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segunda-feira, 8 de junho de 2009

Fluxo garante Ibovespa no azul após dia volátil

Por Aluísio Alves

SÃO PAULO (Reuters) - Altas pontuais de ações de bancos e de empresas de commodities fizeram o principal índice da bolsa paulista fechar no azul ao fim de uma sessão volátil e pálido giro financeiro.

Depois de ter chegado a cair 1,6 por cento nas primeiras horas da sessão, o Ibovespa fechou a segunda-feira valorizado em 0,54 por cento, aos 53.630 pontos.

O volume de negócios se restringiu a 3,84 bilhões de reais, o menor em duas semanas.

Para profissionais do mercado, o movimento desencontrado do dia refletiu a indefinição dos investidores, a exemplo do que houve em Wall Street, onde os principais índices fecharam sem direção única.

"Ainda persiste algum otimismo com a recuperação da economia, mas por enquanto é só promessa. Além disso, já começa a se falar em alta dos juros lá fora", disse Ricardo Tadeu Martins, gerente de pesquisa da Planner Corretora.

Durante a maior parte do dia imperou a disposição do mercado para vender ações, embolsando parte dos ganhos dos últimos três meses, especialmente depois de o McDonald's avisar que espera lucros menores no segundo trimestre e a Apple lançar um programa agressivo de descontos nas vendas do iPod.

As notícias alimentaram temores de que o otimismo recente com a recuperação da economia pode ter sido precipitado.

Por aqui, o apetite dos investidores por compras selecionadas de papéis sustou o movimento de realização de lucros que predominou na maior parte do dia.

Entre os alvos de mais otimismo dos investidores esteve o setor financeiro, sob liderança de Banco do Brasil, que avançou 1,8 por cento, para 22,19 reais. Nas bolsas de Nova York, os bancos também se destacaram com ganhos.

Empresas ligadas a metais também se deram bem. A ação preferencial da Vale subiu 1,5 por cento, a 33,00 reais, depois de ter sido alvo de relatório positivo do UBS Pactual, que manteve a recomendação de compra para os papéis.

A ação preferencial da Usiminas foi ainda mais adiante, garantindo alta de 2,7 por cento, a 41,45 reais.

Perdigão e Sadia foram as líderes do Ibovespa, com alta de 4,8 e 5,0 por cento, respectivamente, para 39,98 reais e 5,03 reais.

Na ponta contrária, Pão de Açúcar caiu 2 por cento, a 35,90 reais, mostrando a desaprovação do mercado ao anúncio de compra da rede Ponto Frio, por 824,5 milhões de reais, feito pela manhã.

"Acreditamos que a aquisição é negativa para as ações, uma vez que isso pode adicionar risco à estratégia de longo prazo do Pão de Açúcar de elevar sua lucratividade", avaliou o Credit Suisse em relatório, ilustrando a preocupação de analistas pelo avanço da empresa no setor de eletroeletrônicos, que oferece rentabilidade menor.

Pão de Açúcar estima sinergias de R$500 mi com Ponto Frio

SÃO PAULO (Reuters) - O grupo Pão de Açúcar calcula sinergias de 500 milhões de reais a valor presente com a aquisição do Ponto Frio, anunciada na manhã desta segunda-feira, afirmaram executivos da empresa.

Segundo o vice-presidente financeiro do Pão de Açúcar, Enéas Pestana, as economias de custos virão principalmente de ganhos de escala para negociação com fornecedores, aumento de eficiências comercial, operacional e administrativa e potencialização dos serviços financeiros, entre outros.

De acordo com executivos do Pão de Açúcar, a sobreposição de lojas é mínima e, se necessário, os ajustes através de fechamento de unidades serão pontuais. Os executivos não quiseram dar mais detalhes.

Com o Ponto Frio, a participação de produtos eletrônicos nas vendas totais do Pão de Açúcar, sobe de 10 para 26 por cento.

De acordo com o presidente de administração do grupo, Abílio Diniz, a empresa continua aberta a novas oportunidades de aquisição.

(Por Cesar Bianconi; Edição de Aluísio Alves)