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terça-feira, 2 de junho de 2009

Pausa de commodities leva investidor a realizar lucro na Bovespa

Por Aluísio Alves

SÃO PAULO (Reuters) - A pausa no avanço dos preços das commodities, combinada com a volatilidade em Wall Street, levou os investidores da Bovespa para a ponta vendedora de ações nesta terça-feira.

Com isso, o Ibovespa, principal índice da bolsa paulista, recuou 0,89 por cento, para 53.999 pontos. O giro financeiro da sessão foi de 6,26 bilhões de reais.

Segundo profissionais do mercado, a fatia dos investidores que vinha preferindo realizar lucro foi engrossada nesta sessão pelos estrangeiros, depois de o Ibovespa ter acumulado 45 por cento de alta em 2009.

Em maio, até o dia 28, o ingresso líquido de recursos externos na Bovespa foi de 6,1 bilhões de reais, o maior saldo positivo da história no setor.

"Com as commodities perdendo um pouco de força, parece que muitos investidores preferiram garantir os ganhos", disse André Hannah Farath, analista da corretora Interfloat.

A referência foi o petróleo. Após um ciclo de seis sessões de alta, que o levou à maior cotação desde novembro, o petróleo fechou o dia praticamente estável. Matérias-primas como metais tiveram um dia de leve declínio.

Foi o suficiente para a reversão das blue chips domésticas. A ação preferencial da Vale cedeu 2,5 por cento, para 32,95 reais. A preferencial da Petrobras recuou 2 por cento, para 34,55 reais.

A pressão exercida pelas commodities impediu o Ibovespa de acompanhar Wall Street, onde os principais índices garantiram leve alta no final de um dia volátil. Prevaleceu o otimismo com um dado animador do setor imobiliário dos Estados Unidos e o índice Dow Jones subiu 0,22 por cento.

GAFISA

Além disso, perdas isoladas acabaram pesando sobre a bolsa brasileira. A principal foi Gafisa, que tomou um tombo de 6,7 por cento, para 16,97 reais, arrastando consigo o setor imobiliário, depois de anunciar que pretende levantar até 700 milhões de reais com uma oferta de ações.

O setor financeiro também afundou, puxado por Bradesco, que caiu 1,85 por cento, para 30,24 reais, depois que o presidente do banco, Luiz Carlos Trabuco Cappi, previu crescimento menor da carteira de crédito em 2009.

Perdas mais acentuadas do índice foram evitadas pela disparada de companhias aéreas, sob liderança de Gol com avanço de 12,5 por cento, a 9,90 reais.

Segundo operadores, a melhora da recomendação da companhia aérea Continental Airlines pelo JP Morgan teve efeito cascata no setor.

segunda-feira, 27 de abril de 2009

Gripe suína contamina negócios e Ibovespa recua 2,04%

Por Aluísio Alves

SÃO PAULO (Reuters) - Depois do recente rali que levou as ações domésticas ao maior nível em seis meses, os investidores da Bovespa valeram-se da volatilidade dos mercados globais com o alastramento da gripe suína para realizar lucro.

Puxado sobretudo pelas ações de empresas de commodities, o Ibovespa caiu 2,04 por cento, aos 45.819 pontos. O volume financeiro da sessão foi de 4,05 bilhões de reais.

"Depois de algumas semanas de sinais de melhora da crise econômica global, apareceu um novo foco de incerteza e o mercado preferiu não pagar pra ver", disse André Spolidoro, sócio e gestor de renda variável da Nobel Asset Management.

No caso, foram vários focos, o de gripe suína, doença que pode ter matado 149 pessoas no México e já se alastrou para Estados Unidos, Canadá e Espanha, entre outros.

Temendo um alastramento do mal, o investidor saiu vendendo ações de companhias aéreas, de empresas ligadas a alimentos, vistas como candidatas a serem as mais penalizadas. Na Bolsa de Nova York, esses setores ajudaram a empurrar o índice Dow Jones para uma queda de 0,64 por cento.

Companhias domésticas dos mesmos setores foram contaminadas por esse movimento. JBS, que tem 15 por cento da receita nos EUA ligada a suínos, segundo analistas, foi a pior do índice, desabando 12,2 por cento, a 6,10 reais.

TAM perdeu 6,1 por cento, a 15,50 reais.

O panorama externo menos positivo também caiu como uma luva para quem pretendia garantir os ganhos com papéis que subiram bastante nas últimas semanas, como os relacionados a commodities.

A queda nos preços de commodities deu um empurrão neste sentido. Sob influência da queda de cerca de 3 por cento do barril do petróleo, a ação preferencial da Petrobras recuou 2,1 por cento, para 28,69 reais.

Movimento ainda mais intenso atingiu as companhias ligadas a metais. O papel preferencial da Usiminas tombou 5,6 por cento, valendo 31,88 reais. A preferencial da Vale acabou depreciada em 2,8 por cento, a 29,70 reais.

Altas pontuais impediram uma queda ainda maior do Ibovespa. Foi o caso de Sadia, que deu um salto de 7,7 por cento, a 4,07 reais, depois que sua maior concorrente, Perdigão admitiu na sexta-feira à noite que retomou negociações para uma possível associação das companhias. O papel da Perdigão caiu 1,3 por cento, a 30,83 reais.

Outros destaques positivos foram Aracruz, com valorização de 9,5 por cento, cotada a 2,64 reais, e sua controladora Votorantim Celulose e Papel, com avanço de 9,9 por cento, a 19,50 reais. Nesta segunda-feira, o Goldman Sachs elevou a recomendação de VCP de neutra para comprar.

(Reportagem de Aluísio Alves; Edição de Eduardo Simões)

terça-feira, 10 de março de 2009

Bovespa sobe mais de 5% animado por Citi e China

Por Denise Luna

RIO DE JANEIRO (Reuters) - O alívio trazido por notícias positivas nesta terça-feira, após três pregões consecutivos de queda e muito desânimo, fez a Bovespa operar em alta por todo o pregão e encerrar em forte alta.

O principal índice de ações da bolsa encerrou aos 38.794 pontos, com valorização de 5,59 por cento. O volume financeiro também melhorou, quase dobrando em relação ao movimento de segunda-feira e atingindo 4,5 bilhões de reais.

Notícias favoráveis sobre o Citigroup, produção de aço na China e em relação à economia norte-americana animaram o mercado, segundo analistas.

Nem mesmo a expressiva queda do Produto Interno Bruto (PIB) de 3,6 por cento no último trimestre do ano passado contra o terceiro, divulgado esta manhã, atrapalhou o bom humor que se instalou no mercado após a notícia de que o Citigroup foi lucrativo nos primeiros dois meses do ano.

A preocupação com a saúde das instituições financeiras é um dos principais fatores que vem desanimando o mercado.

Uma produção maior do que o esperado de aço na China em janeiro e fevereiro, da ordem de 2,4 por cento, também ajudou o Ibovespa a recuperar parte das perdas sofridas nos últimos dias. Este foi o maior ganho do índice em um único dia desde o primeiro pregão deste ano.

Mesmo assim, a animação não se transformou em euforia no mercado, já que as perdas ainda são grandes e as perspectivas de mais boas notícias são incertas.

"O problema é que a bolsa está vivendo apenas no intraday e estimula quem trabalha só no giro. Os investidores de médio e longo prazos não conseguem recuperar",lamentou o assessor de investimentos da corretora Souza Barros Luiz Roberto Monteiro, lembrando que o Ibovespa em meados de 2008 marcava cerca de 70 mil pontos.

Mesmo com o petróleo em queda, as ações da Petrobras valorizaram 5,33 por cento, cotadas a 27,07 reais, um pouco abaixo da alta das preferenciais da Vale, segundo mais negociada e que, impulsionadas pela produção de aço na China, subiu 6,21 por cento, cotada a 27,37 reais.

Ações de empresas com muita defasagem como ALL e B2W, que divulgam seus balanços na quarta e quinta-feiras, respectivamente, dispararam na esteira da alta do índice.

"No caso da ALL ajudou o acordo com a Cosan, e a B2W, que é de varejo, recuperou", explicou Pedro Galdi, da SLW Corretora.

A ALL e a Cosan firmaram na segunda-feira acordo de 1,2 bilhão de reais para ampliar a capacidade operacional ferroviária da ALL para o porto de Santos. ALL disparou 13,9 por cento, para 9,34 reais, enquanto B2W, empresa que vende os produtos das Lojas Americanas pela Internet, saltou 11,7 por cento, para 22,00 reais.

Para Galdi é difícil prever se o mercado continuará de bom humor, mas espera uma grande ansiedade até o final da reunião do Comitê de Política Monetária, no final da tarde de quarta-feira.

"O PIB deu esperanças de um corte forte nas taxas de juros", explicou o economista.

Além do Copom, as atenções também estarão voltadas, segundo Galdi, para dados previstos para serem divulgados na quarta-feira, como a produção industrial da China e o comportamento do varejo no país asiático.

"Se as notícias vierem positivas puxam a bolsa, mas pode ser também um dia meia boca à espera do Copom", avaliou Galdi.

(Edição de Alexandre Caverni)

sábado, 7 de março de 2009

Lula fará extração do primeiro óleo de Tupi no dia 1º de maio

BRASíLIA (Reuters) - O primeiro petróleo da camada pré-sal do campo de Tupi, na bacia de Santos, será retirado no dia 1o de maio, afirmou na sexta-feira o presidente Luiz Inácio Lula da Silva.

A cerimônia, cercada de simbolismo como o batismo da plataforma com o nome de São Vicente, primeira cidade fundada no país, também foi agendada para uma data simbólica: o Dia do Trabalhador.

No dia 2 de setembro a Petrobras iniciou a produção do primeiro óleo da camada pré-sal no campo de Jubarte, na Bacia de Campos, no litoral sul do Espírito Santo, estimando uma produção de 18 mil barris/dia.

"É muito importante o que vai acontecer, é que nós vamos tirar os primeiros barris de petróleo a 6 mil metros de profundidade. Não é pouca coisa", afirmou o presidente em discurso durante inauguração da segunda fase da Unidade de Tratamento de Gás de Cacimbas, em Linhares (ES).

A produção inicial de Tupi será de 15 mil b/d, mas a previsão é de que suba para 30 mil b/d no auge do teste. Em 2010 está prevista a instalação do plano piloto, que vai produzir 100 mil b/d no campo.

"Nós vamos fazer essa inauguração de Tupi. E, possivelmente, neste momento em que o mundo está em crise, talvez a Petrobras seja a empresa de petróleo no mundo que mais está investindo", acrescentou.

Em janeiro, a Petrobras anunciou que vai investir 174,4 bilhões de dólares nos próximos cinco anos, montante maior do que a programa pela gigante Shell.

BOLíVIA

O presidente também comentou a recente crise entre o Brasil e a Bolívia causada pela nacionalização dos recursos naturais anunciada pelo país vizinho. Lula disse que, apesar das críticas dos brasileiros "mais conservadores" e de ter ficado com "pena" da Petrobras, compreendeu a "justeza" da medida e reconheceu o direito da Bolívia de nacionalizar o seu gás natural.

Por outro lado, Lula contou que mostrou ao presidente boliviano, Evo Morales, que a Bolívia não teria a quem mais vender seu gás natural senão ao Brasil.

"Hoje, parece que a relação está 100 por cento boa. A Petrobras continua produzindo, continua pesquisando, continua investindo", comentou.

Lula destacou, entretanto, que quando o Brasil obtiver a autosuficiência em gás natural liberará a Bolívia para vender o produto para outros países.

"Lógico que o Brasil vai comprar também porque, estrategicamente, é importante o Brasil ajudar a Bolívia a se desenvolver. Não interessa ao Brasil crescer cercado por pobres", destacou.

(Reportagem de Fernando Exman)

segunda-feira, 23 de fevereiro de 2009

Petróleo fecha em queda, abatido por temores sobre economia

NOVA YORK (Reuters) - O preço do petróleo negociado em Nova York caiu nesta segunda-feira, refletindo preocupações sobre a economia. A commodity acompanhou o ritmo dos demais mercados, que estão sofrendo com as dúvidas sobre o plano do governo norte-americano para salvar os bancos do país.

O preço chegou a subir na sessão, atingindo máxima acima de 41 dólares por barril, temendo o comportamento da demanda mesmo após notícias de que a Organização dos Países Exportadores de Petróleo (Opep) estaria perto de um acordo para reduzir a oferta.

Os futuros do contrato abril fecharam em queda de 1,83 dólar, ou 4,57 por cento, a 38,20 dólares o barril.

O preço foi negociado a 41,49 dólares na máxima do dia e a 37,87 dólares na mínima.

(Por Robert Gibbons)

terça-feira, 17 de fevereiro de 2009

Pessimismo nos EUA impõe maior queda da Bovespa em 5 semanas

SÃO PAULO (Reuters) - Uma mistura de dados econômicos decepcionantes e ceticismo com a eficácia das iniciativas anticrise nos Estados Unidos encheram os investidores de pessimismo, fazendo a Bovespa fechar a terça-feira com forte desvalorização.

Com queda de 4,44 por cento, segundo dados preliminares, o Ibovespa registrou a maior queda em cinco semanas, terminando o dia na casa dos 39.983 pontos. A sessão teve um giro financeiro de 3,9 bilhões de reais.

A bolsa paulista refletiu a performance dos principais índices de Wall Street, que caíram para os menores níveis desde meados de novembro, arrastados pelas ações de bancos, de montadoras de veículos e de empresas de energia.

A derrocada na cotação do barril do petróleo, aliás, empurrou a blue chip Petrobras para um tombo de 5 por cento, a 26,52 reais. Vale, também refletindo a queda das matérias-primas, mergulhou 5,4 por cento, a 29,26 reais.

(Reportagem de Aluísio Alves)