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quarta-feira, 10 de junho de 2009

Dólar sobe espelhando aversão a risco e fraqueza de bolsa

SÃO PAULO (Reuters) - O dólar acompanhou o aumento da aversão a risco em nível mundial e subiu ante o real nesta quarta-feira, numa sessão fraca por conta da proximidade do feriado de Corpus Christi.

A moeda norte-americana foi pressionada, no mercado doméstico, por um movimento global de valorização e pelo receio de eventual mudança na taxa básica de juros dos Estados Unidos.

O dólar avançou 0,67 por cento, cotado a 1,951 real para venda. No início do dia, a divisa norte-americana chegou a cair 0,57 por cento, mas reverteu a trajetória perto do encerramento dos negócios da manhã.

Ante uma cesta com as principais divisas globais, o dólar subia cerca de 0,6 por cento no final da tarde.

"O mercado abriu relativamente tranquilo, mas aí veio o assunto da possível mudança na política monetária dos Estados Unidos. Isso criou tensão", avaliou Reginaldo Galhardo, gerente de câmbio da Treviso Corretora.

Segundo a diretora de câmbio da AGK Corretora, Miriam Tavares, o aumento do déficit fiscal norte-americano acendeu a preocupação sobre uma mudança na política monetária do Federal Reserve, antecipando uma alta na taxa de juros.

"A preocupação de que o Fed terá que aumentar a taxa e reduzir a injeção de liquidez na economia diminiu o apetite dos investidores por ativos de maior risco", disse.

O Tesouro dos Estados Unidos anunciou que o país teve déficit orçamentário de 189,65 bilhões de dólares em maio, acima do previsto e perfazendo o oitavo mês seguido de saldo negativo.

O leilão de Treasuries de 10 anos refletiu a preocupação com o custo de financiamento do crescente déficit fiscal dos EUA. Os preços dos Treasuries caíram, elevando os rendimentos para 4 por cento pela primeira vez em oito meses.

Os sintomas de aumento da aversão a risco eram reverberados pelas bolsas de valores de Nova York, que caíam no final da tarde por preocupações de que uma elevação do juro possa frear os gastos de consumidores.

Os índices em Wall Street cediam em torno de 0,5 por cento, enquanto o principal índice da bolsa paulista marcava baixa de 0,3 por cento.

FLUXO CAMBIAL

O Banco Central divulgou o fluxo cambial da primeira semana de junho, período em que as entradas de recursos superaram as saídas em 550 milhões de dólares.

Isso resultou de saldo positivo nas operações comerciais de 670 milhões de dólares e negativo nas transações financeiras em 120 milhões de dólares.

Em maio, o fluxo cambial havia ficado positivo em 3,134 bilhões de dólares. No ano, o país acumula entrada líquida de 2,140 bilhões de dólares.

Miriam, da AGK Corretora, destacou que o fluxo cambial refletiu uma pausa nas aplicações dos investidores estrangeiros em bolsa. "Houve uma pausa nas compras dos investidores estrangeiros em bolsa, que só deve voltar a subir com mais força com novas notícias positivas."

O BC também informou a compra de 589 milhões de dólares no mercado à vista por intermédio de leilões diários neste mês, até o dia 3 (operações liquidadas até o dia 5). O volume é superior à entrada líquida de dólares no país no mesmo período, que somou apenas 16 milhões de dólares.

De acordo com os números mais recentes da BMF Bovespa, o volume de dólar negociado no segmento à vista era de pouco mais de 1 bilhão de dólares.

(Reportagem de José de Castro, Jenifer Corrêa e Silvia Rosa)

Brasil emprestará US$ 10 bi ao FMI e voltará a ser credor da instituição

Anúncio foi feito pelo ministro da Fazenda, Guido Mantega.
Brasil vai adquirir bônus do Fundo Monetário, informou ele.

O ministro da Fazenda, Guido Mantega, informou nesta quarta-feira (10) que o Brasil emprestará US$ 10 bilhões ao Fundo Monetário Internacional (FMI) e, com isso, voltará a ser credor da instituição de crédito internacional, algo que não acontecia desde 1982. Os financiamentos ao FMI serão feitos por meio da compra de bônus (uma forma de título) do Fundo, informou Mantega.

Ajuda à comunidade internacional

De acordo com Mantega, os recursos serão emprestados pelo FMI a outros países em desenvolvimento com "escassez de capital". "É a primeira vez que isso acontece no caso brasileiro. O Brasil está encontrando as condições de solidez para emprestar recursos ao FMI. No passado, era o contrário: o FMI que socorria o Brasil quando era um país menos sólido. Agora, o Brasil acumulou as reservas para ajudar a comunidade internacional", disse o ministro.

Aplicação das reservas

Segundo o ministro da Fazenda, a operação será realizada assim que o FMI concluir o formato de emissão dos novos bônus que serão emitidos. "Assim que o FMI terminar essses bônus, faremos esse aporte de US$ 10 bilhões.

Na realidade, é uma aplicação que o Brasil está fazendo com parte das reservas", disse Mantega. De acordo com ele, as aplicações no FMI não terão impacto nas reservas internacionais, que continuarão sendo contabilizados como uma "disponbilidade de recursos".

Rendimento

Mantega não informou qual o rendimento que o Fundo Monetário Internacional oferecerá pelos bônus. "Não vamos esperar um grande rendimento, se não o FMI teria de repassar a um custo mais elevado aos países que precisam", disse o ministro.

Segundo ele, o Banco Central efetuará o resgate de parte das aplicações das reservas internacionais (que estão acima de US$ 200 bilhões aplicadas em títulos de outros países) para fazer o aporte ao FMI.

Mobilização de recursos

O Ministério da Fazenda informou que a contribuição do governo brasileiro para o FMI faz parte de um "esforço" para a mobilização de recursos para o FMI atender a outros países em dificuldades. Além do Brasil, a China comprará US$ 50 bilhões neste tipo de novo bônus, e a Rússia outros US$ 10 bilhões.

A necessidade de captação de recursos por parte do FMI, de acordo com o Ministério da Fazenda, é de US$ 500 bilhões. em relação aos níveis anteiores à crise financeira. O governo lembra que essa foi uma das concordâncias da cúpula do G-20 de Londres, realizada no início de abril.

quarta-feira, 15 de abril de 2009

Governo propõe salário mínimo de R$ 506,50 a partir de 1º de fevereiro

Valor seria relativo ao pagamento de janeiro.
Governo prevê crescimento de 4,5% e taxa de juros de 10,2% em 2010.

O ministro do Planejamento, Paulo Bernardo, disse que o governo federal está propondo um salário mínimo de R$ 506,50 no ano que vem. O primeiro pagamento com o novo valor seria depositado em 1º de fevereiro, referente a janeiro. A proposta está incluída no projeto da Lei de Diretrizes Orçamentárias enviada nesta quarta-feira (15) ao Congresso.

Atualmente, o salário mínimo é de R$ 465. O último reajuste aconteceu em fevereiro deste ano.

Segundo Bernardo, a proposta contempla a expectativa de inflação deste ano e a previsão de crescimento do PIB em 2008. Mais cedo, o Ministério do Planejamento anunciou a exclusão da Petrobras do cálculo do superávit primário.



Depois de prever um crescimento econômico de 2% para o Produto Interno Bruto (PIB) para este ano, o governo federal informou que a expectativa é de uma expansão muito maior em 2010: de 4,5% –mais do que o dobro do estimado para 2009.

"Estamos trabalhando com a recuperação da economia em 2010. Um crescimento de 4% a 4,5%", informou o ministro da Fazenda, Guido Mantega. Em 2011, a previsão é de um crescimento econômico de 5% para o PIB.

Tendo por base projeções do mercado financeiro, o governo estimou ainda um recuo da taxa básica de juros básicos da economia brasileira. A previsão é de uma taxa Selic média de 10,8% neste ano, de 10,2% em 2010, de 10% em 2011 e de 9,99% em 2012.

O governo também espera uma subida no preço do petróleo, que passaria de US$ 47,27 p preço do barril em 2009, para US$ 56 em 2010, para US$ 61 em 2011 e para US$ 64,24 em 2012.