Pages

Mostrando postagens com marcador Onu. Mostrar todas as postagens
Mostrando postagens com marcador Onu. Mostrar todas as postagens

sábado, 19 de setembro de 2009

Com popularidade em baixa nos EUA, Obama será celebrado na ONU

Por Louis Charbonneau

Nações Unidas (Reuters) - A popularidade do presidente dos Estados Unidos, Barack Obama, pode já ter tido dias melhores no seu país, mas ele continua incontestável no pedaço de Manhattan onde fica a sede das Nações Unidas, onde os países-membros da organização se reúnem na semana que vem.

Obama, segundo diplomatas, deve ser ovacionado quando discursar para os representantes dos 192 países da Assembléia-Geral da Organização das Nações Unidas (ONU).

Em casa, Obama tem procurado levantar a sua popularidade, destacando sinais da recuperação econômica norte-americana. O debate sobre a reforma do sistema de assistência social, porém, tem diminuído o número dos seus simpatizantes.

A última pesquisa Gallup aponta que a aprovação do presidente junto à classe média norte-americana está abaixo de 50 por cento.

Fora dos Estados Unidos, no entanto, Obama é amado. Uma recente pesquisa europeia mostra que 80 por centro dos entrevistados na União Européia e na Turquia o aprovam.

O discurso de Obama na quarta-feira é o principal evento da semana na Assembléia-Geral, segundo diplomatas. O presidente deve falar da política externa norte-americana e da necessidade de cooperação.

A recepção calorosa a Obama vai contrastar com as críticas que recebia o seu antecessor George W. Bush. Isso se deve em parte ao que Susan Rice, embaixadora norte-americana na ONU, descreveu como o "desprezo" que caracterizava as relações dos Estados Unidos com a comunidade internacional.

Mesmo diplomatas de países criticados pelos Estados Unidos por abusos contra os direitos humanos, proliferação nuclear e outros temas aguardam ansiosos as falas do presidente Obama na semana que vem.

"Estaremos escutando", afirmou um desses diplomatas. "Obama prometeu mudanças. Então deve evitar ameaças e intimidação."

segunda-feira, 1 de dezembro de 2008

Obama indica Hillary e Gates para política externa

Por Jeff Mason e Caren Bohan

Photo CHICAGO, 1o (Reuters) - O presidente eleito dos Estados Unidos, Barack Obama, indicou nesta segunda-feira sua ex-concorrente, Hillary Clinton, para o cargo de secretária de Estado.

Ele anunciou também que Robert Gates continuará como secretário de Defesa, formando parte de uma equipe nacional de segurança encarregada de remodelar a liderança dos Estados Unidos nos temas globais.

Hillary e Gates, que no passado já expressaram idéias distintas de Obama sobre a política externa e a defesa nacional, implementarão o programa do futuro presidente de reconstruir a imagem dos Estados Unidos no exterior e de administrar duas guerras diferentes, no Iraque e no Afeganistão.

"Eu montei esta equipe porque eu acredito fortemente em personalidades fortes e em opiniões fortes. Eu acho que é dessa forma que as melhores decisões são tomadas", disse Obama em entrevista coletiva.

Hillary, que subiu no palanque com Obama em Chicago, disse que os Estados Unidos precisam confiar em seus amigos para ajudar no combate a ameaças como o aquecimento global e o terrorismo --crítica implícita à estratégia unilateral do atual presidente, George W. Bush.

"Por mais que nós estejamos determinados a defender nossas liberdades a qualquer custo, nós também nos comunicamos com o mundo outra vez, buscando uma causa comum e uma superioridade maior", afirmou.

Junto com Hillary e Gates, Obama nomeou o general da reserva James Jones como conselheiro nacional de segurança e a governadora de Arizona Janet Napolitano como chefe de Segurança Interna.

Ele também indicou Eric Holder, que já passou pelo Departamento de Justiça, como procurador-geral, e Susan Rice, assessora de Obama em política externa, como embaixadora dos Estados Unidos para a Organização das Nações Unidas (ONU).

Todos os indicados devem receber a chancela rápida do Senado, controlado pelo Partido Democrata.

O anúncio recebeu ênfase especial após os ataques da semana passada em Mumbai, na Índia, onde homens armados mataram quase 200 pessoas, incluindo cinco norte-americanos, e aumentaram a tensão entre as potências nucleares Índia e Paquistão.

Com as pesquisas mostrando a maior parte dos norte-americanos mais preocupada com a economia do que com a segurança, Obama passou boa parte da semana passada indicando os membros de sua equipe econômica e apresentando a si mesmo como um diretor-executivo forte.

Mas os ataques de Mumbai foram um lembrete de que Obama não pode se dar ao luxo de focar somente a economia. O vice-presidente de sua chapa, Joe Biden, alertou durante a campanha presidencial que Obama poderia ser testado por uma crise nacional de segurança já nos primeiros seis meses no cargo --que assume em 20 de janeiro.

GATES OFERECE CONTINUIDADE

Gates vinha dizendo que queria deixar o cargo no fim do governo Bush, e não está claro quanto tempo ele pretende participar da administração de Obama.

Ainda que Gates tenha evitado a crítica direta a Obama durante a eleição presidencial, ele tem defendido políticas divergentes às do novo presidente em questões como a Guerra do Iraque.

Obama quer retirar as tropas 16 meses após assumir o cargo, mas Gates alertou contra a definição de cronogramas e contra uma saída rápida, dizendo que isso poderia ameaçar os avanços em segurança conquistados no último ano.