Pages

Mostrando postagens com marcador Dow Jones. Mostrar todas as postagens
Mostrando postagens com marcador Dow Jones. Mostrar todas as postagens

sábado, 17 de outubro de 2009

Bank of America e GE esfriam otimismo e Bovespa cai 0,75%

Por Aluísio Alves

SÃO PAULO (Reuters) - Resultados trimestrais decepcionantes de grandes companhias norte-americanas esfriaram o otimismo dos investidores, levando a bolsa paulista à primeira baixa em seis sessões nesta sexta-feira.

O Ibovespa perdeu 0,75 por cento, para 66.200 pontos, pressionado sobretudo pelas perdas das ações de siderúrgicas e de bancos. O volume financeiro da sessão foi de 6,68 bilhões de reais.

A combinação dos relatórios do Bank of America e da General Eletric no terceiro trimestre --o primeiro reportando um prejuízo de 1 bilhão de dólares e o outro apurando receitas menores do que as projeções-- azedaram o ânimo do mercado.

"Os números vieram abaixo das expectativas, contrariando a tendência de outras empresas nesta semana, que surpreenderam positivamente", disse Álvaro Bandeira, diretor de renda variável da Ágora Corretora.

Por alguns instantes, os mercados chegaram a exibir alguma reação, logo depois do anúncio de que a produção industrial norte-americana cresceu 0,7 por cento em setembro, ante previsão de analista de avanço de 0,2 por cento.

Mas esse movimento foi logo dispersado com a informação de que o índice de confiança do consumidor, medido por Reuters e Universidade de Michigan, recuou para 69,4 na leitura preliminar de outubro, ante 73,5 no mês passado.

Na Bolsa de Nova York, o índice Dow Jones recuou 0,67 por cento, fechando abaixo do patamar de 10 mil pontos.

Por aqui, papéis de bancos, refletindo a má performance global do setor, e de siderúrgicas, alvos de realização de lucros, foram os que mais pressionaram o índice. No segmento financeiro, Banco do Brasil liderou a tendência, recuando 2,5 por cento, 31,24 reais.

Gerdau, a pior do Ibovespa, tombou 3,55 por cento, para 28,81 reais. Companhia Siderúrgica Nacional teve baixa de 1,7 por cento, cotada a 60,75 reais.

A alta das commodities e a disputa pelos contratos de opções permitiu que as blue chips tivessem perdas mais brandas. O papel preferencial da Vale recuou 0,1 por cento, saindo a 40,15 reais, enquanto a preferencial da Petrobras cedeu 0,55 por cento, para 36,40 reais.

O exercício de opções acontece na segunda-feira, dia em que o pregão passa a funcionar entre 11h e 18h, por ajuste ao horário de verão, que começa no Brasil neste final de semana.

Mesmo com a baixa nesta sexta-feira, o Ibovespa terminou a semana com alta acumulada de 3,3 por cento. No ano, o índice já subiu 76,3 por cento.

quarta-feira, 2 de setembro de 2009

Índice emenda 4ª queda, mas Petrobras estende reação

Por Aluísio Alves

SÃO PAULO (Reuters) - As quedas acentuadas de grandes construtoras domésticas e o esvaziamento do otimismo com a retomada da economia norte-americana pesaram na bolsa paulista, que cravou a quinta sessão consecutiva no vermelho.

Num dia volátil, o Ibovespa fechou desvalorizado em 0,77 por cento, em 55.385 pontos, na mínima do dia. O giro financeiro do pregão totalizou 5,7 bilhões de reais.

No plano geral, novos índices da economia norte-americana chancelaram a visão recente de analistas, de que o pior da crise efetivamente foi superado, mas que os mercados podem ter exagerado nas apostas de recuperação rápida da economia.

Um dos dados do dia apontou que o setor privado dos EUA fechou 298 mil empregos em agosto, acima das previsões de economistas. Outro revelou que as encomendas à indústria do país subiram 1,3 por cento em julho, menos que o esperado.

Resultado: o Dow Jones, principal índice de ações da Bolsa de Nova York, caiu 0,32 por cento.

No plano doméstico, o setor imobiliário foi o destaque com anúncios de fusão e de ofertas de ações de construtoras, determinando as ações de melhor e pior desempenho da sessão da bolsa de maneira geral.

No Ibovespa, a pior foi Rossi Residencial, recuando 5,4 por cento, para 10,86 reais, depois de a companhia ter anunciado na terça-feira à noite que pretende captar até 600 milhões de reais com uma oferta de ações para financiar seu plano de expansão.

Gafisa, apontada em relatório do Merrill Lynch como candidata a também anunciar uma oferta de ações em breve, murchou 5,3 por cento, para 24,95 reais.

Fora do Ibovespa, o pedido para uma oferta de ações feito na véspera empurrou PDG Realty para uma queda de 4,3 por cento, a 24,40 reais. A construtora quer levantar de 750 milhões a 800 milhões de reais.

Abyara, Agra e Klabin Segall concordaram com proposta de fusão na Agre Empreendimentos, negócio que formará uma maiores empresas do setor imobiliário do país.

Com investidores ajustando os preços das ações à relação de troca sugerida, Agra desabou 11,1 por cento, para 4,48 reais. Abyara perdeu 2,2 por cento, a 4,16 reais. Do outro lado, Klabin Segall disparou 6,6 por cento, para 4,37 reais.

Cyrela, que tem participação na Agra e integra a carteira teórica do Ibovespa, encolheu 4,9 por cento, a 21,01 reais.

Segundo o presidente da Claritas Wealth Management, Ernesto Leme, a expectativa de que outras empresas possam engrossar a lista de pedidos de registro na CVM para vender ações, como também o fez a Cetip nesta quarta-feira, pode estar por trás da queda recente do Ibovespa.

"Alguns investidores podem estar realizando lucros com ações que subiram bastante recentemente para participar nos IPOs", disse.

O que protegeu o Ibovespa de uma perda maior foi Petrobras, cuja ação preferencial subiu 1,74 por cento, para 32,15 reais, com o melhor desempenho do índice.

Segundo Leme, a segunda alta seguida do papel refletiu a percepção do mercado de que a reação inicial negativa ao novo marco regulatório do pré-sal, divulgado na segunda-feira, foi exagerada.

(Edição de Cesar Bianconi)

sexta-feira, 28 de agosto de 2009

Dow e S&P 500 caem, mas Nasdaq sobe por Dell e Intel

Por Angela Moon

NOVA YORK (Reuters) - Os índices Dow Jones e Standard and Poor's 500 caíram nesta sexta-feira, depois que números fracos sobre a confiança do consumidor ofuscaram notícias positivas das blue chips Dell e Intel.

O suporte dado pelas duas companhias, contudo, permitiu que o índice Nasdaq, composto principalmente pelo setor de tecnologia, tivesse uma modesta alta.

No encerramento, o Dow Jones, referência da bolsa de Nova York, recuou 0,38 por cento, para 9.544 pontos. O S&P 500 perdeu 0,20 por cento, para 1.028 pontos.

Mas o Nasdaq subiu 0,05 por cento, a 2.028 pontos.

Os três principais indicadores acionários norte-americanos tiveram o segundo período semanal consecutivo de ganhos, embora o avanço desta semana tenha sido relativamente modesto.

No acumulado da semana, o Dow Jones avançou 0,4 por cento, enquanto o S&P 500 ganhou 0,3 por cento. O Nasdaq subiu 0,4 por cento.

Com as bolsas valorizadas em cerca de 50 por cento frente às mínimas de fechamento atingidas em março, os investidores estão preocupados se o rali pode ter chegado ao fim e, com muitos participantes do mercado ainda aproveitando os últimos minutos das férias, e com o risco de não haver compradores suficientes para permitir que as ações se apreciem mais.

A confiança do consumidor dos EUA caiu em agosto para o menor patamar em quatro meses, por preocupações com o alto nível de desemprego e com as finanças pessoais, mostraram dados de uma pesquisa da Reuters/Universidade de Michigan. O número também sufocou o apetite por risco do mercado.

"As expectativas são maiores e nenhum tipo de dado que não supere as previsões com números muito positivos pode mover o mercado", disse o presidente da Alan B. Lancz & Associates, Alan Lancz, em Toledo, Ohio.

"Acho que o afastamento de compradores está disparando o gatilho para que os operadores vendam no final da semana. A próxima semana é basicamente a última do verão (no Hemisfério Norte) e, com os compradores ainda ausentes, há poucos elementos favoráveis a um momento de alta."

A Intel liderou os ganhos no Nasdaq e ajudou o índice a voltar ao território positivo nas operações do final da tarde.

As ações da companhia saltaram 4 por cento, após a fabricante de chips elevar sua perspectiva de receita para o terceiro trimestre, em linha com uma demanda mais forte que a esperada por microprocessadores e chipsets.

Os papéis da Dell somaram 1,8 por cento, enquanto os da Marvell Technology ganharam 5 por cento, depois de ambas as empresas divulgarem no final da quinta-feira lucros referentes ao segundo trimestre acima das estimativas.

segunda-feira, 3 de agosto de 2009

Ibovespa sobe 2,25% com Wall Street e testa os 56 mil pts

Por Stella Fontes

SÃO PAULO (Reuters) - Indicadoress econômicos positivos na China, vendas crescentes da Ford nos Estados Unidos e resultados melhores do que o esperado por parte de grandes bancos europeus animaram investidores e levaram o principal índice acionário do mercado brasileiro a registrar nova máxima do ano.

O Ibovespa encerrou a sessão aos 55.997 pontos, no maior patamar de fechamento desde 29 de agosto de 2008, quando o indicador encerrou a jornada aos 55.680 pontos. Na máxima da sessão, o índice chegou aos 56.200 pontos.

Em Wall Street, o Nasdaq superou os 2 mil pontos, o que não acontecia desde outubro do ano passado, o Standard & Poor ficou acima dos 1 mil pontos pela primeira vez desde novembro e o Dow Jones avançou mais de 1 por cento.

Na avaliação do assessor de investimentos da corretora Souza Barros, Luiz Roberto Monteiro, a divulgação de pesquisas que mostraram que a atividade manufatureira chinesa cresceu em julho adicionou otimismo aos mercados logo cedo.

"Esses dados impulsionaram as commodities e renovaram o otimismo em relação ao ritmo de recuperação da economia mundial", afirmou.

Contudo, o especialista alertou para o fraco giro financeiro da bolsa paulista. Nesta segunda-feira, o volume de negócios ficou em 4,43 bilhões de reais.

Dentre as principais ações do Ibovespa, as preferenciais e as ordinárias da Petrobras mostraram ganho de 3,43 e de 3,11 por cento, respectivamente, acompanhando os ganhos expressivos dos futuros de petróleo.

As ordinárias e preferenciais da Vale avançaram 2,78 por cento e 2,01 por cento.

O destaque da sessão, entre os papéis que integram a carteira teórica, ficou com as ações da Embraer, que dispararam 9,21 por cento.

O Credit Suisse elevou a recomendação e o preço-alvo para as ações da fabricante de aviões, que na noite de quinta-feira passada divulgou margens operacionais no segundo trimestre acima das expectativas de analistas.

Também se destacaram em alta os papéis da empresa de comércio eletrônico B2W, com ganho de 6,62 por cento, e as units de ALL, que subiram 6,2 por cento.

Da safra de balanços, as ações do Bradesco avançaram 2,03 por cento, diante da alta de 14,7 por cento no lucro líquido do segundo trimestre, para 2,297 bilhões de reais. Já os papéis da Gafisa lideraram as poucas quedas do Ibovespa, com recuo de 1,89 por cento. A companhia viu crescer seu resultado final, porém o número ficou abaixo do esperado.

Fora do índice, as ações da MMX ganharam 6,59 por cento. Os papéis da mineradora entraram na primeira prévia do Ibovespa que vai vigorar de setembro a dezembro.

quinta-feira, 30 de julho de 2009

China e balanços trimestrais trazem otimismo de volta

Por Aluísio Alves

SÃO PAULO (Reuters) - O repique nos preços das commodities provocado pela China e novos balanços trimestrais acima das expectativas nos EUA levaram a bolsa paulista de volta à trajetória de ganhos, após duas sessões no vermelho.

Depois de ter chegado a superar os 55 mil pontos pela primeira vez no ano, o Ibovespa ainda perdeu força no final dos negócios, fechando com alta de 1,38 por cento, aos 54.478 pontos. O giro financeiro da sessão foi de 4,69 bilhões de reais.

Declarações de comprometimento do governo chinês com o crescimento econômico aliviaram os temores do mercado, levando a uma forte recuperação dos preços de commodities, referência para as blue chips Petrobras e Vale.

Na véspera, rumores de que a China estaria prestes a anunciar medidas restritivas de crédito derrubaram os preços das matérias-primas, levando junto as bolsas de valores.

"Os rumores foram desmanchados e o investidor voltou à ponta compradora", disse André Hanna Farath, analista de investimentos da corretora Interfloat.

De carona no salto de mais de 5 por cento no preço do barril do petróleo, a ação preferencial da Petrobras subiu 1 por cento, a 31,22 reais.

Na mesma trilha, o papel da Vale ganhou 0,5 por cento, para 32,01 reais, mesmo depois a mineradora ter apresentado resultados decepcionantes do segundo trimestre.

"As perspectivas para a Vale estão melhorando e a empresa deve ter resultados melhores no segundo semestre", comentou a Itaú Corretora em relatório que pareceu sintetizar a opinião majoritária do mercado.

Wall Street contribuiu para o cenário mais positivo, depois que grandes companhias norte-americanas, como Visa e Motorola apresentaram resultados acima das expectativas, dando fôlego adicional à ponta compradora na bolsa paulista. O índice Dow Jones subiu 0,92 por cento.

Destacaram-se na ponta positiva do Ibovespa setores como celulose, siderurgia, financeiro e aéreo. VCP subiu 4 por cento, para 28,40 reais. A ação preferencial da Usiminas ganhou 3,6 por cento, a 43,93 reais.

Faltando apenas uma sessão para o fechamento do mês, o Ibovespa acumula valorização de 5,85 por cento em julho e de 45,1 por cento em 2009.

terça-feira, 28 de julho de 2009

Confiança em queda nos EUA motiva realização de lucros

SÃO PAULO (Reuters) - Dados econômicos e de empresas abaixo das expectativas nesta terça-feira amainaram o otimismo dos investidores na bolsa paulista, cujo índice fechou no vermelho após uma escalada que o levou ao pico em 2009.

Mesmo tomando algum fôlego nos minutos finais, o Ibovespa murchou 0,14 por cento, aos 54.471 pontos. O giro financeiro da sessão somou 5,1 bilhões de reais.

A queda acima das expectativas da confiança do consumidor norte-americano em julho, somada ao inesperado aumento das provisões contra perdas em empréstimos ruins do Deutsche Bank e a resultados trimestrais decepcionantes foram o mote para a pausa no ingresso de recursos para ações.

"Foram boas desculpas para quem estava querendo realizar lucros", disse Newton Rosa, economista-chefe da SulAmerica Investimentos.

Em Wall Street, o índice Dow Jones caiu 0,13 por cento.

Na bolsa paulista, o embolso de ganhos alvejou com mais força as ações da blue chip Petrobras e de empresas que se destacaram na semana passada, como as do setor aéreo.

Refletindo também a queda na cotação do petróleo, o papel preferencial da Petrobras caiu 2,16 por cento, para 31,75 reais.

Vice-líder de perda do Ibovespa, Gol perdeu 3,5 por cento, para 14,20 reais, seguida por TAM, com recuo de 1 por cento, a 23,66 reais, com os investidores dando de ombros para um relatório da Bradesco Corretora reforçando a recomendação de acima da média do mercado para ambas.

Gafisa, que guardava uma impressionante valorização de 50 por cento em julho, desta vez foi a mais atingida, caindo 4,1 por cento, a 23,49 reais.

Na ponta de cima do índice figuraram ações de operadoras de telefonia móvel. TIM Participações avançou 3,5 por cento, para 4,09 reais. Vivo, que divulga seus resultados trimestrais antes do pregão de quarta-feira, subiu 2,9 por cento, para 42,80 reais.

segunda-feira, 27 de julho de 2009

Em dia de giro fraco, Bovespa bate máxima desde setembro

Por Aluísio Alves

SÃO PAULO (Reuters) - Com margem mínima, o otimismo voltou a prevalecer no final dos negócios da bolsa paulista nesta segunda-feira, em dia de indicações divergentes da economia norte-americana.

Depois de oscilar o dia todo em torno da estabilidade, o Ibovespa ganhou pequeno alento já nos ajustes para fechar valorizado em 0,17 por cento, o suficiente para bater nos 54.548 pontos, a maior pontuação desde setembro de 2008.

O volume de negócios seguiu a tendência internacional, de movimento mais fraco, e resumiu-se a 4,1 bilhões de reais.

Para profissionais do mercado, mesmo com o desencontro do noticiário econômico nos EUA, voltou a prevalecer a aposta de que a economia global está saindo da crise, sustentando novos ingressos de recursos para a bolsa paulista.

"Com os sinas de recuperação, ninguém está querendo correr o risco de perder o potencial de uma valorização ainda maior das ações", afirmou Hamilton Moreira, analista senior do BB. Em 2009, o Ibovespa já subiu mais de 45 por cento.

O dia até começou fraco, depois de empresas como a fabricante de equipamentos para aviões Honeywell e a seguradora Aetna terem reduzido as previsões de ganhos para 2009, induzindo os investidores à realização de lucros.

Logo em seguida, o ânimo voltou com a divulgação de que as vendas de novas moradias nos EUA subiram acima do esperado em junho, movimento amortecido por outro índice, o de atividade do Meio-Oeste norte-americano, que caiu em junho para o menor nível desde 1993.

No final, entretanto, prevaleceu a disposição para comprar ações, o que levou os principais índices de Wall Street a fecharem o dia com leve ganho. O Dow Jones subiu 0,17 por cento.

Na bolsa paulista, em meio a movimentos de giro de carteiras, com a venda de ações que subiram forte e a troca por outras que ficaram para trás, altas pontuais ajudaram a dar sustentação ao Ibovespa.

A que mais subiu foi Sabesp, com um salto de 7,4 por cento, para 31,15 reais. Em relatórios, o Merrill Lynch e o Santander elevaram a recomendação para os papéis, considerando positiva a mudança regulatória anunciada na sexta-feira pela Agência Reguladora de Saneamento e Energia de São Paulo (Arsesp) para a Sabesp.

O ramo de papel e celulose também cresceu, sob liderança de VCP, com avanço de 5,9 por cento, a 26,15 reais. Aracruz ganhou 4,5 por cento, a 3,50 reais.

Mas a ação preferencial da Vale foi o fiel da balança, subindo 0,8 por cento, para 32,43 reais. A outra blue chip doméstica, a preferencial da Petrobras, caiu 0,15 por cento, para 32,45 reais.

quinta-feira, 16 de julho de 2009

China e EUA fazem Bovespa ter segunda alta seguida

Por Aluísio Alves

SÃO PAULO (Reuters) - Uma nova onda de notícias positivas da economia e de empresas conduziu a bolsa brasileira ao segundo dia de ganhos, levando seu principal índice para a melhor pontuação do mês.

Na cola dos índices de Wall Street, que tiveram a quarta alta seguida, o Ibovespa subiu 1,21 por cento, para 51.918 pontos. Os negócios da sessão movimentaram 4,77 bilhões de reais.

"O dia foi cheio de notícias boas, tanto de empresas quanto da economia", disse Bruno Lembi, sócio da M2 Investimentos.

Uma das mais importantes foi a de que a economia chinesa cresceu 7,9 por cento no segundo trimestre de 2009 ante mesmo período do ano anterior. A mediana das projeções de economistas consultados pela Reuters era de crescimento de 7,5 por cento.

"Isso deu impulso para as commodities", disse, lembrando as várias companhias brasileiras que exportam matéria-prima para aquele mercado, como as ligadas a metais.

Na bolsa paulista, as siderúrgicas estiveram entre as líderes de ganhos do Ibovespa. Em destaque, Gerdau saltou 3 por cento, para 20,61 reais, seguida pelo papel preferencial da Usiminas que ganhou 2,6 por cento, a 38 reais.

O otimismo dos investidores foi reforçado com a notícia de que o JPMorgan teve lucro líquido de 2,7 bilhões de dólares no segundo trimestre deste ano, reforçando o time de grandes corporações norte-americanas que apresentou resultados acima das expectativas no período.

Na Bolsa de Nova York, o índice Dow Jones teve alta de 1,1 por cento, no quarto avanço consecutivo.

Por aqui, a Aracruz abriu a temporada de balanços das empresas do Ibovespa, reportando lucro líquido de 595 milhões de reais no segundo trimestre, 127 por cento maior do que no mesmo período de 2008. Sua ação subiu 1,3 por cento, a 3,14 reais.

Entre as blue chips, a ação preferencial da Petrobras ganhou 0,6 por cento, a 30,95 reais, em outro dia de alta do petróleo.

Já a preferencial da Vale recuou 0,23 por cento, para 30,10 reais, em meio a comentários de que a mineradora pode fazer uma proposta para compra da empresa de fertilizantes Mosaic.

O destaque negativo do Ibovespa na sessão foi TIM Participações, que desabou 22,7 por cento, para 5,45 reais, depois de a Comissão de Valores Mobiliários (CVM) ter anunciado na quarta-feira à noite que seu Colegiado liberou a Telco, maior acionista da Telecom Italia, da obrigação de realizar uma oferta pública de aquisição de ações ordinárias da TIM Participações.

quarta-feira, 15 de julho de 2009

Ibovespa dispara quase 5% com euforia nos EUA e Vale

Por Aluísio Alves

SÃO PAULO (Reuters) - Uma safra de dados econômicos e corporativos acima das expectativas nos Estados Unidos espalhou entusiasmo pelos mercados globais, levando a bolsa paulista à maior alta diária em oito semanas.

Com uma disparada de 4,96 por cento, o Ibovespa alcançou os 51.296 pontos, praticamente anulando as perdas acumuladas em julho depois de sete baixas em oito sessões. O movimento foi suportado por um giro financeiro de 6,46 bilhões de reais, o maior em 3 semanas.

A disparada já era prevista por analistas, depois de a gigante de tecnologia Intel ter anunciado no final da terça-feira que teve lucro acima das expectativas no segundo trimestre, trilhando o caminho do Goldman Sachs, que também havia surpreendido positivamente o mercado.

"Os primeiros balanços nos EUA estão reforçando a visão de que o pior da crise ficou para trás", disse Fernando Campello, gerente da Hera Investment.

O noticiário macroeconômico reforçou o entusiasmo do mercado, com a divulgação de que o Empire State, importante índice regional dos EUA, subiu em julho para o maior nível desde abril de 2008 e que a atividade industrial do país caiu menos do que se esperava em junho.

Na Bolsa de Nova York, o índice Dow Jones subiu 3,07 por cento.

O otimismo contaminou também os mercados de commodities, ajudando a impulsionar algumas das principais ações do Ibovespa. O ícone desse movimento foi o papel preferencial da Vale, com um salto de 8,3 por cento, para 30,17 reais.

A disparada refletiu também um relatório datado de terça-feira, mas que chegou ao mercado nesta manhã, com o Merrill Lynch elevando a recomendação das ações da mineradora para "compra", elegendo-as como uma de seus preferidas na América Latina.

Segundo operadores, comentários de que a mineradora chegou a um acordo com siderúrgicas chinesas para um corte nos preços do minério menor do que o projetado por analistas deu fôlego adicional ao papel.

A ação preferencial da Petrobras avançou 3,95 por cento, para 30,76 reais, refletindo a alta do petróleo. Em menor intensidade, o otimismo cobriu o mercado. Das 65 ações do Ibovespa, 63 subiram.

Para Campello, a proximidade do exercício de opções ajudou a impulsionar o Ibovespa. Isso porque os investidores que apostam na baixa dos papéis vinham agindo para impedir o exercício de algumas séries, fazendo o Ibovespa fechar as últimas duas sessões no vermelho na contramão de Wall Street.

Com uma nova disparada em Nova York, esses investidores desistiram da estratégia, abrindo espaço para realinhamento em relação aos mercados internacionais.

sexta-feira, 26 de junho de 2009

Ibovespa não sustenta ganhos e fecha quase estável

Por Paula Laier

SÃO PAULO (Reuters) - O principal índice do mercado acionário brasileiro devolveu os ganhos e fechou praticamente estável nesta sexta-feira. Em boa parte da sessão, contudo, o Ibovespa sustentou-se em território positivo, descolado de seus pares norte-americanos Dow Jones e S&P 500, que recuram o dia todo.

Após subir 0,81 por cento, na máxima do dia, aos 51.034 pontos, o Ibovespa encerrou com uma queda marginal de 0,06 por cento, aos 51.485 pontos. O volume financeiro do pregão totalizou 3,85 bilhões de reais.

Na semana, o índice acumulou leve alta de 0,22 por cento.

De acordo com o estrategista de renda variável para pessoa física da corretora Santander, Maurício Ceará, foi um dia vazio de notícias, com os indicadores nos Estados Unidos, de modo geral, dentro do esperado. "Houve bastante giro e o volume foi fraco, com o setor siderúrgico ajudando", disse.

Entre as siderúrgicas, CSN valorizou-se 0,34 por cento, a 44,65 reais, Gerdau subiu na maior parte do dia, mas terminou com leve queda de 0,2 por cento, a 20,40 reais, e Usiminas ganhou 0,85 por cento, a 41,35 reais.

Na visão do profissional, o Ibovespa deve ficar oscilando em um intervalo de 48 mil a 52 mil pontos antes de definir uma tendência mais clara. Segundo ele, a recuperação desde meados de março refeltiu um acerto à melhora das expectativas, e agora o mercado irá monitorar os números reais, se houver efetivamente uma melhora.

Outro componente para o descolamento do Ibovespa de NY em boa parte da sessão, de acordo com o gerente de operações de renda variável de uma corretora em São Paulo, foi a oferta inicial de ações da Visanet. "Criou um bom humor no mercado local."

A ação da VisaNet estreará na Bovespa na segunda-feira ao preço de 15 reais, no teto das estimativas do coordenador-líder do IPO, que projetava preço entre 12 e 15 reais por papel. O valor total da operação é de 8,397 bilhões de reais, o maior para IPOs da história da bolsa brasileira.

Algumas ações do setor financeiro foram beneficiadas, como Bradesco, que subiu 1,08 por cento, a 28,90; e Itaú Unibanco que ganhou 1,58 por cento, a 30,91 reais --inclusive ajudando o Ibovespa.

Os papéis da Redecard também valorizaram, 3,48 por cento, a 32,40 reais, com muitos investidores que não puderam participar do IPO da Visanet comprando suas ações.

No caso das blue chips, Petrobras fechou estável a 32,25 reais, após subir em boa parte do pregão, mesmo com o petróleo em queda, enquanto Vale cedeu 1,92 por cento, para 30,10 reais.

Em Wall Street, dados melhores de gasto, renda e confiança dos consumidores nos Estados Unidos não foram suficientes para motivar ganhos em Wall St. O elevado nível de poupança gerou preocupação de que o consumo não vai tirar o país da recessão e serviu como argumento para vendas.

O Dow Jones perdeu 0,40 por cento e o S&P 500 recuou 0,15 por cento.

quinta-feira, 25 de junho de 2009

Ibovespa retoma 51 mil pontos com Wall St e commodities

Por Paula Laier

SÃO PAULO (Reuters) - Após uma abertura fraca e hesitante, o mercado acionário brasileiro firmou-se em terreno positivo nesta quinta-feira, amparado no forte avanço das bolsas nos Estados Unidos e na valorização das commodities.

No término da sessão, o Ibovespa registrou alta de 3,71 por cento, aos 51.514 pontos. O volume financeiro do pregão totalizou 4,78 bilhões de reais.

A reação negativa ao aumento inesperado dos pedidos de auxílio-desemprego nos Estados Unidos perdeu fôlego logo após a abertura, com as bolsas de valores norte-americanas firmando-se em trajetória de alta e contagiando as operações brasileiras.

O avanço de ações ligadas ao consumo em Nova York deu o tom dos negócios, ajudado pela baixa na remuneração dos Treasuries após a boa demanda em um leilão. O recuo nos juros dos títulos do Tesouro norte-americano tende a significar custos mais baixos de crédito a empresas e consumidores.

O alívio com o desdobramento de uma audiência do chairman do Federal Reserve, Ben Bernanke, no Congresso sobre o acordo Bank of America/Merrill Lynch foi mais um componente para as compras de ações.

O Dow Jones fechou com elevação de 2,08 por cento e o Standard & Poor's 500 avançou 2,14 por cento.

Outro ingrediente para a forte valorização do Ibovespa foi a alta nos preços de commodities, particularmente petróleo e metais, devido ao impacto nas blue chips brasileiras Petrobras e Vale. O índice CRB de commodities subiu 1,42 por cento.

A preferencial da Petrobras avançou 4,03 por cento, para 32,25 reais, enquanto a preferencial da Vale apreciou-se 4,1 por cento, a 30,69 reais.

O operador de uma corretora em São Paulo, contudo, chamou atenção para o volume relativamente baixo e para o fato de que os negócios foram em grande parte operações em que o investidor compra ações e vende o índice (basket) e arbitragens com o mercado externo. "A alta foi uma correção", disse.

O gerente de renda variável de uma corretora no Rio de Janeiro disse que o gráfico do Ibovespa sinaliza uma realização de lucros, mas que antes disso o índice deverá subir um pouco mais.

sexta-feira, 19 de junho de 2009

Microsoft e tecnologia salvam Nasdaq e S&P 500

Por Leah Schnurr

NOVA YORK (Reuters) - Os índices Nasdaq e Standard & Poor's 500 fecharam em alta nesta sexta-feira, à medida que comentários positivos de uma corretora sobre a Microsoft impulsionaram as ações de tecnologia.

Os indicadores, no entanto, acumularam queda semanal pela primeira vez em cinco semanas.

O Nasdaq subiu 1,09 por cento, para 1.827 pontos e o índice S&P 500 teve valorização de 0,31 por cento, a 921 pontos.

Já o índice Dow Jones, referência da bolsa de Nova York, recuou 0,19 por cento, para 8.539 pontos.

As ações da Microsoft subiram 2,4 por cento depois que o Goldman Sachs acrescentou os papéis da maior fabricante de sofware do mundo à sua lista de compra prioritária e disse que novos produtos e um aumento nos investimentos voltados para tecnologia da informação devem dar suporte ao crescimento.

Os papéis da Apple subiram 2,7 por cento, com a chegada às lojas do mais recente modelo de iPhone. Enquanto o lançamento do novo produto levou uma multidão à loja da empresa em Nova York, o número de aparelho disponíveis foi menor que o disponilizado nos lançamentos anteriores.

Após um forte rali de três meses, os índices deram uma pausa nos ganhos esta semana, uma vez que investidores questionam cada vez mais se as ações devem passar por uma correção.

Preocupações de que a recuperação da economia possa ser morna têm diminuído o otimismo que levou o indicador S&P 500 a se valorizar 40 por cento ante as mínimas de fechamento em 12 anos atingidas em março.

"Nós tivemos um repique, com o fim das quedas mês a mês dos dados econômicos", disse Bucky Hellwig, vice-presidente sênior da Morgan Asset Management, em Birmingham, Alabama.

"Mas parece que o debate está emergindo: Vamos parar aqui? Precisamos retroceder ou podemos continuar?", indagou.

No pregão desta sexta-feira, as ações do setor de energia fizeram o Dow Jones fechar negativo e reduziram os ganhos do S&P 500, à medida que os preços do petróleo cederam para abaixo de 70 dólares o barril por apostas de que haverá amplo estoque da commodity durante as férias de verão.

Bovespa tem 1a alta em 5 sessões e Eletrobrás se sobressai

Por Aluísio Alves

SÃO PAULO (Reuters) - Notícias positivas envolvendo empresas domésticas abriram o apetite por compras seletivas no mercado acionário brasileiro, o que, num dia de giro tímido de negócios, foi suficiente para levantar a Bovespa pela primeira vez em cinco sessões.

Um dos destaques foi Eletrobrás, depois de o presidente da companhia José Antonio Muniz, ter revelado em entrevista à Reuters, que a elétrica deve pagar neste ano aos acionistas dividendos retidos nas décadas de 1970 e 80.

As ações ordinárias da Eletrobrás, que chegaram a cair quase 2 por cento pela manhã, fecharam em alta de 6,4 por cento, a 28,99 reais. Na máxima, os papéis da estatal --que serão os beneficiados da distribuição de dividendos retidos-- chegaram a apresentar valorização de 10 por cento.

O Ibovespa subiu 0,92 por cento, para 51.373 pontos. O volume financeiro da sessão foi de 3,78 bilhões de reais.

Para o analista de investimentos Marcelo Lima, da Spinelli Corretora, o investidor "está fazendo um ajuste fino, vendo oportunidades de compra, embora com muito mais cautela".

Uma das eleitas foi a ação preferencial da Petrobras, que ganhou 0,6 por cento, para 31,95 reais, mesmo em dia de queda do petróleo e depois de a companhia ter tido sua nota de crédito reduzida pela Moody's.

O investidor preferiu olhar para o aviso da empresa de que sua produção doméstica de petróleo cresceu 0,7 por cento em maio ante abril.

Para a analista Paula Kovarsky, da Itaú Corretora, o dado mostra que a petrolífera está conseguindo entregar o forte crescimento prometido ao mercado para este ano.

Companhias aéreas figuraram no topo do índice, depois de o presidente da TAM, David Barioni, ter dito na véspera que já enxerga recuperação do setor aéreo. Gol, a melhor do Ibovespa, subiu 6,7 por cento, a 11,25 reais. TAM ganhou 4,2 por cento, para 20 reais.

Em Wall Street, aconteceu o vencimento quádruplo, dia de exercício dos contratos de índices futuros de ações, de índices de opções de ações, de opções de ações e de futuros de ações. No final, o índice Dow Jones caiu 0,19 por cento, enquanto o S&P 500 avançou 0,31 por cento.

PANORAMA

Segundo profissionais do mercado, depois da escalada de 40 por cento do Ibovespa no ano, os investidores entraram numa fase de ajuste nos preços das ações, esperando para ver se os dados macroeconômicos confirmarão a expectativa de retomada da economia global.

Há um mês, o Ibovespa não sai da faixa entre 50 mil e 54 mil pontos. E o investidor estrangeiro, que havia trazido cerca de 12 bilhões de reais para a Bovespa entre fevereiro e maio, nos primeiros 16 dias de junho sacou 886 milhões de reais do mercado acionários doméstico.

"Daqui para a frente, vai ser necessário algo mais consistente para permitir que o mercado continue subindo", disse Marcelo Lima, da Spinelli.

terça-feira, 2 de junho de 2009

Pausa de commodities leva investidor a realizar lucro na Bovespa

Por Aluísio Alves

SÃO PAULO (Reuters) - A pausa no avanço dos preços das commodities, combinada com a volatilidade em Wall Street, levou os investidores da Bovespa para a ponta vendedora de ações nesta terça-feira.

Com isso, o Ibovespa, principal índice da bolsa paulista, recuou 0,89 por cento, para 53.999 pontos. O giro financeiro da sessão foi de 6,26 bilhões de reais.

Segundo profissionais do mercado, a fatia dos investidores que vinha preferindo realizar lucro foi engrossada nesta sessão pelos estrangeiros, depois de o Ibovespa ter acumulado 45 por cento de alta em 2009.

Em maio, até o dia 28, o ingresso líquido de recursos externos na Bovespa foi de 6,1 bilhões de reais, o maior saldo positivo da história no setor.

"Com as commodities perdendo um pouco de força, parece que muitos investidores preferiram garantir os ganhos", disse André Hannah Farath, analista da corretora Interfloat.

A referência foi o petróleo. Após um ciclo de seis sessões de alta, que o levou à maior cotação desde novembro, o petróleo fechou o dia praticamente estável. Matérias-primas como metais tiveram um dia de leve declínio.

Foi o suficiente para a reversão das blue chips domésticas. A ação preferencial da Vale cedeu 2,5 por cento, para 32,95 reais. A preferencial da Petrobras recuou 2 por cento, para 34,55 reais.

A pressão exercida pelas commodities impediu o Ibovespa de acompanhar Wall Street, onde os principais índices garantiram leve alta no final de um dia volátil. Prevaleceu o otimismo com um dado animador do setor imobiliário dos Estados Unidos e o índice Dow Jones subiu 0,22 por cento.

GAFISA

Além disso, perdas isoladas acabaram pesando sobre a bolsa brasileira. A principal foi Gafisa, que tomou um tombo de 6,7 por cento, para 16,97 reais, arrastando consigo o setor imobiliário, depois de anunciar que pretende levantar até 700 milhões de reais com uma oferta de ações.

O setor financeiro também afundou, puxado por Bradesco, que caiu 1,85 por cento, para 30,24 reais, depois que o presidente do banco, Luiz Carlos Trabuco Cappi, previu crescimento menor da carteira de crédito em 2009.

Perdas mais acentuadas do índice foram evitadas pela disparada de companhias aéreas, sob liderança de Gol com avanço de 12,5 por cento, a 9,90 reais.

Segundo operadores, a melhora da recomendação da companhia aérea Continental Airlines pelo JP Morgan teve efeito cascata no setor.

segunda-feira, 1 de junho de 2009

Saída do Citigroup do índice Dow Jones consolida queda do banco

Por Jonathan Stempel

NOVA YORK (Reuters) - A jornada à ruína do Citigroup chegou a este ponto: perder seu cobiçado lugar no índice industrial Dow Jones para uma antiga unidade do conglomerado financeiro.

A Dow Jones Indexes anunciou nesta segunda-feira que a seguradora de propriedades e acidentes Travelers irá substituir o Citigroup em seu principal índice de 30 blue chips dos Estados Unidos, a partir do dia 8.

As ações do Citigroup têm sido negociadas a menos de 5 dólares desde meados de janeiro, e chegaram ao seu menor nível, de 0,97 dólar, em 5 de março, após enormes perdas que levaram a uma série de auxílios federais. O contribuinte norte-americano pode acabar controlando 34 por cento do que já foi o maior banco do mundo em valor de mercado.

A mudança no índice Dow Jones marca o fim dos 12 anos em que o banco com sede em Nova York, conhecido como Citicorp à época, fez parte do indicador. Também marca a volta da Travelers ao índice, que tem como logotipo o guarda-chuva vermelho --vendido à seguradora pelo Citigroup em 2007, cinco anos após sua cisão com o Citicorp.

"Estão retirando uma ação financeira fraca, ferida", afirmou o professor Richard Sylla, da Stern School of Business, da Universidade de Nova York. "Eles provavelmente nunca imaginaram que o maior banco do mundo se tornaria um pato ferido."

O Citigroup foi criado em 1998, com a fusão do grupo Travelers com o Citicorp, criando o que foi considerado um "supermercado financeiro".

O atual presidente-executivo do Citigroup, Vikram Pandit, está se desfazendo desse modelo, vendendo empresas e títulos de dívida para ampliar a base de capital do banco.

"Tínhamos relutância de retirar o Citigroup durante o pico do frenesi financeiro", disse o editor-chefe da Dow Jones, Robert Thomson, em comunicado. "Sinceramente, esperamos que, uma vez que o banco se reformular, possamos considerar inclui-lo novamente (no índice Dow Jones)."

O Citigroup afirmou que a saída do banco do índice não irá afetar sua estratégia ou esforços para voltar a ter uma "rentabilidade sustentável". A Travelers não retornou pedidos por comentários.

Nesta segunda-feira, o Citigroup iniciou uma joint-venture de corretagem com o Morgan Stanley, transferindo sua unidade Smith Barney por uma participação acionária de 49 por cento no empreendimento combinado e mais 2,75 bilhões de dólares em dinheiro.

A retirada do Citigroup do índice Dow Jones deixa apenas dois bancos tradicionais sobrando no indicador, o Bank of America e o JPMorgan.

Incluir a Travelers "tem a intenção de restaurar a indústria financeira a uma representação completa no Dow", afirmou o editor-chefe da Dow Jones. Em setembro, a seguradora AIG saiu do Dow Jones e foi substituída pela Kraft Foods.

Outros dois componentes do Dow Jones têm grandes unidades de serviços financeiros: a American Express e a General Electric. O índice Dow Jones foi criado em 1896.

(Reportagem adicional de Dan Wilchins)

sexta-feira, 29 de maio de 2009

Otimismo ganha sobrevida e Bovespa acumula alta de 41,7% em 2009

Por Aluísio Alves

SÃO PAULO (Reuters) - O contínuo ingresso de recursos estrangeiros levou a Bovespa a sobrepujar um movimento de realização de lucros, cravando em maio o terceiro mês seguido de valorização.

Com uma virada para cima já nos ajustes, o Ibovespa fechou o dia valorizado em 0,3 por cento, aos 53.197 pontos, depois de cair 1,16 por cento na mínima registrada no último pregão de maio.

Com o desempenho nesta sexta-feira, o principal índice da Bolsa paulista estendeu a alta em maio para 12,5 por cento. Em 2009, o principal índice da bolsa paulista já subiu 41,7 por cento.

O repique no final da sessão desta sexta-feira deveu-se à combinação de ganhos maiores nos últimos negócios de Wall Street com os ajustes de investidores a mudanças feitas pelo JP Morgan na sua carteira MSCI para mercados emergentes.

Isso também calibrou o giro financeiro, que somou 8,19 bilhões de reais, o maior movimento diário este ano.

Para profissionais do mercado, passado o que parece ter sido o pior da crise, o mercado acionário doméstico tem sido um dos preferidos de investidores de várias partes do mundo, em meio à leitura de que a economia brasileira vai se levantar antes e mais fortalecida da crise.

"Assim, faz sentido que o fluxo externo venha para o Brasil", disse Gabriel Goulart, economista da Mercatto Investimentos.

Nesta sexta-feira, a Bovespa informou que nos primeiros 26 dias de maio o ingresso líquido de investimento estrangeiro totalizou 5,05 bilhões de reais, elevando o saldo positivo do ano para 10 bilhões de reais.

Esse movimento, no entanto, já começa a ser visto com reservas por uma parcela cada vez maior de investidores e analistas, uma vez que os indicadores econômicos, no Brasil e no exterior, ainda dão sinais desencontrados.

"Isso começa a dar ares de euforia", disse Goulart.

Dados da economia dos Estados Unidos divulgados nesta sexta-feira evidenciaram bem esse quadro. O país informou que seu PIB retraiu 5,7 por cento no primeiro trimestre, menos do que a estimativa inicial, e que a confiança do consumidor subiu ao maior nível desde setembro. Ao mesmo tempo, informou que atividade do Meio-Oeste caiu mais do que o esperado em maio.

Com os investidores novamente dando prioridade aos dados positivos, os principais índices de Wall Street embicaram para cima. O Dow Jones subiu 1,15 por cento no dia.

Na Bolsa paulista, a realocação de carteiras na virada do mês levou investidores a realizar lucros com as blue chips, migrando para papéis que haviam ficado para trás. Assim, apesar da alta das commodities, a ação preferencial da Petrobras caiu 0,6 por cento, a 34,45 reais.

Na mesma trilha, o papel preferencial da Vale recuou 1,2 por cento, para 32,50 reais. Empresas do setor imobiliário figuraram entre as líderes de perdas.

Natura perdeu 4,8 por cento, a 25,90 reais, depois de a empresa de cosméticos ter anunciado pela manhã que contratou uma assessoria financeira para realizar uma "eventual" oferta pública de ações.

Na ponta contrária, JBS liderou os ganhos do Ibovespa, com uma disparada de 10,3 por cento, a 6,73 reais. Analistas citaram como um dos fatores que podem ter contribuído para o movimento a decisão da União Europeia, nesta semana de permitir ao Brasil ampliar para lá as exportações de carne bovina com impostos reduzidos.

quarta-feira, 27 de maio de 2009

Por Aluísio Alves SÃO PAULO (Reuters) - A Bovespa sucumbiu à pressão negativa de Wall Street e fechou no vermelho, rompendo um ciclo de três dias seg

Por Aluísio Alves

SÃO PAULO (Reuters) - A Bovespa sucumbiu à pressão negativa de Wall Street e fechou no vermelho, rompendo um ciclo de três dias seguidos de ganhos, diante do receio de que o aumento dos custos dos empréstimos nos Estados Unidos prejudique a recuperação econômica do país.

Depois de ter chegado a superar os 53 mil pontos no meio do pregão, o Ibovespa foi gradualmente perdendo força, até fechar o dia desvalorizado em 0,09 por cento, a 51.791 pontos.

A volatilidade calibrou o giro financeiro da sessão, que totalizou 5,3 bilhões de reais.

"O mercado doméstico até que esteve forte, diante da queda lá fora, que teve um dia de realização de lucro", disse o analista sênior Hamilton Moreira, do BB Investimentos.

Na Bolsa de Nova York, o índice Dow Jones recuou 2,05 por cento, com a reação negativa de investidores ao resultado de um leilão do Tesouro norte-americano, que pagou mais caro para vender títulos do governo.

O episódio foi interpretado como sinal de que o crédito para pessoas e empresas também pode ficar mais caro, o que poderia prejudicar a recuperação da economia norte-americana.

A bolsa paulista resistiu na maior parte da sessão. Mas à medida que as perdas cresciam em Nova York, a preferência dos investidores por embolsar ganhos aumentou, especialmente depois de o Ibovespa ter subido 3,5 por cento em três sessões.

Diante disso, o papel preferencial da Vale foi um dos principais alvos e recuou 2,2 por cento, para 32,36 reais. O mote foi a decisão do Goldman Sachs de reduzir a recomendação dos papéis da mineradora de "compra" para "neutra".

O time das maiores perdedoras incluiu os setores aéreo, de energia elétrica e algumas varejistas.

Blindando o índice contra perdas mais acentuadas, Gerdau, a melhor do índice, subiu 3,6 por cento, para 19,38 reais. A siderúrgica foi alvo de relatório do banco JP Morgan, que elevou a recomendação para os papéis da companhia de "neutra" para "compra", apontando a fabricante de aço como uma das que mais deve se beneficiar da tendência de recuperação da economia global.

terça-feira, 19 de maio de 2009

Financeiras caem no fim do pregão e fazem NY recuar

Por Edward Krudy

NOVA YORK (Reuters) - Os índices Dow Jones e Standard & Poor's 500 caíram nesta terça-feira, sob o peso da queda nas ações financeiras e de dados decepcionantes do setor imobiliário.

O indicador Nasdaq, porém, teve alta, à medida que investidores correram para os papéis de empresas de tecnologia antes da divulgação dos resultados da Hewlett Packard.

O índice Dow Jones, referência da bolsa de Nova York, recuou 0,34 por cento, para 8.474 pontos. O termômetro de tecnologia Nasdaq teve oscilação positiva de 0,13 por cento, para 1.734 pontos. O índice Standard & Poor's 500 teve leve queda de 0,17 por cento, para 908 pontos.

As ações financeiras recuaram, à medida que o Senado dos Estados Unidos aprovou legislação para restringir repentinos aumentos nas taxas de juros de cartões de crédito, golpeando os rendimentos. Isso levou os índices Dow Jones e S&P 500 para baixo, após operarem em território positivo durante a maior parte do dia.

"De qualquer maneira que você olhe para isso, é menos favorável para os bancos", disse Stephen Massocca, diretor de gerenciamento da Wedbush Morgan em San Francisco, sobre o pacote.

Analistas disseram que o pacote abaterá os lucros das principais empresas de cartões de crédito.

Os papéis da American Express cederam 5,1 por cento, para 24,79 dólares, enquanto os da Capital One Financial caíram 4,5 por cento, a 24,90 dólares. As ações do JPMorgan Chase perderam 3,9 por cento, valendo 36,81 dólares.

O índice Nasdaq, por outro lado, fugiu do pior das perdas, uma vez que investidores buscaram papéis de empresas de tecnologia antes da divulgação dos resultados da Hewlett Packard, apostando que a companhia --considerada um termômetro do setor-- deverá ser a mais nova empresa a superar as estimativas do mercado.

segunda-feira, 11 de maio de 2009

De olho em bancos dos EUA, investidor da Bovespa embolsa ganhos

Por Aluísio Alves

SÃO PAULO (Reuters) - Notícias de que alguns bancos dos Estados Unidos terão que levantar capital para pagar empréstimos ao governo, enquanto outros podem estar mais fracos do que se esperava, ditaram realização de lucros nos mercados de ações nesta segunda-feira, empurrando a Bovespa para baixo.

Em uma sessão de movimento mais fraco --4,12 bilhões de reais, o menor volume em duas semanas--, o Ibovespa registrou queda de 0,82 por cento, para 50.976 pontos.

Nos EUA, os bancos US Bancorp, BB&T e Capital One Financial anunciaram pela manhã que vão levantar quase 6 bilhões de dólares em ofertas de ações ordinárias para pagar recursos recebidos sob o programa de resgate do governo dos EUA.

Além disso, os investidores aparentemente não gostaram de saber que o Federal Reserve utilizou um método diferente do esperado para reduzir o déficit de capital de Citigroup, Wells Fargo e Fifth Third's, antes de divulgar os resultados dos testes de estresse, na semana passada.

"Essas notícias não são tão importantes, mas o mercado estava esperando um pretexto para realizar lucros", disse Newton Rosa, economista-chefe da Sul América Investimentos.

Em Wall Street, os índices Dow Jones e S&P 500 recuaram 1,8 por cento e 2,15 por cento, nesta ordem.

O mau desempenho das ações de bancos no mundo inteiro teve seus reflexos na bolsa paulista. Itaú Unibanco e Bradesco caíram 2,6 por cento, para 29,58 reais e 28,25 reais, respectivamente.

Na mesma mão, o segmento imobiliário, que vinha subindo forte nas últimas semanas, foi o que mais perdeu no Ibovespa, sob liderança de Gafisa, caindo 5,3 por cento, a 19,11 reais.

Na cola da queda do barril do petróleo, a ação preferencial da Petrobras cedeu 0,4 por cento, para 32,87 reais. A companhia divulga ainda esta noite seus resultados do primeiro trimestre.

As perdas do Ibovespa foram ligeiramente amortecidas por Usiminas, cuja ação preferencial subiu 2,6 por cento, para 35,90 reais. A siderúrgica mineira publica seu balanço trimestral na quarta-feira e analistas consultados pela Reuters preveem uma queda de 62 por cento no lucro ante mesmo período de 2008.

quarta-feira, 29 de abril de 2009

Wall St sobe com esperanças por dados e Fed

Por Chuck Mikolajczak

NOVA YORK (Reuters) - As bolsas de valores dos Estados Unidos tiveram forte alta nesta quarta-feira, depois que dados muito ruins de crescimento ofereceram pistas de uma futura expansão, uma perspectiva reforçada por comentários alentadores do Federal Reserve.

O índice Dow Jones, referência da Bolsa de Nova York, subiu 2,11 por cento, para 8.185 pontos. O termômetro de tecnologia Nasdaq avançou 2,28 por cento, para 1.711 pontos. O índice Standard & Poor's 500 teve valorização de 2,16 por cento, para 873 pontos.

O Produto Interno Bruto (PIB) caiu a uma taxa anualizada de 6,1 por cento no primeiro trimestre, mas os dados mostraram que os gastos dos consumidores avançaram e uma queda nos estoques sugeriu que as indústrias e varejistas terão de repor mercadorias.

Os números provocaram fortes altas nas ações de grandes empresas industriais. Os papéis da Boeing subiram 4,4 por cento, para 40,55 dólares, e os da United Technologies avançaram 2 por cento, a 48,91 dólares.

O banco central voltou a dar um tom positivo logo após o fim de sua reunião. O Fed disse que as perspectivas para a economia melhoraram modestamente desde o último encontro em março.

"É uma boa leitura da economia, é bom para os mercados. Ela segue todos os 'sinais verdes' que nós temos visto, e a boa leitura reforça isso", disse Rick Campagna, gerente de portfólio na Provident Investment Council em Pasadena, Califórnia.

As ações do Wal-Mart estiveram entre as que mais contribuíram com o índice Dow Jones, com os papéis da maior varejista do mundo avançando 4,1 por cento, para 50,45 dólares, ao dizer que 17 por cento dos negócios mensuráveis em fevereiro vieram de novas famílias.

(Reportagem adicional de Leah Schnurr)