SÃO PAULO (Reuters) - O dólar fechou em leve alta nesta sexta-feira, devolvendo a forte alta de 4 por cento exibida durante a manhã com uma entrada de recursos.
A moeda norte-americana subiu 0,13 por cento, a 2,363 reais. Na semana, o dólar acumulou leve baixa de 0,13 por cento.
Logo nos primeiros negócios da sessão, o dólar chegou a saltar 4,24 por cento. Mas parte da alta foi devolvida ainda de manhã, com o dólar desacelerando pelo fluxo de entrada de recursos no país.
"Teve mais entrada, um fluxo mais positivo", afirmou Luis Piason, gerente de operações de câmbio da corretora Concórdia.
Segundo Piason, com a diminuição das remessas de empresas para o exterior, o dólar tem conseguido se manter abaixo de 2,50 reais. "Houve uma alta muito exagerada na parte da manhã, que não é real, com um pouco de especulação, com um pouco de correção de ontem", disse.
Na véspera, as bolsas de valores norte-americanas pioraram fortemente após o fechamento do mercado cambial doméstico.
Reginaldo Galhardo, gerente de câmbio da Treviso Corretora de Câmbio, teve avaliação semelhante e apontou o movimento dos mercados futuros influenciando o à vista. "Enquanto tivermos essas posições compradas na BM&F, teremos esta volatilidade."
Galhardo lembrou também que a valorização da moeda norte-americana no mercado internacional ajudou a manter o dólar em alta durante a sessão. Frente a uma cesta com as principais moedas globais, o dólar subia mais de 2 por cento.
Nos últimos dias, o dólar perdeu espaço globalmente assim que o Federal Reserve anunciou um corte da taxa de juro norte-americana para perto de zero. E, segundo analistas, investidores realizaram lucros nesta sessão.
O Banco Central ofertou 22 mil contratos de swap cambial tradicional para prosseguir com a rolagem de um lote que vence no ínicio de janeiro, mas vende apenas 6 mil contratos.
A autoridade central também realizou um leilão de venda de dólares no mercado à vista.
Bovespa fecha dia de poucos negócios em queda de 1%
A Bolsa de Valores de São Paulo (Bovespa) praticamente repetiu os números da véspera e fechou em baixa nesta sexta-feira (19). O índice Ibovespa - referência para o mercado brasileiro - teve queda de 1,02%, para 39.131 pontos. Na semana, houve uma leve queda de 0,61%.
Como vem acontecendo no mês de dezembro, o volume de negócios foi, mais uma vez, baixo em comparação à média do restante do ano. De acordo com números finais de fechamento, o volume financeiro negociado no dia foi de R$ 3,06 bilhões.No mercado nacional, a taxa de desemprego no Brasil sofreu uma ligeira alta em novembro, para 7,6%, segundo dados divulgados nesta sexta-feira pelo Instituto Brasileiro de Geografia e Estatística (IBGE). Em outubro, o índice havia ficado em 7,5%, o segundo menor da série histórica da pesquisa.
As ações da Telemar (nome da Oi na bolsa), empresa que foi autorizada na quinta-feira pela Agência Nacional de Telecomunicações (Anatel) a comprar a Brasil Telecom, foi um destaque positivo do pregão, com alta de mais de 4% em seus papéis.
Mercado externo
No exterior, os investidores acompanham a divulgação, pelo governo dos Estados Unidos, de que as indústrias automobilísticas em crise receberão uma ajuda de US$ 17,4 bilhões.
As bolsas dos Estados Unidos, depois de uma queda de mais de 2% no índice Dow Jones na véspera, registraram em leve alta: às 18h20 (horário de Brasília), o Dow, referência para Nova York, tinha alta de 0,22%, enquanto o indicador tecnológico Nasdaq apresentava ganho de 0,62% no mesmo horário.
As bolsas da Europa fecharam em baixa. O índice CAC 40, de Paris, teve queda de 0,26% nesta sexta-feira, enquanto o FTSEurofirst 100, do mercado de Londres, teve queda de 1%. Na contramão, o mercado de Franfkurt fechou em alta de mais de 1%.
Na Ásia, o corte de juro e o anúncio de um pacote econômico do Japão não foram suficientes para estimular as compras na Bolsa de Tóquio, que fechou com baixa de 0,91%.
(Com informações da AFP e da Reuters)
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