Pages

Mostrando postagens com marcador JAPÃO. Mostrar todas as postagens
Mostrando postagens com marcador JAPÃO. Mostrar todas as postagens

terça-feira, 21 de abril de 2009

Perdas financeiras globais podem atingir US$4,1 tri, estima FMI

Por Lesley Wroughton

WASHINGTON (Reuters) - Os bancos e outras instituições financeiras ao redor do mundo terão que, eventualmente, amortizar dívidas tóxicas num valor de 4,1 trilhões de dólares, para que a estabilidade financeira global seja restaurada, afirmou o Fundo Monetário Internacional (FMI) nesta terça-feira.

Em seu relatório sobre estabilidade financeira global, o FMI disse que instituições norte-americanas estão quase na metade do caminho para suas deduções necessárias, enquanto a região do euro está mais atrás.

Esta foi a primeira vez que o relatório do FMI incluiu perdas em empréstimos da Europa e Japão, as quais equivalem a um total de 1,3 trilhão de dólares.

O documento apontou que os bancos precisam de amplas injeções de capital para o caso de perdas esperadas e para restaurar a confiança do investidor em um sistema financeiro fragilizado.

O bancos ao redor do mundo aumentaram o capital em até 900 bilhões de dólares, cerca da metade por meio de empréstimos de resgate do governo.

José Vinals, diretor do departamento de mercado capital e monetário do FMI, disse que uma contínua, decisiva e efetiva ação para limpar as folhas de balanço dos bancos é necessária para restaurar a confiança e o crescimento econômico.

"O processo de limpeza está andando, e as elevadas amortizações vão exigir que instituições financeiras mantenham mais capital", disse ele durante coletiva.

"Parte dessa necessidade de capital poderia ser saciada diretamente com uma conversão de ações preferenciais (do governo) para papéis comuns, ou indiretamente com as garantias do governo em cobrir as perdas", disse Vinals.

FMI VÊ PERDAS AUMENTANDO

O FMI disse que agora espera a deterioração em ativos de origem nortea-mericana em até 2,7 trilhões de dólares, substancialmente mais do que 2,2 trilhões de dólares previstos em janeiro. O acentuado aumento reflete perdas principalmente ente outubro e janeiro.

Há apenas um ano, o fundo estava sendo fortemente criticado por estimar perdas de apenas 1 trilhão em ativos de bancos.

"A sensibilidade mudou. O que parecia absurdo, agora parece relevante", disse o primeiro vice-diretor do FMI, John Lipsky.

O FMI estimou que os bancos ao redor do globo vão precisar amortizar cerca de 2,8 trilhões de dólares em empréstimos e fianças. Até agora, cerca de um terço desse volume foi amortizado.

De acordo com o fundo, os bancos norte-americanos deduziram cerca de 510 bilhões de dólares em ativos. Uma outra dedução de 550 bilhões de dólares é esperada nos próximos dois anos.

Na área do euro, as amortizações já totalizaram 154 bilhões de dólares, com outros 750 bilhões previstos para até 2010.

Desde o início da crise, a capitalização de bancos globais caiu mais da metade, para 1,6 trilhões de dólares.

O FMI estimou que bancos poderiam precisar de um capital adicional entre 275 bilhões de dólares e 500 bilhões de dólares nos Estados Unidos, entre 125 bilhões e 250 bilhões de dólares na Grã Bretanha, e cerca de 375 bilhões de dólares a 725 bilhões de dólares na zona do euro.

(Reportagem Adicional de Emily Kaiser)

domingo, 15 de fevereiro de 2009

Popularidade do governo japonês cai para 9,7%, mostra pesquisa

Por Linda Sieg

Photo TÓQUIO (Reuters) - A popularidade do primeiro-ministro do Japão, Taro Aso, e do seu gabinete caiu para 9,7 por cento, segundo divulgou neste domingo a rede de televisão NTV. O resultado da pesquisa deve aumentar a pressão para que ele seja substituído antes da eleição prevista para outubro.

O apoio a Aso tem caído devido a gafes e políticas erráticas, no momento em que ele enfrenta uma recessão, um Parlamento dividido e brigas no partido da situação.

O resultado da pesquisa é a mais recente má notícia para o político de 68 anos, que se prepara para se encontrar com a secretária de Estado norte-americana, Hillary Clinton, na segunda-feira.

Levantamentos mostram que o principal partido de oposição, o Partido Democrático do Japão, tem boa chance de vencer a próxima eleição para a câmara baixa do Parlamento.

Isso terminaria com um período de mais de 50 anos, praticamente contínuo, de domínio do atual partido da situação, o Partido Democrático Liberal, e abriria caminho para um governo comprometido em reduzir o poder dos burocratas, diminuir as desigualdades sociais e adotar uma diplomacia mais independente de Washington.

Hillary Clinton deve se encontrar com o líder da oposição na terça-feira.

Aso é o terceiro premiê japonês desde que Junichiro Koizumi deixou o cargo em 2006, depois de cinco anos no poder.