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quarta-feira, 10 de junho de 2009

Índice fecha em alta por bancos e commodities

LONDRES (Reuters) - As bolsas de valores da Europa terminaram em alta nesta quarta-feira, com os bancos liderando os ganhos.

As ações do setor de energia foram impulsionadas pelo avanço do petróleo, enquanto as mineradoras registraram valorização após a produtora de cobre Antofagasta ter dito que planos de expansão estão em andamento.

O índice FTSEurofirst 300, referência das principais praças da região, subiu 1,1 por cento, para 879 pontos, após variar entre 889 e 870 pontos durante a sessão.

"Foi um bom dia, mas eu não estou totalmente certo se há qualquer justificativa inteiramente real por trás disso. Não há notícias que realmente causaram qualquer mudança --nós sabemos que os bancos norte-americanos têm tentado pagar os recursos do governo", disse Peter Dixon, economista do Commerzbank.

"Eu acho que o mercado está subindo à frente de uma recuperação. Eu não tenho certeza se isso é sustentável", afirmou ele.

O segmento bancário foi o que mais impulsionou o índice. HSBC, Banco Santander, UBS, Credit Suisse e BNP Paribas ganharam entre 1 e 4,8 por cento.

Na terça-feira, o Tesouro dos EUA informou que 10 dos principais bancos norte-americanos estão autorizados a reembolsar 68 bilhões de dólares em recursos obtidos por meio do Troubled Asset Relief Program (Tarp).

As ações do setor de energia se subiram após o preço do petróleo atingir a marca de 71 dólares o barril pela primeira vez em 7 meses. BP, Royal Dutch Shell, Premier Oil e Total avançaram de 0,4 a 3,2 por cento.

Mineradoras também operaram em território positivo. A mineradora de cobre chilena Antofagasta subiu 4,5 por cento depois do grupo ter afirmado que está mantendo planos de expansão, com meta de aumento de produção de 60 por cento até 2011.

Em LONDRES, o índice Financial Times fechou em alta de 0,73 por cento, a 4.436 pontos.

Em FRANKFURT, o índice DAX ganhou 1,07 por cento, para 5.051 pontos.

Em PARIS, o índice CAC-40 subiu 0,56 por cento, para 3.315 pontos.

Em MILÃO, o índice Mibtel encerrou em alta de 1,14 por cento, a 20.299 pontos.

Em MADRI, o índice Ibex-35 registrou valorização de 1,37 por cento, para 9.627 pontos.

Em LISBOA, o índice PSI20 perdeu 0,38 por cento, para 7.114 pontos.

(Reportagem de Joanne Frearson)

sexta-feira, 15 de maio de 2009

Bovespa cai 0,89% no dia e fecha semana com baixa de 4,65%

Bolsa quebra sequência de nove semanas de valorização.

No mês, índice ainda acumula alta de 3,63%.

Em um dia de abertura positiva e oscilação durante os negócios, a Bolsa de Valores de São Paulo (Bovespa) firmou-se em território negativo e fechou a semana com queda acumulada de 4,65%.

Principal índice da bolsa paulista, o Ibovespa fechou em queda de 0,89%, aos 49.007 pontos nesta sexta-feira (15). Investidores monitoraram notícias sobre efeitos da crise na economia mundial. O giro financeiro somou R$ 4,13 bilhões

Com isso, chega ao fim uma sequência de nove semanas de valorização.

Em março, o índice ainda acumula alta de 3,63%, e no ano o ganho soma 30,5%.

O principal foco desta sexta foi a Europa, que divulgou uma série de dados ruins, como os anúncios de que a zona do euro resgistrou queda recorde de 2,5% do PIB no primeiro trimestre e a França entrou oficialmente em recessão.

Indicadores

Nos Estados Unidos, os investidores acompanharam Índice de Preços ao Consumidor (CPI, na sigla em inglês), que teve estabilidade no mês passado. Já o núcleo do

O setor de seguros operava com destaque, depois que o governo aprovou medida preliminar que permite ao setor receber dinheiro dos programas de ajuda ao setor financeiro, como o TARP. Segundo o Wall Street Journal (WSJ), mais de US$ 22 bilhões serão destinados às seguradoras.

Na Europa, os índices estavam no território negativo. Na Ásia, o dia terminou com ganhos.

Véspera

Na quinta-feira, a Bolsa de Valores de São Paulo (Bovespa) encerrou em alta de 1,58%, aos 49.446 pontos.

sábado, 18 de abril de 2009

Economia da zona do euro terá recuperação em 2010, diz Trichet

Por Karolina Slowikowska

VARSÓVIA (Reuters) - A economia da zona do euro deve começar a se recuperar em 2010, depois de um difícil 2009, disse neste sábado o presidente do Banco Central Europeu (BCE), Jean-Claude Trichet, em uma entrevista transmitida pela emissora de TV polonesa TVN 24 e pelo portal TVN24.pl.

Trichet também afirmou que não seria bom para a Polônia acelerar seu processo de adoção ao euro e acrescentou que se o país aspira juntar-se ao bloco deve estar muito bem preparado para isto.

"Nós estamos experimentando um período que é difícil, e o ano de 2009 tem se mostrado obviamente difícil para todas as economias no mundo, sem exceção, mas também é verdade que nós todos temos boas razões para considerar que a recuperação ocorrerá no decorrer de 2010", disse Trichet ao portal TVN24.pl.

"Há um consenso muito sensato daqueles que fazem previsões e economistas que consideram isso."

"Os tempos atuais são difíceis, mas eles (os cidadãos da zona do euro) podem ficar razoavelmente confiantes no futuro porque há muitas boas razões para acreditar que nós estaremos numa situação melhor no próximo ano."

Sobre a política monetária, Trichet reiterou os comentários feitos na entrevista coletiva do BCE no início deste mês, quando disse que o banco ainda possui espaço para reduzir suas taxas de juros e prometeu desenvolver planos em maio para medidas alternativas que possam impulsionar a combalida zona do euro.

Trichet, que deve revelar os planos do Banco Central Europeu para mais estratégias políticas heterodoxas, não deu detalhes sobre essas medidas.

O BCE cortou sua taxa básica de juros em três pontos percentuais desde outubro e espera-se que o banco deva reduzir suas taxas para financiamento em outros 25 pontos básicos, para 1,0 por cento em maio, à medida que a zona do euro sofre com a pior recessão desde que a moeda foi criada.

A economia do bloco se contraiu 1,6 por cento no quatro trimestre do ano passado, e espera-se que o primeiro trimestre deste ano também seja de queda.

(Texto de Karolina Slowikowska)

terça-feira, 17 de março de 2009

Bovespa acompanha bom humor externo e fecha em alta de 2,34%

Investidores ficaram mais otimistas e compraram Vale e Petrobras.
Ações da Perdigão, que pode se unir à Sadia, subiram mais de 7% no dia.

A Bolsa de Valores de São Paulo (Bovespa) acompanhou de perto os mercados internacionais nesta terça-feira (17). Depois de abrir em queda, o mercado virou no início da tarde. O Ibovespa, principal indicador da bolsa paulista, acabou registrando ganho de 2,34% no fechamento, terminando o dia aos 39.510 pontos.

O resultado do dia foi puxado pelo bom desempenho das ações da Petrobras e da Vale do Rio Doce. As principais ações da petrolífera e da mineradora tiveram valorização de mais de 2% e de 1%, respectivamente. As ações da Perdigão, que pode se unir à Sadia, dispararam mais de 7% nesta terça-feira.

O volume negociado na Bovespa no dia ficou em linha com a média dos últimos dias, em R$ 3,4 bilhões. Entre as outras ações que tiveram forte valorização no dia estiveram a Votorantim, a Natura e a Renner, todas com ganhos acima de 6% no pregão. Entre as baixas, destacaram-se Gol, Braskem, Usiminas e Gerdau.

Sadia e Perdigão

O fato de muitos dos principais acionistas da Perdigão, como os fundos de pensão brasileiros, também possuírem bom número de papéis da Sadia poderá ser determinante para que as duas empresas cheguem a um acordo para uma associação operacional, disseram especialistas nesta terça-feira.

As empresas, duas das maiores companhias de alimentos da América Latina, que juntas chegam a um faturamento anual superior a R$ 20 bilhões, confirmaram que estão discutindo uma eventual parceria, apesar de a Perdigão ter informado que, no momento, as conversas sofreram uma pausa após não ter sido alcançado um entendimento.

Segundo uma fonte que pediu anonimato, a Sadia pode se complicar financeiramente se não receber algum auxílio nos próximos 60 dias. "Deve estar uma pressão grande sobre a direção da Perdigão. Mas a palavra final é dos fundos", acrescentou.

Exterior

Em Wall Street, os mercados iniciaram o dia em baixa, com os agentes assimilando notícias corporativas negativas. Entretanto, depois de notícias positivas sobre o setor imobiliário, o mercado americano passou a subir. No fechamento, o Dow Jones - referência para Nova York - ganhou mais de 2,48%.

Os índices da construção civil e o número de licenças para construir concedidas nos Estados Unidos subiram de maneira inesperada em fevereiro: 22,2% e 3%, respectivamente, depois de sete meses de baixa, segundo dados oficiais divulgados nesta terça-feira.

Empresas

Na noite de segunda-feira, a fabricante de alumínio Alcoa anunciou um corte de dividendos que deve ter impacto negativo em suas ações, mesmo que o movimento resulte em economia de US$ 400 milhões por ano.

Ainda no segmento de matérias-primas, a ArcelorMittal negou que esteja planejando a emissão de US$ 6,5 bilhões em ações, conforme apontaram algumas reportagens, mas não refutou que possa utilizar tal instrumento de captação. Já a Rio Tinto apontou que não acredita em uma retomada de preços durante 2009.

No setor de tecnologia, a Apple apresentará um novo software para o iPhone. A fabricante de celulares Nokia anunciou a demissão de 1,7 mil funcionários.

Outros mercados

Na Europa, as bolsas de valores encerraram em baixa, após terem registrado alta durante cinco sessões consecutivas. A fraqueza das ações do setor de mineração, devido à queda dos preços dos metais e notícias sobre a redução do dividendo da Alcoa, superou os ganhos verificados no segmento bancário.

O índice FTSEurofirst 300, referência das principais bolsas europeias, recuou 0,7%, para 715 pontos. O indicador ainda acumula queda de 14% neste ano, depois de ter despencado 45% em 2008.

(Com informações do Valor OnLine, da Reuters e da France Presse)

segunda-feira, 2 de março de 2009

Bovespa segue onda pessimista global e tem queda de 5%

G1-Bolsa brasileira terminou pregão aos 36.234 pontos, com recuo de 5,10%.
Principais mercados recuam com problemas em banco e seguradora.

A Bolsa de Valores de São Paulo (Bovespa) seguiu a onda de pessimismo que tomou conta do mercado internacional nesta segunda-feira (2) e fechou com forte baixa suas negociações. O índice Ibovespa - principal referência para o mercado brasileiro - teve queda de 5,10%, aos 36.234 pontos, menor nível desde novembro.

A Petrobras tombou 5,23%, para R$ 25,02, enquanto a Vale encolheu 5,9%, valendo R$ 25,25, arrastando todo o setor siderúrgico. Os papéis de bancos, influenciados pelo pessimismo internacional com o setor, também mergulharam. O Banco do Brasil caiu 2,4%, para R$ 4,50.

"As notícias do setor financeiro e da economia americana fizeram a semana começar bastante pesada nos mercados internacionais", disse Nicolas Barbarisi, diretor de operações da consultoria Hera Investments. "O noticiário do dia acendeu mais luzes vermelhas no painel do investidor", resumiu Newton Rosa, economista-chefe da SulAmerica Investimentos.

Preocupação

A preocupação dos investidores começou já nas primeiras horas da manhã, quando, depois de uma série de rumores durante o final de semana, o governo dos EUA anunciou um novo plano de ajuda à seguradora AIG, que amargou prejuízo de US$ 61,7 bilhões no quarto trimestre do ano passado.

Em vez de pagar US$ 38 bilhões em dinheiro e juros devidos ao Federal Reserve (Fed), banco central americano, a AIG pagará tal quantia em ações da American International Assurance Co., que tem base na Ásia, e da American Life Insurance, que opera em mais de 50 países.

Banco em crise

A situação piorou com o anúncio que o banco britânico HSBC, o maior da Europa em termos de capitalização, teve uma queda de 70% do lucro líquido em 2008, a US$ 5,728 bilhões. O banco também anunciou que pretende levantar US$ 17,7 bilhões vendendo ações com desconto para seus atuais acionistas.

O HSBC anunciou ainda o fechamento da maioria das agências de crédito ao consumidor HFC e Beneficial nos Estados Unidos, o que representará o corte de 6.100 postos de trabalho

Além disso, a economia dos EUA dru sinais desencontrados, aumentando o medo de que a recessão no país esteja se aprofundando. Entre os dados divulgados estava o de que a atividade industrial do país se retraiu novamente em fevereiro, e de que os gastos com construção caíram em janeiro para o menor nível em quatro anos.

Esses indicadores se contrapunham a outros que mostravam que o gasto do consumidor norte-americano recuperou-se em janeiro após seis meses de declínio e a renda aumentou inesperadamente.

Panorama

Com a predominância negativa das notícias, as bolsas registraram perdas pesadas nas diversas praças mundiais. Em Nova York, o índice Dow Jones caiu para baixo dos 7 mil pontos pela primeira vez em 11 anos. Por volta das 18h de Brasília, o indicador tinha baixa de 3,59%, para 6.809 pontos, enauanto o S&P 500 recuava 4,08% e o Nasdaq perdia 3,32%.

Na Europa, as vendas foram bastante acentuadas e as bolsas recuaram para o menor patamar em seis anos. O índice FTSEurofirst 300, que reúne as principais praças da região, fechou em baixa de 4,94%, a 683 pontos, perto da marca mais baixa da história, segundo dados preliminares. Na Ásia, a segunda-feira também foi de perdas nos principais mercados.

Na Ásia, a Bolsa de Tóquio encerrou a sessão com baixa de 3,81%. O índice Nikkei 225 perdeu 288,27 pontos, a 7.280,15 unidades. Na bolsa de Seul, o índice Kospi caiu 4,2%, perdendo 44,22 pontos, a 1.018,81 unidades. Em Hong Kong, a baixa foi de 3,86%. A exceção foi a bolsa de Xangai, que fechou em alta de 0,5%.

quinta-feira, 12 de fevereiro de 2009

Produção industrial da Europa tem queda recorde em dezembro

BRUXELAS (Reuters) - A produção industrial da zona do euro registrou uma queda recorde em dezembro, mostraram dados nesta quinta-feira, apontando para um aprofundamento da recessão na região e aumentando os argumentos favoráveis a um corte mais forte da taxa de juro pelo Banco Central Europeu (BCE) no próximo mês.

A produção das indústrias nos 15 países que usam o euro como moeda teve uma queda mensal em dezembro de 2,6 por cento e um tombo de 12 por cento na comparação anual, a queda mais acentuada desde que os dados começaram a ser coletados em 1990, informou a a agência de estatísticas da União Europeia, a Eurostat.

Economistas consultados pela Reuters esperava uma queda mensal de 2,1 por cento e um recuo anual de 8,9 por cento.

(Reportagem de Jan Strupczewski)

sexta-feira, 6 de fevereiro de 2009

Petróleo cai com desemprego nos EUA; Wall St. limita perdas

NOVA YORK (Reuters) - Os futuros do petróleo nos EUA fecharam em baixa após uma sessão volátil na sexta-feira, com investidores preocupados após dados do governo norte-americano mostrarem que a economia no mês passado cortou o maior número de empregos em 34 anos.

Um rally em Wall Street, no entanto, elevou os preços em mais de 1 dólar na parte final do pregão, mas uma enxurrada de vendas perto do fechamento varreu todos os ganhos. Ainda assim, o petróleo conseguiu fechar acima de 40 dólares.

Na Nymex, o contrato março fechou com baixa de 1 dólar, a 40,17 dólares o barril, tendo sido negociado entre 38,60 dólares e 42,68 dólares durante o pregão.

Em Londres, o vencimento março do petróleo tipo brent encerrou a 46,21 dólares o barril, com queda de 25 centavos.

"O petróleo testou abaixo de 40 dólares por causa do desemprego, mas o fato de não cair tão fundo se deve ao mercado de ações, que se sustentou mais acima", disse Tom Knight, trader da Truman Arnold, em Texarkana, no Texas.

quinta-feira, 8 de janeiro de 2009

Bovespa se descola do cenário externo e fecha em alta

Bolsa nacional teve valorização de 2,87%, aos 41.990 pontos.
Mercado americano diminuiu perdas na reta final do pregão.

A Bolsa de Valores de São Paulo (Bovespa) fechou em alta nesta quinta-feira (8), descolada da tendência negativa da maior parte dos mercados mundiais. Ao final do pregão, o índice Ibovespa - o principal do mercado nacional - apontou elevação de 2,87%, aos 41.990 pontos.

A bolsa nacional registrou forte oscilação durante a maior parte do pregão, chegando a recuar 1,3%. No entanto, o mercado ganhou força na parte final da sessão e terminou no azul, recuperando parte das perdas de 3,5% de terça-feira.

"Os estrangeiros fecharam 2008 completamente vendidos em mercados emergentes. Agora, alguns deles estão começando a voltar e estão entrando pelas ações mais líquidas", explicou Gabriel Goulart, analista econômico da Mercatto Gestão de Recursos.

Assim, Petrobras subiu 4,3%, para US$ 25,50, mesmo num dia de queda do preço do petróleo. Na mesma batida, Vale ganhou 3,7%, a US$ 28,51.

Nos EUA

O mercado nacional foi ajudado pela melhora dos principais indicadores das bolsas de valores dos EUA, que diminuíram suas perdas no final do pregão. O índice Dow Jones registrou queda de 0,31%, aos 8.742 pontos. Na contramão, os outros indicadores subiram: o S&P 500 avançou 0,34% e o Nasdaq teve aumento de 1,12%.

A melhora de Nova York veio após o anúncio de que a Sears Holdings reviu para cima sua projeção de ganhos no quarto trimestre fiscal, que se encerra no fim deste mês. A dona das redes Sears e Kmart disse que seu lucro recorrente para o período deve ficar entre US$ 300 milhões e US$ 380 milhões.

Fatores

Mais cedo, os mercados globais recuaram após a divulgação de uma sequência de dados negativos sobre a economia dos Estados Unidos e da Europa. Nos EUA, a alta na taxa de desemprego e dados de redes varejistas pressionam os mercados desde terça-feira.

Além disso, o varejista Wal-Mart divulgou números frustrantes sobre suas vendas e cortou sua perspectiva de lucro do quarto trimestre, elevando as preocupações dos investidores sobre o aprofundamento da recessão.

Nesta quarta, números mostraram que o emprego vem se contraindo também na Europa, com a Espanha batendo recorde no número de desempregados. Dados ruins vieram também da Alemanha, onde as exportações tiveram em dezembro a maior queda mensal desde 1990, ano da reunificação do país.

Nem mesmo o anúncio de que o Banco da Inglaterra baixou sua principal taxa de juros a 1,5% - seu menor nível na história - conseguiu recuperar o ânimo dos investidores nos mercados.

Cenário global

Na Europa, o temor de que a desaceleração econômica global mine os ganhos das empresas gerou perdas nas bolsas pelo segundo dia consecutivo. O FTSE-100, de Londres, fechou com queda de 0,05%, aos 4.505 pontos. Em Frankfurt, o DAX declinou 1,17%. O CAC 40, de Paris, encerrou com recuo de 0,65%.

O dia também foi de prejuízos nas bolsas asiáticas, pressionadas por dados ruins sobre o emprego nos Estados Unidos e temores quanto aos lucros de empresas. índice Nikkei da bolsa de Tóquio caiu 3,9%, após ter tido a maior sequência de altas desde abril de 2006. Na Coréia do Sul, a bolsa de Seul perdeu 1,8%, enquanto a desvalorização na bolsa de valores de Cingapura foi de 2,8%.

(Com informações da Reuters e Valor Online)

quarta-feira, 7 de janeiro de 2009

Dólar ajusta-se após queda recente e avança quase 3%

Por Jenifer Corrêa

SÃO PAULO (Reuters) - O dólar fechou em queda de quase 3 por cento frente ao real nesta quarta-feira, seguindo um movimento de ajuste dos mercados acionários e "devolvendo" parte da queda acumulada nas duas últimas sessões.

A moeda norte-americana fechou a 2,241 reais, em alta de 2,7 por cento e na cotação máxima do dia, mas ainda acumula na semana queda de cerca de 4 por cento.

"O movimento está bem forte nos primeiros dias do ano. Acho que é mais uma realização (de lucro) mesmo e é até natural e saudável", avaliou Ana Cristina Mori, gerente de operações do Banco Rendimento.

Após seis valorizações consecutivas, o principal índice da Bovespa perdia quase 4 por cento no final da tarde. As bolsas de valores norte-americanas, da mesma forma, cediam perto de 2 por cento.

Ana Cristina apontou também que, apesar da forte entrada de estrangeiros no país nos últimos dias, o volume de negócios no mercado de câmbio nesta sessão foi menor que o habitual.

Enquanto a média diária de negócios no mercado à vista aproximou-se de 3 bilhões de dólares em dezembro, nesta quarta-feira o volume não chegava a 2 bilhões de dólares, segundo os dados mais recentes atualizados pela BM&F.

A sessão ainda contou com a divulgação de dados do Banco Central que mostraram que o fluxo cambial do país ficou negativo no ano passado pela primeira vez desde 2002.

Enquanto em 2008 foi registrada saída líquida de recursos de 983 milhões de dólares, em 2007 houve saldo positivo de 87,454 bilhões de dólares.


Com cenário externo negativo, Bovespa tem queda de 3,5%

Nos EUA e na Europa, mercados recuam com resultados econômicos.
Investidores aproveitaram alta acumulada no Brasil para realizar lucros.

A Bolsa de Valores de São Paulo (Bovespa) teve um pregão de queda nesta quarta-feira (7), com os investidores aproveitando a alta acumulada de 16% das últimas seis sessões para vender ações e realizar os lucros.

Ao final do dia, o índice Ibovespa teve a primeira desvalorização do ano, de 3,53%, para 40.820 pontos.

"Essa queda já era esperada, depois de subir tanto, especialmente com novos números ruins da economia", disse Américo Reisner, operador da corretora Fator.

Segundo o economista da UM Investimentos, Hersz Ferman, o cenário externo negativo e a perda de valor das commodities também estimulam a investidor a colocar no bolso os ganhos do começo do ano.

Segundo Ferman, ainda é muito cedo para falar em melhora de cenário. O que acontece, na visão do especialista, é que os investidores estão percebendo que a situação não é tão ruim quanto a precificada no final de 2008. "Está limpando aquele cenário de catástrofe do final do ano."


Cenário americano

Nos EUA, os mercados fecharam em queda acentuada, pela combinação de indicadores econômicos negativos com notícias corporativas ruins. O índice Dow Jones perdeu 2,72%, aos 9.769 pontos, enquanto o indicador Nasdaq recuou 3,23%, a 1.599 unidades. O índice ampliado Standard & Poor's 500 recuou 3%, fechando em 906,65 pontos.
A ADP, empresa que processa folhas de pagamento, apontou que o setor privado norte-americano perdeu 693 mil postos de trabalho em dezembro, resultado pior do que o esperado.

Os investidores também reagem ao anúncio da gigante do alumínio Alcoa, que na noite de terça-feira comunicou o corte de 13% de sua força de trabalho, ou cerca de 13,5 mil empregos, até o final do ano. A companhia também reduzirá sua produção.

Outros mercados

Na Europa, os mercados tiveram perdas com a perspectiva de redução dos ganhos das empresas. O FTSE-100, de Londres, fechou em baixa de 3,16%, aos 4.492 pontos. Em Paris, o CAC 40, encerrou com 3.346 pontos, em queda de 1,48%. O DAX, de Frankfurt, declinou 1,77%, para 4.937 pontos.

Já na Ásia, a quarta-feira foi de alta em Tóquio, onde o índice Nikkei-225 subiu 1,74%. Valorização também em Seul, onde o Kospi avançou 2,84%. Já na China, as bolsas de Xangai e Hong Kong caíram 0,68% e 3,37%, respectivamente.


(Com informações do Valor Online e da Reuters)

terça-feira, 6 de janeiro de 2009

Dólar cai 3,2% e termina pregão abaixo de R$ 2,20

Moeda americana terminou cotada a R$ 2,180, com queda de 3,24%.
Instituições nacionais mudam aposta para queda da divisa.

O dólar comercial registrou mais um pregão de queda frente ao real nesta terça-feira (6), em um dia de tranquilidade nos principais mercados mundiais. A moeda americana recuou para abaixo do patamar de R$ 2,20, terminando as negociações cotada a R$ 2,180, com desvalorização de 3,24%.

"A queda do dólar (nesta sessão) é a princípio... pelo pessoal se desfazendo de posição comprada (no mercado futuro). Isso acaba refletindo direto no mercado à vista, o pessoal começa a vender, vira efeito manada", avaliou José Roberto Carreira, gerente de câmbio da Fair Corretora.

Segundo os dados mais recentes atualizados pela BM&F, as instituições nacionais inverteram na virada do ano seu posicionamento no mercado futuro de dólar de comprado para vendido, uma aposta prática na queda do dólar. A posição inicial era sustentada há cerca de três meses.

Perspectivas menos sombrias

Luis Piason, gerente de operações de câmbio da Corretora Concórdia, apontou as perspectivas mais otimistas dos mercados em geral neste início de 2009 como fator que também contribui para uma certa acomodação do câmbio.

"O epicentro da crise já passou, a tendência é, aos poucos, ir voltando à normalidade. O sentimento está mudando", avaliou, mencionando que, em movimento contrário ao do final do mês passado, o Brasil tem apresentado um ingresso de recursos um pouco mais forte nos primeiros dias de 2009.

Piason ponderou que, apesar das perspectivas otimistas, refletidas nos ganhos dos mercados acionários globais nesta sessão, a tendência de volatilidade permanece já que dados econômicos pessimistas ainda devem fazer parte do dia-a-dia dos investidores por um bom tempo.

Segunda-feira

Na segunda-feira, o dólar comercial recuou 3,42%, a R$ 2,251 na compra e R$ 2,253 na venda. De acordo com a BM&F, o volume negociado no mercado de dólar à vista girou em torno de US$ 1 bilhão na sessão. A média diária negociada em dezembro foi de quase US$ 3 bilhões.

(Com informações de Reuters e Valor Online)

Bovespa registra sexto pregão consecutivo de alta

Bolsa nacional teve elevação de 1,91%, aos 42.312 pontos.
Mercados também sobem nos EUA, na Europa e na Ásia.

A Bolsa de Valores de São Paulo (Bovespa) teve nesta terça-feira (6) seu sexto pregão seguido de alta, uma sequência que não era observada desde fevereiro do ano passado. O índice Ibovespa - principal referência para o mercado nacional - teve elevação de 1,91%, aos 42.312 pontos.

A exemplo do último pregão, os papéis relacionados às commodities ganharam destaque, com notícias apontando que a China retomaria as importações de algumas matérias-primas na modalidade "toll trading ", na qual o país importa recursos básicos, os processa e exporta.

Puxando os ganhos, as ações PN da Vale tiveram alta de 3,39%, aos R$ 28,95. Bom desempenho também para o ativo PN da Petrobras, que valorizou 1,07%, a R$ 25,37. O giro financeiro da sessão ficou na casa de R$ 3,8 bilhões.

Tendência positiva

A bolsa brasileira seguiu a tendência de Wall Street, onde o dia também é positivo. Por volta das 18h de Brasília, o índice Dow Jones apontava alta de 1,27%, aos 9.066 pontos. O índice ampliado S&P 500 subia 1,37% e o Nasdaq avançava 2,10%.

Os investidores assimilaram bem a divulgação da ata do Federal Reserve (Fed, o BC americano), que em dezembro cortou a taxa de juros do país para uma banda entre zero e 0,25% ao ano. No documento, o colegiado projeta uma forte retração econômica entre outrubro e dezembro de 2008, e estima alguma recuperação econômica a partir de 2010.


Europa e Ásia

Na Europa, as bolsas fecharam em alta, com destaque para o setor automotivo depois que a Porsche anunciou que elevará sua participação na Volkswagen para mais de 50%. O setor de minaração também teve fortes ganhos. De acordo com dados preliminares, o índice FTSEurofirst 300 subiu 1,64%, para 887 pontos, no maior patamar de fechamento desde 10 de novembro.

Na Ásia, a terça-feira encerrou de maneira positiva para a Bolsa de Tóquio, onde o Nikkei-225 subiu 0,42%. Em Seul, a alta foi de 1,76%, e Xangai valorizou 3%. Destoando, Hong Kong caiu 0,35%. Ainda na região, o Banco Central da China disse que precisa estimular o crédito visando impulsionar a demanda doméstica e o crescimento econômico.

sexta-feira, 2 de janeiro de 2009

Esperança de ano novo faz Bovespa disparar mais de 7%

Por Aluísio Alves

SÃO PAULO (Reuters) - Um otimismo surpreendente marcou o primeiro dia de negócios de 2009 nos mercados acionários globais, movimento copiado pela Bolsa de Valores de São Paulo, que retomou o melhor nível em dois meses.

A disparada de 7,17 por cento nesta sexta-feira levou o Ibovespa a 40.244 pontos, maior patamar desde 4 de novembro.

O senão a este movimento foi o baixo giro financeiro --de apenas 2,2 bilhões de reais-- numa sessão espremida entre o feriado de ano-novo e o final de semana.

A escalada acompanhou a tendência dos mercados internacionais de commodities e de ações, a despeito da interminável cadeia de evidências dos estragos provocados pela crise internacional.

Os indicadores mais importantes do dia apontaram que a atividade manufatureira caiu em dezembro para o menor nível em pelo menos 17 anos na Grã-Bretanha e em 28 anos nos Estados Unidos.

Isso não foi suficiente para dissuadir o otimismo dos investidores de que a economia mundial começará a reagir na segunda metade do novo ano, mesmo depois de o Merrill Lynch ter liberado um relatório considerando essa hipótese remota.

"Foi uma alta meio suspeita, porque aconteceu num dia de movimento financeiro muito fraco", disse Edson Junior Hydalgo, diretor da gestora de recursos Intrader.

De todo modo, a disparada das commodities fez as ações de empresas ligadas a esse setor também levantarem vôo. Vale deu um salto de 9,7 por cento, a 26,20 reais. Petrobras avançou 7,44 por cento, a 24,54 reais.

E o que era inicialmente restrito aos papéis de empresas de matérias-primas acabou se disseminando para o mercado inteiro. Das 66 ações do Ibovespa, apenas duas caíram.

O destaque foi o segmento financeiro, a exemplo de Wall Street, onde os principais índices de ações foram alavancados pelos bancos.

Itaú disparou 11 por cento, para 28,88 reais. Bradesco teve ganho de 10,2 por cento, para 24,89 reais. Unibanco avançou 9,5 por cento, avaliada em 16,20 reais.

sexta-feira, 19 de dezembro de 2008

Dólar fecha em leve alta após subir mais de 4% pela manhã

SÃO PAULO (Reuters) - O dólar fechou em leve alta nesta sexta-feira, devolvendo a forte alta de 4 por cento exibida durante a manhã com uma entrada de recursos.

A moeda norte-americana subiu 0,13 por cento, a 2,363 reais. Na semana, o dólar acumulou leve baixa de 0,13 por cento.

Logo nos primeiros negócios da sessão, o dólar chegou a saltar 4,24 por cento. Mas parte da alta foi devolvida ainda de manhã, com o dólar desacelerando pelo fluxo de entrada de recursos no país.

"Teve mais entrada, um fluxo mais positivo", afirmou Luis Piason, gerente de operações de câmbio da corretora Concórdia.

Segundo Piason, com a diminuição das remessas de empresas para o exterior, o dólar tem conseguido se manter abaixo de 2,50 reais. "Houve uma alta muito exagerada na parte da manhã, que não é real, com um pouco de especulação, com um pouco de correção de ontem", disse.

Na véspera, as bolsas de valores norte-americanas pioraram fortemente após o fechamento do mercado cambial doméstico.

Reginaldo Galhardo, gerente de câmbio da Treviso Corretora de Câmbio, teve avaliação semelhante e apontou o movimento dos mercados futuros influenciando o à vista. "Enquanto tivermos essas posições compradas na BM&F, teremos esta volatilidade."

De acordo com os últimos dados atualizados pela BM&F, os investidores estrangeiros detinham mais de 11 bilhões de dólares em posições compradas, que funcionam como uma aposta contra o real.

Galhardo lembrou também que a valorização da moeda norte-americana no mercado internacional ajudou a manter o dólar em alta durante a sessão. Frente a uma cesta com as principais moedas globais, o dólar subia mais de 2 por cento.

Nos últimos dias, o dólar perdeu espaço globalmente assim que o Federal Reserve anunciou um corte da taxa de juro norte-americana para perto de zero. E, segundo analistas, investidores realizaram lucros nesta sessão.

O Banco Central ofertou 22 mil contratos de swap cambial tradicional para prosseguir com a rolagem de um lote que vence no ínicio de janeiro, mas vende apenas 6 mil contratos.

A autoridade central também realizou um leilão de venda de dólares no mercado à vista.

Bovespa fecha dia de poucos negócios em queda de 1%

A Bolsa de Valores de São Paulo (Bovespa) praticamente repetiu os números da véspera e fechou em baixa nesta sexta-feira (19). O índice Ibovespa - referência para o mercado brasileiro - teve queda de 1,02%, para 39.131 pontos. Na semana, houve uma leve queda de 0,61%.

Como vem acontecendo no mês de dezembro, o volume de negócios foi, mais uma vez, baixo em comparação à média do restante do ano. De acordo com números finais de fechamento, o volume financeiro negociado no dia foi de R$ 3,06 bilhões.


No mercado nacional, a taxa de desemprego no Brasil sofreu uma ligeira alta em novembro, para 7,6%, segundo dados divulgados nesta sexta-feira pelo Instituto Brasileiro de Geografia e Estatística (IBGE). Em outubro, o índice havia ficado em 7,5%, o segundo menor da série histórica da pesquisa.


As ações da Telemar (nome da Oi na bolsa), empresa que foi autorizada na quinta-feira pela Agência Nacional de Telecomunicações (Anatel) a comprar a Brasil Telecom, foi um destaque positivo do pregão, com alta de mais de 4% em seus papéis.

Mercado externo

No exterior, os investidores acompanham a divulgação, pelo governo dos Estados Unidos, de que as indústrias automobilísticas em crise receberão uma ajuda de US$ 17,4 bilhões.

As bolsas dos Estados Unidos, depois de uma queda de mais de 2% no índice Dow Jones na véspera, registraram em leve alta: às 18h20 (horário de Brasília), o Dow, referência para Nova York, tinha alta de 0,22%, enquanto o indicador tecnológico Nasdaq apresentava ganho de 0,62% no mesmo horário.

As bolsas da Europa fecharam em baixa. O índice CAC 40, de Paris, teve queda de 0,26% nesta sexta-feira, enquanto o FTSEurofirst 100, do mercado de Londres, teve queda de 1%. Na contramão, o mercado de Franfkurt fechou em alta de mais de 1%.

Na Ásia, o corte de juro e o anúncio de um pacote econômico do Japão não foram suficientes para estimular as compras na Bolsa de Tóquio, que fechou com baixa de 0,91%.


(Com informações da AFP e da Reuters)

sexta-feira, 12 de dezembro de 2008

Bovespa sobe e acumula ganhos de 11% na semana

No dia, bolsa teve alta de 2,22%, aos 39.373 pontos.
Mercado acompanhou desempenho das bolsas dos EUA.

A Bolsa de Valores de São Paulo (Bovespa) fechou o pregão desta sexta-feira (12) em alta. O índice Ibovespa, referência para o mercado nacional, apontou valorização de 2,22%, aos 39.373 pontos, com giro financeiro na casa de R$ 3,5 bilhões. No acumulado da semana, a bolsa nacional acumulou ganhos de 11,3%.

Ao longo do dia, as cotações da Bovespa tiveram forte oscilação. Durante a manhã, o Ibovespa recuou seguindo o clima negativo internacional com o colapso do pacote de ajuda às montadoras norte-americanas.

O projeto de US$ 14 bilhões em empréstimos para Ford, GM e Chrysler caiu na noite de quinta-feira no Senado, em meio a disputas sobre salários de trabalhadores sindicalizados. Os republicanos queriam corte de custos trabalhistas e flexibilização de regras trabalhistas.

No entanto, as bolsas dos Estados Unidos se recuperaram com a informação de que o governo pode usar parte do pacote de US$ 700 bilhões de socorro aos bancos para ajudar a indústria automobilística. A Bovespa acompanhou o movimento de alta, acentuou a valorização no final dos negócios e terminou a sessão no azul. Pregões pelo mundo

Nos EUA, as bolsas também fecharam o dia com ganhos. O índice Dow Jones, referência para o mercado americano, teve alta de 0,75%, aos 8.629 pontos. O indicador ampliado Standard & Poor´s 500 subiu 0,70% e o índicador do setor tecnológico Nasdaq ganhou 2,18%

A falta de consenso entre democratas e republicanos sobre o pacote automobilístico nos EUA resultou em perdas acentuadas na Ásia. Tóquio caiu 5,56%, Seul recuou 4,38%, Hong Kong cedeu 5,48% e Xangai desvalorizou 3,81%.

O pessimismo também atingiu a Europa com força, apesar do anúncio de aprovação de um pacote de auxílio à economia de 200 bilhões de euros. O índice FTSEurofirst, das principais ações européias, teve queda de 2,8%, para 829 pontos, depois de ter atingido 811 pontos no dia. O índice já perdeu cerca de 45% este ano, afetado pela crise global de crédito.

Japão e UE devem agir; socorro a montadoras fracassa

Por Mike Peacock

LONDRES (Reuters) -

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O Japão e a Europa procuraram na sexta-feira animar suas economias após o pacote de resgate a montadoras fracassar no Senado norte-americano e aprofundar a pior crise financeira em 80 anos.

O fracasso do plano de socorro ao setor automotivo levantou temores de um colapso da indústria que acabaria com muitos empregos. As companhias afirmam que um em cada 10 empregos nos Estados Unidos estão ligados ao setor.

O primeiro-ministro japonês, Taro Aso, afirmou esperar que o Banco do Japão tome medidas para prover ampla liquidez aos mercados financeiros. O governo também informou que vai ampliar o montante de recursos para recapitalizar bancos de 2 trilhões para 12 trilhões de ienes (131,1 bilhões de dólares).

Líderes da União Européia devem apoiar um plano de estímulo econômico de 200 bilhões de euros (264 bilhões de dólares), segundo um texto da reunião de Bruxelas, apesar da resistência da Alemanha.

Céticos afirmam que o plano está muito ligado a pacotes de estímulo nacionais já anunciados.

Em um tom que parece refletir a relutância da Alemanha, o texto cita a possibilidade de que a redução do imposto sobre o setor de serviços possa ser adotada apenas pelos países que quiserem.

Nos EUA, o Senado se recusou a apoiar o plano de resgate ao setor automotivo.

"Será um Natal muito, muito ruim para diversas pessoas se levarmos em conta o que aconteceu aqui esta noite", afirmou na quinta-feira o líder da maioria no Senado, Harry Reid, democrata que apoiava o pacote.

As bolsas de valores da Ásia e da Europa sofreram com a notícia.

GM, Ford Motor e Chrysler empregam quase 250 mil pessoas diretamente e 100 mil pessoas em fornecedores de autopeças contam a sobrevivência delas.

Mesmo a China não tem conseguido evitar o impacto da crise originada no mercado imobiliário dos EUA.

Pequim lançou um plano de estímulo de 4 trilhões de iuans (586 bilhões de dólares) em 9 de novembro e na quarta-feira anunciou o compromisso de acelerar os gastos públicos e cortes de impostos.

quinta-feira, 11 de dezembro de 2008

Grécia tem 6º dia de violência, Atenas se acalma

Por Daniel Flynn e Lefteris Papadimas

ATENAS (Reuters) - Dezenas de estudantes atiraram pedras e bombas incendiárias contra delegacias em vários subúrbios de Atenas na quinta-feira, no sexto dia de protestos contra o governo conservador grego.

Mas o centro da capital estava mais calmo do que nos dias anteriores, depois da greve geral de 24 horas da quarta-feira, convocada por sindicatos contra reformas previdenciárias e privatizações.

Em Salônica (norte), cerca de 500 pessoas cercaram a delegacia central de polícia. Houve grandes manifestações também em Patras (oeste) e Ioannina (norte).

Em Atenas, os confrontos recomeçaram ao alvorecer, quando os estudantes que ocupam a universidade enfrentaram a polícia. Os distúrbios em seguida se espalharam para 15 delegacias em diversos bairros.

Alguns alunos levavam cartazes com a pergunta "por quê?", exigindo uma explicação pela morte, no sábado, de um jovem de 15 anos baleado por um policial, o que desencadeou a atual onda de protestos --agravada pela crise econômica e por casos de corrupção no governo.

Há manifestações marcadas para quinta, sexta e segunda-feira em Atenas, e muitos gregos já se perguntam até quando o governo conseguirá sobreviver.

"O governo mostrou que não pode lidar com isso. Se a polícia começar a impor a lei, todos dirão que a junta militar está de volta", disse o eletricista Yannis Kalaitzakis, 49.

Muitas pessoas estão irritadas com o fato de o policial de 37 anos, acusado da morte do adolescente, não ter expressado remorso aos investigadores na quarta-feira. Ele disse que deu tiros de alerta em autodefesa, que ricochetearam e mataram o jovem.

Epaminondas Korkoneas e seu parceiro, acusado de cúmplice, foram presos na quarta-feira para aguardar por julgamento. Geralmente os tribunais gregos levam meses para começar a julgar casos.

O primeiro-ministro Costas Karamanlis, que anunciou apoio financeiro para centenas de empreendimentos danificados nas manifestações, deve viajar para Bruxelas para um encontro da União Européia na quinta-feira, enquanto o governo grego tenta seguir trabalhando normalmente.

Karamanlis e o líder da oposição, George Papandreou, fizeram apelos pelo fim da violência, que abalou dez cidades gregas e provocou centenas de milhões de euros em danos a propriedades.

Gregos também protestaram em Paris, Moscou, Berlim, Londres, Roma, Haia, Nova York, Itália e Chipre.

Embora o governo grego, que tem maioria de apenas um deputado no Parlamento, pareça ter conseguido controlar a crise mais imediata, sua aparente omissão diante dos distúrbios pode afetar ainda mais a sua popularidade, já bastante baixa. O Pasok (partido socialista, o maior da oposição) lidera as pesquisas de opinião e pediu antecipação das eleições.

"O cenário mais provável agora é que Karamanlis convoque eleições dentro de dois ou três meses", disse Georges Prevelakis, professor de Geopolítica da Universidade Sorbonne, em Paris.

Na quarta-feira, a greve geral, com adesão de centenas de milhares de trabalhadores, afetou aeroportos, bancos, escolas e hospitais.

Os sindicatos dizem que as privatizações, os aumentos de impostos e a reforma previdenciária pioraram as condições de vida no país, especialmente para os 20 por cento da população que estão na pobreza.

A Confederação Grega do Comércio disse que só em Atenas os danos às empresas atingiram 200 milhões de euros, sendo que 565 lojas foram seriamente danificadas.

(Reportagem adicional de Dina Kyriakidou, Michele Kambas,, Tatiana Fragou e Angeliki Koutantou)

quarta-feira, 3 de dezembro de 2008

Telecom Italia venderá ativos e manterá TIM Brasil

ROMA (Reuters) - A Telecom Italia, quinta maior empresa de telecomunicação da Europa, vai se desfazer de ativos que não sejam considerados fundamentais e que somam até 3,82 bilhões de dólares. Além disso, a empresa cortará 5 por cento de sua força de trabalho na tentativa de diminuir custos diante do enfraquecimento da economia.

A empresa confirmou seu objetivo de fortalecer presença no Brasil. A estratégia consta de plano de negócios de 2009-2011 anunciado nesta quarta-feira, apesar das notícias recentes de que a companhia poderia considerar separar ou vender sua unidade no país, a TIM Participações.

A estratégia foca de maneira pesada na redução de custos e diminuição de dívidas que somam 37 bilhões de euros e depende, basicamente, de crescimento na Itália e no Brasil. A TIM tem sido a unidade de maior crescimento do grupo nos últimos anos.

A empresa também afirmou que vai expandir negócios na Argentina, por meio do exercício de uma opção de compra para aumentar sua participação na Sofora, a companhia que controla a Telecom Argentina. Ativos não-fundamentais que somam cerca de 3 bilhões de euros sofrerão desinvestimentos.

A Telecom Italia informou que vai cortar custos e investimentos em cerca de 2 bilhões de euros nos próximos três anos, com 40 por cento das economias sendo geradas em 2009. A empresa vai cortar 4 mil empregos, além do atual plano de reduzir a força de trabalho em 5 mil posições até 2010. A empresa tinha 80 mil empregados ao final de setembro.

A companhia espera que a receita de 2009 e o lucro antes de juros, impostos, depreciação e amortização (Ebitda, na sigla em inglês) fiquem em linha com 2008 e previu investimentos de cerca de 4,8 bilhões de euros no próximo ano.

A empresa prevê aumentar receitas em 2 por cento ao ano no período de três anos, enquanto espera gerar fluxo de caixa livre de cerca de 22 bilhões de euros.

As ações da Telecom Italia perderam cerca de metade de seu valor em relação às cotações de um ano atrás parcialmente por causa das dúvidas relacionadas à estratégia de redução de custo. Os papéis são negociados atualmente no patamar de 1 euro, o que dá à empresa um valor de mercado de cerca de 17,55 bilhões de euros.

Mas as ações já dispararam quase 13 por cento no mês passado em meio a sinais de que os esforços do presidente-executivo, Franco Bernabe, para redução de dívida e custos sem medidas muito radicais estão dando frutos.

quarta-feira, 29 de outubro de 2008

BCs estão prontos para seguir corte de juro do Fed

Por Hideyuki Sano e Elizabeth Piper

TÓQUIO/LONDRES (Reuters) - Os Estados Unidos devem cortar a taxa básica de juro nesta quarta-feira, medida que deve ser repetida pelo Banco do Japão, Banco Central Europeu (BCE) e pelo Banco da Inglaterra até o fim da próxima semana, para impulsionar as economias locais.

Apesar de terem dispensado uma ação coordenada, como feito no início de outubro, as autoridades monetárias de diversos países estão fazendo cortes individuas de suas taxas básicas para tentar amenizar os efeitos da pior crise financeira dos últimos 80 anos.

A Hungria tornou-se o mais novo país a procurar ajuda financeira de organismos internacionais. O país acertou um acordo de 25,1 bilhões de dólares para dar suporte à moeda e mercados locais.

O Fundo Monetário Internacional (FMI), um dos principais financiadores de pacotes de ajuda, disse que se a crise se prolongar e mais países necessitarem de socorro, a instituição poderá ter que arrumar mais recursos.

Nos Estados Unidos, o Federal Reserve --o banco central norte-americano-- deve cortar o juro para 1 por cento nesta quarta-feira, decisão amplamente esperado pelos agentes do mercado. Se o juro foi reduzido para 1 por cento, este será o menor patamar da taxa desde junho de 2004.

O banco central da Noruega também deve reduzir sua taxa básica de juro em 50 pontos-base para 4,75 por cento nesta quarta-feira.

O Banco do Japão, por sua vez, vai considerar a possibilidade de reduzir o juro na reunião do comitê de política monetária de sexta-feira. Mas o BC japonês quer acompanhar os desdobramentos do mercado até lá, antes de tomar uma decisão, afirmou uma fonte à Reuters.

Apostas em um corte de 0,25 ponto percentual na taxa de juro japonesa acabou contribuindo para interromper a recente valorização do iene, a moeda local.

A expectativa de cortes de juro acabou contribuindo para valorizações nos mercados acionários. Em Tóquio, o índice Nikkei encerrou o pregão desta quarta-feira com alta de 7,7 por cento.

Na Europa, o principal índice acionário do continente, o FTSEurofirst 300, subia mais de 4 por cento.

Governos ao redor do mundo já se comprometeram em injetar nos mercados cerca de 4 trilhões de dólares para tentar por fim à crise que nasceu de problemas no mercado imobiliário dos Estados Unidos.

segunda-feira, 6 de outubro de 2008

Ações européias têm perda recorde e pior fechamento em 4 anos

LONDRES (Reuters) - As ações européias tiveram queda percentual recorde em um único dia nesta segunda-feira, afundando para o menor patamar de fechamento em quatro anos, à medida que os investidores liquidavam ações e Wall Street despencava.

De acordo com dados preliminares, o índice FTSEurofirst 300 desabou 7,4 por cento, para 1.008 pontos, superando a queda de 6,3 por cento de 11 de setembro de 2001, dia dos ataques que destruíram o World Trade Center em Nova York.

O índice chegou a cair brevemente abaixo da marca de 1.000 pela primeira vez desde o final de 2004, pouco depois de o índice Dow Jones ter recuado abaixo dos 10.000 pontos em Wall Street.

(Reportagem de Sitaraman Shankar e Atul Prakash)

sexta-feira, 3 de outubro de 2008

Europa lança código de conduta para provedores de Internet

ESTRASBURGO (Reuters) - O Conselho da Europa apresentou nesta sexta-feira as diretrizes de um código para proteger a privacidade, a segurança, a liberdade de expressão e a dignidade dos usuários de Internet, focalizando sua atenção nos jogos online.

A iniciativa é voltada aos provedores de Internet e foi elaborada com seus representantes na Europa, a EuroISPA e a ISFE, e consiste em uma série de normas técnicas e morais inspiradas no sentido comum para convencer o setor a autorregulamentar sua atividade empresarial.

O Conselho da Europa recomenda reforçar a informação dada a os internautas sobre seus direitos e deveres, sobre os riscos a que se expõem e às ferramentas para controlá-los, como os antivírus, os filtros e o controle pelos pais.

Com respeito aos jogos em rede, a proposta convida os criadores e editores a "avaliar como o conteúdo do jogo pode influenciar sobre a dignidade humana, a sensibilidade e os valores dos jogadores" e colocá-los em alerta contra a violência, o apelo ao sexo e o racismo.

Um dos pontos chave na iniciativa é poder integrar ao jogo ferramentas como o controle por parte dos pais para filtrar os conteúdos, limites de horário e proibição do acesso em determinados momentos do dia.

A EuroISPA é uma associação que agrupa mais de 1 mil provedores europeus de Internet, enquanto a ISFE congrega editores de jogos de 31 países daquele continente.

(Por Gilbert Reilhac)