Por Hideyuki Sano e Elizabeth Piper
TÓQUIO/LONDRES (Reuters) - Os Estados Unidos devem cortar a taxa básica de juro nesta quarta-feira, medida que deve ser repetida pelo Banco do Japão, Banco Central Europeu (BCE) e pelo Banco da Inglaterra até o fim da próxima semana, para impulsionar as economias locais.
Apesar de terem dispensado uma ação coordenada, como feito no início de outubro, as autoridades monetárias de diversos países estão fazendo cortes individuas de suas taxas básicas para tentar amenizar os efeitos da pior crise financeira dos últimos 80 anos.
A Hungria tornou-se o mais novo país a procurar ajuda financeira de organismos internacionais. O país acertou um acordo de 25,1 bilhões de dólares para dar suporte à moeda e mercados locais.
O Fundo Monetário Internacional (FMI), um dos principais financiadores de pacotes de ajuda, disse que se a crise se prolongar e mais países necessitarem de socorro, a instituição poderá ter que arrumar mais recursos.
Nos Estados Unidos, o Federal Reserve --o banco central norte-americano-- deve cortar o juro para 1 por cento nesta quarta-feira, decisão amplamente esperado pelos agentes do mercado. Se o juro foi reduzido para 1 por cento, este será o menor patamar da taxa desde junho de 2004.
O banco central da Noruega também deve reduzir sua taxa básica de juro em 50 pontos-base para 4,75 por cento nesta quarta-feira.
O Banco do Japão, por sua vez, vai considerar a possibilidade de reduzir o juro na reunião do comitê de política monetária de sexta-feira. Mas o BC japonês quer acompanhar os desdobramentos do mercado até lá, antes de tomar uma decisão, afirmou uma fonte à Reuters.
A expectativa de cortes de juro acabou contribuindo para valorizações nos mercados acionários. Em Tóquio, o índice Nikkei encerrou o pregão desta quarta-feira com alta de 7,7 por cento.
Na Europa, o principal índice acionário do continente, o FTSEurofirst 300, subia mais de 4 por cento.
Governos ao redor do mundo já se comprometeram em injetar nos mercados cerca de 4 trilhões de dólares para tentar por fim à crise que nasceu de problemas no mercado imobiliário dos Estados Unidos.
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