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terça-feira, 7 de abril de 2009

Estrangeiro ameniza pressão, mas Bovespa tem 2a queda

Por Aluísio Alves

SÃO PAULO (Reuters) - Uma nova rodada de dados corporativos e econômicos internacionais negativos contaminou os negócios da Bovespa, mas o movimento foi limitado pelo contínuo ingresso de recursos externos.

Depois de ter chegado a operar com ganhos durante a primeira parte do pregão, o Ibovespa seguiu de longe a derrocada dos índices de Wall Street e fechou em baixa de 0,78 por cento, aos 43.824 pontos.

A intensa movimentação de carteiras, com investidores trocando ações de blue chips por papéis de companhias de segunda linha, garantiu à sessão um giro financeiro de 4,3 bilhões de reais.

Para profissionais do mercado, parte dos investidores valeu-se dos dados divulgados nesta terça-feira para seguir vendendo ações e garantir parte dos ganhos acentuados da semana passada.

E o desfile de indicadores negativos foi novamente generoso. A economia da zona do euro contraiu-se no final de 2008 mais do que a leitura preliminar. A produção industrial britânica teve a décima segunda queda seguida em fevereiro, mês em que o crédito ao consumidor norte-americano voltou a ceder.

No plano corporativo, as coisas não foram melhores, com o banco britânico Royal Bank of Scotland divulgando que pode cortar até 9 mil empregos nos próximos dois anos, enquanto fontes informaram à Reuters que a General Motors se prepara para uma eventual concordata.

O resultado foi a terceira sessão no vermelho nas praças europeias, enquanto os índices de Wall Street afundaram mais de 2 por cento.

INGRESSOS ESTRANGEIROS

Na bolsa paulista, mirando também a queda das commodities --o barril do petróleo caiu quase 4 por cento--, os investidores apontaram as ordens de venda para as blue chips.

Petrobras cedeu 1,1 por cento, para 29,97 reais, enquanto Vale caiu 1,5 por cento, a 28,21 reais. BM&F Bovespa encolheu 0,76 por cento, a 7,85 reais.

Esse comportamento impediu o Ibovespa de registrar um desempenho ainda melhor, já que para empresas ligadas ao mercado doméstico o dia foi de ganhos vistosos.

Para alguns analistas, esse movimento seria uma segunda etapa da entrada de recursos externos na Bovespa, tendência que desde o início de fevereiro já despejou quase 3,4 bilhões de reais no mercado. Só nos primeiros dois dias de abril, a entrada líquida foi de 1,38 bilhão de reais.

"O conjunto de notícias positivas das últimas semanas está fazendo os investidores estrangeiros reduzirem a alocação excessivamente conservadora em mercados centrais", disse o analista econômico da Mercatto Investimentos, Gabriel Goulart.

Dentre os principais alvos do otimismo dos estrangeiros, apareceu Cosan disparando 9 por cento, a 14 reais, depois de fontes revelarem que a Santelisa Vale, uma das maiores companhias de açúcar e álcool do país, fechou a venda de 40 por cento para a trading multinacional Louis Dreyfus.

Ações de construtoras, de concessionárias de serviços públicos e das debilitadas produtoras de papel e celulose engrossaram a coluna de ganhos.

segunda-feira, 30 de março de 2009

Bancos e montadoras revivem pessimismo e índice tomba 3%

Por Aluísio Alves

SÃO PAULO (Reuters) - A Bovespa refletiu o mau humor das praças internacionais com a pior sessão em quatro semanas, seguindo notícias que colocaram bancos e montadoras dos Estados Unidos de volta no olho do furacão da crise.

O Ibovespa perdeu 2,99 por cento, a 40.653 pontos. O giro financeiro da sessão foi de 3,6 bilhões de reais. De todo modo, o Ibovespa vai para a última sessão de março com uma alta acumulada de 6,5 por cento no mês.

"Notícias das montadoras e de bancos esfriaram um pouco o ânimo do mercado das últimas semanas", disse Pedro Galdi, analista da SLW corretora.

A tensão do mercado com as montadoras norte-americanas recrudesceu com a decisão do governo dos Estados Unidos de tomar o controle da indústria de veículos do país, forçando a saída do presidente-executivo da General Motors e pressionando a Chrysler para uma fusão. No meio da tarde, esta última anunciou ter chegado a uma aliança com o Fiat.

Ao mesmo tempo, os mercados internacionais também mostraram-se pessimistas com o setor bancário, depois de o secretário do Tesouro norte-americano, Timothy Geithner, ter evitado dizer se pedirá ao Congresso mais dinheiro para socorrer bancos atingidos pelos chamados ativos tóxicos.

Os papéis do Citigroup desabaram mais de 11 por cento e as do Bank of America, 18 por cento.

O tom negativo das bolsas contaminou os mercados de matérias-primas, como o petróleo, cujo preço do barril despencou 7,5 por cento.

Esse movimento pesou sobre as blue chips da bolsa paulista. Vale afundou 4,1 por cento, para 26,66 reais. Petrobras recuou 2,8 por cento, a 28,78 reais. Gerdau, uma das piores do dia, despencou 6,3 por cento, vendida a 12,54 reais.

Souza Cruz perdeu 6,3 por cento, a 44,80 reais, após o governo ter anunciado um aumento dos impostos sobre cigarros, para compensar parte a perda de arrecadação com incentivos fiscais ao setores automobilístico e de construção civil.

Dentre as companhias do ramo imobiliário, Gafisa subiu 2,2 por cento, a 11,34 reais. Cyrela avançou 1,4 por cento, para 8,92 reais. Duratex, fabricante de painéis de madeira e de louças sanitárias, subiu 0,7 por cento, vendida a 14,35 reais.

Na ponta de cima do índice, Sadia foi um dos poucos destaques do dia, subindo 1,7 por cento, para 3,06 reais. A companhia anunciou na sexta-feira que fechou o quarto trimestre de 2008 com prejuízo de 2,04 bilhões de reais, ampliando a perda do ano para 2,5 bilhões de reais.

Fora do índice, Globex disparou 12,6 por cento, para 6,42 reais, no dia em que a controladora da varejista Ponto Frio admitiu ter contratado um consultoria para assessorá-la na venda de seu controle.

ESTREIA DE ITAÚ UNIBANCO

A partir de terça-feira Itaú Unibanco será negociado por meio dos papéis de uma única instituição. Com isso, a ação preferencial do grupo, que vai conservar o ticker da ação preferencial do Itaú, deve se tornar a terceira mais importante do Ibovespa, respondendo por cerca de 5,5 por cento do índice, só atrás de Petrobras e Vale.

(Edição de Eduardo Simões)