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segunda-feira, 11 de janeiro de 2010

Venezuela anuncia fundo de US$1 bi após desvalorização de moeda

CARACAS (Reuters) - O presidente da Venezuela, Hugo Chávez, anunciou neste domingo a criação de um fundo de 1 bilhão de dólares para promover a substituição de importações, após a desvalorização da moeda local bolívar, na tentativa de diversificar a economia do país atingido pela recessão.

Na sexta-feira, Chávez anunciou uma taxa de câmbio de 2,6 bolívares por dólar para bens prioritários como alimentos e medicamentos. Para o comércio e as indústrias automotiva e têxtil, a taxa será de 4,3 bolívares por dólar.

A taxa de câmbio única fixa até a sexta-feira passada foi de 2,15 bolívares por dólar.

(Reportagem de Patricia Rondón Espín e Franco Daniel)

terça-feira, 5 de janeiro de 2010

Nestlé compra divisão de pizza congelada da Kraft por US$3,7 bi

ZURIQUE, 5 de janeiro (Reuters) - O maior grupo alimentício do mundo, a Nestlé, está comprando o negócio norte-americano de pizzas congeladas da Kraft Foods por 3,7 bilhões de dólares e rejeitou fazer uma oferta pela Cadbury, anunciou a empresa nesta terça-feira.

A Nestlé, que esta semana vendeu sua participação de 52 por cento no grupo oftalmológico Alcon para a Novartis, por 28,1 bilhões de dólares, divulgou que os Estados Unidos são o maior mercado mundial de pizza com vendas de aproximadamente 37 bilhões de dólares.

Em um comunicado separado, a Nestlé também descartou fazer qualquer oferta formal pela britânica Cadbury.

O negócio de pizza da Kraft inclui marcas como a DiGiorno, Tombstone, California Pizza Kitchen, Jack's e Delissio. A Nestlé disse que as sinergias estão estimadas em 7 por cento das vendas e serão totalmente realizadas em cinco anos.

sábado, 28 de novembro de 2009

Otimismo com Brasil traz preocupação com "bolha" de investimento

Por Denise Luna

RIO DE JANEIRO, 28 de novembro (Reuters) - O clima de otimismo crescente em relação ao Brasil é um dos riscos apontados por profissionais do mercado que se reuniram neste sábado em um hotel na Barra da Tijuca, no Rio de Janeiro, onde discutiram o potencial do mercado acionário brasileiro e os planos de ter 5 milhões de acionistas em 2014, de uma base atual de 555 mil.

Temendo a formação de uma "bolha Brasil" que pode não se sustentar e atrapalhar os planos de finalmente, e mais uma vez, tentar formar um mercado acionário sólido no país, cerca de 300 analistas e dirigentes de empresas participaram do 1o Congresso do Instituto Nacional de Investidores.

"Hoje o que mais nos assusta é o ajuste fiscal, o principal risco do Brasil é achar que está tudo bem", disse o analista da Vince Partners Pedro Batista, palestrante do encontro. "O Brasil pode ser novamente campeão do mundo ano que vem (Copa 2010), mas tem que ter consciência que tudo pode mudar muito rápido", complementou.

Ele destacou entre fatores contrários ao desenvolvimento do mercado de ações os elevados gastos públicos mal feitos, a falta de uma reforma na previdência e o risco que traz a interferência do governo em casos como da Vale e da revisão das tarifas elétricas.

"Até que ponto o Estado pode interferir em empresas? Essa questão da Vale chamou a atenção dos investidores", afirmou Batista.

Desde o ano passado, quando demitiu 1.300 pessoas no início da crise financeira que abalou o mundo todo, a Vale foi alvo de críticas do presidente Luiz Inácio Lula da Silva, e a partir de então vem sendo pressionada a investir mais no país, principalmente em siderurgia, setor que havia afirmado que seria minoritária em todos os projetos.

Também no evento, o analista Pedro Rudge, da Leblon Equities, disse que o Brasil tem um espaço enorme para o mercado de ações e que nos últimos 30 anos nunca esteve em uma posição tão favorável para desenvolver o mercado.

Segundo ele, no entanto, existe um grande risco do Brasil virar uma bolha de investimento se não houver oferta suficiente de ações para atender a expectativa do investidor diante de tanta propaganda positiva.

"Para balancear essa demanda toda é necessário que haja oferta por parte das empresas, para acomodar essa demanda, é nisso que devemos focar", disse o analista.

Bem mais otimista, o diretor executivo de desenvolvimento e fomento da BM&FBovespa, Paulo de Sousa Oliveira Júnior, afirmou que o número de 5 milhões de acionistas é ousado mas compatível com o potencial do crescimento econômico do país.

"Hoje já tem 5 milhões de acionistas dos fundos de ações, já tem no Brasil 555 mil que estão apenas em São Paulo e Rio de Janeiro, então você tem os outros Estados e cinco anos de crescimento", explicou, ressaltando também que a BM&FBovespa conta com a entrada das classes B e C no mercado de capitais.

(Edição de Vanessa Stelzer)

domingo, 4 de outubro de 2009

Islândia diz que recebeu empréstimo de US$214 milhões da Polônia

ESTOCOLMO (Reuters) - A Islândia anunciou no domingo que assinou um acordo para receber da Polônia um empréstimo de 630 milhões de zlotys (214 milhões de dólares), acordado no ano passado como parte de um pacote internacional de socorro à ilha duramente atingida pela crise financeira global.

Em comunicado à imprensa, o Ministério das Finanças disse que o empréstimo será para 12 anos, com período de tolerância de cinco anos adicionais, e vai reforçar as reservas de divisas do país.

"O empréstimo polonês vem somar-se ao empréstimo de 2,1 bilhões de dólares concedido pelo FMI ... e foi concedido para apoiar o programa econômico do governo islandês e do FMI, iniciado para estabilizar a economia islandesa após a crise financeira", disse o ministério.

(US$1 = 2,946 zlotys poloneses)

(Reportagem de Omar Valdimarsson)

quarta-feira, 8 de julho de 2009

G8 diz que ainda existem perigos para economia global

Por Darren Ennis e Krittivas Mukherjee

L'AQUILA, Itália (Reuters) - Os líderes do G8 acreditam que a economia mundial ainda enfrenta "riscos significativos" e pode precisar de mais ajuda, de acordo com os esboços dos comunicados da cúpula do grupo, que mostram ainda um fracasso em se alcançar metas sobre mudança climática para 2050.

Os esboços, obtidos pela Reuters, dizem ainda que as estratégias de saída das políticas de estímulo ao crescimento podem ser feitas "uma vez que a recuperação esteja assegurada".

"Antes que haja alguma conversação de estímulo adicional, eu pediria que todos os líderes foquem antes em assegurar que o estímulo já anunciado ocorra", disse o primeiro-ministro do Canadá, Stephen Harper, antes do início da cúpula.

O Grupo dos 8 (G8) --formado por Estados Unidos, Alemanha, Japão, França, Grã-Bretanha, Itália, Canadá e Rússia-- iniciarão a cúpula com um debate sobre a crise econômica.

Mas poucas iniciativas são esperadas, já que o G20 --que engloba países desenvolvidos e em desenvolvimento-- tem a missão de formular uma resposta regulatória à crise e reúne-se em setembro.

DEBATE SOBRE DÓLAR DE LADO

Sem mencionar os pedidos da China sobre um debate sobre uma alternativa de longo prazo ao dólar como moeda internacional, os esboços dos comunicados disseram apenas que existem desequilíbrios globais.

"Um crescimento sustentável e estável de longo prazo irá requerer uma solução suave para os desequilíbrios existentes nas contas correntes", segundo os esboços.

A China reclama que a dependência do dólar exacerbou a crise global. Analistas disseram que a decisão do G8 em não mencionar câmbio diretamente pode desestabilizar os mercados de moedas.

sexta-feira, 3 de julho de 2009

Economia da América Latina encolherá até 2,5% neste ano, diz Banco Mundial


Crescimento volta em 2010, mas será desigual, segundo entidade.
Países maiores estão em posição melhor, diz presidente do banco.

A América Latina sofrerá neste ano um impacto forte na economia, com uma contração de entre 2% e 2,5%, mas o crescimento voltará em 2010, em uma recuperação lenta e desigual, informou o Banco Mundial (Bird) nesta sexta-feira (3).

A estimativa para 2009 representa uma revisão para baixo em relação ao último relatório do organismo sobre a região, de abril, quando a previsão era de uma queda regional de entre 0,5% e 1,5%.

Nesta quinta-feira (2), porém, o presidente do Bird, Robert Zoellick,(Foto) destacou a posição vantajosa dos maiores países da América Latina para enfrentar a crise econômica.

"Tendo trabalhado com crises durante os anos 80 e 90, o que mais chama a atenção é como a América Latina lida com esta crise em uma posição diferente", disse Zoellick, após uma reunião com a presidente do Chile, Michelle Bachelet, em Santiago.

"Obviamente, há uma grande diversidade entre cada país, mas alguns países, incluindo os maiores - como Brasil, México, Colômbia, Peru e Chile - lidaram com a crise de uma posição boa", estimou o presidente do Bird.

De acordo com Zoellick, os fatores que influenciam este melhor posicionamento incluem orçamentos mais fortes, maiores reservas, melhor posição comercial e um manejo flexível do tipo de câmbio. "Além disso, passam por uma boa base no que diz respeito à proteção social", estimou.

Zoellick ponderou, no entanto, que o bom panorama não significa que estes países vão escapar incólumes da crise, mas "têm mais flexibilidade como para combatê-la". "Um dos desafios que vários países vão ter que enfrentar é a dificuldade para ter acesso ao financiamento internacional para apoiar alguns de seus programas", alertou.

Zoellick lembrou ainda que a América Latina foi a região que mais recebeu recursos do Banco Mundial no ano fiscal concluído na última quarta-feira (1), com mais de US$ 17 bilhões de um total de US$ 59 bilhões investidos em todo o mundo.

Pobreza e desemprego

A crise global, segundo o Bird, vai atingir a região em cinco aspectos: a América Latina registrará a primeira recessão em sete anos, a pobreza e o desemprego aumentarão, o financiamento externo ficará menor e vai cair o valor das remessas enviadas pelos trabalhadores imigrantes, uma fonte de financiamento importante para alguns países.

Para 2010, o Bird prevê um retorno lento do crescimento, que será de entre 1% e 2%, mas desigual entre os países da região.

A pobreza vai aumentar 1,1%, já que a crise empurrará mais de oito milhões de latinoamericanos à pobreza. Em 2008, 181,3 milhões de moradores do continente eram pobres.

Classe média

Segundo o Banco Mundial, a crise será especialmente dura com a classe média, em consequência da queda da demanda por exportações não-tradicionais, que tendem a empregar trabalhadores formais, urbanos e tecnologicamente mais avançados.

O desemprego também vai crescer na região e o valor dos salários deve registrar queda, o que aumentará a informalidade.

Outro relatório, divulgado nesta sexta-feira (3) pela Comissão Econômica para América Latina (Cepal), destaca que a taxa de desemprego aumentará mais de 1% em 2009.

quarta-feira, 10 de junho de 2009

Brasil emprestará US$ 10 bi ao FMI e voltará a ser credor da instituição

Anúncio foi feito pelo ministro da Fazenda, Guido Mantega.
Brasil vai adquirir bônus do Fundo Monetário, informou ele.

O ministro da Fazenda, Guido Mantega, informou nesta quarta-feira (10) que o Brasil emprestará US$ 10 bilhões ao Fundo Monetário Internacional (FMI) e, com isso, voltará a ser credor da instituição de crédito internacional, algo que não acontecia desde 1982. Os financiamentos ao FMI serão feitos por meio da compra de bônus (uma forma de título) do Fundo, informou Mantega.

Ajuda à comunidade internacional

De acordo com Mantega, os recursos serão emprestados pelo FMI a outros países em desenvolvimento com "escassez de capital". "É a primeira vez que isso acontece no caso brasileiro. O Brasil está encontrando as condições de solidez para emprestar recursos ao FMI. No passado, era o contrário: o FMI que socorria o Brasil quando era um país menos sólido. Agora, o Brasil acumulou as reservas para ajudar a comunidade internacional", disse o ministro.

Aplicação das reservas

Segundo o ministro da Fazenda, a operação será realizada assim que o FMI concluir o formato de emissão dos novos bônus que serão emitidos. "Assim que o FMI terminar essses bônus, faremos esse aporte de US$ 10 bilhões.

Na realidade, é uma aplicação que o Brasil está fazendo com parte das reservas", disse Mantega. De acordo com ele, as aplicações no FMI não terão impacto nas reservas internacionais, que continuarão sendo contabilizados como uma "disponbilidade de recursos".

Rendimento

Mantega não informou qual o rendimento que o Fundo Monetário Internacional oferecerá pelos bônus. "Não vamos esperar um grande rendimento, se não o FMI teria de repassar a um custo mais elevado aos países que precisam", disse o ministro.

Segundo ele, o Banco Central efetuará o resgate de parte das aplicações das reservas internacionais (que estão acima de US$ 200 bilhões aplicadas em títulos de outros países) para fazer o aporte ao FMI.

Mobilização de recursos

O Ministério da Fazenda informou que a contribuição do governo brasileiro para o FMI faz parte de um "esforço" para a mobilização de recursos para o FMI atender a outros países em dificuldades. Além do Brasil, a China comprará US$ 50 bilhões neste tipo de novo bônus, e a Rússia outros US$ 10 bilhões.

A necessidade de captação de recursos por parte do FMI, de acordo com o Ministério da Fazenda, é de US$ 500 bilhões. em relação aos níveis anteiores à crise financeira. O governo lembra que essa foi uma das concordâncias da cúpula do G-20 de Londres, realizada no início de abril.

terça-feira, 21 de abril de 2009

Perdas financeiras globais podem atingir US$4,1 tri, estima FMI

Por Lesley Wroughton

WASHINGTON (Reuters) - Os bancos e outras instituições financeiras ao redor do mundo terão que, eventualmente, amortizar dívidas tóxicas num valor de 4,1 trilhões de dólares, para que a estabilidade financeira global seja restaurada, afirmou o Fundo Monetário Internacional (FMI) nesta terça-feira.

Em seu relatório sobre estabilidade financeira global, o FMI disse que instituições norte-americanas estão quase na metade do caminho para suas deduções necessárias, enquanto a região do euro está mais atrás.

Esta foi a primeira vez que o relatório do FMI incluiu perdas em empréstimos da Europa e Japão, as quais equivalem a um total de 1,3 trilhão de dólares.

O documento apontou que os bancos precisam de amplas injeções de capital para o caso de perdas esperadas e para restaurar a confiança do investidor em um sistema financeiro fragilizado.

O bancos ao redor do mundo aumentaram o capital em até 900 bilhões de dólares, cerca da metade por meio de empréstimos de resgate do governo.

José Vinals, diretor do departamento de mercado capital e monetário do FMI, disse que uma contínua, decisiva e efetiva ação para limpar as folhas de balanço dos bancos é necessária para restaurar a confiança e o crescimento econômico.

"O processo de limpeza está andando, e as elevadas amortizações vão exigir que instituições financeiras mantenham mais capital", disse ele durante coletiva.

"Parte dessa necessidade de capital poderia ser saciada diretamente com uma conversão de ações preferenciais (do governo) para papéis comuns, ou indiretamente com as garantias do governo em cobrir as perdas", disse Vinals.

FMI VÊ PERDAS AUMENTANDO

O FMI disse que agora espera a deterioração em ativos de origem nortea-mericana em até 2,7 trilhões de dólares, substancialmente mais do que 2,2 trilhões de dólares previstos em janeiro. O acentuado aumento reflete perdas principalmente ente outubro e janeiro.

Há apenas um ano, o fundo estava sendo fortemente criticado por estimar perdas de apenas 1 trilhão em ativos de bancos.

"A sensibilidade mudou. O que parecia absurdo, agora parece relevante", disse o primeiro vice-diretor do FMI, John Lipsky.

O FMI estimou que os bancos ao redor do globo vão precisar amortizar cerca de 2,8 trilhões de dólares em empréstimos e fianças. Até agora, cerca de um terço desse volume foi amortizado.

De acordo com o fundo, os bancos norte-americanos deduziram cerca de 510 bilhões de dólares em ativos. Uma outra dedução de 550 bilhões de dólares é esperada nos próximos dois anos.

Na área do euro, as amortizações já totalizaram 154 bilhões de dólares, com outros 750 bilhões previstos para até 2010.

Desde o início da crise, a capitalização de bancos globais caiu mais da metade, para 1,6 trilhões de dólares.

O FMI estimou que bancos poderiam precisar de um capital adicional entre 275 bilhões de dólares e 500 bilhões de dólares nos Estados Unidos, entre 125 bilhões e 250 bilhões de dólares na Grã Bretanha, e cerca de 375 bilhões de dólares a 725 bilhões de dólares na zona do euro.

(Reportagem Adicional de Emily Kaiser)

sábado, 18 de abril de 2009

Economia da zona do euro terá recuperação em 2010, diz Trichet

Por Karolina Slowikowska

VARSÓVIA (Reuters) - A economia da zona do euro deve começar a se recuperar em 2010, depois de um difícil 2009, disse neste sábado o presidente do Banco Central Europeu (BCE), Jean-Claude Trichet, em uma entrevista transmitida pela emissora de TV polonesa TVN 24 e pelo portal TVN24.pl.

Trichet também afirmou que não seria bom para a Polônia acelerar seu processo de adoção ao euro e acrescentou que se o país aspira juntar-se ao bloco deve estar muito bem preparado para isto.

"Nós estamos experimentando um período que é difícil, e o ano de 2009 tem se mostrado obviamente difícil para todas as economias no mundo, sem exceção, mas também é verdade que nós todos temos boas razões para considerar que a recuperação ocorrerá no decorrer de 2010", disse Trichet ao portal TVN24.pl.

"Há um consenso muito sensato daqueles que fazem previsões e economistas que consideram isso."

"Os tempos atuais são difíceis, mas eles (os cidadãos da zona do euro) podem ficar razoavelmente confiantes no futuro porque há muitas boas razões para acreditar que nós estaremos numa situação melhor no próximo ano."

Sobre a política monetária, Trichet reiterou os comentários feitos na entrevista coletiva do BCE no início deste mês, quando disse que o banco ainda possui espaço para reduzir suas taxas de juros e prometeu desenvolver planos em maio para medidas alternativas que possam impulsionar a combalida zona do euro.

Trichet, que deve revelar os planos do Banco Central Europeu para mais estratégias políticas heterodoxas, não deu detalhes sobre essas medidas.

O BCE cortou sua taxa básica de juros em três pontos percentuais desde outubro e espera-se que o banco deva reduzir suas taxas para financiamento em outros 25 pontos básicos, para 1,0 por cento em maio, à medida que a zona do euro sofre com a pior recessão desde que a moeda foi criada.

A economia do bloco se contraiu 1,6 por cento no quatro trimestre do ano passado, e espera-se que o primeiro trimestre deste ano também seja de queda.

(Texto de Karolina Slowikowska)

quinta-feira, 2 de abril de 2009

G20 define US$1,1 tri para combater crise

Por David Ljunggren and Lesley Wroughton

LONDRES (Reuters) - Os líderes mundiais chegaram a um acordo de 1,1 trilhão de dólares para combater a pior crise mundial desde a Grande Depressão e apertaram as regras para evitar uma repetição desse episódio.

Após uma cúpula em Londres, o G20 --que reúne as principais economias industrializadas e emergentes do mundo-- concordou em publicar uma lista negra de paraísos fiscais que pode resultar em sanções. O grupo também decidiu pela primeira vez impor supervisão sobre grandes hedge funds e agências de classificação de risco.

"Os acordos de hoje começam a conter os 'cowboys' dos mercados financeiros que levaram os mercados globais à ruína, com impactos reais sobre o emprego em todos os lugares", disse o primeiro-ministro da Austrália, Kevin Rudd.

O primeiro-ministro britânico, Gordon Brown, anfitrião do encontro, declarou que "este é o dia em que o mundo se juntou para lutar contra a recessão global. Não com palavras, mas com um plano para a recuperação global e para reformas e com um claro cronograma".

Brown acrescentou que os governos se comprometeram com 5 trilhões de dólares em estímulos públicos à economia neste ano e no próximo, além dos compromissos extras anunciados na cúpula.

Apesar do ânimo dos mercados, analistas alertaram contra uma euforia.

"O financiamento para o FMI é mais do que se esperava e, à medida que isso significa que há mais dinheiro para ajudar as economias com problemas, isso é positivo. Mas os focos de problemas, particularmente na Europa Oriental, ainda estão aí e isso não os fará desaparecer de uma hora para outra", afirmou Nigel Rendall, estrategista de mercados emergentes do Royal Bank of Canada.

Brown reconheceu não haver remédios rápidos, mas afirmou que as decisões da cúpula irão encurtar a recessão e poupar empregos.

O G20 afirmou em comunicado que as medidas tomadas aumentarão a produção mundial em 4 por cento até o fim do próximo ano.

EUROPA E EUA SATISFEITOS

O presidente norte-americano, Barack Obama, minimizou as diferenças na cúpula e disse que o encontro foi "um ponto de virada" para a economia mundial.

O presidente francês, Nicolas Sarkozy, disse que os resultados da reunião ficaram além de suas expectativas e que o mundo começa a caminhar para longe do modelo financeiro "anglo-saxão".

O ministro das Finanças da Alemanha, Peer Steinbrueck, recebeu bem o fato de que nenhuma obrigação foi criada para os países para que adotem mais pacotes de estímulo. Essa questão criou tensão antes da cúpula, com Washington favorecendo tal pacote e Paris e Berlim preferindo deixar que as medidas já tomadas façam efeito nas economias.

Brown acrescentou que serão disponibilizados 1,1 trilhão de dólares para ajudar a economia por meio do Fundo Monetário Internacional (FMI) e de outras instituições.

Isso inclui 250 bilhões de dólares em unidades de reserva do FMI chamadas Direito Especial de Saque. "Isso está disponível para todos os membros do FMI", disse ele.

O FMI também terá seus recursos triplicados, com até 500 bilhões de dólares em novos fundos, dos quais 40 bilhões de dólares virão da China.

O G20 pediu ao FMI que acelere as vendas de ouro para levantar dinheiro e ajudar os países mais pobres.

O grupo também concordou com um pacote de financiamento do comércio mundial de 250 bilhões de dólares nos próximos dois anos.

Atendendo a uma demanda da França e da Alemanha, Brown disse que o G20 concordou "que haverá fim dos paraísos fiscais que não transfiram informações quando solicitadas. O sigilo bancário do passado precisa ter um fim".

"Desde Bretton Woods, o mundo vem vivendo um modelo financeiro, o modelo anglo-saxão. Não é meu trabalho criticá-lo, ele tem suas vantagens, mas hoje claramente uma página foi virada", disse Sarkozy, referindo-se à conferência que criou o modelo econômico do pós-guerra.

domingo, 22 de março de 2009

Chávez qualifica Obama de 'pobre ignorante' e o manda ler

CARACAS (Reuters) - O presidente da Venezuela, Hugo Chávez, qualificou neste domingo o presidente dos Estados Unidos, Barack Obama, de "pobre ignorante" por ter declarado meses atrás que o líder venezuelano exporta atividades terroristas.

Chávez, militar reformado, disse que esperava que com Obama pudessem ser recompostas as abaladas relações diplomáticas entre os dois países. Ele revelou que alguns comentários feitos pelo presidente norte-americano em janeiro o fizeram desistir de designar o novo embaixador da Venezuela em Washington.

"Agora Obama vai acusar a mim de exportar o terrorismo? Pelo menos alguém poderia dizer: pobre ignorante, estude, leia um pouco para aprender qual é a realidade que está vivendo e a realidade da América Latina e do mundo", disse Chávez, durante seu programa dominical de rádio e televisão.

"Mas são sinais muito ruins de um governo. Nós continuaremos esperando, mas não estamos desesperados. Para nós o império dos Estados Unidos tanto faz como tanto fez," acrescentou.

Em janeiro, Chávez pediu a Obama que retificasse suas opiniões sobre ele e sobre a Venezuela se desejava a melhoria das relações diplomáticas.

O presidente norte-americano disse em janeiro que Chávez tinha interrompido o progresso da região, exporta atividades terroristas e apóia "entidades malignas" como a guerrilha das Forças Armadas Revolucionárias da Colômbia (Farc).

Embora EUA e Venezuela mantenham um dinâmico intercâmbio comercial, as relações entre seus governos chegaram ao ponto mais baixo em décadas, em meio a um ríspido intercâmbio verbal que resultou na retirada dos respectivos embaixadores.

O presidente venezuelano expulsou em setembro o embaixador dos EUA em Caracas e ordenou a retirada de sua delegação diplomática de Washington em apoio ao governo da Bolívia, que tomou decisão semelhante em meio a uma forte crise política.

(Reportagem de Ana Isabel Martínez)

segunda-feira, 23 de fevereiro de 2009

Petróleo fecha em queda, abatido por temores sobre economia

NOVA YORK (Reuters) - O preço do petróleo negociado em Nova York caiu nesta segunda-feira, refletindo preocupações sobre a economia. A commodity acompanhou o ritmo dos demais mercados, que estão sofrendo com as dúvidas sobre o plano do governo norte-americano para salvar os bancos do país.

O preço chegou a subir na sessão, atingindo máxima acima de 41 dólares por barril, temendo o comportamento da demanda mesmo após notícias de que a Organização dos Países Exportadores de Petróleo (Opep) estaria perto de um acordo para reduzir a oferta.

Os futuros do contrato abril fecharam em queda de 1,83 dólar, ou 4,57 por cento, a 38,20 dólares o barril.

O preço foi negociado a 41,49 dólares na máxima do dia e a 37,87 dólares na mínima.

(Por Robert Gibbons)

sexta-feira, 20 de fevereiro de 2009

Procura por ingresso para Copa-2010 supera expectativa, diz Fifa

Por Mark Gleeson

JOHANESBURGO (Reuters) - A Fifa recebeu cerca de 200 pedidos por minuto nas primeiras cinco horas de venda de ingressos para a Copa do Mundo de 2010 nesta sexta-feira.

Houve 60 mil solicitações online em todo o mundo nas primeiras cinco horas, muito além da expectativa, disse em comunicado a entidade que controla o futebol mundial.

Para os organizadores, o primeiro dia de venda de ingressos afasta qualquer dúvida sobre o torneio que acontecerá na África do Sul.

"O início desta parte dos preparativos para a Copa do Mundo representa nossa promessa irrevogável à população do mundo de que tudo estará pronto para 2010", disse o executivo-chefe do comitê organizador da Copa, Danny Jordaan.

O estado de preparo dos estádios e da infra-estrutura da África do Sul tem sido objeto de exame atento, mas, em dezembro, o presidente da Fifa, Joseph Blatter, disse que não existe "Plano B".

Estão disponíveis cerca de 700 mil ingressos na primeira janela de vendas da para a primeira Copa do Mundo a acontecer em um país africano. No total, haverá pouco mais de 3 milhões de ingressos para as 64 partidas que acontecerão entre 11 de junho e 11 de julho do próximo ano.

Os torcedores terão até o final de março para pedir ingressos, antes de, em abril, participarem de um sorteio para determinar quem terá direito a eles.

Cerca de 20 milhões de pedidos de ingressos foram recebidos durante a primeira fase do processo de vendas para a Copa da Alemanha, em 2006, fase essa que foi conduzida integralmente online.

Os preços dos ingressos variam entre 20 e 900 dólares, um aumento drástico em relação ao preço de entre 1,50 e 2,50 pagos pelos torcedores para assistir às partidas dos times da primeira liga sul-africana.

Na quinta-feira, a Fifa tinha divulgado um comunicado pedindo desculpas pelo fato de nem todas as agências bancárias terem os formulários para ingressos.

"Pedimos paciência aos torcedores e queremos lembrar a eles que as primeiras vendas de ingressos não seguem o formato de primeiro a chegar, o primeiro a receber seu ingresso", disse a Fifa.

"Todos os interessados que preencherem corretamente os pedidos de ingressos entre 20 de fevereiro e 31 de março terão oportunidade iguais de obter os ingressos aos quais se candidataram."

segunda-feira, 16 de fevereiro de 2009

Dólar sobe com cenário externo negativo e feriado nos EUA

SÃO PAULO (Reuters) - Em meio às preocupações no cenário externo e ao feriado nos Estados Unidos, o dólar fechou em alta frente ao real nesta segunda-feira.

A moeda norte-americana encerrou a sessão valorizada em 0,62 por cento, a 2,280 para venda, na cotação máxima do dia.

"O principal fator hoje é a valorização que o dólar está tendo em relação às principais moedas. A queda nos mercados estrangeiros (de ações) também contribuiu", afirmou Gerson de Nobrega, gerente de tesouraria do banco Alfa de Investimento.

Frente a uma cesta das principais moedas, o dólar tinha valorização de 0,67 por cento no momento em que o mercado brasileiro de câmbio encerrou as operações.

Nesta segunda-feira, dados mostraram que a economia do Japão teve a maior contração trimestral em 35 anos, causada principalmente pela queda nas exportações e a fraca demanda interna.

Preocupações sobre perdas de bancos e redução de preços das commodities derrubaram os mercados acionários da Europa. A decepção frente à falta de ação coordenada por parte dos países do G7, que se reuniram no final de semana, também ajudou na queda dos índices.

De acordo com dados mais atualizados da BM&F, o volume de negócios no mercado de dólar à vista girava em torno de 460 milhões de dólares, bem abaixo da média diária de fevereiro, de cerca de 3 bilhões de dólares.

O Banco Central vendeu 37.300 contratos de swap cambial tradicional, de uma oferta de até 44.300 para rolagem de contratos que expiram em 2 de março. O volume da operação foi de 1,85 bilhão de dólares.

"Até sobrou dólar. Não tinha tanta gente querendo dólar para esse vencimento", ponderou Mario Battistel, gerente de operações de câmbio da Fair Corretora.

Enquanto isso, o principal índice da Bolsa de Valores de São Paulo (Ibovespa) operava em baixa de mais de 1 por cento, também no horário de fechamento do mercado cambial.

(Reportagem de José de Castro)

quinta-feira, 12 de fevereiro de 2009

Congresso dos EUA fecha acordo para o polêmico "Buy American"

Por Susan Cornwell e Doug Palmer

WASHINGTON (Reuters) - Congressistas nos EUA chegaram a um acordo para aprovar os polêmicos artigos de incentivo à compra de produtos norte-americanos dentro do enorme pacote de estímulo econômico nos EUA, disse um parlamentar democrata na quarta-feira.

Canadá, União Europeia e Japão elogiaram na semana passada o abrandamento das regras apelidadas de "Buy American", uma orientação do presidente Barack Obama para não criar uma guerra comercial com outros países.

Mas países como China, Índia, Brasil e Rússia continuam incomodados com o atual plano de obras públicas dos EUA, incluído no pacote de 789 bilhões de dólares (que inclui gastos governamentais e renúncias fiscais, ambos para estimular a economia em recessão).

Na versão aprovada no Senado, todas as obras públicas do pacote seriam obrigadas a usar ferro, aço e outros produtos de fabricação norte-americana. A versão da Câmara falava apenas em ferro e aço, mas não incluía uma emenda, acrescentada na semana passada no Senado, que exigia que a regra fosse adotada de maneira consistente com as obrigações internacionais dos EUA.

O líder democrata na Câmara, Steny Hoyer, disse a jornalistas que a nova versão "foi modificada em grande medida de acordo com a linha do Senado". Ainda não foram divulgados mais detalhes do pacote resultante.

As siderúrgicas dos EUA, muito afetadas pela redução da demanda num ambiente de recessão, defendiam mais ênfase na regra "Buy American" como forma de criar empregos no setor.

A versão modificada dá ao Canadá, à União Europeia, ao Japão e a uma curta lista de outros parceiros alguma garantia de que eles poderão participar das obras públicas a serem criadas pelo pacote.

Outros países, que não tem acordos sobre compras públicas com os EUA, não terão esse acesso ampliado. Entre eles estão China, Índia, Brasil e Rússia.

O jornal International Business Daily, editado em chinês pelo Ministério de Comércio de Pequim, disse que o "Buy American" havia atraído forte oposição internacional.

"Antes que Obama pegue a caneta para assinar isso, deve pesar seriamente que 'comprar bens nacionais' pode 'provocar uma calamidade nacional'", disse o texto.

Autoridades japonesas disseram que, embora o país não seja afetado, outros serão, e isso pode ser um indício de protecionismo nos EUA.

A Câmara de Comércio dos EUA e muitos outros grupos também foram contra a regra, alegando que ela iria aumentar os custos das obras públicas e estimular outros países a adotarem medidas que fechem suas portas a produtos norte-americanos.

Na quarta-feira, a União Europeia fez um apelo de última hora ao Congresso dos EUA para que dê mais garantias de que empresas da UE não serão prejudicadas pelo "Buy American".

quinta-feira, 5 de fevereiro de 2009

Turbulências na economia levam Bombardier a demitir

Por John McCrank e Scott Anderson

TORONTO (Reuters) - A divisão aeroespacial da Bombardier planeja cortar mais de 1,3 mil postos de trabalho em resposta a um desaquecimento da demanda por jatos executivos, disse a empresa nesta quinta-feira.

A companhia baseada em Montreal informou que 1.010 funcionários temporários e terceirizados, assim como 350 empregos diretos que serão cortados, representam algo como 4,5 por cento dos seus 30 mil trabalhadores em todo o mundo. Os custos da medida devem ficar dentro de 5 milhões de dólares canadenses (4,1 milhões de dólares).

Os cortes de profissionais assalariados vão acontecer nas unidades de Montreal, Wichita, Kansas e Belfast, na Irlanda do Norte, em um período de cinco meses a partir deste mês.

"A indústria está vivendo uma forte turbulência, e nós antecipamos mais volatilidade no curto prazo", disse Guy Hachey, diretor de operações da Bombardier Aerospace, em um comunicado.

"Os fundamentos da Bombardier são sólidos, mas estimamos que iremos enfrentar mais desafios neste ano", acrescentou.

No último ano fiscal, a Bombardier entregou 239 aviões executivos, acima dos 232 no ano anterior.

O número, entretanto, foi menor que o projetado por muitos analistas. Benoit Poirier, analista da Desjardins Securities, disse que esperava que a empresa entregasse 254 jatos executivos. Segundo ele, o número menor que o esperado significava cancelamentos no último trimestre do ano.

A projeção foi, entretanto, mais otimista que a de outros analistas.

"Imaginamos que eles fossem reduzir as entregas em 12 por cento ou algo assim, mas eles nos informaram que o número de jatos executivos será 10 por cento menor", disse Jacques Kavafian, analista da Research Capital.

Os analistas da Desjardins Securities previram uma queda de 23 por cento nos pedidos de jatos executivos neste ano e acrescentaram que novos cortes de produção ainda são uma possibilidade.

segunda-feira, 26 de janeiro de 2009

Com salto de ações do Barclays, índices sobem forte

LONDRES (Reuters) - Os principais índices de ações da Europa avançaram nesta segunda-feira, interrompendo uma série de cinco sessões de queda. O movimento foi puxado por um salto de 73 por cento das ações do banco britânico Barclays, que impulsionou o setor financeiro.

Os mercados também subiram motivados por ações de petrolíferas que acompanharam alta dos preços do petróleo.

O índice FTSEurofirst 300, que reúne as principais ações européias, encerrou em alta 3,17 por cento, para 784 pontos.

Outras ações do setor financeiro também exibiram alta, com Lloyds disparando 33 por cento, ING avançando 25 por cento, Royal Bank of Scotland subindo 22 por cento, BNP Paribas tendo alta de 14 por cento e Société Générale se valorizando 10,5 por cento.

A aquisição da Wyeth pela concorrente Pfizer por 68 bilhões de dólares também estimulou a confiança dos mercados, com analistas dizendo que a operação abriu espaço para mais acordos à frente, enquanto as companhias procuram se posicionar defensivamente em um cenário de enfraquecimento da economia.

Mas analistas disseram que o setor financeiro deve continuar a enfrentar dificuldades neste semestre, apesar do avanço desta segunda-feira.

"Está havendo a recuperação da confiança das empresas, mas dada a quantidade de sinais ruins que nós vimos na semana passada --as coisas nunca tendem a piorar em uma linha contínua-- era justo antecipar uma recuperação", disse Jonathan Lawlor, diretor de pesquisa da Europa.

"A questão principal deve ser por quanto tempo nós podemos sustentar essa recuperação. E como tem se falado muito, nós permanecemos cautelosos sobre o setor bancário... não esquecendo que temos que passar pela temporada de divulgação de resultados", acrescentou.

O Barclays divulgou que não tem necessidade de levantar capital e continua apresentando lucros, apesar das baixas contábeis de 2008, que chegaram a 8 bilhões de libras (11 bilhões de dólares).

As ações de petrolíferas avançaram com os ganhos de 3 por cento dos preços do petróleo. Tullow Oil subiu 9,6 por cento, enquanto Total avançou 5,9 por cento.

Em LONDRES, o índice Financial Times fechou em alta de 3,86 por cento, a 4.209 pontos.

Em FRANKFURT, o índice DAX avançou 3,54 por cento, para 4.326 pontos.

Em PARIS, o índice CAC-40 subiu 3,73 por cento, para 2.955 pontos.

Em MILÃO, o índice Mibtel encerrou em alta de 2,67 por cento, a 14.185 pontos.

Em MADRI, o índice Ibex-35 registrou valorização de 2,48 por cento, para 8.375 pontos.

Em LISBOA, o índice PSI20 teve alta de 0,94 por cento, para 6.353 pontos.

(Reportagem de Atul Prakash)

quinta-feira, 8 de janeiro de 2009

Bovespa se descola do cenário externo e fecha em alta

Bolsa nacional teve valorização de 2,87%, aos 41.990 pontos.
Mercado americano diminuiu perdas na reta final do pregão.

A Bolsa de Valores de São Paulo (Bovespa) fechou em alta nesta quinta-feira (8), descolada da tendência negativa da maior parte dos mercados mundiais. Ao final do pregão, o índice Ibovespa - o principal do mercado nacional - apontou elevação de 2,87%, aos 41.990 pontos.

A bolsa nacional registrou forte oscilação durante a maior parte do pregão, chegando a recuar 1,3%. No entanto, o mercado ganhou força na parte final da sessão e terminou no azul, recuperando parte das perdas de 3,5% de terça-feira.

"Os estrangeiros fecharam 2008 completamente vendidos em mercados emergentes. Agora, alguns deles estão começando a voltar e estão entrando pelas ações mais líquidas", explicou Gabriel Goulart, analista econômico da Mercatto Gestão de Recursos.

Assim, Petrobras subiu 4,3%, para US$ 25,50, mesmo num dia de queda do preço do petróleo. Na mesma batida, Vale ganhou 3,7%, a US$ 28,51.

Nos EUA

O mercado nacional foi ajudado pela melhora dos principais indicadores das bolsas de valores dos EUA, que diminuíram suas perdas no final do pregão. O índice Dow Jones registrou queda de 0,31%, aos 8.742 pontos. Na contramão, os outros indicadores subiram: o S&P 500 avançou 0,34% e o Nasdaq teve aumento de 1,12%.

A melhora de Nova York veio após o anúncio de que a Sears Holdings reviu para cima sua projeção de ganhos no quarto trimestre fiscal, que se encerra no fim deste mês. A dona das redes Sears e Kmart disse que seu lucro recorrente para o período deve ficar entre US$ 300 milhões e US$ 380 milhões.

Fatores

Mais cedo, os mercados globais recuaram após a divulgação de uma sequência de dados negativos sobre a economia dos Estados Unidos e da Europa. Nos EUA, a alta na taxa de desemprego e dados de redes varejistas pressionam os mercados desde terça-feira.

Além disso, o varejista Wal-Mart divulgou números frustrantes sobre suas vendas e cortou sua perspectiva de lucro do quarto trimestre, elevando as preocupações dos investidores sobre o aprofundamento da recessão.

Nesta quarta, números mostraram que o emprego vem se contraindo também na Europa, com a Espanha batendo recorde no número de desempregados. Dados ruins vieram também da Alemanha, onde as exportações tiveram em dezembro a maior queda mensal desde 1990, ano da reunificação do país.

Nem mesmo o anúncio de que o Banco da Inglaterra baixou sua principal taxa de juros a 1,5% - seu menor nível na história - conseguiu recuperar o ânimo dos investidores nos mercados.

Cenário global

Na Europa, o temor de que a desaceleração econômica global mine os ganhos das empresas gerou perdas nas bolsas pelo segundo dia consecutivo. O FTSE-100, de Londres, fechou com queda de 0,05%, aos 4.505 pontos. Em Frankfurt, o DAX declinou 1,17%. O CAC 40, de Paris, encerrou com recuo de 0,65%.

O dia também foi de prejuízos nas bolsas asiáticas, pressionadas por dados ruins sobre o emprego nos Estados Unidos e temores quanto aos lucros de empresas. índice Nikkei da bolsa de Tóquio caiu 3,9%, após ter tido a maior sequência de altas desde abril de 2006. Na Coréia do Sul, a bolsa de Seul perdeu 1,8%, enquanto a desvalorização na bolsa de valores de Cingapura foi de 2,8%.

(Com informações da Reuters e Valor Online)

quarta-feira, 31 de dezembro de 2008

Ações sobem no dia, mas caem 45% em 2008

LONDRES (Reuters) - As ações européias fecharam em alta nesta quarta-feira, em sessão de poucos negócios devido ao feriado de Ano Novo, mas consolidaram em 2008 sua maior queda anual já registrada, à medida que os mercados foram golpeados pela pior crise de crédito desde a Grande Depressão dos anos 1930.

De acordo com dados preliminares, o índice FTSEurofirst 300 avançou 0,9 por cento na última sessão do ano, mas acumulou queda de 45 por cento em 2008, após valorização de 1,6 por cento no ano anterior e de 16 por cento em 2006.

O índice britânico FTSE 100 registrou sua maior queda anual desde sua criação em 1984, enquanto o indicador CAC-40 da bolsa de Paris acumulou baixa de 43 por cento, a maior já registrada em seus 20 anos de história. O índice DAX da bolsa de Frankfurt caiu 40,4 por cento em 2008.

O índice DJ Stoxx de matérias-primas, que abrange as maiores mineradoras européias, foi o mais golpeado em 2008, cedendo 64,9 por cento, acompanhado de perto pelo índice DJ Stoxx de bancos, que recuou 64,8 por cento.

A melhor performance setorial foi do índice DJ Stoxx de companhias ligadas à saúde, que caiu 18,8 por cento em 2008.

Os bancos, que tiveram um ano desastroso, com muitos procurando pacotes de ajuda governamentais, foram os que mais contribuíram com os ganhos do índice FTSEurofirst nesta quarta-feira.

As ações do Barclays subiram 3 por cento, as do Standard Chartered avançaram 4,9 por cento e as do Royal Bank of Scotland tiveram ganhos de 2,5 por cento.

Os papéis de farmacêuticas, tidos como defensivos, também subiram. Os ativos da GlaxoSmithKline subiram 2 por cento, enquanto os da AstraZeneca avançaram 2,2 por cento, levando seus ganhos acumulados no ano para cerca de 30 por cento, em uma das melhores performances de 2008.

Em LONDRES, o índice Financial Times fechou em alta de 0,94 por cento, a 4.434 pontos.

Em PARIS, o índice CAC-40 teve variação positiva de 0,03 por cento, para 3.217 pontos.

Em LISBOA, o índice PSI20 teve queda de 0,26 por cento, para 6.341 pontos.

(Reportagem de Atul Prakash)

terça-feira, 30 de dezembro de 2008

Bovespa encerra ano com queda de 41,22%, a maior desde 1972


No dia, bolsa brasileira subiu 1,32%.
Em maio, Ibovespa atingiu pico histórico, de 73.516 pontos.

A Bolsa de Valores de São Paulo (Bovespa) encerrou o último pregão do ano com a alta de 1,32%, aos 37.550 pontos, acompanhando o bom humor do mercado nos Estados Unidos. Com o resultado desta terça-feira (30), o Ibovespa, principal indicador da bolsa paulista, acumula queda de 41,22% no ano.

A queda anual é a maior desde os -44,42% registrados em 1972 e a segunda maior da história do indicador, criado em 1968. A terceira maior queda foi verificada em 1998, de 33,46%, segundo levantamento da consultoria Economatica.

Celebrada como o melhor investimento do ano anterior, a bolsa paulista viveu dois momentos distintos ao longo de 2008. Após um primeiro semestre de fortes ganhos, o mercado perdeu o ritmo com o aprofundamento da crise financeira originada nos Estados Unidos. Do pico histórico de 73.516 atingido em 20 de maio, o Ibovespa recuou 48,92% até o final do ano.

No dia

A melhora de humor por aqui seguiu o mercado norte-americano, onde os investidores acentuaram as compras, puxando altas nos principais indicadores.

Os agentes mantiveram o bom humor mesmo depois de o Conference Board anunciar que o índice de confiança do consumidor afundou para o menor patamar desde 1967 em dezembro. A expectativa era de leve melhora.

O sentimento positivo do dia se apóia no resgate de US$ 5 bilhões que o Tesouro dos EUA concedeu à GMAC, braço financeiro da General Motors. A financeira, que agora virou banco, também anunciou que retomará o financiamento de veículos.

FONTE -G1

Por Aluísio Alves

SÃO PAULO (Reuters) - A Bolsa de Valores de São Paulo fechou no azul a última sessão de um ano recheado de recordes negativos, no rastro da crise mundial que atropelou um ciclo de cinco anos seguidos de valorização.

Lastreados nos ganhos de Wall Street, fundos de ações foram às compras para tentar aliviar as perdas do ano, levando o Ibovespa a uma alta de 1,32 por cento nesta terça-feira, aos 37.550 pontos.

O principal índice da bolsa paulista fechou dezembro com alta de 2,6 por cento. Mas foi pouco para fazer frente aos efeitos do maior furacão financeiro das últimas décadas, que provocou queda de 41,2 por cento do Ibovespa no ano.

Mesmo com um rali nos últimos minutos, o giro financeiro foi de apenas 2,6 bilhões de reais, com bancos e corretoras operando em esquema de plantão.

Os ajustes finais das carteiras de ações à nova composição dos índices, que entra em vigor na sexta-feira, acabou contribuindo para impulsionar o índice.

"O dia foi de ajuste dos fundos", disse a operadora de uma grande corretora paulista, que pediu para não ser identificada.

Petrobras, que vai aumentar a liderança na carteira a partir de janeiro, subiu 1,42 por cento, para 22,84 reais. Bradesco, que também ampliará a fatia no portfólio, avançou 1,5 por cento, para 22,59 reais.

O destaque do dia foi JBS Friboi, com avanço de 9,3 por cento, a 4,93 reais. A companhia foi uma das beneficiadas pelo anúncio de que o governo mexicano aprovou 20 frigoríficos dos Estados Unidos para retomar vendas de carne ao país.

MAIS AJUDA NOS EUA

Com isso, o mercado deu pouca importância aos poucos indicadores macroeconômicos do dia --que, para variar, não foram nada bons.

O desfile de notícias com estragos da crise continuou firme: a confiança do consumidor nos EUA teve recorde de baixa em dezembro, as vendas de final de ano foram as piores desde 1970 e a atividade empresarial no Meio-Oeste do país continuou se retraindo em dezembro, embora num ritmo menos drástico que o esperado.

Mas, tentando encontrar alento ao olhar para a frente, os investidores no mundo inteiro preferiram acompanhar o anúncio de uma extensão do pacote do governo norte-americano para salvar as montadoras do país, sendo 1 bilhão de dólares para a General Motors e outros 5 bilhões de dólares para comprar ações da GMAC, braço de financiamento da GM.

No momento em que a Bovespa encerrava os negócios, os principais índices de Wall Street subiam mais de 1 por cento.