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sexta-feira, 24 de julho de 2009

Argentina e Brasil tentam suavizar asperezas em comércio


LUQUE, Paraguai (Reuters) - Os presidentes da Argentina e do Brasil se reuniram no Paraguai nesta sexta-feira, num esforço para superar as diferenças com relação ao comércio bilateral provocadas por algumas medidas argentinas consideradas protecionistas pelos industriais brasileiros.

A presidente da Argentina, Cristina Fernández, e o mandatário brasileiro, Luiz Inácio Lula da Silva, concordaram em revisar as dificuldades produto por produto, numa reunião bilateral que tiveram em março na cúpula do Mercosul realizada nos arredores de Assunção.

"O que resolvemos é que vão se reunir em Buenos Aires ou em Brasília a ministra da Produção e seu par (brasileiro) para que analisem, regra por regra e atividade por atividade, e vejam onde há dificuldades", explicou a jornalistas a presidente Fernández.

A mandatária defendeu as medidas criticadas pelos industriais do Brasil, que buscam defender a indústria argentina no momento em que a crise econômica internacional golpeia o país.

"Não há restrições. Simplesmente instrumentos que estão no estatuto tanto do Mercosul quando da Organização Mundial do Comércio", afirmou Fernández.

O chanceler brasileiro, Celso Amorim, que também participou da reunião, disse que a presidente argentina explicou que a quantidade de produtos afetados é relativamente pequena.

Além disso, o chanceler disse que a queda das exportações brasileiras para a Argentina havia se tornado um problema.

"O presidente Lula manifestou a preocupação de que, embora num quadro de dificuldades genéricas, as nossas exportações caíram de uma maneira acentuada para Argentina, cerca de 43 por cento."

O intercâmbio comercial bilateral de 2008 encerrou com um déficit de 4 bilhões de dólares para a Argentina.

(Reportagem adicional de Todd Benson)

domingo, 1 de março de 2009

Argentina defende maior papel do governo na economia

BUENOS AIRES (Reuters) - A presidente da Argentina, Cristina Fernandez, disse neste domingo que o Estado deveria aumentar seu papel na economia para ajudar a conter a crise financeira mundial.

"Precisamos de novos instrumentos que nos permitam intervir de forma adequada na economia para preservar empregos e gerar atividade", disse ela em discurso anual no Congresso, sem detalhar tais medidas.

Fontes do governo disseram que Cristina estaria considerando a criação de um órgão estatal para controlar as vendas de grãos e gado, um movimento que aprofundaria ainda mais a relação entre governo e fazendeiros.

Segundo uma fonte do Ministério da Produção, o novo órgão estatal tomaria conta das vendas e compras de grãos e derivados na Argentina, segundo maior produtor mundial de milho e terceiro maior de soja. O Estado interviria também no mercado de carnes.

Cristina pegou os mercados de surpresa em outubro ao nacionalizar os fundos de pensão privados.

A economia do país está estagnando devido a reduções nos investimentos e à fraca demanda por commodities em resultado da crise.

"Precisamos ter uma atitude diferente ao confrontar essa crise sem precedentes", disse ela aos parlamentares. "Teremos que fazer um grande esforço."

(Por Hugh Bronstein)