PEQUIM (Reuters) - A China irá manter suas políticas de macroeconomia flexíveis e prudentes e procurará expandir a demanda doméstica em virtude do complicado cenário econômico mundial, afirmou o Partido Comunista, que governa o país, neste domingo.
Uma reunião do Comitê Central do Partido alertou que a economia global está desacelerando, ameaçando o crescimento chinês, e que o país iria focar no mercado interno para amortecer possíveis danos.
"Há também algumas contradições consideráveis e problemas na economia doméstica. Precisamos aumentar nosso senso de risco e ativamente responder ao desafio", dizia um comunicado da agência oficial de notícias Xinhua após a reunião de dirigentes.
Ao mesmo tempo, ela dizia que os principais líderes do partido destacaram que a condição geral da economia chinesa era boa. O crescimento continua rápido e o setor financeiro estava operando de maneira estável e saudável.
"As condições fundamentais de crescimento da economia de nosso país não mudaram", afirmou o comunicado.
Graças a controles de capital e a um sistema bancário subdesenvolvido, a China tem sido bastante protegida da crise de crédito mundial.
Mas economistas e políticos já aguardam uma segunda fase de efeitos negativos que podem diminuir a exportação e afetar as fábricas, deixando os empréstimos junto aos bancos nacionais em uma situação amarga.
"A coisa mais importante é lidar bem com as questões de nosso país", declarava o comunicado.
O Banco Central já diminuiu os juros duas vezes para apoiar o crescimento, e economistas esperam por mais facilidades financeiras e o relaxamento de políticas fiscais para incrementar a demanda doméstica.
A reunião aprovou uma série de medidas, incluindo reforma agrária, com a intenção de ampliar seus resultados, já que a China possui uma população de 750 milhões de pessoas que trabalham com a terra, mas o comunicado não deu mais detalhes a respeito.
(Reportagem de Chris Buckley)
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