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terça-feira, 9 de março de 2010

Dólar cai com melhora externa e segue abaixo de R$1,80

Por Silvio Cascione

SÃO PAULO (Reuters) - A maior disposição dos estrangeiros em investir em ativos de risco manteve o dólar abaixo de 1,80 real nesta terça-feira, após a moeda norte-americana superar brevemente esse patamar pela primeira vez desde o início do mês.

O dólar caiu 0,39 por cento, a 1,781 real. Durante a manhã, quando o mercado internacional hesitava em apontar uma tendência mais firme, a cotação chegou 1,801 real.

À tarde, porém, o clima ficou mais favorável a investimentos de risco em todo o mundo, especialmente ações. Os principais índices acionários em Nova York subiam e o Ibovespa chegou a superar 70 mil pontos --máxima desde 19 de janeiro.

Operadores de câmbio de duas corretoras comentaram que, na segunda metade da sessão, houve um aumento pontual no ingresso de recursos no país.

O volume de negócios foi mais intenso que nos últimos dias, superando 3,4 bilhões de dólares segundo dados parciais da clearing (câmara de compensação) da BM&FBovespa.

Para Moacir Marcos Jr., operador de câmbio da corretora Finabank, a queda do dólar aos níveis de 1,78 real o coloca em um suporte que, se rompido em breve, pode levar a taxa rapidamente para perto de 1,76 real.

Se for considerado que o comportamento do real depende dos mercados internacionais, ainda há bastante incerteza sobre os rumos no curto prazo.

Analistas do JPMorgan, por exemplo, preveem que o ciclo de alta do dólar dos dois primeiros meses do ano está perto do fim. "Os principais riscos sistêmicos (Grécia, desaceleração norte-americana) estão perdendo força, e o posicionamento do mercado agora está defensivo demais diante do ambiente macroeconômico", escreveram.

Por outro lado, economistas do banco suíço UBS veem o dólar caminhando na direção oposta nos próximos três meses, com o risco de o euro cair a cerca de 1,30 dólar em meio à série de notícias negativas sobre a dívida de países europeus.

No mercado futuro, os estrangeiros refizeram parte de suas posições compradas na moeda norte-americana. Entre sexta e segunda-feira, essas posições subiram de 271 milhões para 1,282 bilhão de dólares nos mercados de dólar futuro e cupom cambial, de acordo com dados da BM&FBovespa.

quarta-feira, 10 de fevereiro de 2010

Dólar tem leve alta com Fed e incerteza sobre Grécia

Por Silvio Cascione

SÃO PAULO (Reuters) - O dólar fechou em leve alta frente ao real nesta quarta-feira, depois de um dia de bastante incerteza no exterior a respeito da ajuda europeia à Grécia e da recepção desfavorável aos planos do Federal Reserve para o início da retirada do estímulo econômico nos Estados Unidos.

A moeda norte-americana subiu 0,22 por cento, a 1,850 real. No mês, o dólar ainda acumula baixa de 1,86 por cento.

O dia começou com o dólar emplacando a terceira queda consecutiva, como reflexo da expectativa internacional sobre uma possível ajuda europeia à Grécia. Naquele momento, o euro tinha leve alta, rondando o patamar de 1,38 dólar.

"Hoje foi a trajetória da moeda europeia que ditou o ritmo", disse Rodrigo Nassar, gerente da mesa financeira da corretora Hencorp Commcor.

Ministros de Finanças dos países da zona do euro se reuniram, e um plano deve ser apresentado na quinta-feira, de acordo com fontes ouvidas por publicações na França e na Bélgica. A Grécia tem preocupado os mercados desde o começo do ano por causa do enorme déficit que vinha desestabilizando o euro.

Ao longo do dia, porém, a moeda comum perdeu força com a falta de informações claras sobre o possível socorro à Grécia. Além disso, o anúncio de detalhes do plano do Fed para a retirada de estímulos econômicos favoreceu a alta do dólar em todo o mundo. Com isso, o euro caiu às mínimas do dia, ficando brevemente abaixo de 1,37 dólar.

Ante uma cesta com as principais moedas, o dólar subia 0,2 por cento no fim da tarde.

Nassar destacou, porém, que a intensidade dos movimentos foi menor que na véspera, dia também marcado pelo vaivém na Europa.

segunda-feira, 11 de janeiro de 2010

Dólar fecha em leve alta, cotado a R$ 1,736


Moeda norte-americana subiu 0,34%.
Volume negociado na reta final dos negócios era de US$ 600 milhões.

O dólar se descolou do panorama externo e fechou em alta diante do real nesta segunda-feira (11), após uma sessão de volume atipicamente pequeno e marcada por ajustes técnicos.

A moeda norte-americana subiu 0,34%, para R$ 1,736.

De acordo com dados da câmara de compensação (clearing) da BM&FBovespa, o volume a cerca de meia hora do fim dos negócios era próximo a US$ 600 milhões. O dado exclui o leilão do Banco Central e algumas operações.

No exterior, enquanto o mercado de câmbio fechava no Brasil, o dólar tinha queda de 0,6% em relação a uma cesta com as principais moedas ainda em um reflexo do pessimismo com o mercado de trabalho norte-americano.

De acordo com Marcelo Oliveira, operador de câmbio da corretora BGC Liquidez, a virada do dólar no Brasil ocorreu após uma ligeira reação da moeda norte-americana no exterior, juntamente com a tentativa frustrada de se romper um suporte em torno de R$ 1,725 no mercado futuro.

Sem que o dólar encontrasse fôlego suficiente para aprofundar a queda, o mercado aproveitou o patamar relativamente baixo da taxa de câmbio para realizar ajustes, completaram outros profissionais de mercado.

"Havia player com posição vendida em dólar que aproveitou (a queda) e comprou um pouco, para ajustar e colocar no bolso", disse o operador de câmbio de uma corretora nacional, que preferiu não ser identificado.

A própria falta de liquidez foi atribuída à cotação relativamente baixa do dólar, a menor em quase uma semana.

De acordo com profissionais de mercado, a reação do governo desde o ano passado contra a valorização do real, com o tributo sobre o capital estrangeiro em ações e renda fixa e com a possibilidade de compra de dólares pelo Fundo Soberano, colocou um piso informal para o dólar a R$ 1,70.

"Você faria uma posição de venda a R$ 1,72, sabendo que ele não deve ir além de R$ 1,70?", exemplificou Oliveira.

terça-feira, 1 de setembro de 2009

Dólar tem 7a alta seguida e fecha acima de R$1,90

Por José de Castro

SÃO PAULO (Reuters) - O tom negativo nas principais bolsas de valores internacionais combinado com a alta do dólar no mercado global respaldou o sétimo avanço consecutivo da moeda norte-americana frente ao real.

O dólar registrou alta de 0,85 por cento nesta terça-feira, a 1,905 real. Foi o primeiro fechamento acima do patamar de 1,90 real desde 29 de julho.

Em sete sessões, a mais longa série de altas desde setembro do ano passado, a moeda norte-americana acumulou ganho de 4 por cento ante o real.

"Essa alta do dólar ocorreu por conta do cenário externo negativo. Não há um motivo concreto. É de fato realização de lucros e ninguém sabe ao certo se aquele momento otimista vai continuar", disse o operador de câmbio da B&T Corretora de Câmbio, Marcos Trabbold.

Nos mercados internacionais, os investidores mostravam-se receosos de que o otimismo que contagiou as bolsas de valores nos últimos meses possa ter ido longe demais. Nem números melhores sobre a economia norte-americana conseguiram dar um viés positivo à sessão.

Por lá, o Instituto de Gestão de Fornecimento (ISM, na sigla em inglês) mostrou que a atividade manufatureira expandiu-se em agosto pela primeira vez desde janeiro de 2008. Enquanto isso, as vendas pendentes de casas subiram em julho para o maior nível desde junho de 2007.

Mas o temor de que a valorização vista nos últimos tempos tenha sido exagerada levava os principais índices de Wall Street a ceder perto de 2 por cento no final da tarde, movimento acompanhado pela bolsa brasileira.

O cenário de maior aversão ao risco permitia que o dólar ganhasse 0,7 por cento ante suas principais rivais.

No mercado local, de acordo com números preliminares disponibilizados no site da BM&FBovespa, o volume negociado no segmento interbancário era de cerca de 2,5 bilhões de dólares em operações com liquidação em dois dias (D+2).

segunda-feira, 3 de agosto de 2009

Otimismo externo e bancos levam dólar à nova mínima

SÃO PAULO (Reuters) - O dólar fechou em queda ante o real nesta segunda-feira e renovou a mínima em mais de 10 meses, a reboque do bom humor no cenário internacional e à pressão dos bancos por cotações mais baixas.

A moeda norte-americana caiu 1,71 por cento, a 1,834 real na venda, menor nível desde 25 de setembro de 2008, quando terminou a 1,821 real na venda.

"Saíram os números sobre o setor industrial norte-americano e eles vieram melhor que o esperado. Com as bolsas em alta, o dólar encontra espaço para cair", avaliou o operador de câmbio João Eduardo Santiago, do Banco Alfa de Investimento.

Pela manhã, dados do governo dos EUA mostraram que a atividade manufatureira encolheu em julho, mas num ritmo menor que o de junho.

O índice do Instituto de Gestão de Fornecimento (ISM, na sigla em inglês) passou para 48,9 em julho, ante 44,8 em junho.

Os investidores enxergaram os números como mais um sinal de que a economia norte-americana pode estar se recuperando da mais grave recessão desde a década de 1930.

Nesse contexto, tanto as bolsas de valores dos Estados Unidos quanto à do Brasil exibiam expressivas altas no momento em que as operações no mercado de câmbio local se encerraram.

Estimulando a queda do dólar no mercado local, a moeda atingia no exterior o menor nível desde setembro do ano passado ante suas principais rivais, caindo cerca de 0,9 por cento.

Para o gerente de câmbio da Fair Corretora, José Roberto Carreira, a baixa da divisa nesta sessão também esteve ligada à pressão de bancos. Os bancos estão vendidos em dólar e, para que obtenham lucro, precisam que a moeda norte-americana continue caindo", explicou.

Na sexta-feira, de acordo com a BM&FBovespa, as instituições bancárias sustentavam 3,144 bilhões de dólares em posições vendidas (que, na prática, revelam apostas na queda do dólar).

Somado a isso, os investidores estrangeiros também apostavam na desvalorização do dólar, carregando 896 milhões de dólares na mesma posição.

TENDÊNCIA DO DÓLAR

João Eduardo Santiago, do Banco Alfa, disse que as perspectivas ainda apontam para a continuidade da baixa do dólar ante o real. Isso porque, para ele, tanto o fluxo de dólares no segmento comercial como no financeiro deve se manter positivos.

Ele citou os dados da balança comercial brasileira, que registrou superávit de 2,928 bilhões de dólares em julho, de acordo com números do Ministério do Desenvolvimento, Indústria e Comércio divulgados nesta manhã.

No lado financeiro, à medida que "os estrangeiros retomam a confiança em investimentos de maior risco" o saldo deve seguir positivo, disse.

Segundo dados da BM&FBovespa, até 29 de julho, as compras dos estrangeiros na bolsa paulista superaram as vendas em 1,345 bilhão de reais. No ano, o número é positivo em 11,461 bilhões de reais.

(Reportagem de José de Castro)

quarta-feira, 22 de julho de 2009

Queda do dólar em 2009 é a maior da história, diz consultoria

Perda de 18,52% desde janeiro supera a acumulada nos anos anteriores.
Levantamento usa cotação do dólar PTax.

Do G1

A desvalorização acumulada do dólar frente ao real bateu recorde: de 1º de janeiro até 21 de julho deste ano, a moeda norte-americana acumulou perda de 18,52%.

A porcentagem representa uma queda maior que a registrada em todos os anos (no acumulado de 1º de janeiro a 31 de dezembro) da história da moeda brasileira, segundo levantamento da consultoria Economatica.

Foto: Editoria de Arte/G1

De acordo com a pesquisa, a maior queda em um ano anterior havia sido registrada em 2003, quando o dólar perdeu 18,23% de seu valor entre janeiro e dezembro. Já em 2008 a moeda se valorizou em 31,94% frente ao real.

O levantamento utiliza a cotação da PTax (média das cotações do dólar comercial no dia), que ficou em R$ 1,9043 no fechamento de terça-feira. A cotação é a menor desde 26 de setembro do ano passado, quando havia ficado em R$ 1,8555.

segunda-feira, 20 de julho de 2009

Dólar cai a R$1,904, menor nível desde setembro

Por Silvia Rosa e José de Castro

SÃO PAULO (Reuters) - A melhora do cenário internacional, com redução da aversão ao risco, favoreceu a queda do dólar para o menor nível desde o final de setembro do ano passado. A moeda norte-americana caiu 1,24 por cento nesta segunda-feira, a 1,904 real.

No mercado externo, o movimento também foi de baixa da moeda norte-americana, que atingiu o menor patamar em seis semanas frente a uma cesta com as principais divisas mundiais.

"A tendência do dólar é de queda", afirmou Marcos Forgione, operador de câmbio da ABDO Corretora.

"À medida que a crise vai se dissipando, as atenções vão se voltando para o Brasil. A taxa de juro ainda é alta e a remuneração é boa."

O principal índice da bolsa brasileira registrou alta pelo quarto dia seguido, acompanhando o movimento positivo em Wall Street.

Ainda na semana passada, a divulgação de alguns balanços corporativos do segundo trimestre melhores que o esperado contribui para reduzir a apreeensão de investidores com o ritmo de recuperação da economia.

Ainda no cenário corporativo, o conselho do CIT Group, que trabalha com empréstimos para pequenas e médias empresas, firmou um acordo com um grupo de detentores de bônus para um financiamento de 3 bilhões de dólares, informou uma fonte.

Segundo o diretor-executivo da NGO Corretora, Sidnei Moura Nehme, outro fato que estaria influenciando a queda do dólar frente ao real é a compra de dólares pelo Banco Central acima do fluxo externo para o país.

"Com isso, os bancos (que vendem dólares para o BC) têm ampliado suas posições vendidas no mercado à vista, e podem estar trabalhando para que a taxa caia para que possam fechar suas posições com lucro", explicou Nehme.

Desde maio deste ano, a autoridade monetária já comprou 6,167 bilhões de dólares no mercado à vista, frente à entrada líquida de 4,646 bilhões de dólares no país.

Segundo dados do BC, os bancos estavam no final de junho com 524,4 milhões de dólares em posições vendidas no mercado livre. Foi a primeira vez desde julho de 2007 que os bancos encerraram um mês vendido.

segunda-feira, 22 de junho de 2009

Dólar supera R$2 com nervosismo externo e aversão a risco

SÃO PAULO (Reuters) - O dólar teve a maior alta percentual em mais de três meses ante o real nesta segunda-feira, ficando acima dos 2 reais pela primeira vez em quase quatro semanas, acompanhando o nervosismo no cenário externo e o aumento da aversão a risco.

A moeda norte-americana avançou 2,48 por cento, cotada a 2,023 reais para venda, maior nível desde 25 de maio, quando terminou a 2,025 reais.

É a mais forte alta do dólar desde 2 de março, sessão em que disparou 3,04 por cento.

"Hoje o que a gente tem é uma pressão muito forte vindo das commodities e isso está fazendo o dólar subir aqui e lá fora", considerou Luis Piason, gerente de câmbio da Corretora Concórdia.

Piason disse que o cenário está favorável a correções nas bolsas de valores, o que, segundo ele, também estimula um ajuste no mercado de câmbio.

No momento de maior desvalorização do dólar ante o real este ano, a divisa norte-americana chegou a cair 21,3 por cento. Para Piason, é provável que o dólar devolva parte dessa perda no curto prazo.

"Na realidade, as bolsas não estavam com fôlego para seguir em frente. É uma mini bolha especulativa que está estourando e o câmbio (local) está acompanhando esse contexto", acrescentou.

O front acionário espelhava o receio dos investidores quanto a uma recuperação verdadeira da economia. Na Europa, os índices fecharam no menor patamar em cinco meses, pressionados pela fraqueza dos preços do petróleo. A commodity teve recuo de 3,8 por cento.

Nos Estados Unidos, as bolsas de valores operavam em forte baixa no momento em que os negócios no câmbio doméstico se encerraram. O nervosismo lá fora contaminava em cheio o mercado de ações brasileiro. O principal indicador acionário da bolsa paulista cedia mais de 3 por cento no final da tarde.

Esse pessimismo era corroborado por um relatório do Banco Mundial divulgado nesta segunda-feira, que piorou seu prognóstico para a performance da economia global neste ano, para contração de 2,9 por cento, ante projeção anterior de queda de 1,7 por cento.

Para o Brasil, a entidade estima uma contração de 1,1 por cento neste ano, ante cenário anterior de crescimento de 0,5 por cento.

"O cenário lá fora dá condições para que os investidores apresentem um pouco mais de cautela e isso vai refletir em menores investimentos em bolsas e ativos de emergentes", afirmou o gerente de câmbio de um banco nacional que preferiu não se identificar.

No acumulado até 17 deste mês, os estrangeiros já tiraram do mercado acionário brasileiro 1,304 bilhão de reais.

Frente a uma cesta com as principais divisas mundiais, o dólar subia 0,5 por cento no final da tarde.

"A diminuição desse movimento ocorre em função do crescimento a aversão a risco que os mercados têm mostrado, pelo menos no curto prazo", completou.

No final da tarde, o Banco Central prosseguiu com os leilões de compra de dólares no mercado à vista. A taxa de corte da operação foi de 2,0235 reais.

Na roda de pronto da BMF Bovespa, segundo dados preliminares, o volume de dólar negociado no segmento à vista somava cerca de 1,4 bilhão de dólares.

(Reportagem de José de Castro)

quarta-feira, 10 de junho de 2009

Dólar sobe espelhando aversão a risco e fraqueza de bolsa

SÃO PAULO (Reuters) - O dólar acompanhou o aumento da aversão a risco em nível mundial e subiu ante o real nesta quarta-feira, numa sessão fraca por conta da proximidade do feriado de Corpus Christi.

A moeda norte-americana foi pressionada, no mercado doméstico, por um movimento global de valorização e pelo receio de eventual mudança na taxa básica de juros dos Estados Unidos.

O dólar avançou 0,67 por cento, cotado a 1,951 real para venda. No início do dia, a divisa norte-americana chegou a cair 0,57 por cento, mas reverteu a trajetória perto do encerramento dos negócios da manhã.

Ante uma cesta com as principais divisas globais, o dólar subia cerca de 0,6 por cento no final da tarde.

"O mercado abriu relativamente tranquilo, mas aí veio o assunto da possível mudança na política monetária dos Estados Unidos. Isso criou tensão", avaliou Reginaldo Galhardo, gerente de câmbio da Treviso Corretora.

Segundo a diretora de câmbio da AGK Corretora, Miriam Tavares, o aumento do déficit fiscal norte-americano acendeu a preocupação sobre uma mudança na política monetária do Federal Reserve, antecipando uma alta na taxa de juros.

"A preocupação de que o Fed terá que aumentar a taxa e reduzir a injeção de liquidez na economia diminiu o apetite dos investidores por ativos de maior risco", disse.

O Tesouro dos Estados Unidos anunciou que o país teve déficit orçamentário de 189,65 bilhões de dólares em maio, acima do previsto e perfazendo o oitavo mês seguido de saldo negativo.

O leilão de Treasuries de 10 anos refletiu a preocupação com o custo de financiamento do crescente déficit fiscal dos EUA. Os preços dos Treasuries caíram, elevando os rendimentos para 4 por cento pela primeira vez em oito meses.

Os sintomas de aumento da aversão a risco eram reverberados pelas bolsas de valores de Nova York, que caíam no final da tarde por preocupações de que uma elevação do juro possa frear os gastos de consumidores.

Os índices em Wall Street cediam em torno de 0,5 por cento, enquanto o principal índice da bolsa paulista marcava baixa de 0,3 por cento.

FLUXO CAMBIAL

O Banco Central divulgou o fluxo cambial da primeira semana de junho, período em que as entradas de recursos superaram as saídas em 550 milhões de dólares.

Isso resultou de saldo positivo nas operações comerciais de 670 milhões de dólares e negativo nas transações financeiras em 120 milhões de dólares.

Em maio, o fluxo cambial havia ficado positivo em 3,134 bilhões de dólares. No ano, o país acumula entrada líquida de 2,140 bilhões de dólares.

Miriam, da AGK Corretora, destacou que o fluxo cambial refletiu uma pausa nas aplicações dos investidores estrangeiros em bolsa. "Houve uma pausa nas compras dos investidores estrangeiros em bolsa, que só deve voltar a subir com mais força com novas notícias positivas."

O BC também informou a compra de 589 milhões de dólares no mercado à vista por intermédio de leilões diários neste mês, até o dia 3 (operações liquidadas até o dia 5). O volume é superior à entrada líquida de dólares no país no mesmo período, que somou apenas 16 milhões de dólares.

De acordo com os números mais recentes da BMF Bovespa, o volume de dólar negociado no segmento à vista era de pouco mais de 1 bilhão de dólares.

(Reportagem de José de Castro, Jenifer Corrêa e Silvia Rosa)

segunda-feira, 8 de junho de 2009

Dólar fecha em alta por juro nos EUA e mercados voláteis

SÃO PAULO (Reuters) - O dólar subiu ante o real nesta segunda-feira, refletindo um cenário externo mais cauteloso, com investidores embolsando lucros e atentos a uma eventual mudança na taxa de juros dos Estados Unidos.

A moeda norte-americana teve alta de 0,41 por cento, cotada a 1,966 real para venda. Na máxima do dia, o dólar chegou a subir 1,23 por cento, mas diminuiu o avanço no decorrer da sessão em meio à melhora externa.

"O que está acontecendo é que tem se falado em uma alta na taxa de juros dos Estados Unidos. Isso faz com que a procura por títulos norte-americanos volte", avaliou Paulo Shiguemi Fujisaki, analista de mercado da Corretora Socopa.

Na sexta-feira, um relatório sobre o mercado de trabalho norte-americano mostrou que menos postos de trabalho foram fechados em maio, o que estimulou as especulações sobre um corte da taxa de juros no ano que vem.

O movimento de alta da moeda norte-americana perdeu força no período da tarde com a entrada de recursos de empresas exportadoras no mercado à vista, segundo operadores.

A balança comercial brasileira registrou superávit de 1,208 bilhão de dólares na primeira semana de junho, maior saldo desde a segunda semana de setembro de 2008, de acordo com o Ministério do Desenvolvimento, Indústria e Comércio Exterior.

O diretor-gerente do Fundo Monetário Internacional (FMI), Dominique Strauss-Khan, afirmou nesta segunda-feira que a instituição prevê a recuperação da economia global na primeira metade de 2010, com o ponto de virada devendo acontecer em setembro ou outubro.

Mas Luis Piason, gerente de operações de câmbio da corretora Concórdia, ponderou que os mercados já anteciparam em boa parte essa recuperação da economia.

"Grande parte do mercado já precificou esse movimento, havendo um certo exagero na baixa do dólar nas últimas semanas", disse.

Fujisaki, da Socopa, explicou que uma elevação no juro básico dos EUA pode impulsionar os rendimentos dos Treasuries, o que teoricamente reforça a atratividade desses papéis.

Espelhando a possibilidade da volta a esses títulos, o dólar ganhava terreno em nível mundial.

EURO EM QUEDA

Ante uma cesta com as principais divisas globais, a moeda ganhava 0,3 por cento no momento em que o mercado doméstico de câmbio encerrou as operações. Mais cedo, essa alta chegou a ser de 1 por cento.

Um dos destaques de desvalorização era o euro, que se aproximou da mínima em duas semanas. A queda da moeda ocorria em consequência do rebaixamento do rating da Irlanda.

No front acionário norte-americano, na maior parte do dia, os investidores mostraram-se ressabiados com o alerta do McDonald's a respeito de uma queda nos lucros do segundo trimestre, principalmente por conta das oscilações do dólar.

Também causou preocupação uma eventual alta na taxa de juros, o que poderia retardar a recuperação da economia como um todo. Perto do fechamento, no entanto, Wall Street ensaiava uma recuperação, o que contagiava a bolsa paulista.

Fujisaki, no entanto, considerou que a alta do dólar nesta sessão não necessariamente aponta uma tendência de alta. Segundo ele, caso os ingressos de recursos no mercado doméstico se mantenham, a curva do dólar permanecerá descendente.

Na BMF Bovespa, de acordo com os números mais recentes, o volume de dólar negociado no segmento à vista girava em torno de 1,1 bilhão de dólares.

(Reportagem de Silvia Rosa e José de Castro)

segunda-feira, 1 de junho de 2009

Fluxo positivo leva dólar à 7a queda seguida

SÃO PAULO (Reuters) - O dólar marcou sua sétima queda consecutiva ante o real nesta segunda-feira, na esteira de um movimento de ingresso de recursos, ancorado em perspectivas otimistas para a economia brasileira.

A influência positiva das bolsas de valores também contribuía para fortalecer a baixa da moeda norte-americana no mercado doméstico.

O dólar recuou 1,06 por cento, valendo 1,954 real para venda, confirmando a maior série de quedas diárias desde o início de abril do ano passado, quando a divisa norte-americana cravou oito baixas seguidas.

Durante a tarde, o dólar atingiu o menor nível ante o euro. No final do dia, a divisa operava praticamente estável ante uma cesta com as principais moedas.

"O cenário lá fora está tranquilo. As bolsas (de valores) estão subindo, inclusive a Bovespa, e isso é um indicativo de fluxo para o país", avaliou Jorge Knauer, gerente de câmbio do Banco Prosper.

Knauer se referiu às bolsas de valores dos Estados Unidos, que exibiam fortes altas após a divulgação de dados econômicos fortes, que estimulavam o otimismo em investidores, em meio à percepção de que o pior da crise global ficou para trás.

O bom humor em Wall Street era seguido pelo principal índice da Bovespa, que no final da tarde avançava cerca de 2,2 por cento. No ano, a valorização do índice chega a quase 40 por cento.

O gerente de câmbio lembrou que os investidores estrangeiros têm voltado ao Brasil por acreditarem que o país ainda oferece alta rentabilidade às suas aplicações.

A euforia com a economia brasileira tem como reflexo o forte fluxo de entrada de dólares Bovespa. Até 27 de maio, o ingresso de recursos para a bolsa doméstica somava cerca de 5,6 bilhões de reais.

A entrada de dólares tem ocorrido também pelo segmento comercial. Segundo números do Ministério do Desenvolvimento, Indústria e Comércio Exterior divulgados nesta segunda-feira, a balança comercial brasileira registrou superávit de 2,6 bilhões de dólares em maio, aumentando o saldo acumulado no ano para 9,3 bilhões de dólares.

Nesse contexto, o Banco Central realizou nesta tarde mais um leilão de compra de dólares no mercado à vista. Desde 8 de maio, o BC tem feito esse tipo de operação em todas as sessões regulares.

Para o operador da B&T Corretora de Câmbio, Marcos Forgione, a tendência de queda do dólar ante o real deve permanecer neste mês, principalmente lastreada pelo ingresso de recursos na Bovespa.

Entretanto, Forgione pondera que "ainda estamos num momento de crise e não devemos nos iludir com esses momentos de melhora no cenário (econômico)".

Na BM&F, o volume de dólar negociado no segmento à vista girava em torno de 1,2 bilhão de dólares, segundo dados preliminares.

(Reportagem de José de Castro)

sexta-feira, 29 de maio de 2009

Dólar tem maior queda mensal em 6 anos, junho deve seguir

Por José de Castro e Daniela Machado

SÃO PAULO (Reuters) - A sensação de que a economia global já chegou ao fundo do poço e o Brasil deve se sair melhor do que outros países no processo de reotmada deve garantir mais entrada de dólares no Brasil em junho, mantendo o real apreciado.

Analistas preveem, no entanto, que o ritmo vertiginoso de queda do dólar pode não se sustentar após os vencimentos de contratos futuros e derivativos da virada deste mês.

Em maio, a moeda norte-americana teve a maior baixa mensal desde abril de 2003, de 9,5 por cento. A cotação de 1,975 real reais no fechamento desta sexta-feira é a mais baixa desde 1o de outubro do ano passado, quando encerrou a 1,925 real na venda.

"De repente, a percepção de que a gente já atingiu o fundo do poço (na economia global) começou a se espalhar. E o Brasil está se beneficiando desse momento", disse Fernanda Feil, economista da consultoria Rosenberg & Associados, em São Paulo.

"Não acredito que seja algo que vai se manter no longo prazo... porque, de efetivo, nada foi resolvido na economia mundial. Mas, no curtíssimo prazo, digo um ou dois meses, a tendência é de os ingressos continuarem chegando ao país."

Em maio, até o dia 22, o fluxo cambial no país estava positivo em 3,086 bilhões de dólares. É a maior entrada líquida de dólares em um mês desde abril do ano passado e foi ajudada também pelas operações no segmento financeiro.

Desde a piora da crise global, com o colapso do Lehman Brothers em setembro, era apenas a conta comercial que mostrava alguma resistência.

João Medeiros, diretor de câmbio da Pioneer Corretora, acredita que em junho a tendência de apreciação do real deve continuar.

Segundo ele, a entrada de dólares no país no próximo mês será ampliada pelo "pico da safra de exportação". Nesse contexto, acrescido de uma diminuição das importações, as entradas de dólares no mercado doméstico devem se acentuar.

Refletindo essa perspectiva de ingresso de recursos no país, as posições compradas dos investidores estrangeiros caíram para os menores níveis desde o início de setembro.

De acordo com os últimos dados da BM&F, as posições futuras compradas desse grupo de investidores estão em cerca de 580 milhões de dólares. Em março, mês em que as apostas na alta do dólar atingiram o pico, essas posições chegaram a 14,3 bilhões de dólares.

DÓLARES PARA BOVESPA E INVESTIMENTO

Dados de maio deixam claro que a maior parte dos recursos externos chegou ao Brasil por meio de investimentos estrangeiros diretos e para a Bovespa.

Até por isso, a eventual taxação das aplicações externas em renda fixa seria ineficiente para brecar a apreciação do real.

O presidente do Banco Central, Henrique Meirelles, e o ministro da Fazenda, Guido Mantega, negaram a volta do Imposto sobre Operações Financeiras (IOF) nessas aplicações --o que, segundo os principais jornais brasileiros, estaria sendo estudado pelo governo.

Somente nesta semana, o dólar caiu 2,5 por cento. Operadores citaram que o movimento foi exacerbado por investidores interessados em defender sua posição para o vencimento de contratos futuros e derivativos na virada do mês.

Na segunda-feira vencem 3,4 bilhões de dólares em contratos de swap cambial e, para o mercado ter lucro, é interessado que a moeda norte-americana recue.

"Acho que a tendência ainda é favorável para o real. Os investidores estão voltando de forma sincronizada aos ativos de risco, principalmente à bolsa (de valores)", considerou Antonio Madeira, economista da MCM Consultores Associados.

quarta-feira, 6 de maio de 2009

Dólar cai 1,72% e fecha no menor nível em seis meses

SÃO PAULO (Reuters) - O dólar fechou em queda ante o real nesta quarta-feira, no menor patamar dos últimos seis meses, na esteira de um movimento de entrada de recursos no mercado doméstico. Como pano de fundo, as bolsas de valores operavam em território positivo.

A moeda norte-americana encerrou a sessão com desvalorização de 1,72 por cento, cotada a 2,112 reais para venda, menor nível de fechamento desde 4 de novembro, quando fechou a 2,111 reais para venda.

"O que se viu hoje foi muito recurso entrando, principalmente no comercial", avaliou o diretor de câmbio de uma corretora nacional que preferiu não se identificar.

Segundo ele, o ingresso de divisas observado nesta sessão, somado aos dados divulgados pelo Banco Central sobre o fluxo cambial de abril, reforçam a percepção positiva dos investidores com relação aos fundamentos da economia brasileira.

Números divulgados pelo BC nesta quarta-feira mostraram que o Brasil teve em abril o maior fluxo de entrada de recursos externos desde setembro do ano passado, mês que marcou o agravamento da crise internacional com a quebra do banco norte-americano Lehman Brothers.

O fluxo cambial no país fechou o mês passado positivo em 1,43 bilhão de dólares. Em setembro de 2008, o fluxo ficou positivo em 2,803 bilhões de dólares.

Em março, o fluxo cambial havia ficado negativo em 797 milhões de dólares.

A autoridade monetária também divulgou que a posição comprada dos bancos subiu para 1,258 bilhão de dólares no final de abril, ante 145,2 milhões de dólares no fim de março.

Ainda de acordo com o diretor de câmbio, como reflexo desses números positivos, as posições compradas de investidores estrangeiros - que, na prática, revelam uma aposta na alta da moeda norte-americana - diminuíram.

De acordo com os números mais recentes da BM&F, na terça-feira, essas posições compradas estavam em 2,5 bilhões de dólares, bem abaixo do valor máximo alcançado em março, de 14,3 bilhões de dólares.

No âmbito externo, as bolsas de valores dos Estados Unidos operavam em alta no fim da tarde por uma percepção positiva da economia, à medida que investidores apostavam que a falta de capital do setor bancário será administrável. Dados menos ruins do mercado de trabalho também agiam positivamente sobre o mercado acionário.

No Brasil, o principal índice da bolsa paulista, o Ibovespa, exibia mais fôlego e avançava cerca de 1,5 por cento perto do fechamento.

No mercado de câmbio doméstico, de acordo com os últimos dados disponibilizados pela BM&F, o volume de dólar negociado no segmento à vista girava em torno de 1,8 bilhão de dólares.

Ante uma cesta com as principais moedas globais, o dólar tinha leve queda de 0,3 por cento.

(Reportagem de José de Castro)

sábado, 18 de abril de 2009

Economia da zona do euro terá recuperação em 2010, diz Trichet

Por Karolina Slowikowska

VARSÓVIA (Reuters) - A economia da zona do euro deve começar a se recuperar em 2010, depois de um difícil 2009, disse neste sábado o presidente do Banco Central Europeu (BCE), Jean-Claude Trichet, em uma entrevista transmitida pela emissora de TV polonesa TVN 24 e pelo portal TVN24.pl.

Trichet também afirmou que não seria bom para a Polônia acelerar seu processo de adoção ao euro e acrescentou que se o país aspira juntar-se ao bloco deve estar muito bem preparado para isto.

"Nós estamos experimentando um período que é difícil, e o ano de 2009 tem se mostrado obviamente difícil para todas as economias no mundo, sem exceção, mas também é verdade que nós todos temos boas razões para considerar que a recuperação ocorrerá no decorrer de 2010", disse Trichet ao portal TVN24.pl.

"Há um consenso muito sensato daqueles que fazem previsões e economistas que consideram isso."

"Os tempos atuais são difíceis, mas eles (os cidadãos da zona do euro) podem ficar razoavelmente confiantes no futuro porque há muitas boas razões para acreditar que nós estaremos numa situação melhor no próximo ano."

Sobre a política monetária, Trichet reiterou os comentários feitos na entrevista coletiva do BCE no início deste mês, quando disse que o banco ainda possui espaço para reduzir suas taxas de juros e prometeu desenvolver planos em maio para medidas alternativas que possam impulsionar a combalida zona do euro.

Trichet, que deve revelar os planos do Banco Central Europeu para mais estratégias políticas heterodoxas, não deu detalhes sobre essas medidas.

O BCE cortou sua taxa básica de juros em três pontos percentuais desde outubro e espera-se que o banco deva reduzir suas taxas para financiamento em outros 25 pontos básicos, para 1,0 por cento em maio, à medida que a zona do euro sofre com a pior recessão desde que a moeda foi criada.

A economia do bloco se contraiu 1,6 por cento no quatro trimestre do ano passado, e espera-se que o primeiro trimestre deste ano também seja de queda.

(Texto de Karolina Slowikowska)

quinta-feira, 9 de abril de 2009

Dólar cai a menor nível em 5 meses por apostas no real

SÃO PAULO (Reuters) - O dólar encerrou a sessão desta quinta na menor cotação frente ao real desde novembro.

Analistas consideraram que a redução de posições compradas em dólar por parte de investidores estrangeiros como o fator principal da queda da moeda norte-americana, tendência reforçada pelo bom humor nas bolsas de valores internacionais.

A moeda norte-americana caiu 1,45 por cento, para 2,172 reais na venda.

O mercado de câmbio doméstico descolou de um movimento global de valorização do dólar. Em relação a uma cesta com as principais moedas mundiais, a divisa norte-americana avançava 0,55 por cento no final da tarde.

"A posição comprada dos estrangeiros diminuiu significativamente do mês passado até agora, e isso está forçando essa baixa mais acentuada do dólar", avaliou Mario Paiva, analista de câmbio da Corretora Liquidez.

Na véspera, pelo último dado disponível, essa exposição dos investidores estrangeiros somava 6,19 bilhões de dólares, ante 6,72 bilhões de dólares no dia 7.

O nível de fechamento desta sessão é o menor desde 7 de novembro, quando a moeda norte-americana fechou a 2,161 reais. Das sete sessões realizadas em abril, o dólar teve queda em seis, registrando desvalorização de 6,4 por cento no período.

Nos Estados Unidos, uma onda de otimismo animava os mercados acionários, à medida que o banco Wells Fargo divulgou um resultado trimestral preliminar surpreendentemente positivo, alimentando esperanças de que a estabilização possa estar voltando ao setor bancário.

No final da tarde, os índices em Wall Street subiam mais de 3 por cento, mesmo movimento seguido pela Bovespa.

No mercado interno de câmbio, segundo os dados mais recentes da BM&F, o volume diário de dólar negociado no segmento à vista girava em torno de 3 bilhões de dólares.

(Reportagem de José de Castro)

Maré de otimismo leva Bovespa a maior patamar em 6 meses

Por Aluísio Alves

SÃO PAULO (Reuters) - Notícias animadoras de bancos e o anúncio de um pacote de estímulo econômico no Japão ditaram nova onda de otimismo nos mercados internacionais, movimento que alçou a Bovespa ao maior patamar em seis meses nesta quinta-feira.

Com um salto de 3,07 por cento, o Ibovespa chegou aos 45.538 pontos, melhor pontuação desde 3 de outubro, o que elevou o ganho acumulado em 2009 a 21,3 por cento.

Mesmo na véspera da Sexta-feira Santa, o ingresso de recursos estrangeiros seguiu firme, garantindo à sessão um giro financeiro de 5,1 bilhões de reais, um dos melhores do ano.

"Apesar de haver muitas incertezas por causa da crise, o noticiário do dia consolidou a visão de que o cenário de curto prazo está bem melhor", disse Nicolas Barbarisi, sócio diretor da Hera Investments.

A revelação de que o banco norte-americano Wells Fargo teve um surpreendente lucro de 3 bilhões de dólares no primeiro trimestre fez o setor bancário levantar os principais índices de Wall Street para altas ao redor de 3 por cento.

Esse quadro mais benigno foi reforçado por dados acima das expectativas da economia chinesa e norte-americana.

Com o anúncio de um pacote de estímulo econômico de 154 bilhões de dólares pelo governo japonês, o clima positivo se esparramou para os mercados de commodities, dando fôlego adicional para as blue chips domésticas.

Vale foi uma das melhores do pregão, com um salto de 5 por cento, a 29,70 reais. A disparada de quase 6 por cento na cotação do petróleo deu combustível à Petrobras, que avançou 4,4 por cento, a 30,84 reais.

A queda livre do dólar --nesta quinta-feira, a moeda norte-americana caiu ao menor nível em 5 meses-- turbinou também as ações de empresas bastante endividadas na divisa dos Estados Unidos.

Embraer decolou 9,1 por cento, a maior alta do índice, para 9,25 reais. Aracruz cresceu 6,25 por cento, valendo 2,04 reais.

Adicionalmente, o otimismo global com os bancos respingou nos papéis de instituições domésticas do setor. Itaú Unibanco subiu 3,4 por cento, a 29,25 reais.

A exceção foi Banco do Brasil, que depois de ter despencado mais de 8 por cento na véspera caiu mais 2,8 por cento, a 16,86 reais, ainda refletindo a reação negativa do mercado à repentina troca no comando da instituição anunciada na quarta-feira.

"A mudança ratifica a idéia da utilização do BB como veículo de aplicação da política governamental de redução dos spreads, o que afeta diretamente as margens e a rentabilidade da instituição", disse a corretora Ativa em relatório.

sexta-feira, 3 de abril de 2009

Dólar cai pela 4a sessão seguida por desmonte de posições

SÃO PAULO (Reuters) - O dólar fechou em queda nesta sexta-feira pela quarta sessão consecutiva, com o mercado dando sequência a uma mudança de estratégia e ampliando as apostas na valorização do real.

Além disso, perspectivas positivas após a reunião do G20 ainda animavam os investidores.

O dólar caiu 1,34 por cento, a 2,206 reais para venda, ainda na menor cotação de encerramento desde 6 de janeiro.

"A reunião do G20 causou euforia nos mercados, diminuindo a sensação de piora da crise, e a participação de países emergentes, como o Brasil, foi decisiva", avaliou Tarcísio Rodrigues, diretor de câmbio do Banco Paulista.

O analista acredita que a economia brasileira tem se saído melhor no atual cenário de crise financeira que a de outros países.

Para ele, a percepção de que o Brasil está com sua bases econômicas mais sólidas atrai investidores, o que permite ingresso de mais dólares no país, reduzindo as pressões sobre o mercado de câmbio.

Segundo os dados mais atualizados da BM&F, a posição comprada de investidores estrangeiros no mercado futuro de dólar (que, na prática, revela uma aposta na alta da moeda norte-americana) caiu para 7,95 bilhões de dólares.

Trata-se do menor nível desde meados de outubro do ano passado, auge da crise financeira. Na máxima de março deste ano, a posição comprada desse grupo de investidores chegou a 14,3 bilhões de dólares.

O Banco Central vendeu nesta sexta-feira 1,254 bilhão de dólares de uma oferta total de 2 bilhões de dólares em um novo leilão de empréstimo da moeda norte-americana com compromisso de recompra, em que os recursos não precisam ser repassados pelos bancos apenas para operações de comércio exterior.

No cenário externo, as bolsas de valores dos Estados Unidos operavam sem tendência definida, à medida que dados de emprego ruins e uma contração acentuada do setor de serviços contrabalançavam bons resultados da fabricante do BlackBerry, Research in Motion.

No Brasil, a Bovespa descolava da volatilidade de Wall Street e subia mais de 1 por cento.

De acordo com os dados mais atualizados da BM&F, o volume de dólar negociado no mercado à vista girava em torno de 2 bilhões de dólares.

Frente a uma cesta com as principais moedas, o dólar mostrava-se praticamente estável, com oscilação negativa de 0,1 por cento.

(Reportagem de José de Castro)

quarta-feira, 1 de abril de 2009

Dólar cai por desmonte de posições e cenário positivo

SÃO PAULO (Reuters) - O dólar fechou em queda ante o real na primeira sessão do mês, por um desmonte de posições compradas de investidores no mercado doméstico e pelo tom positivo nos mercados internacionais.

A moeda norte-americana encerrou a sessão em baixa de 1,64 por cento, a 2,281 reais para venda.

"Os bancos compraram muitos dólares perto do final do mês. Quando (o mês) vira, eles não têm mais a necessidade de continuar comprando", avaliou José Roberto Carreira, gerente de câmbio da Fair Corretora.

Na Europa, os principais índices de ações fecharam em alta, impulsionadas pelos papéis do setor financeiro, como os do ING e Barclays.

Já nos Estados Unidos, os índices exibiam valorização à medida que dados dos setores industrial e imobiliário alimentavam esperanças de que a economia norte-americana pode estar a caminho de uma estabilização.

Os índices em Wall Street subiam mais de 1 por cento, enquanto a Bovespa avançava acima de 2 por cento.

Para Jorge Knauer, gerente de câmbio do Banco Prosper, "as pressões sobre o câmbio diminuíram" e, mantido o cenário atual, o dólar pode dar continuidade ao movimento de queda registrado em março.

De acordo com os dados mais atualizados da BM&F, o volume de dólar negociado no segmento à vista estava em torno de 3,3 bilhões de dólares.

Frente a uma cesta com as principais moedas mundiais, o dólar mostrava-se praticamente estável, com leve desvalorização de 0,04 por cento.

(Reportagem de José de Castro)

segunda-feira, 30 de março de 2009

Dólar sobe 1,75%, a R$2,332 por pessimismo em bolsas

SÃO PAULO (Reuters) - O dólar fechou em alta ante o real nesta segunda-feira, na esteira do pessimismo nos mercados internacionais, com preocupações sobre duas grandes montadoras do Estados Unidos derrubando os mercados.

A moeda norte-americana encerrou a sessão com avanço de 1,75 por cento, a 2,332 reais para venda.

"Se houver uma nova onda de quedas de empresas importantes, o investidor vai ficar mais arisco, a liquidez internacional vai diminuir e isso vai pressionar o dólar aqui", avaliou Miriam Tavares, diretora de câmbio da AGK Corretora.

Mais cedo, as bolsas europeias fecharam em queda acentuada por preocupações com o setor bancário, com a Espanha lançando seu primeiro pacote de resgate a bancos.

Nos Estados Unidos os mercados também cediam, à medida que investidores realizavam lucros e mostravam-se apreensivos com rumores de uma possível falência da General Motors e da Chrysler.

Nesta segunda-feira, o governo norte-americano recusou um plano de reestruturação de ambas as montadoras e forçou a saída do presidente-executivo da GM, Rick Wagoner.

Os mercados não receberam bem as notícias, e os principais índices de Nova York caíam mais de 3 por cento, movimento seguido de perto pela Bovespa.

Frente a uma cesta com as principais moedas globais, o dólar tinha valorização em torno de 0,7 por cento.

De acordo com os dados mais atualizados da BM&F, o volume de dólar negociado no segmento à vista girava em torno de 2,2 bilhões de dólares, pouco abaixo da média diária do mês, de 2,6 bilhões de dólares.

(Reportagem de José de Castro)

sexta-feira, 13 de março de 2009

Dólar fecha estável por desmonte de posições e piso psicológico

SÃO PAULO (Reuters) - Em uma sessão volátil, o dólar fechou estável nesta sexta-feira, à medida que um desmonte de posições compradas foi contrabalançado pelo fato de a moeda ter chegado no que se classificou de piso psicológico.

O dólar encerrou a 2,301 reais para venda, um dia depois de ter exibido o maior recuo percentual desde o fim de janeiro. Na semana, a divisa acumulou desvalorização de 3,44 por cento.

"Os vendedores (de dólares) estavam mais agressivos no período da manhã", momento em que a moeda registrou uma baixa mais firme, disse Luiz Piason, gerente de operações de câmbio da Corretora Concórdia. .

Pouco antes do começo da tarde, no entanto, a moeda norte-americana passou a registrar leve oscilação positiva. O dólar encontrou um "ponto de suporte, o que impediu uma continuação da queda", explicou Piason. Esse piso esztaria ao redor de 2,300 reais.

A volatilidade nas cotações do câmbio doméstico refletem as contínuas incertezas nos mercados externos.

"O mercado não dá consistência a movimento algum, ele está funcionando no dia-a-dia", resumiu Piason.

Minutos antes do fechamento, os índices das bolsas de valores dos Estados Unidos operavam em alta, após exibirem volatilidade durante todo o pregão. No Brasil, o principal índice da Bovespa exibia discreta desvalorização.

Segundo os dados mais atualizados da BM&F, o volume de dólar à vista negociado somava cerca de 1,9 bilhão de dólares, abaixo da média mensal de 2,6 bilhões de dólares.

(Reportagem de José de Castro)