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quinta-feira, 11 de março de 2010

Mexicano Carlos Slim passa Bill Gates e é o mais rico do mundo, diz 'Forbes'


Empresário tem fortuna de US$ 53,5 bilhões, estima revista.
Brasileiro Eike Batista aparece em 8º na lista, com US$ 27 bilhões

O bilionário mexicano Carlos Slim Helú ultrapassou os norte-americanos Bill Gates, fundador da Microsoft, e Warren Buffet, megainvestidor e fundador da Berkshire Hathaway, e se tornou o homem mais rico do mundo em 2010, segundo ranking da revista "Forbes".

A fortuna de Slim é estimada em US$ 53,5 bilhões, um aumento de US$ 18,5 bilhões em relação ao ano passado e à frente dos US$ 53 bilhões de Gates e dos US$ 47 bilhões de Buffett.

Brasileiros

O brasileiro com a maior fortuna a aparecer na lista é Eike Batista, em oitavo lugar, com US$ 27 bilhões. Segundo a "Forbes", ele foi o integrante da lista que mais aumentou sua fortuna entre 2009 e 2010: o crescimento foi de US$ 19,5 bilhões. No ano passado, a posição de Batista na lista era 61º, com US$ 7,5 bilhões.

Eike Batista é dono do grupo EBX, que inclui as empresas MMX, de mineração; LLX, de logística; MPX, de energia; OGX, de petróleo; e OSX, de estaleiros. Com exceção da EBX e da OSX, as demais empresas têm capital aberto e ações negociadas na Bolsa de Valores de São Paulo (Bovespa).

Outros brasileiros na lista dos 100 mais ricos do mundo são Jorge Paulo Lemann, um dos controladores da InBev, com US$ 11,5 bilhões, na 48ª posição; e Joseph Safra, do Banco Safra, com US$ 10 bilhões, na 64ª posição.

Dez mais

O quarto mais rico do mundo é o indiano Mukesh Ambani, que vale US$ 29 bilhões, seguido pelo também indiano Lakshmi Mittal, com US$ 28,7 bilhões. Ambani controla a Reliance Industries, empresa com maior valor de mercado da Índia, enquanto Mittal preside a ArcelorMittal, a maior siderúrgica do mundo.

Completam os dez mais ricos do mundo o norte-americano Larry Ellison, da empresa de tecnologia Oracle, na 6ª posição, com US$ 28 bilhões; o francês Bernard Arnault, do conglomerado de luxo LVMH, com US$ 27,5 bilhões, na 7ª posição; o espanhol Amancio Ortega, do setor de varejo, com US$ 25 bilhões e na 9ª posição; e Karl Albrecht, alemão do setor de supermercados, com US$ 23,5 bilhões, na 10ª posição.

Bilionários

O número de bilionários no mundo subiu de 793 no ano passado para 1.011, segundo a Forbes, número ainda abaixo dos 1.125 contabilizados em 2008.

"Atualmente, os bilionários do mundo têm em média US$ 3,5 bilhões", informou a Forbes, o que representa um aumento de US$ 500 milhões em relação a 2009.

O ranking da Forbes inclui 97 pessoas que entraram na lista de bilionários pela primeira vez, incluindo 62 da Ásia, região que teve forte recuperação das bolsas de valores e muitas ofertas de ações no ano passado.

A China, com 64 bilionários, apareceu pela primeira vez depois dos EUA, com 403 bilionários, na lista. A Rússia está em terceiro, com 62 bilionários, muitos deles retornando ao ranking após terem saído no último ano devido à queda nos preços das commodities.

domingo, 4 de outubro de 2009

G7 pressiona por fortalecimento da moeda chinesa

Por Brian Love

ISTAMBUL (Reuters) - O G7 pediu neste sábado à China que fortaleça o iuan, mas não indicou como pode superar a resistência chinesa a sugestão ou solucionar outras tensões sobre cotações de moedas.

Os ministros das finanças do G7 e bancos centrais afirmaram, em comunicado após encontro em Istambul, que Pequim deve fortalecer sua controlada moeda para ajudar a corrigir os desequilíbrios no comércio global, que foi culpado por abastecer a crise global.

"Nós agradecemos o contínuo compromisso chinês de se dirigir a uma taxa cambial mais flexível, que deve levar à contínua valorização do Renminbi em termos efetivos e ajudar a promover um crescimento mais equilibrado na China e na economia mundial", afirmou o G7.

Mas a China, apesar dos insistentes pedidos, manteve a moeda praticamente estável contra o dólar desde que a crise financeira global começou a piorar em 2008.

A China não deu sinais neste sábado de que irá atender às pressões do G7.

"Nossa política cambial é muito clara", disse à Reuters Yi Gang, vice-presidente do banco central chinês, que está em Istambul para o encontro do Fundo Monetário Internacional.

Ele pontuou que a política continuará para enfatizar a estabilidade.

Quando perguntado se a China tem sofrido mais pressões de outros países para deixar o iuan se valorizar, ele disse: "continuaremos nossa atual política".

sábado, 19 de setembro de 2009

No RS, Lula diz que ainda não tem candidato a presidente

BRASÍLIA (Reuters) - Apesar de já ter propalado aos quatro cantos que a ministra Dilma Rousseff é o nome do governo para disputar a sucessão de 2010, o presidente Luiz Inácio Lula da Silva afirmou nesta sexta-feira que ainda não tem candidato ou candidata.

Ele garantiu porém, que fará campanha no ano que vem para alguém que represente a "continuidade".

"Eu ainda não tenho candidato, não tenho candidata, nem a governador nem a presidente, mas pode ficar certo que o ano que vem eu virei a Porto Alegre e a todo Brasil porque nós vamos eleger alguém para dar continuidade a tudo que nós estamos fazendo neste país", discursou ele em um evento no Rio Grande do Sul.

Nos últimos meses, cresceram rumores de um possível plano B para a Presidência, sobretudo após a ministra anunciar o tratamento contra um câncer. Auxiliares diretos de Lula, porém, asseguram de forma enfática que essa hipótese não existe.

Segundo uma fonte da Presidência, que falou na condição de anonimato após o discurso, o aparente recuo do presidente ao dizer que ainda não tem candidata pode ter tido a função de cumprir uma mera formalidade: evitar questionamentos na justiça eleitoral.

Lula falou da campanha em cima de um palanque. Defender o nome de Dilma Rousseff naquele momento --apesar de já tê-lo feito em entrevistas e outras oportunidades-- poderia trazer contestações. O Rio Grande do Sul é um Estado governado pelo PSDB, maior rival do PT, e cujo principal candidato, José Serra, está à frente nas pesquisas de opinião.

"O país não pode retroceder e voltar ao que era há 15 ou 20 anos", completou o presidente na defesa de um postulante governista.

Ele defendeu o pré-sal --provável trunfo eleitoral no ano que vem-- e disse que a exploração nas reservas gigantes jogarão o Brasil na posição de terceira ou quarta economia mundial nos próximos 15 anos.

Com popularidade em baixa nos EUA, Obama será celebrado na ONU

Por Louis Charbonneau

Nações Unidas (Reuters) - A popularidade do presidente dos Estados Unidos, Barack Obama, pode já ter tido dias melhores no seu país, mas ele continua incontestável no pedaço de Manhattan onde fica a sede das Nações Unidas, onde os países-membros da organização se reúnem na semana que vem.

Obama, segundo diplomatas, deve ser ovacionado quando discursar para os representantes dos 192 países da Assembléia-Geral da Organização das Nações Unidas (ONU).

Em casa, Obama tem procurado levantar a sua popularidade, destacando sinais da recuperação econômica norte-americana. O debate sobre a reforma do sistema de assistência social, porém, tem diminuído o número dos seus simpatizantes.

A última pesquisa Gallup aponta que a aprovação do presidente junto à classe média norte-americana está abaixo de 50 por cento.

Fora dos Estados Unidos, no entanto, Obama é amado. Uma recente pesquisa europeia mostra que 80 por centro dos entrevistados na União Européia e na Turquia o aprovam.

O discurso de Obama na quarta-feira é o principal evento da semana na Assembléia-Geral, segundo diplomatas. O presidente deve falar da política externa norte-americana e da necessidade de cooperação.

A recepção calorosa a Obama vai contrastar com as críticas que recebia o seu antecessor George W. Bush. Isso se deve em parte ao que Susan Rice, embaixadora norte-americana na ONU, descreveu como o "desprezo" que caracterizava as relações dos Estados Unidos com a comunidade internacional.

Mesmo diplomatas de países criticados pelos Estados Unidos por abusos contra os direitos humanos, proliferação nuclear e outros temas aguardam ansiosos as falas do presidente Obama na semana que vem.

"Estaremos escutando", afirmou um desses diplomatas. "Obama prometeu mudanças. Então deve evitar ameaças e intimidação."

terça-feira, 1 de setembro de 2009

Valor de capitalização da Petrobras é desconhecido, diz Gabrielli

que for dado no momento sobre o tamanho da operação de capitalização da Petrobras é "especulação infundada", afirmou o presidente da companhia, José Sergio Gabrielli, nesta terça-feira.

O governo federal anunciou na segunda-feira o plano de capitalizar a empresa com o equivalente a aproximadamente 5 bilhões de barris de petróleo.

Segundo Gabrielli, o valor final da operação vai depender do preço que for estimado para o barril do petróleo, que por sua vez dependerá das condições do local onde estará esse óleo.

"Nós não estamos validando nenhum número. Vai depender da área que for definida, da potencialidade da área, dos investimentos necessários, são variáveis que hoje não estão determinadas", afirmou Gabrielli a jornalistas.

"Portanto nós não estamos dizendo nenhum valor relativo ao preço do barril", acrescentou.

Na véspera, circularam algumas estimativas, em Brasília, sobre o tamanho financeiro da operação da capitalização da Petrobras.

O senador Romero Jucá (PMDB-RR), líder do governo no Senado, afirmou que a capitalização poderia chegar a 50 bilhões de dólares, considerando um valor de 10 dólares para o barril de petróleo em estoque (nas reservas).

Esse seria, segundo ele, um valor aproximado do barril descontando os custos de produção.

(Reportagem de Denise Luna)

terça-feira, 25 de agosto de 2009

Siderurgia vê retomada de produção com cautela

Por Alberto Alerigi Jr.

SÃO PAULO (Reuters) - As siderúrgicas podem se frustrar com a esperada recuperação do setor se retomarem a produção em um ritmo mais forte do que a volta da demanda por aço, afirmou nesta terça-feira o presidente do comitê econômico da Associação Mundial do Aço, Daniel Novegil.

"Há ainda muita volatilidade no mercado e a reativação dos alto-fornos agora pode frustrar a retomada do setor", disse Novegil, que também é presidente-executivo da produtora de aço Ternium.

Segundo ele, agora que os estoques do insumo voltaram aos níveis históricos, não se sabe exatamente se a compra de produtos siderúrgicos decorre de recomposição dos inventários ou por aumento do consumo aparente.

Dados da Associação Mundial do Aço indicam que 74 alto-fornos no mundo foram desligados entre o final de 2008 e o início de 2009, em meio ao agravamento da crise econômica global, a partir de um levantamento que engloba 119 siderúrgicas. Desse total inoperante, 36 alto-fornos já foram religados. Os dados não incluem números da China.

Pelos dados da entidade, o mundo tem capacidade instalada para produzir 1,8 bilhão de toneladas de aço por ano, mas o consumo previsto para 2009 é de cerca de 1,1 bilhão de toneladas. Em 2008, a capacidade era de 1,7 bilhão de toneladas e o consumo, de 1,3 bilhão.

Enquanto isso, o Brasil, com uma capacidade instalada que deve chegar a 41 milhões de toneladas no final do ano, projeta uma produção de 27,292 milhões de toneladas e vendas de 16,62 milhões em 2009, segundo o Instituto Aço Brasil, antigo Instituto Brasileiro de Siderurgia.

TOM DE CAUTELA

A opinião de Novegil encontrou eco em comentários de executivos das principais siderúrgicas brasileiras, Usiminas, Gerdau e CSN, que adotaram um tom de "otimismo cauteloso" sobre a indústria para os próximos trimestres.

"Lá fora, as coisas estão melhorando às custas de trilhões de dólares injetados nas economias. Não há ainda, de forma consistente, informação de para onde caminhará a economia", afirmou o presidente da CSN, Benjamin Steinbruch, comentando que "é preciso ter cuidado antes de se reconhecer que o pior já passou".

Segundo o executivo, a demanda no segundo semestre deste ano está forte, mas, para 2010, o cenário é nebuloso.

O excesso de capacidade produtiva de aço, segundo Novegil, está mais evidente na Europa, Japão e países integrantes do antigo bloco socialista.

A Europa tem excesso de 121 milhões de toneladas de capacidade produtiva, enquanto a América Latina tem sobra de 28 milhões de toneladas.

Apesar das ameaças de excesso de aço com o religamento de alto-fornos, Novegil afirmou que os preços de referência da bobina a quente começam a se recuperar. Em abril, estavam em 350 dólares a tonelada e avançaram para 525 dólares em agosto.

COMPETIÇÃO INTERNACIONAL

Com cerca de 700 milhões de toneladas de excesso de capacidade produtiva no mundo, a preocupação das siderúrgicas brasileiras voltou-se ao estabelecimento de mecanismos que as protejam de importações sob condições desleais. Além disso, os empresários também defenderam aceleração das reformas estruturais do Brasil, como na área tributária, e dos investimentos em infraestrutura.

"Protecionismo existe sim e precisamos aprimorar nossos mecanismos de defesa. É preciso um esforço maior do governo", disse José Armando de Figueiredo Campos, conselheiro da ArcelorMittal Brasil, defendendo também investimentos maciços do Brasil em infraestrutura.

Segundo o presidente da Associação Brasileira de Infraestrutura e Indústrias de Base (Abdib), Paulo Godoy, o Brasil elevou os gastos anuais em transporte e logística de 7 bilhões de reais para 15 bilhões de reais entre 2003 e 2008, mas a necessidade para a solução de gargalos competitivos seria de 24 bilhões de reais.

A preocupação com a competitividade das exportações também foi citada pelo presidente da associação de montadoras de veículos do país, Anfavea, Jackson Schneider. Segundo ele, a capacidade ociosa da indústria mundial de veículos é sete vezes maior que a produção brasileira de 3 milhões de unidades por ano.

O setor, que comprou no ano passado 7,4 milhões das 33,7 milhões de toneladas de aço produzidas no país, "não se sustenta apenas com o mercado interno", afirmou Schneider.

segunda-feira, 27 de julho de 2009

Governo pagará conta de acordo com Itaipu, diz ministro

BRASÍLIA (Reuters) - O ministro do Planejamento, Paulo Bernardo, afirmou nesta segunda-feira que o recente acordo realizado entre o Brasil e o Paraguai sobre a hidrelétrica binacional de Itaipu vai resultar em ônus para o governo brasileiro.

"Não vai ter aumento de preço de tarifa. A determinação é que isso não vai ter impacto para o consumidor", disse o ministro a jornalistas.

Questionado então se o governo vai pagar a conta do acordo com o Paraguai, Bernardo foi positivo. "Eu concluo que a resposta é afirmativa", afirmou, sem fornecer mais detalhes.

No sábado, em Assunção, o presidente Luiz Inácio Lula da Silva e o presidente paraguaio, Fernando Lugo, anunciaram que chegaram a um acordo sobre a comercialização da energia da usina, reivindicação antiga do país vizinho.

O Brasil disse que vai triplicar a quantia paga ao Paraguai pela cessão da energia gerada por Itaipu, além de permitir ao Paraguai a venda gradual do insumo no mercado brasileiro sem a intermediação da companhia estatal Eletrobrás.

O bônus anual pela cessão de energia gira em torno dos 120 milhões de dólares e poderia pular para 360 milhões de dólares com o acordo.

O tema foi debatido nesta segunda-feira na reunião semanal de coordenação que reúne o presidente Luiz Inácio Lula da Silva e os principais ministros do Executivo.

Segundo relato de Paulo Bernardo, Lula afirmou no encontro que houve avanço no relacionamento com o Paraguai.

"Subimos um degrau na nossa relação com o Paraguai", disse Lula, segundo o ministro. O objetivo do governo brasileiro na América Latina, segundo disse Lula, é realizar projetos de desenvolvimento com os países vizinhos.

(Texto de Carmen Munari e Denise Luna)

sexta-feira, 24 de julho de 2009

Argentina e Brasil tentam suavizar asperezas em comércio


LUQUE, Paraguai (Reuters) - Os presidentes da Argentina e do Brasil se reuniram no Paraguai nesta sexta-feira, num esforço para superar as diferenças com relação ao comércio bilateral provocadas por algumas medidas argentinas consideradas protecionistas pelos industriais brasileiros.

A presidente da Argentina, Cristina Fernández, e o mandatário brasileiro, Luiz Inácio Lula da Silva, concordaram em revisar as dificuldades produto por produto, numa reunião bilateral que tiveram em março na cúpula do Mercosul realizada nos arredores de Assunção.

"O que resolvemos é que vão se reunir em Buenos Aires ou em Brasília a ministra da Produção e seu par (brasileiro) para que analisem, regra por regra e atividade por atividade, e vejam onde há dificuldades", explicou a jornalistas a presidente Fernández.

A mandatária defendeu as medidas criticadas pelos industriais do Brasil, que buscam defender a indústria argentina no momento em que a crise econômica internacional golpeia o país.

"Não há restrições. Simplesmente instrumentos que estão no estatuto tanto do Mercosul quando da Organização Mundial do Comércio", afirmou Fernández.

O chanceler brasileiro, Celso Amorim, que também participou da reunião, disse que a presidente argentina explicou que a quantidade de produtos afetados é relativamente pequena.

Além disso, o chanceler disse que a queda das exportações brasileiras para a Argentina havia se tornado um problema.

"O presidente Lula manifestou a preocupação de que, embora num quadro de dificuldades genéricas, as nossas exportações caíram de uma maneira acentuada para Argentina, cerca de 43 por cento."

O intercâmbio comercial bilateral de 2008 encerrou com um déficit de 4 bilhões de dólares para a Argentina.

(Reportagem adicional de Todd Benson)

São Paulo tem quatro mortes por H1N1; total vai a 33 no país

SÃO PAULO (Reuters) - O Estado de São Paulo registrou nesta sexta-feira quatro mortes pela gripe H1N1, elevando para 33 o número de vítimas fatais da doença no país.

No mesmo dia, as prefeituras de Osasco e Campinas decidiram pelo adiamento em uma semana do reinício das aulas nas redes municipais, para 3 de agosto. Ambos os municípios paulistas já registraram mortes pela nova doença.

A medida, que afeta cerca de 100 mil estudantes, foi tomada para conter o avanço do vírus entre alunos e professores, informaram as prefeituras.

Na capital, foi confirmada a morte de uma menina de quatro anos com histórico de problemas respiratórios. A morte foi no dia 19, informou a Secretaria Estadual de Saúde.

Também em São Paulo morreu um homem, de 58 anos, com graves problemas hepáticos. A internação foi no dia 1o e o óbito no dia 21.

Em Campinas, foi confirmada a morte de uma mulher de 20 anos, grávida de sete meses. Moradora de Cosmópolis, no interior paulista, a paciente foi internada em Campinas no dia 17 e faleceu no dia 21.

A outra vítima na cidade é uma mulher de 37 anos que faleceu no dia 23, três dias após ser internada. De acordo com a pasta, ela não viajou a países que apresentam grande número de casos e não fazia parte do grupo de risco --gestantes, obesos ou pessoas com doenças anteriores ou em tratamento.

Do total de mortes no Brasil, 16 aconteceram em São Paulo, 11 no Rio Grande do Sul, 5 no Rio de Janeiro e 1 no Paraná.

De acordo com o último boletim de gripe H1N1, divulgado pelo Ministério da Saúde na quinta-feira, há 1.566 casos confirmados da doença no país.

Nesta sexta-feira, a Organização Mundial da Saúde (OMS) informou que a pandemia da gripe H1N1 já se espalhou para cerca de 160 países e matou aproximadamente 800 pessoas.

(Por Hugo Bachega)

quarta-feira, 15 de julho de 2009

Avião iraniano cai após pegar fogo, 168 pessoas morrem


Por Caren Firouz e Hossein Jaseb

JANNAT ABAD, Irã (Reuters) - Um avião Tupolev caiu no Irã na quarta-feira quando estava a caminho da Armênia depois de pegar fogo em pleno vôo, 16 minutos depois de decolar, matando as 168 pessoas que estavam a bordo.

No pior acidente aéreo dos últimos seis anos no Irã, a aeronave de fabricação russa da empresa Caspian Airlines deixou apenas destroços metálicos incinerados e fragmentos dos corpos de 153 passageiros e 15 tripulantes, espalhados numa área extensa em volta de uma cratera funda e fumegante no chão.

O avião Tu-154, que voava de Teerã para a capital da Armênia, Yerevan, caiu perto da cidade de Qazvin, no noroeste do Irã, pouco antes do meio-dia (hora local, 4h30 em Brasília). Autoridades disseram que só saberão as causas da queda depois de encontrarem as caixas pretas do avião.

Oito membros da equipe nacional júnior de judô e dois treinadores estavam entre os mortos, além de um ex-parlamentar iraniano que representava a minoria armênia iraniana e, ao que consta, a mulher do chefe da missão diplomática da Geórgia no Irã.

"Vi um dedo de passageiro no chão. Não há sinal do avião, apenas pedacinhos de metal," disse uma testemunha da Reuters. "Não vi nem sequer um braço ou perna inteiro."

Familiares e amigos dos mortos se reuniram no aeroporto de Yerevan, onde um cartaz numa parede trazia a lista das pessoas a bordo do avião. Médicos trataram parentes que estavam sofrendo de choque ou problemas cardíacos.

O vice-chefe da autoridade de aviação civil da Armênia, Arsen Poghosyan, disse à imprensa no aeroporto de Yerevan que havia dois cidadãos armênios e dois da Geórgia no avião. Dois tripulantes e 29 passageiros eram cidadãos iranianos de origem armênia, disse ele.

O Irã tem cerca de 100 mil habitantes de etnia armênia, muitos dos quais fazem viagens frequentes entre Teerã e Yerevan para visitar familiares.

TOTALMENTE DESTRUÍDO

Forças de segurança contiveram parentes desesperados que tentavam ultrapassar o cordão de isolamento no local da queda para encontrar os corpos de seus entes queridos.

"O avião Tupolev foi totalmente destruído e os corpos, infelizmente, também estão totalmente queimados e destruídos", disse o comandante de polícia de Qazvin, Massoud Jafarinasab, à agência de notícias semioficial Fars.

Uma autoridade local disse que o avião teve problemas técnicos e tentou fazer um pouso de emergência. "Infelizmente o avião pegou fogo no ar e caiu", disse ele à Fars.

Uma testemunha contou que viu o avião em chamas no ar, tentando aterrissar. "Ele fez círculos no ar. Então ouvi uma explosão", disse à Reuters o agricultor Mostafa Babashahverdi.

"Encontramos cabeças e dedos decepados e passaportes dos passageiros."

A rádio estatal disse que o piloto, em conversa gravada com a torre de controle, não mencionou qualquer problema técnico.

Funcionários do aeroporto de Yerevan disseram que uma aeronave levará parentes até o local do desastre. O presidente iraniano, Mahmoud Ahmadinejad, ordenou a criação de uma força-tarefa especial para investigar o acidente. O presidente da Armênia, Serzg Sarksyan, decretou que o dia 16 de julho será um dia nacional de luto pelas vítimas do desastre.

Sanções impostas pelos Estados Unidos impedem a venda de aviões Boeing ao Irã e impedem a República Islâmica de comprar outros aviões ou peças do Ocidente, já que a maioria deles depende de motores e peças de fabricação norte-americana.

Especialistas em segurança aérea dizem que o histórico do Irã nesse quesito é fraco, com uma série de acidentes nas últimas décadas, muitos envolvendo aviões de fabricação russa. Foi o terceiro acidente mortal envolvendo um Tupolev Tu-154 no Irã desde 2002.

Foi o mais mortal desde 2003, quando um Ilyushin Il-76, também de fabricação russa, colidiu com uma montanha no Irã.

A Caspian Airlines foi fundada em 1993. Sua frota é inteiramente composta de Tupolevs, e ela opera voos entre cidades iranianas e também rotas para os Emirados Árabes Unidos, Ucrânia e Armênia.

(Reportagem adicional de Parisa Hafezi e Zahra Hosseinian em Teerã, Hasmik Mkrtchyan em Yerevan, Margarita Antidze em Tbilisi e Jon Hemming, Jason Neely em Londres)

quarta-feira, 8 de julho de 2009

Michael Jackson é aclamado como o maior artista e o melhor pai


Por Bob Tourtellotte

LOS ANGELES (Reuters) - Mariah Carey, Stevie Wonder e Usher cantaram em homenagem a Michael Jackson em cerimônia para o cantor nesta terça-feira, quando o rei do pop foi aclamado como "o maior artista de todos os tempos" e descrito pela filha Paris, de 11 anos, em lágrimas, como "o melhor pai que se pode imaginar".

Cerca de 18 mil fãs, familiares e amigos participaram do memorial público para o popstar, no ginásio esportivo de Los Angeles onde Michael ensaiava um dia antes da sua morte para uma nova temporada de shows.,

Os irmãos de Michael Jackson, que usavam uma luva assim como o cantor morto fazia em clips e apresentações, entraram com o caixão dourado de Michael no ginásio Staples Center.

Carey cantou a balada "I'll Be There". Usher interpretou "Gone Too Soon". Os três filhos de Michael Jackson fizeram uma rara aparição pública sem o véu com o qual Michael os protegia da mídia.

Vídeos de apresentações do cantor e clips foram exibidos, nos quais Michael Jackson cantava, dançava o seu passo "moonwalk" e era adorado pelas plateias.

"Quanto mais eu penso sobre Michael e falo sobre Michael, mais eu penso que 'rei do pop' não era o suficiente para ele", disse o fundador da Motown Records Berry Gordy, que contratou os Jackson 5 em 1968. "Ele é simplesmente o maior artista que já existiu."

A cerimônia de duas horas teve como foco as conquistas musicais de Michael Jackson, ofuscadas, principalmente, nos últimos dez anos pelas acusações de abusar sexualmente de menores de idade.

A morte repentina do cantor por problemas cardíacos em Los Angeles, em 25 de junho, aos 50 anos, chocou fãs no mundo todo e levou os seus discos clássicos ao topo das paradas.

Em visita à Rússia, o presidente dos Estados Unidos, Barack Obama, declarou que o cantor foi "um dos maiores artistas da nossa geração, talvez de qualquer geração". Ele acrescentou: "Acho que como Elvis, Sinatra, Beatles, ele se tornou parte central da nossa cultura."

Em 45 anos de carreira, Michael Jackson ganhou 13 Grammys. Suas ações de caridade ajudaram crianças, e ele também contribuiu para abrir o mundo do pop e das celebridades para os afro-americanos.

O memorial foi transmitido ao vivo pelas redes nacionais de TV norte-americanas. Segundo a companhia de Internet Akamai, foi o evento mais visto na web desde a posse de Obama, em janeiro.

Berry Gordy foi um dos poucos que fez referência aos problemas recentes do astro. "Claro que houve momentos tristes e talvez decisões questionáveis da parte dele, mas Michael Jackson conseguiu tudo o que sonhou conseguir."

"NADA ESTRANHO" COM PAPAI

Michael Jackson estava prestes a retomar a carreira. A definição do exato motivo da sua morte ainda depende de exames toxicológicos.

Líder dos direitos civis, Al Sharpton, que tem atacado os meios de comunicação por causa da atenção demasiada que davam à vida de Michael, trouxe uma mensagem para os três filhos do cantor.

"Não havia nada estranho com o pai de vocês. Estranho foi com que o seu pai teve de lidar", afirmou ele, para aplausos da plateia.

As crianças, Prince Michael, 12, Paris e Prince Michael II, 7 anos, apareceram com a família no palco para um coro de "We Are the World" e "Heal the World."

Paris, em lágrimas, pegou o microfone e disse: "Desde que eu nasci o meu pai tem sido o melhor pai que alguém pode imaginar, e eu só queria dizer que eu o amo muito."

Mais cedo, também nesta terça, familiares e amigos próximos participaram de uma cerimônia curta no cemitério de Los Angeles, antes de levarem o caixão com o corpo do cantor para o memorial. Ainda não se sabe ao certo onde ele será enterrado.

A polícia estimara que mais de 250 mil pessoas se concentrariam do lado de fora da arena, mas a multidão, ordeira, foi bem menor do que se esperava. Muitos pareceram ter ficado em casa para ver a cerimônia pela TV.

A prestação dos serviços públicos envolvidos na cerimônia devem custar à cidade de Los Angeles US$ 4 milhões. A cidade está pedindo doações pela Internet para arcar com os gastos.

(Reportagem adicional de Jill Serjeant, Alex Dobuzinskis e Jim Finkle)

G8 diz que ainda existem perigos para economia global

Por Darren Ennis e Krittivas Mukherjee

L'AQUILA, Itália (Reuters) - Os líderes do G8 acreditam que a economia mundial ainda enfrenta "riscos significativos" e pode precisar de mais ajuda, de acordo com os esboços dos comunicados da cúpula do grupo, que mostram ainda um fracasso em se alcançar metas sobre mudança climática para 2050.

Os esboços, obtidos pela Reuters, dizem ainda que as estratégias de saída das políticas de estímulo ao crescimento podem ser feitas "uma vez que a recuperação esteja assegurada".

"Antes que haja alguma conversação de estímulo adicional, eu pediria que todos os líderes foquem antes em assegurar que o estímulo já anunciado ocorra", disse o primeiro-ministro do Canadá, Stephen Harper, antes do início da cúpula.

O Grupo dos 8 (G8) --formado por Estados Unidos, Alemanha, Japão, França, Grã-Bretanha, Itália, Canadá e Rússia-- iniciarão a cúpula com um debate sobre a crise econômica.

Mas poucas iniciativas são esperadas, já que o G20 --que engloba países desenvolvidos e em desenvolvimento-- tem a missão de formular uma resposta regulatória à crise e reúne-se em setembro.

DEBATE SOBRE DÓLAR DE LADO

Sem mencionar os pedidos da China sobre um debate sobre uma alternativa de longo prazo ao dólar como moeda internacional, os esboços dos comunicados disseram apenas que existem desequilíbrios globais.

"Um crescimento sustentável e estável de longo prazo irá requerer uma solução suave para os desequilíbrios existentes nas contas correntes", segundo os esboços.

A China reclama que a dependência do dólar exacerbou a crise global. Analistas disseram que a decisão do G8 em não mencionar câmbio diretamente pode desestabilizar os mercados de moedas.

Perdigão e Sadia fecham acordo de reversibilidade com Cade

SÃO PAULO (Reuters) - A Perdigão anunciou no final da terça-feira que fechou acordo com o Conselho Administrativo de Defesa Econômica (Cade) que garante a reversibilidade da compra da rival Sadia, enquanto o órgão avalia a associação.

Segundo o Cade, o acordo entre as empresas "poderá resultar em elevadas concentrações, sendo necessário assegurar a plena reversibilidade".

O acerto das empresas com o Cade veda que a Perdigão exerça controle sobre a Sadia, determina que as estruturas administrativas, produtivas e comerciais da Sadia serão mantidas (sem descontinuação de marcas e alterações de relações contratuais com terceiros, por exemplo) e independentes. O acordo também limita a troca de informações entre as duas empresas, afirma o Cade.

"O acordo permite, por outro lado, que a Perdigão proceda à reestruturação financeira da Sadia e circunscreve o conjunto de medidas que as empresas poderão adotar ao implementar essa reestruturação. Desta forma, o acordo atende às preocupações de ordem concorrencial sem implicar ônus desnecessários aos negócios das empresas", informou o órgão em comunicado.

A aquisição da Sadia pela Perdigão foi acertada em 19 de maio, em um acordo baseado em troca de ações. A união das empresas criou a Brasil Foods, empresa com faturamento anual acima de 20 bilhões de reais e que controla mais de 55 por cento do mercado nacional de industrializados de carne e margarinas e participação ainda maior em produtos como massas prontas.

(Por Alberto Alerigi Jr.; Edição de Vanessa Stelzer)

sexta-feira, 3 de julho de 2009

Economia da América Latina encolherá até 2,5% neste ano, diz Banco Mundial


Crescimento volta em 2010, mas será desigual, segundo entidade.
Países maiores estão em posição melhor, diz presidente do banco.

A América Latina sofrerá neste ano um impacto forte na economia, com uma contração de entre 2% e 2,5%, mas o crescimento voltará em 2010, em uma recuperação lenta e desigual, informou o Banco Mundial (Bird) nesta sexta-feira (3).

A estimativa para 2009 representa uma revisão para baixo em relação ao último relatório do organismo sobre a região, de abril, quando a previsão era de uma queda regional de entre 0,5% e 1,5%.

Nesta quinta-feira (2), porém, o presidente do Bird, Robert Zoellick,(Foto) destacou a posição vantajosa dos maiores países da América Latina para enfrentar a crise econômica.

"Tendo trabalhado com crises durante os anos 80 e 90, o que mais chama a atenção é como a América Latina lida com esta crise em uma posição diferente", disse Zoellick, após uma reunião com a presidente do Chile, Michelle Bachelet, em Santiago.

"Obviamente, há uma grande diversidade entre cada país, mas alguns países, incluindo os maiores - como Brasil, México, Colômbia, Peru e Chile - lidaram com a crise de uma posição boa", estimou o presidente do Bird.

De acordo com Zoellick, os fatores que influenciam este melhor posicionamento incluem orçamentos mais fortes, maiores reservas, melhor posição comercial e um manejo flexível do tipo de câmbio. "Além disso, passam por uma boa base no que diz respeito à proteção social", estimou.

Zoellick ponderou, no entanto, que o bom panorama não significa que estes países vão escapar incólumes da crise, mas "têm mais flexibilidade como para combatê-la". "Um dos desafios que vários países vão ter que enfrentar é a dificuldade para ter acesso ao financiamento internacional para apoiar alguns de seus programas", alertou.

Zoellick lembrou ainda que a América Latina foi a região que mais recebeu recursos do Banco Mundial no ano fiscal concluído na última quarta-feira (1), com mais de US$ 17 bilhões de um total de US$ 59 bilhões investidos em todo o mundo.

Pobreza e desemprego

A crise global, segundo o Bird, vai atingir a região em cinco aspectos: a América Latina registrará a primeira recessão em sete anos, a pobreza e o desemprego aumentarão, o financiamento externo ficará menor e vai cair o valor das remessas enviadas pelos trabalhadores imigrantes, uma fonte de financiamento importante para alguns países.

Para 2010, o Bird prevê um retorno lento do crescimento, que será de entre 1% e 2%, mas desigual entre os países da região.

A pobreza vai aumentar 1,1%, já que a crise empurrará mais de oito milhões de latinoamericanos à pobreza. Em 2008, 181,3 milhões de moradores do continente eram pobres.

Classe média

Segundo o Banco Mundial, a crise será especialmente dura com a classe média, em consequência da queda da demanda por exportações não-tradicionais, que tendem a empregar trabalhadores formais, urbanos e tecnologicamente mais avançados.

O desemprego também vai crescer na região e o valor dos salários deve registrar queda, o que aumentará a informalidade.

Outro relatório, divulgado nesta sexta-feira (3) pela Comissão Econômica para América Latina (Cepal), destaca que a taxa de desemprego aumentará mais de 1% em 2009.

sexta-feira, 26 de junho de 2009

Uso de remédios é dúvida chave na morte de Michael Jackson



Por Mary Milliken e Laura Isensee

LOS ANGELES (Reuters) - Médicos examinaram nesta sexta-feira o corpo de Michael Jackson em busca de indícios da causa da morte repentina do "rei do pop", enquanto a família e amigos disseram que um possível medicamento prescrito ao cantor que preparava seu retorno aos palcos poderia ser o motivo.

Um advogado da família disse na sexta-feira que se preocupava com a ideia de que o uso pelo cantor de medicamentos receitados devido a fraturas sofridas ao dançar pudesse acabar sendo fatal e que o círculo de pessoas mais próximas a Jackson vinha ignorando seus avisos.

Um membro da família de Jackson disse ao site TMZ.com que o cantor recebeu uma injeção do analgésico Demerol antes de sofrer a parada cardíaca em sua casa alugada, por volta do meio-dia da quinta-feira no horário local. Pouco depois, o site divulgou que Jackson morrera num hospital de Los Angeles.

O Instituto Médico Legal de Los Angeles disse que a autópsia iniciada nesta sexta-feira pode levar de seis a oito semanas para determinar a causa da morte, que provavelmente terá que aguardar os resultados de exames toxicológicos. Estes vão determinar se Jackson tinha drogas, álcool ou medicamentos receitados em seu organismo.

O presidente dos Estados Unidos, Barack Obama, disse que Jackson era um "artista espetacular", mas que alguns aspectos da sua vida eram "tristes e trágicos", disse a Casa Branca.

A morte de Jackson fez manchetes em todo o mundo. A TV e as rádios tocaram seus maiores sucessos, de "Thriller" a "Billie Jean", e os sites de relacionamento social foram bombardeados com mensagens e homenagens de fãs e músicos.

"É tão triste e chocante", disse o ex-Beatle Paul McCartney. "Me sinto privilegiado por ter trabalhado e passado tempo com Michael. Ele foi um menino homem de talento imenso e alma gentil. Ele será lembrado para sempre."

LEGIÕES DE FÃS

Quando o dia amanheceu no Hollywood Boulevard, fãs se reuniram diante da estrela de Jackson na Calçada da Fama para prestar homenagem ao ex-menino-prodígio que se tornou um dos artistas pop de maiores vendas de todos os tempos, antes de mergulhar num estilo de vida estranho e recluso, em meio a acusações de abuso sexual infantil.

"Sua música foi a trilha sonora da minha infância", disse Tassa Hampton, 32 anos, ajoelhando-se para acender uma vela em meio à pilha crescente de flores e pôsteres.

A família do cantor ainda não divulgou informações sobre o funeral. Na noite de quinta, o corpo de Jackson foi levado de helicóptero do hospital para o Instituto Médico Legal.

O advogado Brian Oxman, porta-voz da família Jackson, disse na sexta ao "The Early Show", da CBS, que estava preocupado com os medicamentos receitados por médicos que Jackson tomava devido a ferimentos sofridos em apresentações.

"Não quero apontar culpados porque quero ouvir o que dizem os exames toxicológicos e os médicos legistas, mas a verdade é que Michael Jackson tinha medicamentos receitados à sua disposição em todos os momentos", disse Oxman.

O TMZ informou que o médico que vivia na casa de Jackson está desaparecido. Uma fonte da polícia disse ao site que o médico, cujo nome não é conhecido, deu uma injeção a Jackson antes de o cantor morrer.

Diante de sua reputação prejudicada e de uma dívida enorme que, segundo o Wall Street Journal, chegava a 500 milhões de dólares, Jackson passara os últimos dois meses ensaiando para os concertos.

Um processo complexo começou em Londres para reembolsar as pessoas que compraram ingressos para os shows, incluindo os que compraram de revendedores não autorizados. Um par de passes VIP foi oferecido recentemente no eBay por 16 mil libras (mais de 25 mil dólares).

Com sua morte, a música de Jackson desfruta um renascimento comercial que ele não tinha havia anos. Em poucas horas suas canções ocupavam os 15 primeiros lugares entre os álbuns mais vendidos pela loja online Amazon.com.

750 MILHÕES DE CÓPIAS VENDIDAS

Jackson é considerado um dos mais bem-sucedidos artistas do século passado, com vendas estimadas de 750 milhões de discos e 13 prêmios Grammy.

Mas a reputação de Jackson por sua música e sua dança foi ofuscada pelos recentes anos de aparência cada vez mais anormal e estilo de vida esquisito, o que inclui a amizade com um chimpanzé e a preferência da companhia de crianças.

Ele batizou uma propriedade na região central da Califórnia de Rancho de Neverland Valley (ou Rancho do Vale da Terra do Nunca, numa tradução para o português), em homenagem à história de Peter Pan, escrita por J. M. Barrie. O local tinha um parque e um zoológico de animais de estimação.

Jackson foi acusado por duas vezes de molestar jovens e foi formalmente indiciado em 2003 de abuso sexual de crianças. Ele se tornou ainda mais recluso após sua absolvição em 2005 e prometeu que nunca mais moraria em seu rancho.

Apesar dos relatos de problemas na saúde do cantor, os promotores dos shows de Londres, a AEG Live, afirmaram em março que Jackson havia passado por uma série de exames de quatro horas e meia com médicos independentes.

MOONWALK

Jackson nasceu em 29 de agosto de 1958, na cidade de Gary, Estado de Indiana. Ele era o sétimo de nove filhos e atuou ao lado de seus irmãos no grupo Jackson 5.

O álbum "Thriller", de 1982, emplacou sete músicas entre as dez mais tocadas. O disco vendeu 21 milhões de cópias nos Estados Unidos e ao menos outras 27 milhões ao redor do mundo.

No ano seguinte, ele mostrou ao mundo seu passo de dança conhecido como "moonwalk", no qual ele desliza de costas no palco, quando cantava "Billie Jean" durante especial da emissora NBC. O passo se tornou uma de suas marcas registradas.

Em 1994, o cantor casou-se com a única filha de Elvis Presley, Lisa Marie, mas o casamento acabou em divórcio em 1996.

Jackson casou-se com Debbie Rowe em 1996 e teve dois filhos antes de se separar novamente em 1999. Ele teve um outro filho cuja mãe não foi identificada.

Ele deixa os três filhos chamados Prince Michael I, Paris Michael e Prince Michael II, este último conhecido por uma breve aparição pública quando o pai o chacoalhou em uma janela de hotel, gerando duras críticas.

segunda-feira, 8 de junho de 2009

Retificado para 16 número de corpos resgatados do AF 447


Por Fernando Exman

RECIFE (Reuters) - Os comandos da Marinha e Aeronáutica retificaram nesta segunda-feira para 16 o número de corpos resgatados do mar que estavam no avião da Air France que caiu no oceano Atlântico com 228 pessoas a bordo na semana passada.

No domingo, as equipes de buscas informaram que o total de corpos resgatados do local da tragédia era 17.

"A Fragata Ventose, da Marinha Francesa, recolheu sete e não oito corpos como foi informado anteriormente à Coordenação das Buscas," informaram em nota a Marinha e a Aeronáutica.

As duas forças disseram ainda que os corpos recolhidos, que estão sendo transportados por um navio da Marinha brasileira, devem chegar ao arquipélago de Fernando de Noronha na terça-feira.

"Em função de limitada capacidade da fragata francesa para armazenar os corpos, decidiu-se transferir os corpos para a fragata Constituição através de embarcações miúdas", disse a jornalistas o capitão-de-fragata Giucemar Tabosa Cardoso, assessor de imprensa da Marinha, acrescentando que o navio brasileiro estava nesta manhã a 688 km de Fernando de Noronha.

Segundo o capitão, a fragata Ventose tem capacidade para armazenar 15 corpos.

No arquipélago, peritos aguardam para fazer uma triagem dos corpos. O Instituto Médico Legal do Recife e a Polícia Federal montaram uma estrutura para a catalogação dos corpos, que serão levados depois a Recife, onde será feita a identificação.

Outros corpos que teriam sido avistados pelas aeronaves nas operações de busca ainda não foram confirmados pelos navios, informaram os militares.

"(Os corpos) podem ter sido avistados por aeronaves, mas esses corpos não foram confirmados pelos navios", disse o capitão-de-fragata, acrescentando que as condições meteorológicas não atrapalham as operações de busca e resgate neste momento, mas "existem áreas de instabilidade próximas ao arquipélago de Fernando de Noronha."

A FAB e a Marinha afirmaram ainda que a partir de agora só vão confirmar o número de corpos resgatados quando estes forem reunidos nos navios brasileiros, para que não haja mais erros de informações.

"Esse problema de contagem de modo algum prejudica a cooperação entre as marinhas", assegurou Tabosa.

A operação de buscas conta com 14 aeronaves, sendo 12 da Força Aérea Brasileira (FAB) e duas da França. O navio-patrulha Guaíba está substituindo o Grajaú, que retorna para Natal. Por mar, a operação conta com cinco navios da Marinha brasileira e uma fragata da Marinha da França.

Na quinta-feira chegará ao local um submarino nuclear da França equipado com sonares para ajudar nas buscas pelas caixas-pretas do avião, de acordo com a Marinha brasileira.

Em seu programa semanal de rádio, o presidente Luiz Inácio Lula da Silva afirmou que os trabalhos das equipes de busca prosseguirão.

"O governo vai continuar fazendo o esforço, através da Marinha, através da Aeronáutica, para que a gente possa encontrar, se possível, todos os corpos, porque nós sabemos o que significa para uma família receber o seu ente querido desaparecido," disse Lula no programa "Café com o Presidente" desta segunda-feira.

"Vamos fazer todo o esforço que estiver ao nosso alcance, com a Aeronáutica, com a Marinha para encontrarmos tudo que foi possível encontrar. E, principalmente, os corpos, porque nesse momento de dor não vai resolver o problema, mas já é um conforto imenso para a família saber que está enterrando o seu ente querido", acrescentou.

(Reportagem adicional de Bruno Domingos em Fernando de Noronha; Edição de Maria Pia Palermo e Pedro Fonseca)

Pão de Açúcar estima sinergias de R$500 mi com Ponto Frio

SÃO PAULO (Reuters) - O grupo Pão de Açúcar calcula sinergias de 500 milhões de reais a valor presente com a aquisição do Ponto Frio, anunciada na manhã desta segunda-feira, afirmaram executivos da empresa.

Segundo o vice-presidente financeiro do Pão de Açúcar, Enéas Pestana, as economias de custos virão principalmente de ganhos de escala para negociação com fornecedores, aumento de eficiências comercial, operacional e administrativa e potencialização dos serviços financeiros, entre outros.

De acordo com executivos do Pão de Açúcar, a sobreposição de lojas é mínima e, se necessário, os ajustes através de fechamento de unidades serão pontuais. Os executivos não quiseram dar mais detalhes.

Com o Ponto Frio, a participação de produtos eletrônicos nas vendas totais do Pão de Açúcar, sobe de 10 para 26 por cento.

De acordo com o presidente de administração do grupo, Abílio Diniz, a empresa continua aberta a novas oportunidades de aquisição.

(Por Cesar Bianconi; Edição de Aluísio Alves)

sábado, 6 de junho de 2009

Susan Boyle deixa clínica e prevê possível sucesso nos EUA


LONDRES (Reuters Life!) - Susan Boyle, que se tornou superestrela global depois de aparecer num programa de talentos na TV britânica, deixou a clínica de Londres onde estava sendo tratada para exaustão, disse seu irmão nesta sexta-feira.

A cantora amadora escocesa de 48 anos, cuja performance no programa "Britain's Got Talent" em abril foi descarregada quase 200 milhões de vezes na Internet, foi internada na clínica Priory no domingo, em meio a receios quanto a sua saúde mental.

"Ela está bem mais feliz", disse seu irmão Gerry à GMTV. "Ela pareceu bem mais normal. Acho que as coisas estão ficando mais claras para ela agora, e ela está mais contente. Acredito que ela está num apartamento em Londres."

Desarrumada e nem um pouco glamurosa, a voluntária de igreja desempregada contestou as ideias dos espectadores sobre como deve ser uma estrela.

Boyle virou foco de atenção da mídia, com equipes de TV acampadas diante de sua casa e Larry King e Oprah Winfrey convidando-a para aparecer em seus programas de TV americanos.

Mas, com a aproximação da final do programa de talentos, no sábado passado, Boyle -- que sofreu falta de oxigênio ao nascer, o que a levou a sofrer leve dano cerebral -- começou a mostrar sinais de estresse, chorando com frequência e ameaçando desistir do concurso.

Depois de não ter vencido a final, apesar de seu favoritismo avassalador, ela foi internada numa clínica particular, sofrendo de exaustão emocional.

Seu futuro financeiro é visto como estando assegurado, apesar de ter perdido a final para a trupe de dança Diversity, já que se prevê Simon Cowell, o criador do "Britain's Got Talent", e seu selo musical Syco assinem contrato com ela para um álbum.

Já se aventou a possibilidade de um filme de Hollywood sobre ela.

"Agora é discutir o futuro da carreira dela", disse o irmão de Boyle.

"Ela está absorvendo o fato de que os EUA têm interesse enorme por ela. Ela está começando a acreditar que vai de fato ter uma carreira como cantora. É tudo o que ela sempre quis."

Gerry Boyle se disse a favor de que Simon Cowell administre a carreira de Boyle como cantora.

"Simon Cowell já deu alguns giros na pista de dança, não é verdade? Tenho certeza de que ele sabe que tem uma pessoa que já rompeu as barreiras dos EUA antes mesmo de chegar lá e que Simon fará um bom trabalho por ela."

O irmão de Susan Boyle também confirmou que a cantora espera apresentar-se diante do presidente americano Barack Obama.

(Reportagem de Mike Collett-White)

FAB encontra corpos e destroços de avião da Air France

RECIFE (Reuters) - A Força Aérea Brasileira informou ter encontrado na manhã deste sábado dois corpos e destroços do Airbus A330 da Air France, desaparecido na noite do último domingo quando fazia a rota Rio de Janeiro-Paris.

"Hoje pela manhã, às 8h14, tivemos a confirmação do resgate na água de peças e corpos que pertenciam ao voo da Air France", disse a jornalistas o coronel Jorge Amaral, vice-chefe da Comunicação Social da FAB.

Os dois corpos encontrados são do sexo masculino.

Entre os objetos achados, estão uma poltrona azul com número de série de coloração igual aos usados pela Air France, uma mochila com cartão de vacina e uma valise com um bilhete da Air France.

As buscas continuam durante a tarde deste sábado. Às 19h, a FAB fará outra entrevista coletiva para dar mais detalhes das buscas.

O jato A330 da Air France decolou na noite do último domingo do Rio de Janeiro com destino a Paris, com 216 passageiros e 12 tripulantes. A aeronave desapareceu no Oceano Atlântico cerca de 4 horas depois da decolagem.

(Reportagem de Fernando Exman; Texto de Hugo Bachega; Edição de Aluísio Alves)

(aluisio.pereira@thomsonreuters.com; 5511 5644-7712;Reuters Messaging: aluisio.pereira.reuters.com@thomsonreuters.net)

terça-feira, 2 de junho de 2009

Agência de risco Moody's atribui 'grau de investimento' à Globo


Nova avaliação consta de comunicado divulgado nesta terça-feira (2). Mudança reflete dívida sob controle e alta de receitas, segundo a agência.

A agência de risco Moody's concedeu grau de investimento à Globo Comunicação e Participações S.A. nesta terça-feira (2) ao aumentar a nota da empresa de "Ba1" para a categoria "Baa3".

De acordo com a agência, a mudança está baseada no perfil da dívida e também no aumento das receitas da companhia.

Em 2008, a Globo havia recebido grau de investimento de outras duas agências de risco: a Fitch e a Standard & Poor's.

“A elevação da Globo para Baa3 é baseada na demonstração de estabilidade de suas operações desde sua conclusão da reestruturação de sua dívida em 2005, sua posição de liquidez confortável e índices de proteção de dívida muito fortes comparado aos seus pares na categoria de rating Baa”, explicou o vice-presidente e analista sênior da Moody’s, Soummo Mukherjee, em nota.

“A elevação também reflete o crescimento da receita total e da receita com publicidade da Globo que excedeu o crescimento total de publicidade de TV do Brasil nos últimos quatro trimestres, bem como o aumento da diversificação da Globo no segmento menos cíclico de conteúdo e programação, que cresceu de 12% da receita total da Globo em 2006 para 15% em 2008”, ressaltou o analista, em comunicado.