A Bolsa de Valores de São Paulo (Bovespa) encerrou o último pregão do ano com a alta de 1,32%, aos 37.550 pontos, acompanhando o bom humor do mercado nos Estados Unidos. Com o resultado desta terça-feira (30), o Ibovespa, principal indicador da bolsa paulista, acumula queda de 41,22% no ano.
A queda anual é a maior desde os -44,42% registrados em 1972 e a segunda maior da história do indicador, criado em 1968. A terceira maior queda foi verificada em 1998, de 33,46%, segundo levantamento da consultoria Economatica.
Celebrada como o melhor investimento do ano anterior, a bolsa paulista viveu dois momentos distintos ao longo de 2008. Após um primeiro semestre de fortes ganhos, o mercado perdeu o ritmo com o aprofundamento da crise financeira originada nos Estados Unidos. Do pico histórico de 73.516 atingido em 20 de maio, o Ibovespa recuou 48,92% até o final do ano.
No dia
A melhora de humor por aqui seguiu o mercado norte-americano, onde os investidores acentuaram as compras, puxando altas nos principais indicadores.
Os agentes mantiveram o bom humor mesmo depois de o Conference Board anunciar que o índice de confiança do consumidor afundou para o menor patamar desde 1967 em dezembro. A expectativa era de leve melhora.
O sentimento positivo do dia se apóia no resgate de US$ 5 bilhões que o Tesouro dos EUA concedeu à GMAC, braço financeiro da General Motors. A financeira, que agora virou banco, também anunciou que retomará o financiamento de veículos.
FONTE -G1
Por Aluísio Alves
SÃO PAULO (Reuters) - A Bolsa de Valores de São Paulo fechou no azul a última sessão de um ano recheado de recordes negativos, no rastro da crise mundial que atropelou um ciclo de cinco anos seguidos de valorização.
Lastreados nos ganhos de Wall Street, fundos de ações foram às compras para tentar aliviar as perdas do ano, levando o Ibovespa a uma alta de 1,32 por cento nesta terça-feira, aos 37.550 pontos.
O principal índice da bolsa paulista fechou dezembro com alta de 2,6 por cento. Mas foi pouco para fazer frente aos efeitos do maior furacão financeiro das últimas décadas, que provocou queda de 41,2 por cento do Ibovespa no ano.
Mesmo com um rali nos últimos minutos, o giro financeiro foi de apenas 2,6 bilhões de reais, com bancos e corretoras operando em esquema de plantão.
Os ajustes finais das carteiras de ações à nova composição dos índices, que entra em vigor na sexta-feira, acabou contribuindo para impulsionar o índice.
"O dia foi de ajuste dos fundos", disse a operadora de uma grande corretora paulista, que pediu para não ser identificada.
Petrobras, que vai aumentar a liderança na carteira a partir de janeiro, subiu 1,42 por cento, para 22,84 reais. Bradesco, que também ampliará a fatia no portfólio, avançou 1,5 por cento, para 22,59 reais.
MAIS AJUDA NOS EUA
Com isso, o mercado deu pouca importância aos poucos indicadores macroeconômicos do dia --que, para variar, não foram nada bons.
O desfile de notícias com estragos da crise continuou firme: a confiança do consumidor nos EUA teve recorde de baixa em dezembro, as vendas de final de ano foram as piores desde 1970 e a atividade empresarial no Meio-Oeste do país continuou se retraindo em dezembro, embora num ritmo menos drástico que o esperado.
Mas, tentando encontrar alento ao olhar para a frente, os investidores no mundo inteiro preferiram acompanhar o anúncio de uma extensão do pacote do governo norte-americano para salvar as montadoras do país, sendo 1 bilhão de dólares para a General Motors e outros 5 bilhões de dólares para comprar ações da GMAC, braço de financiamento da GM.
No momento em que a Bovespa encerrava os negócios, os principais índices de Wall Street subiam mais de 1 por cento.
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