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quarta-feira, 6 de maio de 2009

Bancos e desemprego menor nos EUA ditam 5ª alta seguida do Ibovespa

SÃO PAULO (Reuters) - A desaceleração no ritmo das demissões nos Estados Unidos e a maior clareza da situação de bancos do país com os resultados dos testes de estresse avivou o otimismo dos investidores, conduzindo a Bovespa à quinta alta seguida e ao maior nível em quase 8 meses.

Calibrado também pelo efeito da disparada das commodities sobre as blue chips Petrobras e Vale, o Ibovespa subiu 1,64 por cento, para 51.499 pontos, a maior pontuação desde 25 de setembro.

O giro financeiro da sessão foi de 7,47 bilhões de reais, também o maior movimento para sessões regulares desde 19 de setembro.

O noticiário do dia foi um prato cheio para os que avaliam que o pior da crise global ficou para trás. No plano econômico, o setor privado dos EUA eliminou 491 mil postos de trabalho em abril. Economistas esperavam uma redução de 650 mil empregos.

Ao mesmo tempo, um índice divulgado pela manhã apontou que a atividade no setor de serviços da zona do euro registrou a maior alta mensal desde dezembro de 2001 em abril.

Não fossem esses dados o suficiente, o mercado ainda enxergou com otimismo as primeiras notícias dos resultados dos testes de estresse que estão sendo aplicados em grandes bancos norte-americanos, que serão divulgados na quinta-feira.

A Reuters e outras agências apuraram que alguns deles, como o Bank of America e o Citigroup terão que levantar mais capital. Mas para operadores do mercado, ficou a leitura de que essas necessidades são administráveis.

"Esse conjunto de coisas continuou munindo o investidor com otimismo", disse Nicholas Barbarisi, sócio e diretor de operações da Hera Investment.

Na bolsa paulista, ações ligadas a matérias-primas ditaram o tom do Ibovespa, mais uma vez sob liderança do setor de papel e celulose. Aracruz ficou na ponta, com disparada de 13,5 por cento, a 3,61 reais.

No ramo petroquímico, Braskem deu um salto de 10,1 por cento, a 7,61 reais, depois de a companhia ter anunciado pela manhã que encerrou o primeiro trimestre com lucro líquido de 10 milhões de reais.

Na esteira da alta do barril do petróleo para o maior nível em cinco meses, a ação preferencial da Petrobras subiu 1,47 por cento, a 32,55 reais.

E a preferencial da Vale ganhou 0,8 por cento, a 33,15 reais, após a notícia de que as importações de minério pela China bateram recorde em abril.

Na ponta contrária, a preferencial da TIM Participações destoou do conjunto do mercado, recuando 4,5 por cento, a 3,62 reais, após a empresa ter anunciado na terça-feira à noite que teve um prejuízo líquido de 144 milhões de reais no primeiro trimestre, uma perda 14,8 por cento maior do que a registrada no mesmo período do ano anterior.

(Edição de Eduardo Simões)

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