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terça-feira, 29 de dezembro de 2009

Empresas brasileiras se valorizam 129% em 2009 e superam América Latina e EUA

Levantamento foi elaborado pela consultoria Economatica.
Na média da região, alta foi de 94,7%; nos EUA, ganho ficou em 28,1%.

O Brasil liderou a valorização de mercado das empresas listadas em bolsa em levantamento da consultoria Economatica que considera a América Latina e também os Estados Unidos. O valor de mercado das empresas nacionais subiu de US$ 533 bilhões para US$ 1,224 bilhão entre 31 de dezembro de 2008 e 28 de dezembro deste ano, o que representa uma alta de 129,6%.

A valorização das 304 empresas brasileiras analisadas supera a média da América Latina (valorização de 94,7%) e também os ganhos de valor das empresas norte-americanas, que subiram 28,1%. Entre os demais países da América Latina analisados separadamente, o melhor resultado foi do Peru (85,4%), enquanto o menor foi registrado na Venezuela (12%).

Entre os setores no Brasil, o destaque foi para a construção civil, que teve valorização de 368% no período analisado. Fortes ganhos também foram percebidos em papel e celulose (263%), seguros (241%) e softwares e dados (210%). Em termos absolutos, os maiores valores de mercado são dos setores de bancos (US$ 259,6 bilhões) e petróleo e gás (US$ 231,8 bilhões).

Juros ao consumidor em novembro atingem menor patamar em 15 anos

Os juros de empréstimos bancários para pessoa física são os menores desde julho de 1994, quando o Banco Central começou a série histórica. Em novembro, a taxa ficou em 43% ao ano, contra 44,2% em outubro. Para pessoa jurídica, os juros foram de 26%, os mais baixos desde fevereiro de 2008. Os dados foram divulgados nesta terça-feira.

A taxa média caiu para 34,9% a.a. (ao ano) em novembro, com reduções de 0,7 p.p. no mês --em outubro a taxa era de 35,6% ao ano, a maior desde julho-- e de 9,2 p.p. em 12 meses.

O estoque total de crédito alcançou R$ 1,389 trilhão, elevando-se 1,5% no mês e 14,9% em 12 meses. Como resultado, o saldo total dos empréstimos passou a representar 44,9% do PIB (Produto Interno Bruto), ante 44,6% em outubro e 38,9% em novembro de 2008.

Os empréstimos realizados com recursos livres, com participação relativa de 68,1% no total do sistema financeiro, atingiram R$ 945,9 bilhões, com crescimentos de 1,4% no mês e de 9,7% em relação a novembro do ano anterior.

Os empréstimos destinados às famílias totalizaram R$ 464,8 bilhões, após acréscimos de 1,3% no mês e de 18,9% em 12 meses, com destaque para operações de crédito pessoal e de aquisição de veículos --que tiveram elevações mensais de 1,2% e de 1,8%, respectivamente. As operações com cartão de crédito com incidência de taxa de juros registraram aumento mensal de 4,2%, devido ao aumento das compras de fim de ano.

Já os créditos contratados com pessoas jurídicas registraram elevação mensal de 1,5% --com o desempenho dos empréstimos concedidos com recursos domésticos--, saldo de R$ 423,8 bilhões e expansão de 2,4%. Entre as modalidades destinadas às empresas, continuou acentuado o desempenho das operações de capital de giro, com acréscimos de 3,2% no mês e 28,4% em 12 meses.

Em sentido contrário, os financiamentos lastreados em moeda estrangeira apresentaram retração mensal de 4,5%.

Inadimplência e "spread"

O nível de inadimplência teve mudança sutil no mês, de 8,1% em novembro, ante 8,2% em outubro, para pessoa física. Para pessoa jurídica a variação também foi sutil, chegando a 3,9% em novembro, contra 4% no mês anterior.

Com as menores taxas de juros da história, o mês de novembro apresentou crescimento total de 1,3% nas operações de crédito.

O "spread" bancário --diferença entre o que os bancos pagam para captar o dinheiro e os juros cobrados de seus clientes-- também apresentou queda, registrando 32,2% em novembro, contra 33,5% em outubro para pessoa física. Para pessoa jurídica a queda foi de 17,1%, contra 17,7% em outubro.

terça-feira, 1 de dezembro de 2009

Vendas de veículos caem 14,5% em novembro ante outubro

SÃO PAULO (Reuters) - As vendas de automóveis, comerciais leves, caminhões e ônibus novos no país recuaram 14,5 por cento em novembro ante outubro, para 251.720 unidades, mas subiram 41,5 por cento sobre igual mês de 2008.

Os dados foram divulgados nesta terça-feira pela Federação Nacional da Distribuição de Veículos Automotores (Fenabrave).

No acumulado de janeiro a novembro, as vendas totalizaram 2,848 milhões de unidades, expansão de 8,4 por cento ante os 11 primeiros meses do ano passado.

As vendas até novembro já superam as registradas em todo o ano de 2008, quando foram comercializadas 2,821 milhões de unidades.

Considerando apenas as categorias de automóveis e comerciais leves, as vendas foram de 238.504 unidades no mês passado, com queda de 15,2 por cento sobre outubro, mas avanço de 43,4 por cento na comparação com novembro do último ano --em linha com os números antecipados à Reuters mais cedo por uma fonte do setor.

A Fiat manteve a liderança em automóveis, com 25,92 por cento de participação de mercado em novembro, seguida por Volkswagen (24,63 por cento), GM (20,59 por cento) e Ford (8,38 por cento), de acordo com a Fenabrave.

(Reportagem de Georgia Jordan; Texto de Cesar Bianconi)