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sexta-feira, 24 de julho de 2009

São Paulo tem quatro mortes por H1N1; total vai a 33 no país

SÃO PAULO (Reuters) - O Estado de São Paulo registrou nesta sexta-feira quatro mortes pela gripe H1N1, elevando para 33 o número de vítimas fatais da doença no país.

No mesmo dia, as prefeituras de Osasco e Campinas decidiram pelo adiamento em uma semana do reinício das aulas nas redes municipais, para 3 de agosto. Ambos os municípios paulistas já registraram mortes pela nova doença.

A medida, que afeta cerca de 100 mil estudantes, foi tomada para conter o avanço do vírus entre alunos e professores, informaram as prefeituras.

Na capital, foi confirmada a morte de uma menina de quatro anos com histórico de problemas respiratórios. A morte foi no dia 19, informou a Secretaria Estadual de Saúde.

Também em São Paulo morreu um homem, de 58 anos, com graves problemas hepáticos. A internação foi no dia 1o e o óbito no dia 21.

Em Campinas, foi confirmada a morte de uma mulher de 20 anos, grávida de sete meses. Moradora de Cosmópolis, no interior paulista, a paciente foi internada em Campinas no dia 17 e faleceu no dia 21.

A outra vítima na cidade é uma mulher de 37 anos que faleceu no dia 23, três dias após ser internada. De acordo com a pasta, ela não viajou a países que apresentam grande número de casos e não fazia parte do grupo de risco --gestantes, obesos ou pessoas com doenças anteriores ou em tratamento.

Do total de mortes no Brasil, 16 aconteceram em São Paulo, 11 no Rio Grande do Sul, 5 no Rio de Janeiro e 1 no Paraná.

De acordo com o último boletim de gripe H1N1, divulgado pelo Ministério da Saúde na quinta-feira, há 1.566 casos confirmados da doença no país.

Nesta sexta-feira, a Organização Mundial da Saúde (OMS) informou que a pandemia da gripe H1N1 já se espalhou para cerca de 160 países e matou aproximadamente 800 pessoas.

(Por Hugo Bachega)

terça-feira, 28 de abril de 2009

Brasil monitora 20 possíveis casos de gripe suína

BRASÍLIA (Reuters) - Autoridades sanitárias brasileiras monitoram o estado de saúde de 20 pessoas que apresentam alguns sintomas da gripe suína, que já matou 149 pessoas no México e se espalhou para sete países.

Dos casos notificados ao Ministério da Saúde, ao todo quatro pacientes estão no Paraná, três em Minas Gerais, outros três no Amazonas e mais três em Santa Catarina. Rio de Janeiro, Bahia e Rio Grande do Norte apresentam dois possíveis casos cada um. E o Pará tem um caso possível da doença.

Após a confirmação de casos da doença em Nova Zelândia, Reino Unido, e Espanha, a Agência Nacional de Vigilância Sanitária (Anvisa) decidiu nesta terça-feira estender a triagem de passageiros que desembarcam no Brasil também para voos provenientes desses países.

Passageiros de voos do México, EUA e Canadá já estavam sujeitos a uma fiscalização por parte da Anvisa para verificar se há pessoas com sintomas da gripe. Os viajantes com sinais da doença serão encaminhados diretamente dos aeroportos para hospitais de referência.

A Secretaria Especial de Portos da Presidência da República informou em nota que também serão intensificadas as medidas de prevenção nos portos de todo o país.

Entre elas estão orientação a viajantes que chegarem ou que forem para áreas afetadas pela doença, identificação de casos suspeitos e limpeza e desinfecção de navios provenientes de regiões atingidas, incluindo a gestão de resíduos sólidos.

De acordo com o Ministério da Saúde, em todos os casos sob investigação no país os pacientes estiveram em locais onde houve confirmação da doença, como o México, os EUA e o Canadá. Esses casos continuam sendo monitorados pelas Secretarias Estaduais de Saúde.

Segundo o ministério, no entanto, nenhum dos pacientes preenche a definição de caso suspeito conforme critérios estabelecidos pela Organização Mundial de Saúde (OMS), que inclui uma febre repentina superior a 38 graus, acompanhada de um ou mais dos seguintes sintomas: tosse, dificuldade respiratória, dor de cabeça, dores musculares e nas articulações, além de ter estado no México, no Canadá ou nos Estados Unidos nos últimos dez dias.

Na terça-feira, a direção do Hospital das Clínicas da Universidade Federal de Minas Gerais (UFMG) informou que os três pacientes que foram hospitalizados com sintomas da gripe suína continuavam internados, apesar de apresentarem quadro estável.

Um casal que chegou de Cancún na própria segunda-feira e um homem que chegou de Nova York há alguns dias foram internados por apresentarem febre, coriza, tosse e outros sintomas após chegarem de áreas onde há confirmação da incidência da gripe suína.

Segundo a direção do hospital, o resultado dos exames feitos nos pacientes para verificar se foram ou não infectados pela gripe suína devem ser divulgados pela Fundação Oswaldo Cruz (Fiocruz) na quarta-feira.

Um dos casos da Bahia refere-se a um homem de 40 anos que foi internado na noite de segunda-feira no hospital Otávio Mangabeira, em Salvador, apresentando febre e dor de garganta.

"Ele é brasileiro, vive em Boston e tem parentes em Salvador. Nós estamos monitorando o caso", disse Maria de Fátima Sá Guirra, epidemiologista da Secretaria Estadual da Saúde da Bahia.

"TERRORISMO"

"Até o momento, não há evidências de circulação do novo subtipo do vírus da influenza suína A (H1N1) no Brasil", informou o Ministério da Saúde em uma nota na noite de segunda-feira.

No comunicado, o ministério afirmou que todas as recomendações da OMS estão de acordo com medidas já adotadas no país, "em especial aquelas referentes à não restrição às viagens internacionais e à orientação para procura de atendimento médico, no caso dos viajantes procedentes das áreas afetadas que apresentem sintomas compatíveis com a influenza suína".

O presidente Luiz Inácio Lula da Silva disse que não há motivo para fazer "terrorismo" em cima da doença no Brasil.

"O Brasil está preparado, nós temos remédios para atender as pessoas, vamos fazer fiscalização rígida nos aeroportos, para que a gente evite que essa doença chegue ao Brasil", disse Lula. "Esse é um momento de cautela, um momento de prevenção, e não um momento de se fazer terrorismo com uma coisa que não chegou aqui."

O novo vírus já matou até 149 pessoas no México, e a OMS elevou na segunda-feira o seu nível de alerta contra a gripe suína para a fase 4 (numa escala que vai de 1 a 6), indicando um risco ampliado de pandemia (epidemia global). A última pandemia, da chamada "gripe de Hong Kong", em 1968, matou cerca de 1 milhão de pessoas.

Além dos casos no México, EUA e Canadá, a doença foi registrada também na Espanha, na Escócia, em Israel e na Nova Zelândia.

MISSIONÁRIOS EM QUARENTENA

Um grupo de sete missionários mexicanos foi posto em quarentena ao desembarcar na manhã desta terça-feira, em Belo Horizonte, por temor de serem portadores do vírus da gripe suína.

O grupo chegou do México no Aeroporto Internacional Antônio Carlos Jobim, no Rio de Janeiro, na segunda-feira, e seguiu de ônibus para Belo Horizonte. A Secretaria de Saúde de Belo Horizonte já havia sido alertada sobre a chegada dos missionários e os abordou ainda na rodoviária da capital.

A secretaria informou que os missionários não apresentam nenhum sintoma, mas foram orientados a manter isolamento até que seja afastado o risco de estarem contagiados pela doença --que, segundo infectologistas, se manifesta entre seis e dez dias.

(Por Ana Paula Paiva e Fábio Murakawa, com reportagem adicional de Marcelo Portela e Pedro Fonseca)

segunda-feira, 27 de abril de 2009

Gripe suína viaja do México à Europa; doença já matou até 149

Por Catherine Bremer

CIDADE DO MÉXICO (Reuters) - Governos em todo o mundo se apressavam na segunda-feira para reduzir o impacto de uma possível pandemia de gripe, no momento em que um vírus que já matou 149 pessoas no México e se espalhou para os EUA e o Canadá também chegava à Europa.

Em meio ao surto de gripe suína que assusta os mexicanos, a capital do país foi palco de um terremoto de magnitude 6, que balançou edifícios na Cidade do México. Autoridades não informaram se houve danos ou mortes pelo cismo.

A maioria das vítimas da gripe suína tem entre 20 e 50 anos, segundo o governo mexicano.

Até agora o vírus não matou ninguém fora do México, mas mostrou que é capaz de se espalhar rapidamente entre humanos, suscitando o temor de que o mundo possa estar diante de uma pandemia de gripe, possibilidade para a qual os cientistas vêm alertando há muito tempo.

A Organização Mundial de Saúde (OMS) disse que seu comitê de emergência pode decidir elevar o nível do alerta de pandemia, que atualmente está em 3, numa escala de 1 a 6, para a fase 4 ou 5. A iniciativa assinalaria que a OMS acredita na possibilidade de grandes surtos da gripe.

O governo dos EUA já declarou emergência na saúde pública, e a secretária de Estado Hillary Clinton pediu que as pessoas adotem cautelas se pretendem viajar ao México, acrescentando que Washington está levando o surto "muito a sério".

A União Européia recomendou a seus cidadãos que evitem viagens não-essenciais a algumas das áreas afetadas pela gripe suína.

O México depende fortemente do turismo, sua terceira maior fonte de divisas, e milhões de americanos viajam ao México todos os anos.

O vírus está sendo amplamente descrito como gripe suína, mas possui componentes de vírus clássicos de gripe aviária, humana e suína e, na realidade, ainda não foi visto em suínos.

A Espanha se tornou o primeiro país da Europa a confirmar um caso de gripe suína quando um homem que voltou de uma viagem ao México na semana passada apresentou o vírus.

Horas depois, a Grã-Bretanha confirmou outros dois casos na Escócia. Os dois pacientes estão isolados em um hospital em Airdrie, perto de Glasgow.

Mas nenhum dos pacientes europeus apresentava uma condição grave, e o mesmo aconteceu com relação aos 20 casos da gripe identificados nos EUA e seis no Canadá. Na Nova Zelândia, uma professora e uma dúzia de alunos que retornaram recentemente do México também estão sendo tratados como casos de gripe suína leve.

ESTADO DE ALERTA

O presidente dos EUA, Barack Obama, disse que os casos de gripe suína estão sendo estreitamente monitorados, mas também procurou aliviar os temores.

"Obviamente isto é motivo de preocupação e exige um estado de alerta intensificado. Mas não é motivo de alarme", disse Obama em uma reunião da Academia Nacional de Ciências.

Muitos países intensificaram a vigilância em aeroportos e portos, usando câmeras e sensores térmicos para identificar pessoas que estejam com febre, e a OMS abriu seu centro de comando 24 horas, conhecido como "sala de guerra".

Embora a maioria dos casos da gripe ocorridos fora do México seja relativamente branda, uma alta funcionária do Centro de Controle e Prevenção de Doenças dos EUA disse temer que possam ocorrer mortes nos Estados Unidos.

Nos mercados financeiros, as ações de empresas de viagens e lazer, como a Cathay Pacific Airways, de Hong Kong, e a British Airways, tiveram queda acentuada, enquanto as de fabricantes de medicamentos e vacinas, como a Roche, apresentaram alta.

"A ameaça de pandemia vai enfraquecer mais ainda o comércio global", comentou Justin Urquhart Stewart, diretor de investimentos da Seven Investment Management, de Londres.