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quarta-feira, 1 de outubro de 2008

Apesar de blue chips, Bovespa sobe na expectativa por EUA

SÃO PAULO, 1o (Reuters) - Após operar na retranca durante a maior parte do dia, mirando o sobe-e-desce de Wall Street à espera do aval do Senado ao pacote de socorro norte-americano, a Bolsa de Valores de São Paulo se isolou no final da quarta-feira e fechou com valorização.

Apesar da queda das ações mais importantes, o Ibovespa subiu 0,52 por cento, para 49.798 pontos. Na mínima, o índice chegou a cair quase 4 por cento.

A volatilidade deu força ao giro financeiro, que totalizou 5,04 bilhões de reais.

Para profissionais do mercado, alguns investidores foram à caça de barganhas, um pouco mais otimistas de que o Congresso dos Estados Unidos vai aprovar o pacote de Washington para evitar o colapso do sistema financeiro do país.

"O mercado está num movimento completamente imprevisível. Às vezes melhora quando parece que vai piorar e vice-versa", disse Edison Roberto Marcellino, diretor de renda variável da corretora Finabank.

Com isso, ações que foram severamente castigadas nas últimas sessões sustentaram o índice. Dentre elas, Sadia avançou 8,6 por cento, para 6,19 reais, depois de perder cerca de 40 por cento do valor em apenas dois dias ao admitir uma perda de 760 milhões de reais em operações com derivativos.

Em Wall Street, o índice Dow Jones caiu 0,18 por cento, refletindo também a reação do mercado à decepcionante atividade da indústria manufatureira dos EUA em setembro.

Na bolsa paulista, a líder de ganhos do índice foi Gol, que disparou 9,2 por cento, a 13,05 reais, favorecida pela queda na cotação do petróleo para menos de 100 dólares.

O mesmo movimento, porém, empurrou Petrobras para uma baixa de 0,57 por cento, a 34,90 reais. Vale fechou praticamente estável, em 32,70 reais.

As siderúrgicas tiveram pior sorte, em dia de queda das commodities metálicas. Usiminas recuou 2,44 por cento, para 39,52 reais.

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