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sábado, 19 de setembro de 2009

No RS, Lula diz que ainda não tem candidato a presidente

BRASÍLIA (Reuters) - Apesar de já ter propalado aos quatro cantos que a ministra Dilma Rousseff é o nome do governo para disputar a sucessão de 2010, o presidente Luiz Inácio Lula da Silva afirmou nesta sexta-feira que ainda não tem candidato ou candidata.

Ele garantiu porém, que fará campanha no ano que vem para alguém que represente a "continuidade".

"Eu ainda não tenho candidato, não tenho candidata, nem a governador nem a presidente, mas pode ficar certo que o ano que vem eu virei a Porto Alegre e a todo Brasil porque nós vamos eleger alguém para dar continuidade a tudo que nós estamos fazendo neste país", discursou ele em um evento no Rio Grande do Sul.

Nos últimos meses, cresceram rumores de um possível plano B para a Presidência, sobretudo após a ministra anunciar o tratamento contra um câncer. Auxiliares diretos de Lula, porém, asseguram de forma enfática que essa hipótese não existe.

Segundo uma fonte da Presidência, que falou na condição de anonimato após o discurso, o aparente recuo do presidente ao dizer que ainda não tem candidata pode ter tido a função de cumprir uma mera formalidade: evitar questionamentos na justiça eleitoral.

Lula falou da campanha em cima de um palanque. Defender o nome de Dilma Rousseff naquele momento --apesar de já tê-lo feito em entrevistas e outras oportunidades-- poderia trazer contestações. O Rio Grande do Sul é um Estado governado pelo PSDB, maior rival do PT, e cujo principal candidato, José Serra, está à frente nas pesquisas de opinião.

"O país não pode retroceder e voltar ao que era há 15 ou 20 anos", completou o presidente na defesa de um postulante governista.

Ele defendeu o pré-sal --provável trunfo eleitoral no ano que vem-- e disse que a exploração nas reservas gigantes jogarão o Brasil na posição de terceira ou quarta economia mundial nos próximos 15 anos.

Com popularidade em baixa nos EUA, Obama será celebrado na ONU

Por Louis Charbonneau

Nações Unidas (Reuters) - A popularidade do presidente dos Estados Unidos, Barack Obama, pode já ter tido dias melhores no seu país, mas ele continua incontestável no pedaço de Manhattan onde fica a sede das Nações Unidas, onde os países-membros da organização se reúnem na semana que vem.

Obama, segundo diplomatas, deve ser ovacionado quando discursar para os representantes dos 192 países da Assembléia-Geral da Organização das Nações Unidas (ONU).

Em casa, Obama tem procurado levantar a sua popularidade, destacando sinais da recuperação econômica norte-americana. O debate sobre a reforma do sistema de assistência social, porém, tem diminuído o número dos seus simpatizantes.

A última pesquisa Gallup aponta que a aprovação do presidente junto à classe média norte-americana está abaixo de 50 por cento.

Fora dos Estados Unidos, no entanto, Obama é amado. Uma recente pesquisa europeia mostra que 80 por centro dos entrevistados na União Européia e na Turquia o aprovam.

O discurso de Obama na quarta-feira é o principal evento da semana na Assembléia-Geral, segundo diplomatas. O presidente deve falar da política externa norte-americana e da necessidade de cooperação.

A recepção calorosa a Obama vai contrastar com as críticas que recebia o seu antecessor George W. Bush. Isso se deve em parte ao que Susan Rice, embaixadora norte-americana na ONU, descreveu como o "desprezo" que caracterizava as relações dos Estados Unidos com a comunidade internacional.

Mesmo diplomatas de países criticados pelos Estados Unidos por abusos contra os direitos humanos, proliferação nuclear e outros temas aguardam ansiosos as falas do presidente Obama na semana que vem.

"Estaremos escutando", afirmou um desses diplomatas. "Obama prometeu mudanças. Então deve evitar ameaças e intimidação."

quinta-feira, 10 de setembro de 2009

'Inflação oficial' tem retração e fecha agosto a 0,15%, aponta IBGE

Em julho, índice havia marcado 0,24%; acumulado do ano está em 2,97%.
Preço dos alimentos ficou estável com forte queda do leite pasteurizado.

O Instituto Brasileiro de Geografia e Estatística (IBGE) divulgou nesta quinta-feira (10) que o Índice Geral de Preços ao Consumidor (IPCA) ficou em 0,15% em julho, com retração de 0,09 pontos percentuais em relação a julho, quando o indicador marcou 0,24%. O resultado do IPCA de agosto foi o mais baixo em três anos.

A inflação mostrou queda também em relação ao mesmo mês do ano passado, quando o IPCA foi de 0,28%. No acumulado de 2009, o índice marca 2,97%. Em 12 meses, o percentual é de 4,36%.

O IPCA é considerada a "inflação oficial" do país, uma vez que é a utilizada para o cálculo da meta de inflação do governo federal, que é de 4,5% ao ano. O índice é calculado pelo IBGE desde 1980 e se refere às famílias com rendimento de 1 a 40 salários mínimos.

Editoria de arte G1/G1

Comportamento da inflação oficial nos 12 meses até agosto (Editoria de Arte/G1)

Segmentos

O preço dos alimentos ficou praticamente estável no mês passado (-0,01%). Contribuindo apra o resultado do segmento, o leite pasteurizado, que vinha apresentando fortes altas desde abril, teve queda de 6,61% em agosto. Apesar da baixa no mês passado, o produto ainda acumula alta superior a 25% no ano.

Entre os setores pesquisados, educação registrou a maior alta (0,83%) no mês passado. O segmento de cursos "diversos", como informática e idiomas, puxou as altas, com variação positiva de 1,95%. Já o ensino formal teve alta de 0,74%.

Capitais

Entre as capitais pesquisadas, três tiveram deflação no período (Recife, Rio de Janeiro e Salvador), enquanto São Paulo registrou a maior variação de preços (0,57%), com Curitiba e Fortaleza empatadas em segundo lugar (ambas com 0,35% de alta no mês de agosto).

quarta-feira, 2 de setembro de 2009

Índice emenda 4ª queda, mas Petrobras estende reação

Por Aluísio Alves

SÃO PAULO (Reuters) - As quedas acentuadas de grandes construtoras domésticas e o esvaziamento do otimismo com a retomada da economia norte-americana pesaram na bolsa paulista, que cravou a quinta sessão consecutiva no vermelho.

Num dia volátil, o Ibovespa fechou desvalorizado em 0,77 por cento, em 55.385 pontos, na mínima do dia. O giro financeiro do pregão totalizou 5,7 bilhões de reais.

No plano geral, novos índices da economia norte-americana chancelaram a visão recente de analistas, de que o pior da crise efetivamente foi superado, mas que os mercados podem ter exagerado nas apostas de recuperação rápida da economia.

Um dos dados do dia apontou que o setor privado dos EUA fechou 298 mil empregos em agosto, acima das previsões de economistas. Outro revelou que as encomendas à indústria do país subiram 1,3 por cento em julho, menos que o esperado.

Resultado: o Dow Jones, principal índice de ações da Bolsa de Nova York, caiu 0,32 por cento.

No plano doméstico, o setor imobiliário foi o destaque com anúncios de fusão e de ofertas de ações de construtoras, determinando as ações de melhor e pior desempenho da sessão da bolsa de maneira geral.

No Ibovespa, a pior foi Rossi Residencial, recuando 5,4 por cento, para 10,86 reais, depois de a companhia ter anunciado na terça-feira à noite que pretende captar até 600 milhões de reais com uma oferta de ações para financiar seu plano de expansão.

Gafisa, apontada em relatório do Merrill Lynch como candidata a também anunciar uma oferta de ações em breve, murchou 5,3 por cento, para 24,95 reais.

Fora do Ibovespa, o pedido para uma oferta de ações feito na véspera empurrou PDG Realty para uma queda de 4,3 por cento, a 24,40 reais. A construtora quer levantar de 750 milhões a 800 milhões de reais.

Abyara, Agra e Klabin Segall concordaram com proposta de fusão na Agre Empreendimentos, negócio que formará uma maiores empresas do setor imobiliário do país.

Com investidores ajustando os preços das ações à relação de troca sugerida, Agra desabou 11,1 por cento, para 4,48 reais. Abyara perdeu 2,2 por cento, a 4,16 reais. Do outro lado, Klabin Segall disparou 6,6 por cento, para 4,37 reais.

Cyrela, que tem participação na Agra e integra a carteira teórica do Ibovespa, encolheu 4,9 por cento, a 21,01 reais.

Segundo o presidente da Claritas Wealth Management, Ernesto Leme, a expectativa de que outras empresas possam engrossar a lista de pedidos de registro na CVM para vender ações, como também o fez a Cetip nesta quarta-feira, pode estar por trás da queda recente do Ibovespa.

"Alguns investidores podem estar realizando lucros com ações que subiram bastante recentemente para participar nos IPOs", disse.

O que protegeu o Ibovespa de uma perda maior foi Petrobras, cuja ação preferencial subiu 1,74 por cento, para 32,15 reais, com o melhor desempenho do índice.

Segundo Leme, a segunda alta seguida do papel refletiu a percepção do mercado de que a reação inicial negativa ao novo marco regulatório do pré-sal, divulgado na segunda-feira, foi exagerada.

(Edição de Cesar Bianconi)

terça-feira, 1 de setembro de 2009

Dólar tem 7a alta seguida e fecha acima de R$1,90

Por José de Castro

SÃO PAULO (Reuters) - O tom negativo nas principais bolsas de valores internacionais combinado com a alta do dólar no mercado global respaldou o sétimo avanço consecutivo da moeda norte-americana frente ao real.

O dólar registrou alta de 0,85 por cento nesta terça-feira, a 1,905 real. Foi o primeiro fechamento acima do patamar de 1,90 real desde 29 de julho.

Em sete sessões, a mais longa série de altas desde setembro do ano passado, a moeda norte-americana acumulou ganho de 4 por cento ante o real.

"Essa alta do dólar ocorreu por conta do cenário externo negativo. Não há um motivo concreto. É de fato realização de lucros e ninguém sabe ao certo se aquele momento otimista vai continuar", disse o operador de câmbio da B&T Corretora de Câmbio, Marcos Trabbold.

Nos mercados internacionais, os investidores mostravam-se receosos de que o otimismo que contagiou as bolsas de valores nos últimos meses possa ter ido longe demais. Nem números melhores sobre a economia norte-americana conseguiram dar um viés positivo à sessão.

Por lá, o Instituto de Gestão de Fornecimento (ISM, na sigla em inglês) mostrou que a atividade manufatureira expandiu-se em agosto pela primeira vez desde janeiro de 2008. Enquanto isso, as vendas pendentes de casas subiram em julho para o maior nível desde junho de 2007.

Mas o temor de que a valorização vista nos últimos tempos tenha sido exagerada levava os principais índices de Wall Street a ceder perto de 2 por cento no final da tarde, movimento acompanhado pela bolsa brasileira.

O cenário de maior aversão ao risco permitia que o dólar ganhasse 0,7 por cento ante suas principais rivais.

No mercado local, de acordo com números preliminares disponibilizados no site da BM&FBovespa, o volume negociado no segmento interbancário era de cerca de 2,5 bilhões de dólares em operações com liquidação em dois dias (D+2).

Valor de capitalização da Petrobras é desconhecido, diz Gabrielli

que for dado no momento sobre o tamanho da operação de capitalização da Petrobras é "especulação infundada", afirmou o presidente da companhia, José Sergio Gabrielli, nesta terça-feira.

O governo federal anunciou na segunda-feira o plano de capitalizar a empresa com o equivalente a aproximadamente 5 bilhões de barris de petróleo.

Segundo Gabrielli, o valor final da operação vai depender do preço que for estimado para o barril do petróleo, que por sua vez dependerá das condições do local onde estará esse óleo.

"Nós não estamos validando nenhum número. Vai depender da área que for definida, da potencialidade da área, dos investimentos necessários, são variáveis que hoje não estão determinadas", afirmou Gabrielli a jornalistas.

"Portanto nós não estamos dizendo nenhum valor relativo ao preço do barril", acrescentou.

Na véspera, circularam algumas estimativas, em Brasília, sobre o tamanho financeiro da operação da capitalização da Petrobras.

O senador Romero Jucá (PMDB-RR), líder do governo no Senado, afirmou que a capitalização poderia chegar a 50 bilhões de dólares, considerando um valor de 10 dólares para o barril de petróleo em estoque (nas reservas).

Esse seria, segundo ele, um valor aproximado do barril descontando os custos de produção.

(Reportagem de Denise Luna)