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segunda-feira, 1 de junho de 2009

Saída do Citigroup do índice Dow Jones consolida queda do banco

Por Jonathan Stempel

NOVA YORK (Reuters) - A jornada à ruína do Citigroup chegou a este ponto: perder seu cobiçado lugar no índice industrial Dow Jones para uma antiga unidade do conglomerado financeiro.

A Dow Jones Indexes anunciou nesta segunda-feira que a seguradora de propriedades e acidentes Travelers irá substituir o Citigroup em seu principal índice de 30 blue chips dos Estados Unidos, a partir do dia 8.

As ações do Citigroup têm sido negociadas a menos de 5 dólares desde meados de janeiro, e chegaram ao seu menor nível, de 0,97 dólar, em 5 de março, após enormes perdas que levaram a uma série de auxílios federais. O contribuinte norte-americano pode acabar controlando 34 por cento do que já foi o maior banco do mundo em valor de mercado.

A mudança no índice Dow Jones marca o fim dos 12 anos em que o banco com sede em Nova York, conhecido como Citicorp à época, fez parte do indicador. Também marca a volta da Travelers ao índice, que tem como logotipo o guarda-chuva vermelho --vendido à seguradora pelo Citigroup em 2007, cinco anos após sua cisão com o Citicorp.

"Estão retirando uma ação financeira fraca, ferida", afirmou o professor Richard Sylla, da Stern School of Business, da Universidade de Nova York. "Eles provavelmente nunca imaginaram que o maior banco do mundo se tornaria um pato ferido."

O Citigroup foi criado em 1998, com a fusão do grupo Travelers com o Citicorp, criando o que foi considerado um "supermercado financeiro".

O atual presidente-executivo do Citigroup, Vikram Pandit, está se desfazendo desse modelo, vendendo empresas e títulos de dívida para ampliar a base de capital do banco.

"Tínhamos relutância de retirar o Citigroup durante o pico do frenesi financeiro", disse o editor-chefe da Dow Jones, Robert Thomson, em comunicado. "Sinceramente, esperamos que, uma vez que o banco se reformular, possamos considerar inclui-lo novamente (no índice Dow Jones)."

O Citigroup afirmou que a saída do banco do índice não irá afetar sua estratégia ou esforços para voltar a ter uma "rentabilidade sustentável". A Travelers não retornou pedidos por comentários.

Nesta segunda-feira, o Citigroup iniciou uma joint-venture de corretagem com o Morgan Stanley, transferindo sua unidade Smith Barney por uma participação acionária de 49 por cento no empreendimento combinado e mais 2,75 bilhões de dólares em dinheiro.

A retirada do Citigroup do índice Dow Jones deixa apenas dois bancos tradicionais sobrando no indicador, o Bank of America e o JPMorgan.

Incluir a Travelers "tem a intenção de restaurar a indústria financeira a uma representação completa no Dow", afirmou o editor-chefe da Dow Jones. Em setembro, a seguradora AIG saiu do Dow Jones e foi substituída pela Kraft Foods.

Outros dois componentes do Dow Jones têm grandes unidades de serviços financeiros: a American Express e a General Electric. O índice Dow Jones foi criado em 1896.

(Reportagem adicional de Dan Wilchins)

segunda-feira, 11 de maio de 2009

De olho em bancos dos EUA, investidor da Bovespa embolsa ganhos

Por Aluísio Alves

SÃO PAULO (Reuters) - Notícias de que alguns bancos dos Estados Unidos terão que levantar capital para pagar empréstimos ao governo, enquanto outros podem estar mais fracos do que se esperava, ditaram realização de lucros nos mercados de ações nesta segunda-feira, empurrando a Bovespa para baixo.

Em uma sessão de movimento mais fraco --4,12 bilhões de reais, o menor volume em duas semanas--, o Ibovespa registrou queda de 0,82 por cento, para 50.976 pontos.

Nos EUA, os bancos US Bancorp, BB&T e Capital One Financial anunciaram pela manhã que vão levantar quase 6 bilhões de dólares em ofertas de ações ordinárias para pagar recursos recebidos sob o programa de resgate do governo dos EUA.

Além disso, os investidores aparentemente não gostaram de saber que o Federal Reserve utilizou um método diferente do esperado para reduzir o déficit de capital de Citigroup, Wells Fargo e Fifth Third's, antes de divulgar os resultados dos testes de estresse, na semana passada.

"Essas notícias não são tão importantes, mas o mercado estava esperando um pretexto para realizar lucros", disse Newton Rosa, economista-chefe da Sul América Investimentos.

Em Wall Street, os índices Dow Jones e S&P 500 recuaram 1,8 por cento e 2,15 por cento, nesta ordem.

O mau desempenho das ações de bancos no mundo inteiro teve seus reflexos na bolsa paulista. Itaú Unibanco e Bradesco caíram 2,6 por cento, para 29,58 reais e 28,25 reais, respectivamente.

Na mesma mão, o segmento imobiliário, que vinha subindo forte nas últimas semanas, foi o que mais perdeu no Ibovespa, sob liderança de Gafisa, caindo 5,3 por cento, a 19,11 reais.

Na cola da queda do barril do petróleo, a ação preferencial da Petrobras cedeu 0,4 por cento, para 32,87 reais. A companhia divulga ainda esta noite seus resultados do primeiro trimestre.

As perdas do Ibovespa foram ligeiramente amortecidas por Usiminas, cuja ação preferencial subiu 2,6 por cento, para 35,90 reais. A siderúrgica mineira publica seu balanço trimestral na quarta-feira e analistas consultados pela Reuters preveem uma queda de 62 por cento no lucro ante mesmo período de 2008.

quarta-feira, 6 de maio de 2009

Bancos e desemprego menor nos EUA ditam 5ª alta seguida do Ibovespa

SÃO PAULO (Reuters) - A desaceleração no ritmo das demissões nos Estados Unidos e a maior clareza da situação de bancos do país com os resultados dos testes de estresse avivou o otimismo dos investidores, conduzindo a Bovespa à quinta alta seguida e ao maior nível em quase 8 meses.

Calibrado também pelo efeito da disparada das commodities sobre as blue chips Petrobras e Vale, o Ibovespa subiu 1,64 por cento, para 51.499 pontos, a maior pontuação desde 25 de setembro.

O giro financeiro da sessão foi de 7,47 bilhões de reais, também o maior movimento para sessões regulares desde 19 de setembro.

O noticiário do dia foi um prato cheio para os que avaliam que o pior da crise global ficou para trás. No plano econômico, o setor privado dos EUA eliminou 491 mil postos de trabalho em abril. Economistas esperavam uma redução de 650 mil empregos.

Ao mesmo tempo, um índice divulgado pela manhã apontou que a atividade no setor de serviços da zona do euro registrou a maior alta mensal desde dezembro de 2001 em abril.

Não fossem esses dados o suficiente, o mercado ainda enxergou com otimismo as primeiras notícias dos resultados dos testes de estresse que estão sendo aplicados em grandes bancos norte-americanos, que serão divulgados na quinta-feira.

A Reuters e outras agências apuraram que alguns deles, como o Bank of America e o Citigroup terão que levantar mais capital. Mas para operadores do mercado, ficou a leitura de que essas necessidades são administráveis.

"Esse conjunto de coisas continuou munindo o investidor com otimismo", disse Nicholas Barbarisi, sócio e diretor de operações da Hera Investment.

Na bolsa paulista, ações ligadas a matérias-primas ditaram o tom do Ibovespa, mais uma vez sob liderança do setor de papel e celulose. Aracruz ficou na ponta, com disparada de 13,5 por cento, a 3,61 reais.

No ramo petroquímico, Braskem deu um salto de 10,1 por cento, a 7,61 reais, depois de a companhia ter anunciado pela manhã que encerrou o primeiro trimestre com lucro líquido de 10 milhões de reais.

Na esteira da alta do barril do petróleo para o maior nível em cinco meses, a ação preferencial da Petrobras subiu 1,47 por cento, a 32,55 reais.

E a preferencial da Vale ganhou 0,8 por cento, a 33,15 reais, após a notícia de que as importações de minério pela China bateram recorde em abril.

Na ponta contrária, a preferencial da TIM Participações destoou do conjunto do mercado, recuando 4,5 por cento, a 3,62 reais, após a empresa ter anunciado na terça-feira à noite que teve um prejuízo líquido de 144 milhões de reais no primeiro trimestre, uma perda 14,8 por cento maior do que a registrada no mesmo período do ano anterior.

(Edição de Eduardo Simões)