancos deram uma melhorada no humor do mercado nas últimas semanas", afirmou Américo Reisner, da Fator Corretora.

Ambos concordam que a volatilidade deve permanecer alta nos próximos meses, à medida que surjam notícias de mais prejuízos e até falências de bancos e montadoras.

"Mas agora os analistas já têm alguns dados para poder fazer contas. É melhor do que estávamos alguns meses atrás", disse Spolidoro.

Nesta terça-feira, um dia após um repique nos temores com bancos e montadoras dos Estados Unidos, os investidores apoiaram-se em notícias corporativas para voltar às compras.

Ações de bancos recuperaram-se do tombo da segunda-feira após o Barclays ter recusado receber ajuda do governo inglês e o Fortis prever um futuro animador, mesmo após amargar um prejuízo de 28 bilhões de euros em 2008.

Na cabeça do investidor, o alívio momentâneo dos bancos se sobrepôs a mais uma bateria de dados desoladores da economia norte-americana, com a atividade no Meio-Oeste recuando mais do que o esperado e o índice de confiança do consumidor ainda perto da mínima recorde em março. Em Wall Street, o Dow Jones subiu 1,16 por cento.

No mercado doméstico, a retomada das compras mirou sobretudo as siderúrgicas. Usiminas tomou a frente, com valorização de 4,8 por cento, para 29,50 reais. Gerdau avançou 2,9 por cento, valendo 12,90 reais.

Vale subiu 0,3 por cento, a 26,75 reais. Do outro lado, Petrobras cedeu 0,8 por cento, a 28,55 reais.

Na ponta de baixa, ficou o setor aéreo. De nada adiantou a Petrobras anunciar que vai reduzir o preço do querosene de aviação a partir da quarta-feira. O prejuízo de 1,12 bilhão de reais da TAM no quarto trimestre manteve o mercado pessimista com o segmento.

TAM mergulhou 3,8 por cento, para 12,70 reais. Gol perdeu 2,1 por cento, valendo 6,65 reais.

quarta-feira, 18 de março de 2009

Medida do Fed estica ânimo e Bovespa supera 40 mil pontos

Por Aluísio Alves

SÃO PAULO (Reuters) - Uma medida dramática do Federal Reserve para tentar reanimar a economia norte-americana deu fôlego adicional aos mercados de ações no exterior, movimento seguido pela Bovespa, que alcançou o maior nível em um mês.

Depois de passar a maior parte da quarta-feira operando no vermelho, o Ibovespa seguiu a reversão de Wall Street e fechou com avanço de 1,6 por cento, aos 40.142 pontos. O giro financeiro da sessão foi de 4,58 bilhões de reais.

"Foi o Fed", sintetizou André Querne, sócio da Rio Gestão de Recursos, explicando o motivo da virada do índice.

Depois de ter baixado para a faixa de zero a 0,25 por cento o juro básico dos Estados Unidos, o Fed não viu alternativa para tentar levantar a economia abalada pela crise senão ampliar sua atuação no mercado secundário de títulos públicos.

O banco central norte-americano informou que nos próximos seis meses vai comprar até 300 bilhões de dólares em títulos de longo prazo do governo, o que não fez nas últimas quatro décadas. A instituição também vai ampliar as compras de dívidas lastreadas em hipotecas.

Foi o suficiente para tirar os principais índices acionários de Wall Street do vermelho, colocando-os na sexta alta em sete sessões e de volta no melhor patamar em um mês.

O anúncio também permitiu recuperação nos mercados de commodities, justamente os que pesavam sobre as ações mais importantes do Ibovespa.

Assim, Petrobras recobrou força na última hora, fechando com avanço de 1,1 por cento, a 28,30 reais. Vale terminou o dia valendo 26,96 reais, com perda de 0,3 por cento, depois de ter chegado a cair mais de 2 por cento.

BM&F Bovespa, que pela manhã informou ter conseguido compensar parcialmente as quedas de receita com cortes de custos no quarto trimestre de 2008, subiu 3,6 por cento, a 7,12 reais.

Banco do Brasil tomou a liderança entre os bancos, com ganhos de 3,5 por cento, a 15,51 reais.

Mas o setor mais valorizado foi o de papel e celulose, segundo operadores, devido à análise de que as empresas dessa área estão excessivamente desvalorizadas, o que atraiu caçadores de barganhas.

VCP foi a melhor do índice, disparando 7,75 por cento, a 11,12 reais. Aracruz subiu 6,7 por cento, para 1,60 real.

terça-feira, 17 de março de 2009

Bovespa acompanha bom humor externo e fecha em alta de 2,34%

Investidores ficaram mais otimistas e compraram Vale e Petrobras.
Ações da Perdigão, que pode se unir à Sadia, subiram mais de 7% no dia.

A Bolsa de Valores de São Paulo (Bovespa) acompanhou de perto os mercados internacionais nesta terça-feira (17). Depois de abrir em queda, o mercado virou no início da tarde. O Ibovespa, principal indicador da bolsa paulista, acabou registrando ganho de 2,34% no fechamento, terminando o dia aos 39.510 pontos.

O resultado do dia foi puxado pelo bom desempenho das ações da Petrobras e da Vale do Rio Doce. As principais ações da petrolífera e da mineradora tiveram valorização de mais de 2% e de 1%, respectivamente. As ações da Perdigão, que pode se unir à Sadia, dispararam mais de 7% nesta terça-feira.

O volume negociado na Bovespa no dia ficou em linha com a média dos últimos dias, em R$ 3,4 bilhões. Entre as outras ações que tiveram forte valorização no dia estiveram a Votorantim, a Natura e a Renner, todas com ganhos acima de 6% no pregão. Entre as baixas, destacaram-se Gol, Braskem, Usiminas e Gerdau.

Sadia e Perdigão

O fato de muitos dos principais acionistas da Perdigão, como os fundos de pensão brasileiros, também possuírem bom número de papéis da Sadia poderá ser determinante para que as duas empresas cheguem a um acordo para uma associação operacional, disseram especialistas nesta terça-feira.

As empresas, duas das maiores companhias de alimentos da América Latina, que juntas chegam a um faturamento anual superior a R$ 20 bilhões, confirmaram que estão discutindo uma eventual parceria, apesar de a Perdigão ter informado que, no momento, as conversas sofreram uma pausa após não ter sido alcançado um entendimento.

Segundo uma fonte que pediu anonimato, a Sadia pode se complicar financeiramente se não receber algum auxílio nos próximos 60 dias. "Deve estar uma pressão grande sobre a direção da Perdigão. Mas a palavra final é dos fundos", acrescentou.

Exterior

Em Wall Street, os mercados iniciaram o dia em baixa, com os agentes assimilando notícias corporativas negativas. Entretanto, depois de notícias positivas sobre o setor imobiliário, o mercado americano passou a subir. No fechamento, o Dow Jones - referência para Nova York - ganhou mais de 2,48%.

Os índices da construção civil e o número de licenças para construir concedidas nos Estados Unidos subiram de maneira inesperada em fevereiro: 22,2% e 3%, respectivamente, depois de sete meses de baixa, segundo dados oficiais divulgados nesta terça-feira.

Empresas

Na noite de segunda-feira, a fabricante de alumínio Alcoa anunciou um corte de dividendos que deve ter impacto negativo em suas ações, mesmo que o movimento resulte em economia de US$ 400 milhões por ano.

Ainda no segmento de matérias-primas, a ArcelorMittal negou que esteja planejando a emissão de US$ 6,5 bilhões em ações, conforme apontaram algumas reportagens, mas não refutou que possa utilizar tal instrumento de captação. Já a Rio Tinto apontou que não acredita em uma retomada de preços durante 2009.

No setor de tecnologia, a Apple apresentará um novo software para o iPhone. A fabricante de celulares Nokia anunciou a demissão de 1,7 mil funcionários.

Outros mercados

Na Europa, as bolsas de valores encerraram em baixa, após terem registrado alta durante cinco sessões consecutivas. A fraqueza das ações do setor de mineração, devido à queda dos preços dos metais e notícias sobre a redução do dividendo da Alcoa, superou os ganhos verificados no segmento bancário.

O índice FTSEurofirst 300, referência das principais bolsas europeias, recuou 0,7%, para 715 pontos. O indicador ainda acumula queda de 14% neste ano, depois de ter despencado 45% em 2008.

(Com informações do Valor OnLine, da Reuters e da France Presse)

segunda-feira, 16 de março de 2009

Petrobras e pessimismo com PIB doméstico apertam Bovespa

Por Aluísio Alves

SÃO PAULO (Reuters) - A fraqueza das ações da Petrobras e o crescente pessimismo com a economia doméstica em 2009 pesaram sobre os negócios da Bovespa nesta segunda-feira.

No final de uma sessão volátil, o Ibovespa marcou desvalorização de 1,05 por cento, aos 38.607 pontos. O giro financeiro do pregão, inflado por 1,41 bilhão de reais do exercício de opções, somou 5,12 bilhões de reais.

De acordo com profissionais do mercado, as crescentes indicações de que o Produto Interno Bruto (PIB) brasileiro não vai escapar da recessão global estão levando investidores a vender ações na Bovespa, que nas últimas semanas vinha tendo desempenho acima da média internacional.

"Os números da economia estão mostrando que o otimismo com o mercado doméstico não se sustentava", disse Nicholas Barbarisi, sócio e diretor de operações da Hera Investment.

Depois da divulgação na semana passada de que a economia brasileira se retraiu 3,6 por cento na passagem do terceiro para o quarto trimestres, as instituições financeiras consultadas pelo Banco Central cortaram à metade as estimativas para a expansão neste ano, a 0,59 por cento, .

Num relatório individual, o Morgan Stanley previu uma contração de 4,5 por cento do PIB do país neste ano.

Com esse pano de fundo, ações de empresas ligadas a consumo foram as que mais caíram. Lojas Renner desabou 6,1 por cento, a 14,50 reais. A operadora de TV por assinatura Net perdeu 5 por cento, avaliada em 15,71 reais.

Assim, mesmo o noticiário externo positivo não conseguiu sustentar as ações domésticas.

A Organização dos Países Exportadores de Petróleo (Opep), por exemplo, decidiu manter as metas de produção, medida recebida como sinal de que a demanda pela commodity não deve cair ainda mais. Conseguiu segurar o preço do petróleo.

Petrobras, no entanto, caiu 1,84 por cento, para 27,19 reais.

Na reta final do pregão, o otimismo externo com notícias de bancos foi substituído pela cautela, depois de a American Express ter dito que o total de pessoas com dificuldade para pagar as contas de cartão de crédito cresceu.

Os índices Dow Jones e Standard & Poor's 500 acabaram fechando em leve queda, depois de terem chegado a subir cerca de 2 por cento impulsionados pelo setor financeiro --com o Barclays indicando que pode vender sua unidade iShares e o HSBC descartando um novo aumento de capital para fazer frente a perdas com crédito.

De todo modo, uma queda ainda maior do Ibovespa foi amortecida pelas ações de bancos, que refletiram o tom moderadamente positivo do setor no plano internacional.

Bradesco subiu 0,55 por cento, a 21,82 reais, e Itaú avançou 0,46 por cento, para 24,11 reais.

terça-feira, 10 de março de 2009

Bovespa sobe mais de 5% animado por Citi e China

Por Denise Luna

RIO DE JANEIRO (Reuters) - O alívio trazido por notícias positivas nesta terça-feira, após três pregões consecutivos de queda e muito desânimo, fez a Bovespa operar em alta por todo o pregão e encerrar em forte alta.

O principal índice de ações da bolsa encerrou aos 38.794 pontos, com valorização de 5,59 por cento. O volume financeiro também melhorou, quase dobrando em relação ao movimento de segunda-feira e atingindo 4,5 bilhões de reais.

Notícias favoráveis sobre o Citigroup, produção de aço na China e em relação à economia norte-americana animaram o mercado, segundo analistas.

Nem mesmo a expressiva queda do Produto Interno Bruto (PIB) de 3,6 por cento no último trimestre do ano passado contra o terceiro, divulgado esta manhã, atrapalhou o bom humor que se instalou no mercado após a notícia de que o Citigroup foi lucrativo nos primeiros dois meses do ano.

A preocupação com a saúde das instituições financeiras é um dos principais fatores que vem desanimando o mercado.

Uma produção maior do que o esperado de aço na China em janeiro e fevereiro, da ordem de 2,4 por cento, também ajudou o Ibovespa a recuperar parte das perdas sofridas nos últimos dias. Este foi o maior ganho do índice em um único dia desde o primeiro pregão deste ano.

Mesmo assim, a animação não se transformou em euforia no mercado, já que as perdas ainda são grandes e as perspectivas de mais boas notícias são incertas.

"O problema é que a bolsa está vivendo apenas no intraday e estimula quem trabalha só no giro. Os investidores de médio e longo prazos não conseguem recuperar",lamentou o assessor de investimentos da corretora Souza Barros Luiz Roberto Monteiro, lembrando que o Ibovespa em meados de 2008 marcava cerca de 70 mil pontos.

Mesmo com o petróleo em queda, as ações da Petrobras valorizaram 5,33 por cento, cotadas a 27,07 reais, um pouco abaixo da alta das preferenciais da Vale, segundo mais negociada e que, impulsionadas pela produção de aço na China, subiu 6,21 por cento, cotada a 27,37 reais.

Ações de empresas com muita defasagem como ALL e B2W, que divulgam seus balanços na quarta e quinta-feiras, respectivamente, dispararam na esteira da alta do índice.

"No caso da ALL ajudou o acordo com a Cosan, e a B2W, que é de varejo, recuperou", explicou Pedro Galdi, da SLW Corretora.

A ALL e a Cosan firmaram na segunda-feira acordo de 1,2 bilhão de reais para ampliar a capacidade operacional ferroviária da ALL para o porto de Santos. ALL disparou 13,9 por cento, para 9,34 reais, enquanto B2W, empresa que vende os produtos das Lojas Americanas pela Internet, saltou 11,7 por cento, para 22,00 reais.

Para Galdi é difícil prever se o mercado continuará de bom humor, mas espera uma grande ansiedade até o final da reunião do Comitê de Política Monetária, no final da tarde de quarta-feira.

"O PIB deu esperanças de um corte forte nas taxas de juros", explicou o economista.

Além do Copom, as atenções também estarão voltadas, segundo Galdi, para dados previstos para serem divulgados na quarta-feira, como a produção industrial da China e o comportamento do varejo no país asiático.

"Se as notícias vierem positivas puxam a bolsa, mas pode ser também um dia meia boca à espera do Copom", avaliou Galdi.

(Edição de Alexandre Caverni)

segunda-feira, 9 de março de 2009

Mercado fecha em baixa apesar de alta da Petrobras

RIO DE JANEIRO (Reuters) - A alta do petróleo nesta segunda-feira ajudou a Bovespa a encerrar o dia em queda inferior às das bolsas norte-americanas, apesar do mercado brasileiro ter passado o dia atrelado ao movimento externo.

Oscilando entre pequenas altas e quedas com grande volatilidade, o Ibovespa fechou o pregão desvalorizado em 0,98 por cento, aos 36.741 pontos, com volume financeiro de 2,75 bilhões de reais. Este foi o terceiro pregão seguido no vermelho.

As ações da Petrobras, principais papéis do mercado brasileiro, conseguiram resistir ao pessimismo geral após o petróleo disparar com a expectativa de novos cortes de produção pela Organização dos Países Exportadores de Petróleo (Opep), o que elevou o preço da commodity.

Um incidente entre navios dos EUA e da China também ajudaram a impulsionar a cotação do petróleo, que encerrou o dia cotado a 47,07 dólares o barril, alta de 3,41 por cento.

As ações preferenciais da Petrobras terminaram o dia em alta de 0,12 por cento, cotadas a 25,70 reais, no dia útil seguinte à divulgação de lucro recorde em 2008, que não chegou a entusiasmar o mercado.

Incertezas em relação à saúde de instituições financeiras e montadoras continuam limitando o interesse do investidor, que tem preferido se garantir com papéis de setores mais tradicionais, segundo o economista-chefe da Corretora Ágora.

"Os mercados continuam com aversão a risco, vendo gravidade na crise, e não conseguindo sair da crise", avaliou Álvaro Bandeira. "Acho que ainda dura algum tempo, porque ainda vamos coletar dados de conjuntura global e de empresas muito fracos."

As ações da Vale, segunda principal blue-chip, não resistiram a perspectivas mais pessimistas para os metais e demanda da China e cederam 3 por cento, cotadas a 25,77 reais.

Para Bandeira, o mau humor do mercado deve durar pelo menos o primeiro semestre, com perspectivas melhores para a segunda metade do ano.

"A minha sensação é de que o mercado começa a mostrar sinais de que lá na frente melhora um pouco, mas pelo menos vamos ter um semestre de situação ruim e de volatilidade", disse o economista.

(Por Denise Luna)