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domingo, 25 de outubro de 2009

Obama pressiona bancos a dar crédito a pequenas empresas

Por Patricia Zengerle

WASHINGTON (Reuters) - O presidente dos Estados Unidos, Barack Obama, instou os bancos neste sábado a fazer mais empréstimos a pequenas empresas, e disse que seu governo fará tudo o que puder para pressionar nesse sentido.

"Está na hora dos bancos cumprirem suas responsabilidades para ajudar em uma recuperação mais abrangente, em um sistema mais seguro, e em uma prosperidade compartilhada de forma mais ampla", disse Obama em sua fala semanal no rádio.

"E nós vamos tomar todas as medidas apropriadas para encorajá-los a atender a essas responsabilidades".

Nesta semana, o governo tomou medidas para incentivar os empréstimos a pequenas empresas, oferecendo dinheiro público a pequenos bancos que atendem principalmente a esse setor com um custo menor do que havia sido feito anteriormente.

Obama lembrou que os bancos se beneficiaram do pacote de 700 bilhões de dólares de socorro às instituições financeiras, e disse que eles precisam devolver o favor.

O presidente também usou o programa de rádio para defender a reforma no sistema de saúde, principal prioridade na política interna, dizendo que o plano diminuiria os altos custos que dificultam o acesso de pequenas empresas a planos de saúde para seus funcionários.

quinta-feira, 13 de agosto de 2009

Lula telefonará a Obama para tratar de Colômbia e Honduras

BRASÍLIA (Reuters) - O presidente Luiz Inácio Lula da Silva telefonará na próxima semana ao colega dos Estados Unidos, Barack Obama, para pedir ajuda ao governo deposto de Honduras e mais diálogo com os países da região sobre o avanço militar na Colômbia.

O presidente brasileiro, segundo disse um assessor que pediu anonimato, não aprovou a forma pela qual ocorreram as negociações para o aumento do efetivo militar norte-americano em território colombiano. Diversas nações sul-americanas criticaram o acordo e seu potencial risco à soberania da região. O dia exato da ligação não foi informado.

O Itamaraty negocia o contato telefônico entre Lula e Obama. O ministro das Relações Exteriores, Celso Amorim, deve falar com a secretária de Estado norte-americana, Hillary Clinton, para ajustar os termos da conversa.

A Colômbia anunciou na quarta-feira que espera acertar neste fim de semana o acordo militar com os Estados Unidos, que permitirá o uso de bases em território colombiano por soldados norte-americanos para operações contra o narcotráfico.

Honduras, outro assunto espinhoso, também está na pauta. O presidente brasileiro defenderá junto a Obama, com quem tem muito boas relações, mais pressão para promover o retorno do presidente eleito, Manuel Zelaya, ao posto de chefe de Estado.

Deposto por um golpe militar no final de junho por tentar viabilizar um segundo mandato --ato que fere a Constituição do país--, Zelaya esteve no Brasil na quarta-feira e pediu a Lula sua interferência para ajudar a convencer os EUA a aumentar o cerco sobre o governo interino.

De acordo com a fonte, ele teria feito um apelo também para que o mandatário brasileiro atue junto à Organização dos Estados Americanos (OEA) para que o órgão edite uma resolução garantindo que não reconhecerá nenhum novo presidente hondurenho que seja eleito pelas mãos do governo interino. As eleições em Honduras ocorrem em novembro.

(Reportagem de Natuza Nery; Edição de Carmen Munari e Maria Pia Palermo)

quinta-feira, 16 de julho de 2009

China e EUA fazem Bovespa ter segunda alta seguida

Por Aluísio Alves

SÃO PAULO (Reuters) - Uma nova onda de notícias positivas da economia e de empresas conduziu a bolsa brasileira ao segundo dia de ganhos, levando seu principal índice para a melhor pontuação do mês.

Na cola dos índices de Wall Street, que tiveram a quarta alta seguida, o Ibovespa subiu 1,21 por cento, para 51.918 pontos. Os negócios da sessão movimentaram 4,77 bilhões de reais.

"O dia foi cheio de notícias boas, tanto de empresas quanto da economia", disse Bruno Lembi, sócio da M2 Investimentos.

Uma das mais importantes foi a de que a economia chinesa cresceu 7,9 por cento no segundo trimestre de 2009 ante mesmo período do ano anterior. A mediana das projeções de economistas consultados pela Reuters era de crescimento de 7,5 por cento.

"Isso deu impulso para as commodities", disse, lembrando as várias companhias brasileiras que exportam matéria-prima para aquele mercado, como as ligadas a metais.

Na bolsa paulista, as siderúrgicas estiveram entre as líderes de ganhos do Ibovespa. Em destaque, Gerdau saltou 3 por cento, para 20,61 reais, seguida pelo papel preferencial da Usiminas que ganhou 2,6 por cento, a 38 reais.

O otimismo dos investidores foi reforçado com a notícia de que o JPMorgan teve lucro líquido de 2,7 bilhões de dólares no segundo trimestre deste ano, reforçando o time de grandes corporações norte-americanas que apresentou resultados acima das expectativas no período.

Na Bolsa de Nova York, o índice Dow Jones teve alta de 1,1 por cento, no quarto avanço consecutivo.

Por aqui, a Aracruz abriu a temporada de balanços das empresas do Ibovespa, reportando lucro líquido de 595 milhões de reais no segundo trimestre, 127 por cento maior do que no mesmo período de 2008. Sua ação subiu 1,3 por cento, a 3,14 reais.

Entre as blue chips, a ação preferencial da Petrobras ganhou 0,6 por cento, a 30,95 reais, em outro dia de alta do petróleo.

Já a preferencial da Vale recuou 0,23 por cento, para 30,10 reais, em meio a comentários de que a mineradora pode fazer uma proposta para compra da empresa de fertilizantes Mosaic.

O destaque negativo do Ibovespa na sessão foi TIM Participações, que desabou 22,7 por cento, para 5,45 reais, depois de a Comissão de Valores Mobiliários (CVM) ter anunciado na quarta-feira à noite que seu Colegiado liberou a Telco, maior acionista da Telecom Italia, da obrigação de realizar uma oferta pública de aquisição de ações ordinárias da TIM Participações.

quarta-feira, 8 de julho de 2009

Michael Jackson é aclamado como o maior artista e o melhor pai


Por Bob Tourtellotte

LOS ANGELES (Reuters) - Mariah Carey, Stevie Wonder e Usher cantaram em homenagem a Michael Jackson em cerimônia para o cantor nesta terça-feira, quando o rei do pop foi aclamado como "o maior artista de todos os tempos" e descrito pela filha Paris, de 11 anos, em lágrimas, como "o melhor pai que se pode imaginar".

Cerca de 18 mil fãs, familiares e amigos participaram do memorial público para o popstar, no ginásio esportivo de Los Angeles onde Michael ensaiava um dia antes da sua morte para uma nova temporada de shows.,

Os irmãos de Michael Jackson, que usavam uma luva assim como o cantor morto fazia em clips e apresentações, entraram com o caixão dourado de Michael no ginásio Staples Center.

Carey cantou a balada "I'll Be There". Usher interpretou "Gone Too Soon". Os três filhos de Michael Jackson fizeram uma rara aparição pública sem o véu com o qual Michael os protegia da mídia.

Vídeos de apresentações do cantor e clips foram exibidos, nos quais Michael Jackson cantava, dançava o seu passo "moonwalk" e era adorado pelas plateias.

"Quanto mais eu penso sobre Michael e falo sobre Michael, mais eu penso que 'rei do pop' não era o suficiente para ele", disse o fundador da Motown Records Berry Gordy, que contratou os Jackson 5 em 1968. "Ele é simplesmente o maior artista que já existiu."

A cerimônia de duas horas teve como foco as conquistas musicais de Michael Jackson, ofuscadas, principalmente, nos últimos dez anos pelas acusações de abusar sexualmente de menores de idade.

A morte repentina do cantor por problemas cardíacos em Los Angeles, em 25 de junho, aos 50 anos, chocou fãs no mundo todo e levou os seus discos clássicos ao topo das paradas.

Em visita à Rússia, o presidente dos Estados Unidos, Barack Obama, declarou que o cantor foi "um dos maiores artistas da nossa geração, talvez de qualquer geração". Ele acrescentou: "Acho que como Elvis, Sinatra, Beatles, ele se tornou parte central da nossa cultura."

Em 45 anos de carreira, Michael Jackson ganhou 13 Grammys. Suas ações de caridade ajudaram crianças, e ele também contribuiu para abrir o mundo do pop e das celebridades para os afro-americanos.

O memorial foi transmitido ao vivo pelas redes nacionais de TV norte-americanas. Segundo a companhia de Internet Akamai, foi o evento mais visto na web desde a posse de Obama, em janeiro.

Berry Gordy foi um dos poucos que fez referência aos problemas recentes do astro. "Claro que houve momentos tristes e talvez decisões questionáveis da parte dele, mas Michael Jackson conseguiu tudo o que sonhou conseguir."

"NADA ESTRANHO" COM PAPAI

Michael Jackson estava prestes a retomar a carreira. A definição do exato motivo da sua morte ainda depende de exames toxicológicos.

Líder dos direitos civis, Al Sharpton, que tem atacado os meios de comunicação por causa da atenção demasiada que davam à vida de Michael, trouxe uma mensagem para os três filhos do cantor.

"Não havia nada estranho com o pai de vocês. Estranho foi com que o seu pai teve de lidar", afirmou ele, para aplausos da plateia.

As crianças, Prince Michael, 12, Paris e Prince Michael II, 7 anos, apareceram com a família no palco para um coro de "We Are the World" e "Heal the World."

Paris, em lágrimas, pegou o microfone e disse: "Desde que eu nasci o meu pai tem sido o melhor pai que alguém pode imaginar, e eu só queria dizer que eu o amo muito."

Mais cedo, também nesta terça, familiares e amigos próximos participaram de uma cerimônia curta no cemitério de Los Angeles, antes de levarem o caixão com o corpo do cantor para o memorial. Ainda não se sabe ao certo onde ele será enterrado.

A polícia estimara que mais de 250 mil pessoas se concentrariam do lado de fora da arena, mas a multidão, ordeira, foi bem menor do que se esperava. Muitos pareceram ter ficado em casa para ver a cerimônia pela TV.

A prestação dos serviços públicos envolvidos na cerimônia devem custar à cidade de Los Angeles US$ 4 milhões. A cidade está pedindo doações pela Internet para arcar com os gastos.

(Reportagem adicional de Jill Serjeant, Alex Dobuzinskis e Jim Finkle)

sexta-feira, 26 de junho de 2009

Uso de remédios é dúvida chave na morte de Michael Jackson



Por Mary Milliken e Laura Isensee

LOS ANGELES (Reuters) - Médicos examinaram nesta sexta-feira o corpo de Michael Jackson em busca de indícios da causa da morte repentina do "rei do pop", enquanto a família e amigos disseram que um possível medicamento prescrito ao cantor que preparava seu retorno aos palcos poderia ser o motivo.

Um advogado da família disse na sexta-feira que se preocupava com a ideia de que o uso pelo cantor de medicamentos receitados devido a fraturas sofridas ao dançar pudesse acabar sendo fatal e que o círculo de pessoas mais próximas a Jackson vinha ignorando seus avisos.

Um membro da família de Jackson disse ao site TMZ.com que o cantor recebeu uma injeção do analgésico Demerol antes de sofrer a parada cardíaca em sua casa alugada, por volta do meio-dia da quinta-feira no horário local. Pouco depois, o site divulgou que Jackson morrera num hospital de Los Angeles.

O Instituto Médico Legal de Los Angeles disse que a autópsia iniciada nesta sexta-feira pode levar de seis a oito semanas para determinar a causa da morte, que provavelmente terá que aguardar os resultados de exames toxicológicos. Estes vão determinar se Jackson tinha drogas, álcool ou medicamentos receitados em seu organismo.

O presidente dos Estados Unidos, Barack Obama, disse que Jackson era um "artista espetacular", mas que alguns aspectos da sua vida eram "tristes e trágicos", disse a Casa Branca.

A morte de Jackson fez manchetes em todo o mundo. A TV e as rádios tocaram seus maiores sucessos, de "Thriller" a "Billie Jean", e os sites de relacionamento social foram bombardeados com mensagens e homenagens de fãs e músicos.

"É tão triste e chocante", disse o ex-Beatle Paul McCartney. "Me sinto privilegiado por ter trabalhado e passado tempo com Michael. Ele foi um menino homem de talento imenso e alma gentil. Ele será lembrado para sempre."

LEGIÕES DE FÃS

Quando o dia amanheceu no Hollywood Boulevard, fãs se reuniram diante da estrela de Jackson na Calçada da Fama para prestar homenagem ao ex-menino-prodígio que se tornou um dos artistas pop de maiores vendas de todos os tempos, antes de mergulhar num estilo de vida estranho e recluso, em meio a acusações de abuso sexual infantil.

"Sua música foi a trilha sonora da minha infância", disse Tassa Hampton, 32 anos, ajoelhando-se para acender uma vela em meio à pilha crescente de flores e pôsteres.

A família do cantor ainda não divulgou informações sobre o funeral. Na noite de quinta, o corpo de Jackson foi levado de helicóptero do hospital para o Instituto Médico Legal.

O advogado Brian Oxman, porta-voz da família Jackson, disse na sexta ao "The Early Show", da CBS, que estava preocupado com os medicamentos receitados por médicos que Jackson tomava devido a ferimentos sofridos em apresentações.

"Não quero apontar culpados porque quero ouvir o que dizem os exames toxicológicos e os médicos legistas, mas a verdade é que Michael Jackson tinha medicamentos receitados à sua disposição em todos os momentos", disse Oxman.

O TMZ informou que o médico que vivia na casa de Jackson está desaparecido. Uma fonte da polícia disse ao site que o médico, cujo nome não é conhecido, deu uma injeção a Jackson antes de o cantor morrer.

Diante de sua reputação prejudicada e de uma dívida enorme que, segundo o Wall Street Journal, chegava a 500 milhões de dólares, Jackson passara os últimos dois meses ensaiando para os concertos.

Um processo complexo começou em Londres para reembolsar as pessoas que compraram ingressos para os shows, incluindo os que compraram de revendedores não autorizados. Um par de passes VIP foi oferecido recentemente no eBay por 16 mil libras (mais de 25 mil dólares).

Com sua morte, a música de Jackson desfruta um renascimento comercial que ele não tinha havia anos. Em poucas horas suas canções ocupavam os 15 primeiros lugares entre os álbuns mais vendidos pela loja online Amazon.com.

750 MILHÕES DE CÓPIAS VENDIDAS

Jackson é considerado um dos mais bem-sucedidos artistas do século passado, com vendas estimadas de 750 milhões de discos e 13 prêmios Grammy.

Mas a reputação de Jackson por sua música e sua dança foi ofuscada pelos recentes anos de aparência cada vez mais anormal e estilo de vida esquisito, o que inclui a amizade com um chimpanzé e a preferência da companhia de crianças.

Ele batizou uma propriedade na região central da Califórnia de Rancho de Neverland Valley (ou Rancho do Vale da Terra do Nunca, numa tradução para o português), em homenagem à história de Peter Pan, escrita por J. M. Barrie. O local tinha um parque e um zoológico de animais de estimação.

Jackson foi acusado por duas vezes de molestar jovens e foi formalmente indiciado em 2003 de abuso sexual de crianças. Ele se tornou ainda mais recluso após sua absolvição em 2005 e prometeu que nunca mais moraria em seu rancho.

Apesar dos relatos de problemas na saúde do cantor, os promotores dos shows de Londres, a AEG Live, afirmaram em março que Jackson havia passado por uma série de exames de quatro horas e meia com médicos independentes.

MOONWALK

Jackson nasceu em 29 de agosto de 1958, na cidade de Gary, Estado de Indiana. Ele era o sétimo de nove filhos e atuou ao lado de seus irmãos no grupo Jackson 5.

O álbum "Thriller", de 1982, emplacou sete músicas entre as dez mais tocadas. O disco vendeu 21 milhões de cópias nos Estados Unidos e ao menos outras 27 milhões ao redor do mundo.

No ano seguinte, ele mostrou ao mundo seu passo de dança conhecido como "moonwalk", no qual ele desliza de costas no palco, quando cantava "Billie Jean" durante especial da emissora NBC. O passo se tornou uma de suas marcas registradas.

Em 1994, o cantor casou-se com a única filha de Elvis Presley, Lisa Marie, mas o casamento acabou em divórcio em 1996.

Jackson casou-se com Debbie Rowe em 1996 e teve dois filhos antes de se separar novamente em 1999. Ele teve um outro filho cuja mãe não foi identificada.

Ele deixa os três filhos chamados Prince Michael I, Paris Michael e Prince Michael II, este último conhecido por uma breve aparição pública quando o pai o chacoalhou em uma janela de hotel, gerando duras críticas.

segunda-feira, 22 de junho de 2009

Dólar supera R$2 com nervosismo externo e aversão a risco

SÃO PAULO (Reuters) - O dólar teve a maior alta percentual em mais de três meses ante o real nesta segunda-feira, ficando acima dos 2 reais pela primeira vez em quase quatro semanas, acompanhando o nervosismo no cenário externo e o aumento da aversão a risco.

A moeda norte-americana avançou 2,48 por cento, cotada a 2,023 reais para venda, maior nível desde 25 de maio, quando terminou a 2,025 reais.

É a mais forte alta do dólar desde 2 de março, sessão em que disparou 3,04 por cento.

"Hoje o que a gente tem é uma pressão muito forte vindo das commodities e isso está fazendo o dólar subir aqui e lá fora", considerou Luis Piason, gerente de câmbio da Corretora Concórdia.

Piason disse que o cenário está favorável a correções nas bolsas de valores, o que, segundo ele, também estimula um ajuste no mercado de câmbio.

No momento de maior desvalorização do dólar ante o real este ano, a divisa norte-americana chegou a cair 21,3 por cento. Para Piason, é provável que o dólar devolva parte dessa perda no curto prazo.

"Na realidade, as bolsas não estavam com fôlego para seguir em frente. É uma mini bolha especulativa que está estourando e o câmbio (local) está acompanhando esse contexto", acrescentou.

O front acionário espelhava o receio dos investidores quanto a uma recuperação verdadeira da economia. Na Europa, os índices fecharam no menor patamar em cinco meses, pressionados pela fraqueza dos preços do petróleo. A commodity teve recuo de 3,8 por cento.

Nos Estados Unidos, as bolsas de valores operavam em forte baixa no momento em que os negócios no câmbio doméstico se encerraram. O nervosismo lá fora contaminava em cheio o mercado de ações brasileiro. O principal indicador acionário da bolsa paulista cedia mais de 3 por cento no final da tarde.

Esse pessimismo era corroborado por um relatório do Banco Mundial divulgado nesta segunda-feira, que piorou seu prognóstico para a performance da economia global neste ano, para contração de 2,9 por cento, ante projeção anterior de queda de 1,7 por cento.

Para o Brasil, a entidade estima uma contração de 1,1 por cento neste ano, ante cenário anterior de crescimento de 0,5 por cento.

"O cenário lá fora dá condições para que os investidores apresentem um pouco mais de cautela e isso vai refletir em menores investimentos em bolsas e ativos de emergentes", afirmou o gerente de câmbio de um banco nacional que preferiu não se identificar.

No acumulado até 17 deste mês, os estrangeiros já tiraram do mercado acionário brasileiro 1,304 bilhão de reais.

Frente a uma cesta com as principais divisas mundiais, o dólar subia 0,5 por cento no final da tarde.

"A diminuição desse movimento ocorre em função do crescimento a aversão a risco que os mercados têm mostrado, pelo menos no curto prazo", completou.

No final da tarde, o Banco Central prosseguiu com os leilões de compra de dólares no mercado à vista. A taxa de corte da operação foi de 2,0235 reais.

Na roda de pronto da BMF Bovespa, segundo dados preliminares, o volume de dólar negociado no segmento à vista somava cerca de 1,4 bilhão de dólares.

(Reportagem de José de Castro)

quarta-feira, 10 de junho de 2009

Dólar sobe espelhando aversão a risco e fraqueza de bolsa

SÃO PAULO (Reuters) - O dólar acompanhou o aumento da aversão a risco em nível mundial e subiu ante o real nesta quarta-feira, numa sessão fraca por conta da proximidade do feriado de Corpus Christi.

A moeda norte-americana foi pressionada, no mercado doméstico, por um movimento global de valorização e pelo receio de eventual mudança na taxa básica de juros dos Estados Unidos.

O dólar avançou 0,67 por cento, cotado a 1,951 real para venda. No início do dia, a divisa norte-americana chegou a cair 0,57 por cento, mas reverteu a trajetória perto do encerramento dos negócios da manhã.

Ante uma cesta com as principais divisas globais, o dólar subia cerca de 0,6 por cento no final da tarde.

"O mercado abriu relativamente tranquilo, mas aí veio o assunto da possível mudança na política monetária dos Estados Unidos. Isso criou tensão", avaliou Reginaldo Galhardo, gerente de câmbio da Treviso Corretora.

Segundo a diretora de câmbio da AGK Corretora, Miriam Tavares, o aumento do déficit fiscal norte-americano acendeu a preocupação sobre uma mudança na política monetária do Federal Reserve, antecipando uma alta na taxa de juros.

"A preocupação de que o Fed terá que aumentar a taxa e reduzir a injeção de liquidez na economia diminiu o apetite dos investidores por ativos de maior risco", disse.

O Tesouro dos Estados Unidos anunciou que o país teve déficit orçamentário de 189,65 bilhões de dólares em maio, acima do previsto e perfazendo o oitavo mês seguido de saldo negativo.

O leilão de Treasuries de 10 anos refletiu a preocupação com o custo de financiamento do crescente déficit fiscal dos EUA. Os preços dos Treasuries caíram, elevando os rendimentos para 4 por cento pela primeira vez em oito meses.

Os sintomas de aumento da aversão a risco eram reverberados pelas bolsas de valores de Nova York, que caíam no final da tarde por preocupações de que uma elevação do juro possa frear os gastos de consumidores.

Os índices em Wall Street cediam em torno de 0,5 por cento, enquanto o principal índice da bolsa paulista marcava baixa de 0,3 por cento.

FLUXO CAMBIAL

O Banco Central divulgou o fluxo cambial da primeira semana de junho, período em que as entradas de recursos superaram as saídas em 550 milhões de dólares.

Isso resultou de saldo positivo nas operações comerciais de 670 milhões de dólares e negativo nas transações financeiras em 120 milhões de dólares.

Em maio, o fluxo cambial havia ficado positivo em 3,134 bilhões de dólares. No ano, o país acumula entrada líquida de 2,140 bilhões de dólares.

Miriam, da AGK Corretora, destacou que o fluxo cambial refletiu uma pausa nas aplicações dos investidores estrangeiros em bolsa. "Houve uma pausa nas compras dos investidores estrangeiros em bolsa, que só deve voltar a subir com mais força com novas notícias positivas."

O BC também informou a compra de 589 milhões de dólares no mercado à vista por intermédio de leilões diários neste mês, até o dia 3 (operações liquidadas até o dia 5). O volume é superior à entrada líquida de dólares no país no mesmo período, que somou apenas 16 milhões de dólares.

De acordo com os números mais recentes da BMF Bovespa, o volume de dólar negociado no segmento à vista era de pouco mais de 1 bilhão de dólares.

(Reportagem de José de Castro, Jenifer Corrêa e Silvia Rosa)

sábado, 6 de junho de 2009

Susan Boyle deixa clínica e prevê possível sucesso nos EUA


LONDRES (Reuters Life!) - Susan Boyle, que se tornou superestrela global depois de aparecer num programa de talentos na TV britânica, deixou a clínica de Londres onde estava sendo tratada para exaustão, disse seu irmão nesta sexta-feira.

A cantora amadora escocesa de 48 anos, cuja performance no programa "Britain's Got Talent" em abril foi descarregada quase 200 milhões de vezes na Internet, foi internada na clínica Priory no domingo, em meio a receios quanto a sua saúde mental.

"Ela está bem mais feliz", disse seu irmão Gerry à GMTV. "Ela pareceu bem mais normal. Acho que as coisas estão ficando mais claras para ela agora, e ela está mais contente. Acredito que ela está num apartamento em Londres."

Desarrumada e nem um pouco glamurosa, a voluntária de igreja desempregada contestou as ideias dos espectadores sobre como deve ser uma estrela.

Boyle virou foco de atenção da mídia, com equipes de TV acampadas diante de sua casa e Larry King e Oprah Winfrey convidando-a para aparecer em seus programas de TV americanos.

Mas, com a aproximação da final do programa de talentos, no sábado passado, Boyle -- que sofreu falta de oxigênio ao nascer, o que a levou a sofrer leve dano cerebral -- começou a mostrar sinais de estresse, chorando com frequência e ameaçando desistir do concurso.

Depois de não ter vencido a final, apesar de seu favoritismo avassalador, ela foi internada numa clínica particular, sofrendo de exaustão emocional.

Seu futuro financeiro é visto como estando assegurado, apesar de ter perdido a final para a trupe de dança Diversity, já que se prevê Simon Cowell, o criador do "Britain's Got Talent", e seu selo musical Syco assinem contrato com ela para um álbum.

Já se aventou a possibilidade de um filme de Hollywood sobre ela.

"Agora é discutir o futuro da carreira dela", disse o irmão de Boyle.

"Ela está absorvendo o fato de que os EUA têm interesse enorme por ela. Ela está começando a acreditar que vai de fato ter uma carreira como cantora. É tudo o que ela sempre quis."

Gerry Boyle se disse a favor de que Simon Cowell administre a carreira de Boyle como cantora.

"Simon Cowell já deu alguns giros na pista de dança, não é verdade? Tenho certeza de que ele sabe que tem uma pessoa que já rompeu as barreiras dos EUA antes mesmo de chegar lá e que Simon fará um bom trabalho por ela."

O irmão de Susan Boyle também confirmou que a cantora espera apresentar-se diante do presidente americano Barack Obama.

(Reportagem de Mike Collett-White)

terça-feira, 21 de abril de 2009

Bolsas dos EUA se recuperam e fecham em alta por Geithner

Por Leah Schnurr

NOVA YORK (Reuters) - As bolsas de valores dos Estados Unidos fecharam em alta nesta terça-feira após o secretário do Tesouro, Timothy Geithner, indicar que a maioria dos bancos tem reservas suficientes contra possíveis perdas, estimulando uma recuperação das ações do setor bancário.

Lucros de empresas como a United Technologies Corp. também impulsionaram os ganhos.

As ações do JPMorgam Chase & Co avançaram mais de 9 por cento e lideraram o índice Dow Jones, um dia após preocupações com o setor bancário derrubar seus papéis para o menor patamar desde 5 de março.

"Houve uma preocupação de que os bancos pudessem precisar de capital adicional, mas seus comentários foram que a maior parte dos bancos estão adequadamente capitalizados", disse Bucky Hellwig, vice-presidente da Morgan Asset Management, em Birmingham, Alabama.

O índice Dow Jones, referência da bolsa de Nova York, subiu 1,63 por cento, para 7.969 pontos. O termômetro de tecnologia Nasdaq avançou 2,22 por cento, para 1.643 pontos. O índice Standard & Poor's 500 ganhou 2,13 por cento, para 850 pontos.

As ações da United Tech, a maior fabricante de elevadores e ar condicionado do mundo, valorizaram-se em 4,8 por cento, para 47,99 dólares, após a companhia superar expectativas de lucro e informar que, apesar das encomendas continuarem em baixa, houve sinais de estabilização, principalmente na China.

segunda-feira, 23 de março de 2009

Bovespa decola 6% após mapa do socorro a bancos nos EUA

Por Aluísio Alves

SÃO PAULO (Reuters) - O detalhamento do plano para livrar grandes bancos dos Estados Unidos de ativos podres provocou uma onda de euforia na Bovespa, cujo principal índice teve a maior alta diária em 12 semanas.

Com um salto de 5,89 por cento nesta segunda-feira, o Ibovespa alçou os 42.438 pontos --maior nível desde 6 de fevereiro. O giro financeiro da sessão foi de 4,77 bilhões de reais.

"O investidor gostou de ter sabido detalhes do plano para bancos", resumiu Ernesto Leme, diretor da Claritas Wealth Management, referindo-se às explicações do secretário do Tesouro norte-americano, Timothy Geithner.

Pela manhã, ele detalhou os termos do plano para limpar os balanços de grandes bancos, envenenados com os chamados ativos tóxicos. O plano consiste em parcerias público-privadas, com as quais o governo espera atrair investidores privados.

De saída, o Tesouro vai colocar até 100 bilhões de dólares --valor que, somado ao capital privado, pode alcançar 1 trilhão de dólares.

Foi o suficiente para tirar da defensiva vários investidores, que correram a comprar ações de bancos e de empresas de energia, setores que conduziram uma disparada de 6 a 7 por cento dos principais índices de Wall Street.

O mercado celebrou ainda a divulgação de um dado mostrando que a venda de moradias usadas nos Estados Unidos aumentou 5,1 por cento em fevereiro, a maior alta desde julho de 2003.

A bolsa paulista partilhou desse otimismo, em meio ao ingresso de recursos de estrangeiros, os mesmos investidores que já injetaram 550 milhões de reais em ações de empresas domésticas nos primeiros 17 dias de março.

BANCOS NO BRASIL

Antevendo o restabelecimento do crédito no plano internacional, os investidores também buscaram papéis de instituições financeiras domésticas. Um dos líderes de ganhos foi Itaú, saltando de 9,6 por cento, a 26,75 reais.

O banco anunciou nesta tarde que exerceu opção de compra de 3,6 por cento das ações da Redecard, o que lhe deu o controle majoritário da companhia.

Em linha com o mercado global de commodities, que também teve um dia de fortes altas, as blue chips domésticas ajudaram a levantar o índice. Petrobras saltou 6,05 por cento, para 30,86 reais. Vale subiu 4,8 por cento, a 28,40 reais.

Na contramão restou Gol, que desabou 7,05 por cento, a 7,25 reais. A companhia divulgou na madrugada de sábado que teve prejuízo de 687 milhões de reais no último trimestre de 2008, elevando a perda do ano a 1,4 bilhão de reais. E anunciou também um aumento de capital de 203,5 milhões de reais.

(Edição de Daniela Machado)

sexta-feira, 13 de março de 2009

Ibovespa interrompe série de 3 altas, mas ganha na semana

SÃO PAULO (Reuters) - A um pregão do exercício de opções, o principal índice da Bovespa não teve fôlego para acompanhar a recuperação de Wall Street e acabou fechando em baixa.

Nesta sexta-feira, o Ibovespa interrompeu uma sequência de três dias no azul e recuou 0,35 por cento, para 39.015 pontos. Na semana, o indicador acumulou alta de 5,15 por cento.

O volume financeiro da bolsa foi de 3,67 bilhões de reais, em linha com a média dos últimos dias.

As ações da Vale e da Companhia Siderúrgica Nacional encabeçaram a lista das que mais pesaram na queda do Ibovespa.

"Isso acontece diante da expectativa de que o crescimento da China vai ser menor, o que implica em demanda menor por commodities", afirmou Ricardo Tadeu Martins, gerente de pesquisa da Planner Corretora.

Vale perdeu 1,85 por cento, para 26,60 reais, enquanto CSN tombou 2,88 por cento, a 32,34 reais.

Os papéis da Gerdau caíram 3,15 por cento, para 11,67 reais.

Na ponta contrária, Petrobras registrou alta de 0,54 por cento, a 27,70 reais.

Alguns papéis ligados ao varejo se beneficiaram da divulgação de que as vendas do setor subiram em janeiro, ao contrário das expectativas.

As ações das Lojas Americanas ganharam 6,68 por cento, a 6,71 reais, e as das Lojas Renner avançaram 3,62 por cento, para 15,44 reais.

"Temos que lembrar que alguns desses papéis já vinham se recuperando com o corte do juro (básico)", acrescentou o gerente da Planner. Na noite de quarta-feira, o Banco Central anunciou a decisão de reduzir em 1,5 ponto percentual a Selic, para 11,25 por cento ao ano.

Nos Estados Unidos, o dia foi volátil. As bolsas de valores abriram em alta após o Citigroup informar que não precisa de mais recursos do governo, perderam força à tarde e voltaram a subir no fechamento.

(Por Daniela Machado)

terça-feira, 3 de março de 2009

Vale ajuda alta da Bovespa em meio a desânimo

Por Denise Luna

RIO DE JANEIRO (Reuters) - Depois de um dia inteiro de muita volatilidade, o mercado acionário brasileiro encerrou enfraquecido e desanimado com a falta de boas notícias, mas resistiu à queda de Wall Street e conseguiu fechar em leve alta.

No auge da melhora ao longo do dia, motivada por declarações otimistas do presidente dos Estados Unidos, Barack Obama, o Ibovespa chegou a ultrapassar os 37 mil pontos, recuando para 36.467 pontos no fechamento, uma alta de 0,64 por cento em relação à véspera. O volume financeiro foi de 3,9 bilhões de reais.

A ajuda no mercado brasileiro veio principalmente dos papéis da mineradora Vale, puxados para cima pela melhora das commodities no cenário internacional e recomendações de compra das ações da companhia por grandes bancos.

A empresa está em plena negociação para fechar o preço do minério para 2009 e analistas já reduziram o tamanho do desconto que o produto deve receber. Em outubro de 2008 chegou a se pensar em queda de 80 por cento e atualmente se especula algo entre estabilidade e queda de 20 por cento.

"A Vale passou o dia todo forte, chegou a subir mais de 4 por cento, ajudou a segurar o mercado", destacou o o analista Gustavo Alcântara, da SLW Corretora.

Em contrapartida, as ações da Petrobras encerraram o dia em queda, mesmo com a alta de quase 4 por cento do petróleo, refletindo perspectivas pessimistas para o balanço da companhia que será divulgado na sexta-feira. Segundo analistas, o lucro será menor do que no trismetre anterior devido à queda do preço da commodity.

As ações da Petrobras, as mais negociadas, encerraram o dia em tímidos 24,80 reais, queda de 0,88 por cento.

"O balanço não deve vir bom por causa do preço do petróleo e o mercado teme dificuldades da empresa em reduzir o custo operacional", explicou o analista.

Para o analista da SLW, ainda faltam notícias positivas mais concretas para estimular o mercado, e a tendência é de que a semana continue em ritmo lento.

"O mercado ainda está muito fragilizado. Para ter uma melhora consistente tem que vir melhora do mercado norte-americano, o que não está acontecendo", avaliou o analista.

quinta-feira, 26 de fevereiro de 2009

Disparada de commodities amortece pessimismo com Wall Street

Por Aluísio Alves

SÃO PAULO (Reuters) - Uma recuperação acentuada dos preços de commodities internacionais amorteceu a influência negativa de Wall Street sobre o principal índice da Bovespa, que entretanto fechou no vermelho pela terceira vez.

A virada nos últimos instantes fez o Ibovespa terminar o dia desvalorizado em 0,13 por cento, aos 38.180 pontos. O movimento financeiro da sessão totalizou apenas 3,38 bilhões de reais.

"O que salvou o índice foi a alta de Petrobras e Vale", disse Pedro Galdi, analista da corretora SLW.

O petróleo superou os 45 dólares o barril após os Emirados Árabes anunciarem cortes maiores em seu fornecimento para a Ásia para o mês de abril, em um sinal de que a Opep poderá reduzir mais a produção.

Esse movimento influenciou outros mercados de commodities, como o de metais, levando Vale a subir 0,2 por cento, para 26,56 reais.

Os papéis da Petrobras fecharam o dia em alta de 1,03 por cento, negociados a 26,52 reais.

Na primeira parte do dia, o otimismo chegou a ser maior, depois que o presidente dos EUA, Barack Obama, anunciou a proposta de Orçamento para 2009, contemplando uma ajuda adicional de até 750 bilhões de dólares para os bancos atingidos pela crise.

Foi o suficiente para abrandar a decepção com uma bateria de novas notícias ruins. No setor privado, o Royal Bank of Scotland reportou prejuízo recorde de 34,3 bilhões de dólares em 2008, enquanto a General Motors anunciou que teve perda líquida de 30,9 bilhões de dólares no mesmo ano.

Enquanto isso no plano macroeconômico, os Estados Unidos anunciavam que as encomendas de bens duráveis atingiram em janeiro o menor nível em seis anos, que os pedidos de auxílio-desemprego atingiram novo recorde em fevereiro e que as vendas de novas moradias caíram para novo piso em janeiro. Na zona do euro, a confiança econômica atingiu recorde de baixa.

No meio da tarde, já olhando para novos indicadores que serão divulgados nesta sexta-feira, entre eles o PIB norte-americano do quarto trimestre, os investidores retomaram a postura defensiva.

Os principais índices de Wall Street fecharam com desvalorização de mais de 1 por cento.

Na bolsa paulista, os destaques de alta e de baixa atenderam a notícias corporativas. Na ponta de cima, Eletropaulo saltou 4,6 por cento, para 29,21 reais, depois de uma decisão do Supremo Tribunal Federal que deu à empresa o direito de restituir 194 milhões de reais em impostos pagos indevidamente.

No extremo oposto, Redecard mergulhou 6,9 por cento, para 23,90 reais, no dia em que a companhia confirmou que pediu à Comissão de Valores Mobiliários o registro para realizar uma oferta pública secundária de ações que pertencem ao Citibank.

(Edição de Eduardo Simões)

segunda-feira, 23 de fevereiro de 2009

Crise em Wall Street

Índice Dow Jones terminou com queda de 3,41%, aos 7.114 pontos.
Mercado repercute tensão sobre plano de ajuda aos bancos.

Os principais indicadores da bolsa de Nova York tiveram mais um pregão de perdas nesta segunda-feira, recuando para seus menores níveis desde 1997.

As perdas refletiram a tensão do mercado com a incerteza sobre detalhes do plano do governo para ajudar os bancos e rumores sobre a nacionalização das instituições financeiras.

Para completar o quadro, os investidores se desanimaram com a perspectiva de que os esforços do governo possam não ser suficiente para evitar o aprofundamento da recessão.

Indicadores

Ao final das negociações, o índice industrial Dow Jones teve recuo de 3,41%, para 7.114 pontos, perdendo 250 pontos e atingindo o patamar mais baixo desde maio de 1997.

Já o indicador ampliado S&P 500 caiu 3,47%, aos 743 pontos, pontuação mais reduzida desde abril do mesmo ano. Já a bolsa tecnológica Nasdaq fechou com perdas de 3,71%.

"(A queda) é um voto de 'não' do mercado ao que estamos tendo de Washington", disse Hank Smith, chefe de investimentos do Haverford Trust Co, sobre a notícia do Citigroup.

Somando-se ao mau humor, a rede CNBC informou que a seguradora American International Group (AIG) pode ter que pedir falência se o governo não der mais recursos. Segundo fontes, as partes estão em conversações sobre isso.

Falta de clareza

Marc Pado, analista financeiro da Cantor Fitzgerald, estimou que o mercado esperava mais clareza do governo em relação ao plano de resgate destinado aos bancos.

"É uma boa notícia para os bancos, pois o governo está dizendo para eles que aprovou mais recursos para ajudar, mas não é uma boa notícia para o mercado saber que os bancos precisam ser resgatados com dinheiro do governo", explicou Pado.

Rumores

O nervosismo do mercado veio após os reguladores do sistema bancário do país prometerem injetar nos bancos novos recursos, se necessário, e garantir a viabilidade das principais instituições por intermédio de um programa que será lançado na quarta-feira. No entanto, a avaliação do mercado é que não houve detalhes suficientes sobre a forma de atuação do governo, o que gerou incerteza.Além disso, mesmo com a insistência das autoridades que não haverá nacionalização dos bancos, o mercado operou saturado com rumores sobre uma iminente ação do governo.

Os boatos se iniciaram com a publicação de uma reportagem "no Wall Street Journal", segundo a qual o governo dos Estados Unidos negocia uma maior participação no Citigroup. O jornal disse que os contribuintes podem acabar com 40% do banco.

Rombo pela metade

Nem mesmo a promessa do presidente dos Estados Unidos, Barack Obama, de reduzir à metade o déficit fiscal do país - atualmente em US$ 1,3 trilhão - conseguiu animar os investidores.

Obama disse que é hora de ter uma "conversa franca" sobre o problema fiscal do país e afirmou que pretende cortar em 50% o rombo até o fim de seu mandato, em 2013.

Obama falou no começo de um encontro sobre de responsabilidade fiscal na Casa Branca, da qual participam cerca de 130 pessoas, e que tem como objetivo determinar o que fazer contra o crescente déficit fiscal do país a médio e longo prazo.

(Com informações de Reuters e France Presse)

sexta-feira, 20 de fevereiro de 2009

Temores com bancos voltam a abalar Wall Street

Por Ellis Mnyandu

NOVA YORK (Reuters) - As bolsas de valores dos Estados Unidos voltaram a cair nesta sexta-feira, com o índice Dow Jones fechando no menor patamar em seis anos e meio, com temores de que o governo seja forçado a nacionalizar alguns grandes bancos mesmo com a Casa Branca dizendo que dá apoio a um sistema de bancos privado.

O índice Dow Jones, referência da bolsa de Nova York, recuou 1,34 por cento, para 7.365 pontos. O termômetro de tecnologia Nasdaq caiu 0,11 por cento, para 1.441 pontos. O índice Standard & Poor's 500 teve desvalorização de 1,14 por cento, para 770 pontos.

Medos de que alguns dos principais bancos pudessem ser tomados pelo governo levaram o índice S&P 500 a caminhar para um fechamento no menor nível em 12 anos, antes que a Casa Branca divulgasse sua mais direta declaração sobre os bancos.

Mas embora o comentário tenha anulado as fortes perdas nas ações de bancos, o comentário da Casa Branca fracasou em lidar com as persistentes incertezas sobre como o governo resgatará bancos enfraquecidos.

"Nós temos tido uma perda de confiança porque o governo continua mudando sua estratégia, e quando isso acontece investidores não querem injetar capital no mercado", disse James Paulsen, estrategista-chefe de investimento na Wells Capital Management em Minneapolis.

Os papéis do Citigroup e do Bank of America, afetados por rumores de que seriam candidatos à nacionalização, fecharam em baixa de 22,3 por cento e 3,6 por cento, respectivamente.

Elas haviam caído mais de 35 por cento antes da declaração da Casa Branca.

Na semana, o índice Dow Jones acumulou queda de 6,2 por cento; o S&P 500 desvalorizou-se 6,9 por cento e o Nasdaq tombou 6,1 por cento.

Investidores veem a estabilização do setor bancário como crucial para que a economia se afaste de uma deterioração maior, com os empréstimos tanto para empresas como para consumidores ainda contraídos.

quarta-feira, 18 de fevereiro de 2009

Recessão nos EUA mantêm investidores na defensiva e Ibovespa cai

Por Aluísio Alves

SÃO PAULO (Reuters) - Confrontados com novas evidências de aprofundamento da recessão nos Estados Unidos, os mercados de ações tiveram outro dia de perdas, movimento seguido pela Bovespa, que zerou os ganhos do mês.

Influenciado pelo efeito da queda das commodities sobre algumas das ações mais importantes do mercado doméstico, o Ibovespa caiu 0,43 por cento, aos 39.674 pontos.

Com reforço do exercício dos contratos de índice futuro, o giro financeiro somou 5,1 bilhões de reais.

Depois da derrocada das bolsas na véspera, que derrubou os principais índices de Wall Street para perto dos menores níveis em 14 anos, os investidores apoiaram-se no anúncio de um novo pacote anticrise nos EUA, este para o setor imobiliário, um motivo para ir em busca de pechinchas.

O plano de 275 bilhões de dólares do presidente Barack Obama visa a ajudar até 9 milhões de famílias a salvarem seus planos de hipoteca.

Mas esse fio de esperança logo se esvaiu após a divulgação de que a produção industrial e a construção de moradias nos EUA caíram mais do que o esperado em janeiro, reforçando a leitura de que a recessão no país está se aprofundando.

"Mesmo com todos esses pacotes do governo, está ficando claro para os investidores que não há solução de curto prazo para os Estados Unidos", disse Hamilton Moreira, analista senior do BB Investimentos.

Os principais índices de Wall Street fecharam perto da estabilidade, depois de oscilarem o dia inteiro sem definir uma tendência firme.

Já o Ibovespa, mesmo enxugando boa parte das perdas já nos últimos minutos do pregão, não conseguiu amortecer totalmente a pressão também exercida pela queda do petróleo sobre Petrobras, que caiu 1,93 por cento, para 25,89 reais.

Os bancos, também refletindo o mau humor global com o setor, acrescentaram peso ao índice. Banco do Brasil, que divulga seus resultados do quarto trimestre nesta quinta-feira, foi o pior do segmento, com queda de 1 por cento, a 13,51 reais.

"Há uma cautela maior do investidor com a Bovespa, porque o mercado doméstico está com alta acumulada no ano, ao contrário de Wall Street, que tem perda", acrescentou Moreira.

Vale evitou uma perda maior do índice ao subir 1,9 por cento, para 29,61 reais, um dia antes de a mineradora divulgar seus resultados do quarto trimestre.

terça-feira, 17 de fevereiro de 2009

Recessão e setor bancário pressionam Wall Street

Por Ellis Mnyandu

NOVA YORK (Reuters) - O mercado de ações dos Estados Unidos operava em forte queda nesta terça-feira, à medida que investidores confrontavam sinais renovados de que a recessão está piorando, e temiam que esforços para estabilizar o abatido sistema financeiro talvez não sejam suficientes.

Às 14h14 (horário de Brasília), o índice Dow Jones, recuava 3,43 por cento, para 7.581 pontos. O índice Standard & Poor's 500 tinha desvalorização de 4,11 por cento, a 792 pontos, enquanto o termômetro de tecnologia Nasdaq operava em queda de 3,74 por cento, para 1.476 pontos.

O declínio fazia com que o índice S&P 500 operasse abaixo do patamar de 800 pontos pela primeira vez desde atingir o nível mais baixo do mercado em 21 de novembro, pressionado por papéis do setor financeiro, companhias do setor de energia e grandes manufatureiros.

Ações do Bank of America perdiam 10 por cento, negociadas a 5 dólares na Bolsa de Valores de Nova York, à medida que ações do JPMorgan recuavam aproximadamente 9 por cento, para 22,45 dólares. Wells Fargo caía mais de 7 por cento, para 14,64 dólares, enquanto o índice do setor bancário KBW perdia 7,9 por cento.

"Ainda há problemas no setor bancário, problemas em relação aos lucros corporativos, e nada do que vimos reverterá isso no curto prazo", disse Dan Greenhous, analista de mercado do Miller Tabak & Co em Nova York.

Antes da abertura do mercado nos Estados Unidos, um relatório mostrou que a produção manufatureira no Estado de Nova York caiu para um patamar recorde de baixa em fevereiro, o que se somava a temores de investidores de que o pacote de estímulo econômico do país não irá prover uma correção rápida dos problemas.

No Japão, dados mostraram na segunda-feira que a segunda maior economia do mundo se aprofundava na crise, diante da pior contração trimestral do país desde a crise do petróleo da década de 1970.

Ações do Wal-Mart eram as únicas que se valorizavam entre as 30 que compõem o índice Dow Jones, após a rede varejista ter registrado um lucro trimestral que superou as expectativas de Wall Street. As ações da rede se valorizavam 1,5 por cento.

quinta-feira, 12 de fevereiro de 2009

Congresso dos EUA fecha acordo para o polêmico "Buy American"

Por Susan Cornwell e Doug Palmer

WASHINGTON (Reuters) - Congressistas nos EUA chegaram a um acordo para aprovar os polêmicos artigos de incentivo à compra de produtos norte-americanos dentro do enorme pacote de estímulo econômico nos EUA, disse um parlamentar democrata na quarta-feira.

Canadá, União Europeia e Japão elogiaram na semana passada o abrandamento das regras apelidadas de "Buy American", uma orientação do presidente Barack Obama para não criar uma guerra comercial com outros países.

Mas países como China, Índia, Brasil e Rússia continuam incomodados com o atual plano de obras públicas dos EUA, incluído no pacote de 789 bilhões de dólares (que inclui gastos governamentais e renúncias fiscais, ambos para estimular a economia em recessão).

Na versão aprovada no Senado, todas as obras públicas do pacote seriam obrigadas a usar ferro, aço e outros produtos de fabricação norte-americana. A versão da Câmara falava apenas em ferro e aço, mas não incluía uma emenda, acrescentada na semana passada no Senado, que exigia que a regra fosse adotada de maneira consistente com as obrigações internacionais dos EUA.

O líder democrata na Câmara, Steny Hoyer, disse a jornalistas que a nova versão "foi modificada em grande medida de acordo com a linha do Senado". Ainda não foram divulgados mais detalhes do pacote resultante.

As siderúrgicas dos EUA, muito afetadas pela redução da demanda num ambiente de recessão, defendiam mais ênfase na regra "Buy American" como forma de criar empregos no setor.

A versão modificada dá ao Canadá, à União Europeia, ao Japão e a uma curta lista de outros parceiros alguma garantia de que eles poderão participar das obras públicas a serem criadas pelo pacote.

Outros países, que não tem acordos sobre compras públicas com os EUA, não terão esse acesso ampliado. Entre eles estão China, Índia, Brasil e Rússia.

O jornal International Business Daily, editado em chinês pelo Ministério de Comércio de Pequim, disse que o "Buy American" havia atraído forte oposição internacional.

"Antes que Obama pegue a caneta para assinar isso, deve pesar seriamente que 'comprar bens nacionais' pode 'provocar uma calamidade nacional'", disse o texto.

Autoridades japonesas disseram que, embora o país não seja afetado, outros serão, e isso pode ser um indício de protecionismo nos EUA.

A Câmara de Comércio dos EUA e muitos outros grupos também foram contra a regra, alegando que ela iria aumentar os custos das obras públicas e estimular outros países a adotarem medidas que fechem suas portas a produtos norte-americanos.

Na quarta-feira, a União Europeia fez um apelo de última hora ao Congresso dos EUA para que dê mais garantias de que empresas da UE não serão prejudicadas pelo "Buy American".

sexta-feira, 6 de fevereiro de 2009

Bovespa tem maior nível em 4 meses à espera de plano nos EUA

SÃO PAULO (Reuters) - A Bovespa seguiu a disparada de Wall Street nesta sexta-feira, em meio à aposta de que o aprofundamento da crise nos Estados Unidos vai facilitar a aprovação legislativa do pacote proposto pelo governo Obama.

O Ibovespa disparou 4,01 por cento, a 42.755 pontos, na maior pontuação desde 3 de outubro. O volume financeiro da sessão totalizou 5,36 bilhões de reais.

Diferentemente do habitual, o anúncio de que a taxa de desemprego nos EUA atingiu o maior nível em 16 anos foi entendido como fator adicional de pressão para que os congressistas aprovem o multibilionário pacote de estímulo econômico.

"É hora do Congresso agir. É hora de aprovar um plano de recuperação econômica e reinvestimento para fazer nossa economia se mover novamente", disse o presidente norte-americano, Barack Obama, classificando a notícia de mais demissões como "devastadora".

Nos EUA, os principais índices acionários avançavam cerca de 2,5 por cento a menos de uma hora do encerramento dos negócios.

"Tem uma expectativa combinada de estímulo à economia e também para ajudar os bancos", disse Álvaro Bandeira, diretor da corretora Ágora.

O secretário do Tesouro norte-americano, Timothy Geithner, vai divulgar na segunda-feira um "plano abrangente" para estabilizar o sistema financeira. A expectativa é de que ele apresente um menu de opções para "limpar" o balanço dos bancos de ativos considerados tóxicos.

DE OLHO NAS COMMODITIES

Além disso, diante de reiterados sinais de que a China está recompondo estoques de petróleo e minério de ferro, os investidores estrangeiros seguiram na ponta compradora das blue chips domésticas Petrobras e Vale, que carregaram o Ibovespa para a quarta alta consecutiva.

Petrobras avançou 4,2 por cento, a 27,10 reais, enquanto Vale teve ganho de 3,6 por cento, a 32,48 reais.

(Reportagem de Aluísio Alves)

quinta-feira, 22 de janeiro de 2009

Obama manda Exército planejar retirada do Iraque

WASHINGTON (Reuters) - O presidente dos Estados Unidos, Barack Obama, disse a líderes militares na quarta-feira que façam arranjos adicionais para a retirada das tropas norte-americanas do Iraque.

Em seu primeiro dia na Presidência, o novo presidente se encontrou com conselheiros militares e de segurança nacional, para discutir os conflitos no Afeganistão e no Iraque.

"Durante a conversa, pedi à liderança militar que faça todos os planos adicionais necessários para fazer uma retirada responsável do Iraque", disse Obama em um comunicado divulgado após a reunião.

Retirar as tropas do Iraque foi uma das principais promessas de campanha de Obama. Antes do estouro da crise econômica, a guerra era a maior preocupação dos eleitores.

Obama disse que a reunião foi produtiva e que vai se consultar com líderes militares do Pentágono nos próximos dias e semanas, a fim de avançar na discussão.

"Vamos fazer uma análise completa da situação no Afeganistão, para desenvolver uma política compreensiva para a região toda", disse.

(Por Jeff Mason)