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quarta-feira, 29 de abril de 2009

Wall St sobe com esperanças por dados e Fed

Por Chuck Mikolajczak

NOVA YORK (Reuters) - As bolsas de valores dos Estados Unidos tiveram forte alta nesta quarta-feira, depois que dados muito ruins de crescimento ofereceram pistas de uma futura expansão, uma perspectiva reforçada por comentários alentadores do Federal Reserve.

O índice Dow Jones, referência da Bolsa de Nova York, subiu 2,11 por cento, para 8.185 pontos. O termômetro de tecnologia Nasdaq avançou 2,28 por cento, para 1.711 pontos. O índice Standard & Poor's 500 teve valorização de 2,16 por cento, para 873 pontos.

O Produto Interno Bruto (PIB) caiu a uma taxa anualizada de 6,1 por cento no primeiro trimestre, mas os dados mostraram que os gastos dos consumidores avançaram e uma queda nos estoques sugeriu que as indústrias e varejistas terão de repor mercadorias.

Os números provocaram fortes altas nas ações de grandes empresas industriais. Os papéis da Boeing subiram 4,4 por cento, para 40,55 dólares, e os da United Technologies avançaram 2 por cento, a 48,91 dólares.

O banco central voltou a dar um tom positivo logo após o fim de sua reunião. O Fed disse que as perspectivas para a economia melhoraram modestamente desde o último encontro em março.

"É uma boa leitura da economia, é bom para os mercados. Ela segue todos os 'sinais verdes' que nós temos visto, e a boa leitura reforça isso", disse Rick Campagna, gerente de portfólio na Provident Investment Council em Pasadena, Califórnia.

As ações do Wal-Mart estiveram entre as que mais contribuíram com o índice Dow Jones, com os papéis da maior varejista do mundo avançando 4,1 por cento, para 50,45 dólares, ao dizer que 17 por cento dos negócios mensuráveis em fevereiro vieram de novas famílias.

(Reportagem adicional de Leah Schnurr)

Com corte de 1,0 ponto, BC põe Selic em menor patamar histórico

BRASÍLIA (Reuters) - O Comitê de Política Monetária (Copom) reduziu em 1,0 ponto percentual a taxa básica de juro brasileira, para 10,25 por cento ao ano, em decisão unânime e em linha com as expectativas do mercado.

O terceiro corte sucessivo foi inferior ao promovido em março, de 1,5 ponto, mas levou a Selic ao menor patamar da história.

A decisão se deu "avaliando o cenário macroeconômico e visando ampliar o processo de distensão monetária", afirmou o Copom em comunicado nesta quarta-feira.

Pesquisa da Reuters feita na última semana mostrou que 19 de 30 instituições previam corte de 1,0 ponto. Oito previam um novo corte de 1,5 ponto e três acreditavam em redução de 1,25 ponto.

A avaliação predominante dos analistas era de que sinais recentes de recuperação da economia brasileira, ainda que tênues, justificariam um corte menor da taxa básica de juros.

(Reportagem de Isabel Versiani)

terça-feira, 28 de abril de 2009

Após sobe-e-desce, mercado fecha estável

SÃO PAULO (Reuters) - A Bovespa terminou a terça-feira estável, com investidores atentos ao noticiário internacional.

O dia começou com viés negativo, diante do temor de que grandes bancos no exterior precisem levantar mais recursos. O movimento de venda de ações, contudo, foi atenuado por indicadores macroeconômicos nos Estados Unidos que vieram acima do esperado.

Depois de cair 1,86 por cento no pior momento do dia, no início do pregão, o Ibovespa terminou a sessão sem oscilação sobre o fechamento da véspera, aos 45.821 pontos. Na máxima da sessão, o principal indicador da Bolsa paulista chegou a subir 0,69 por cento. O giro financeiro foi de 4,36 bilhões de reais.

As ações preferenciais da Petrobras e da Vale, as mais líquidas da Bolsa, foram em direções distintas. Os papéis da estatal subiram 0,49 por cento, a 28,83 reais, enquanto os da mineradora caíram 0,67 por cento, negociados a 29,50 reais.

As ações do frigorífico Friboi, abatidas ontem pelas preocupações com o alastramento da gripe suína, tiveram recuperação, com alta de 2,13 por cento nesta sessão.

A questão da gripe suína --motivo citado na segunda-feira para a queda de 2,04 por cento do Ibovespa-- só contaminará de fato os mercados acionários se a doença alcançar o status de uma epidemia, segundo operadores.

Em Wall Street, o Dow Jones cedeu 0,1 por cento, enquanto o Nasdaq teve desvalorização de 0,33 por cento e o Standard & Poor's 500 teve baixa de 0,27 por cento.

A confiança do consumidor norte-americano subiu em abril para o maior patamar deste ano com algumas expectativas de que o declínio econômico possa estar chegando ao fim.

O índice de confiança do Conference Board avançou para 39,2 este mês, ante patamar revisado para cima de 26,9 em março. A leitura de abril, que veio acima da mediana das expectativas dos economistas de 29,8, foi a maior desde novembro de 2008.

(Reportagem de Cesar Bianconi)

Brasil monitora 20 possíveis casos de gripe suína

BRASÍLIA (Reuters) - Autoridades sanitárias brasileiras monitoram o estado de saúde de 20 pessoas que apresentam alguns sintomas da gripe suína, que já matou 149 pessoas no México e se espalhou para sete países.

Dos casos notificados ao Ministério da Saúde, ao todo quatro pacientes estão no Paraná, três em Minas Gerais, outros três no Amazonas e mais três em Santa Catarina. Rio de Janeiro, Bahia e Rio Grande do Norte apresentam dois possíveis casos cada um. E o Pará tem um caso possível da doença.

Após a confirmação de casos da doença em Nova Zelândia, Reino Unido, e Espanha, a Agência Nacional de Vigilância Sanitária (Anvisa) decidiu nesta terça-feira estender a triagem de passageiros que desembarcam no Brasil também para voos provenientes desses países.

Passageiros de voos do México, EUA e Canadá já estavam sujeitos a uma fiscalização por parte da Anvisa para verificar se há pessoas com sintomas da gripe. Os viajantes com sinais da doença serão encaminhados diretamente dos aeroportos para hospitais de referência.

A Secretaria Especial de Portos da Presidência da República informou em nota que também serão intensificadas as medidas de prevenção nos portos de todo o país.

Entre elas estão orientação a viajantes que chegarem ou que forem para áreas afetadas pela doença, identificação de casos suspeitos e limpeza e desinfecção de navios provenientes de regiões atingidas, incluindo a gestão de resíduos sólidos.

De acordo com o Ministério da Saúde, em todos os casos sob investigação no país os pacientes estiveram em locais onde houve confirmação da doença, como o México, os EUA e o Canadá. Esses casos continuam sendo monitorados pelas Secretarias Estaduais de Saúde.

Segundo o ministério, no entanto, nenhum dos pacientes preenche a definição de caso suspeito conforme critérios estabelecidos pela Organização Mundial de Saúde (OMS), que inclui uma febre repentina superior a 38 graus, acompanhada de um ou mais dos seguintes sintomas: tosse, dificuldade respiratória, dor de cabeça, dores musculares e nas articulações, além de ter estado no México, no Canadá ou nos Estados Unidos nos últimos dez dias.

Na terça-feira, a direção do Hospital das Clínicas da Universidade Federal de Minas Gerais (UFMG) informou que os três pacientes que foram hospitalizados com sintomas da gripe suína continuavam internados, apesar de apresentarem quadro estável.

Um casal que chegou de Cancún na própria segunda-feira e um homem que chegou de Nova York há alguns dias foram internados por apresentarem febre, coriza, tosse e outros sintomas após chegarem de áreas onde há confirmação da incidência da gripe suína.

Segundo a direção do hospital, o resultado dos exames feitos nos pacientes para verificar se foram ou não infectados pela gripe suína devem ser divulgados pela Fundação Oswaldo Cruz (Fiocruz) na quarta-feira.

Um dos casos da Bahia refere-se a um homem de 40 anos que foi internado na noite de segunda-feira no hospital Otávio Mangabeira, em Salvador, apresentando febre e dor de garganta.

"Ele é brasileiro, vive em Boston e tem parentes em Salvador. Nós estamos monitorando o caso", disse Maria de Fátima Sá Guirra, epidemiologista da Secretaria Estadual da Saúde da Bahia.

"TERRORISMO"

"Até o momento, não há evidências de circulação do novo subtipo do vírus da influenza suína A (H1N1) no Brasil", informou o Ministério da Saúde em uma nota na noite de segunda-feira.

No comunicado, o ministério afirmou que todas as recomendações da OMS estão de acordo com medidas já adotadas no país, "em especial aquelas referentes à não restrição às viagens internacionais e à orientação para procura de atendimento médico, no caso dos viajantes procedentes das áreas afetadas que apresentem sintomas compatíveis com a influenza suína".

O presidente Luiz Inácio Lula da Silva disse que não há motivo para fazer "terrorismo" em cima da doença no Brasil.

"O Brasil está preparado, nós temos remédios para atender as pessoas, vamos fazer fiscalização rígida nos aeroportos, para que a gente evite que essa doença chegue ao Brasil", disse Lula. "Esse é um momento de cautela, um momento de prevenção, e não um momento de se fazer terrorismo com uma coisa que não chegou aqui."

O novo vírus já matou até 149 pessoas no México, e a OMS elevou na segunda-feira o seu nível de alerta contra a gripe suína para a fase 4 (numa escala que vai de 1 a 6), indicando um risco ampliado de pandemia (epidemia global). A última pandemia, da chamada "gripe de Hong Kong", em 1968, matou cerca de 1 milhão de pessoas.

Além dos casos no México, EUA e Canadá, a doença foi registrada também na Espanha, na Escócia, em Israel e na Nova Zelândia.

MISSIONÁRIOS EM QUARENTENA

Um grupo de sete missionários mexicanos foi posto em quarentena ao desembarcar na manhã desta terça-feira, em Belo Horizonte, por temor de serem portadores do vírus da gripe suína.

O grupo chegou do México no Aeroporto Internacional Antônio Carlos Jobim, no Rio de Janeiro, na segunda-feira, e seguiu de ônibus para Belo Horizonte. A Secretaria de Saúde de Belo Horizonte já havia sido alertada sobre a chegada dos missionários e os abordou ainda na rodoviária da capital.

A secretaria informou que os missionários não apresentam nenhum sintoma, mas foram orientados a manter isolamento até que seja afastado o risco de estarem contagiados pela doença --que, segundo infectologistas, se manifesta entre seis e dez dias.

(Por Ana Paula Paiva e Fábio Murakawa, com reportagem adicional de Marcelo Portela e Pedro Fonseca)

segunda-feira, 27 de abril de 2009

Gripe suína contamina negócios e Ibovespa recua 2,04%

Por Aluísio Alves

SÃO PAULO (Reuters) - Depois do recente rali que levou as ações domésticas ao maior nível em seis meses, os investidores da Bovespa valeram-se da volatilidade dos mercados globais com o alastramento da gripe suína para realizar lucro.

Puxado sobretudo pelas ações de empresas de commodities, o Ibovespa caiu 2,04 por cento, aos 45.819 pontos. O volume financeiro da sessão foi de 4,05 bilhões de reais.

"Depois de algumas semanas de sinais de melhora da crise econômica global, apareceu um novo foco de incerteza e o mercado preferiu não pagar pra ver", disse André Spolidoro, sócio e gestor de renda variável da Nobel Asset Management.

No caso, foram vários focos, o de gripe suína, doença que pode ter matado 149 pessoas no México e já se alastrou para Estados Unidos, Canadá e Espanha, entre outros.

Temendo um alastramento do mal, o investidor saiu vendendo ações de companhias aéreas, de empresas ligadas a alimentos, vistas como candidatas a serem as mais penalizadas. Na Bolsa de Nova York, esses setores ajudaram a empurrar o índice Dow Jones para uma queda de 0,64 por cento.

Companhias domésticas dos mesmos setores foram contaminadas por esse movimento. JBS, que tem 15 por cento da receita nos EUA ligada a suínos, segundo analistas, foi a pior do índice, desabando 12,2 por cento, a 6,10 reais.

TAM perdeu 6,1 por cento, a 15,50 reais.

O panorama externo menos positivo também caiu como uma luva para quem pretendia garantir os ganhos com papéis que subiram bastante nas últimas semanas, como os relacionados a commodities.

A queda nos preços de commodities deu um empurrão neste sentido. Sob influência da queda de cerca de 3 por cento do barril do petróleo, a ação preferencial da Petrobras recuou 2,1 por cento, para 28,69 reais.

Movimento ainda mais intenso atingiu as companhias ligadas a metais. O papel preferencial da Usiminas tombou 5,6 por cento, valendo 31,88 reais. A preferencial da Vale acabou depreciada em 2,8 por cento, a 29,70 reais.

Altas pontuais impediram uma queda ainda maior do Ibovespa. Foi o caso de Sadia, que deu um salto de 7,7 por cento, a 4,07 reais, depois que sua maior concorrente, Perdigão admitiu na sexta-feira à noite que retomou negociações para uma possível associação das companhias. O papel da Perdigão caiu 1,3 por cento, a 30,83 reais.

Outros destaques positivos foram Aracruz, com valorização de 9,5 por cento, cotada a 2,64 reais, e sua controladora Votorantim Celulose e Papel, com avanço de 9,9 por cento, a 19,50 reais. Nesta segunda-feira, o Goldman Sachs elevou a recomendação de VCP de neutra para comprar.

(Reportagem de Aluísio Alves; Edição de Eduardo Simões)

Gripe suína viaja do México à Europa; doença já matou até 149

Por Catherine Bremer

CIDADE DO MÉXICO (Reuters) - Governos em todo o mundo se apressavam na segunda-feira para reduzir o impacto de uma possível pandemia de gripe, no momento em que um vírus que já matou 149 pessoas no México e se espalhou para os EUA e o Canadá também chegava à Europa.

Em meio ao surto de gripe suína que assusta os mexicanos, a capital do país foi palco de um terremoto de magnitude 6, que balançou edifícios na Cidade do México. Autoridades não informaram se houve danos ou mortes pelo cismo.

A maioria das vítimas da gripe suína tem entre 20 e 50 anos, segundo o governo mexicano.

Até agora o vírus não matou ninguém fora do México, mas mostrou que é capaz de se espalhar rapidamente entre humanos, suscitando o temor de que o mundo possa estar diante de uma pandemia de gripe, possibilidade para a qual os cientistas vêm alertando há muito tempo.

A Organização Mundial de Saúde (OMS) disse que seu comitê de emergência pode decidir elevar o nível do alerta de pandemia, que atualmente está em 3, numa escala de 1 a 6, para a fase 4 ou 5. A iniciativa assinalaria que a OMS acredita na possibilidade de grandes surtos da gripe.

O governo dos EUA já declarou emergência na saúde pública, e a secretária de Estado Hillary Clinton pediu que as pessoas adotem cautelas se pretendem viajar ao México, acrescentando que Washington está levando o surto "muito a sério".

A União Européia recomendou a seus cidadãos que evitem viagens não-essenciais a algumas das áreas afetadas pela gripe suína.

O México depende fortemente do turismo, sua terceira maior fonte de divisas, e milhões de americanos viajam ao México todos os anos.

O vírus está sendo amplamente descrito como gripe suína, mas possui componentes de vírus clássicos de gripe aviária, humana e suína e, na realidade, ainda não foi visto em suínos.

A Espanha se tornou o primeiro país da Europa a confirmar um caso de gripe suína quando um homem que voltou de uma viagem ao México na semana passada apresentou o vírus.

Horas depois, a Grã-Bretanha confirmou outros dois casos na Escócia. Os dois pacientes estão isolados em um hospital em Airdrie, perto de Glasgow.

Mas nenhum dos pacientes europeus apresentava uma condição grave, e o mesmo aconteceu com relação aos 20 casos da gripe identificados nos EUA e seis no Canadá. Na Nova Zelândia, uma professora e uma dúzia de alunos que retornaram recentemente do México também estão sendo tratados como casos de gripe suína leve.

ESTADO DE ALERTA

O presidente dos EUA, Barack Obama, disse que os casos de gripe suína estão sendo estreitamente monitorados, mas também procurou aliviar os temores.

"Obviamente isto é motivo de preocupação e exige um estado de alerta intensificado. Mas não é motivo de alarme", disse Obama em uma reunião da Academia Nacional de Ciências.

Muitos países intensificaram a vigilância em aeroportos e portos, usando câmeras e sensores térmicos para identificar pessoas que estejam com febre, e a OMS abriu seu centro de comando 24 horas, conhecido como "sala de guerra".

Embora a maioria dos casos da gripe ocorridos fora do México seja relativamente branda, uma alta funcionária do Centro de Controle e Prevenção de Doenças dos EUA disse temer que possam ocorrer mortes nos Estados Unidos.

Nos mercados financeiros, as ações de empresas de viagens e lazer, como a Cathay Pacific Airways, de Hong Kong, e a British Airways, tiveram queda acentuada, enquanto as de fabricantes de medicamentos e vacinas, como a Roche, apresentaram alta.

"A ameaça de pandemia vai enfraquecer mais ainda o comércio global", comentou Justin Urquhart Stewart, diretor de investimentos da Seven Investment Management, de Londres.

terça-feira, 21 de abril de 2009

Bolsas dos EUA se recuperam e fecham em alta por Geithner

Por Leah Schnurr

NOVA YORK (Reuters) - As bolsas de valores dos Estados Unidos fecharam em alta nesta terça-feira após o secretário do Tesouro, Timothy Geithner, indicar que a maioria dos bancos tem reservas suficientes contra possíveis perdas, estimulando uma recuperação das ações do setor bancário.

Lucros de empresas como a United Technologies Corp. também impulsionaram os ganhos.

As ações do JPMorgam Chase & Co avançaram mais de 9 por cento e lideraram o índice Dow Jones, um dia após preocupações com o setor bancário derrubar seus papéis para o menor patamar desde 5 de março.

"Houve uma preocupação de que os bancos pudessem precisar de capital adicional, mas seus comentários foram que a maior parte dos bancos estão adequadamente capitalizados", disse Bucky Hellwig, vice-presidente da Morgan Asset Management, em Birmingham, Alabama.

O índice Dow Jones, referência da bolsa de Nova York, subiu 1,63 por cento, para 7.969 pontos. O termômetro de tecnologia Nasdaq avançou 2,22 por cento, para 1.643 pontos. O índice Standard & Poor's 500 ganhou 2,13 por cento, para 850 pontos.

As ações da United Tech, a maior fabricante de elevadores e ar condicionado do mundo, valorizaram-se em 4,8 por cento, para 47,99 dólares, após a companhia superar expectativas de lucro e informar que, apesar das encomendas continuarem em baixa, houve sinais de estabilização, principalmente na China.

Perdas financeiras globais podem atingir US$4,1 tri, estima FMI

Por Lesley Wroughton

WASHINGTON (Reuters) - Os bancos e outras instituições financeiras ao redor do mundo terão que, eventualmente, amortizar dívidas tóxicas num valor de 4,1 trilhões de dólares, para que a estabilidade financeira global seja restaurada, afirmou o Fundo Monetário Internacional (FMI) nesta terça-feira.

Em seu relatório sobre estabilidade financeira global, o FMI disse que instituições norte-americanas estão quase na metade do caminho para suas deduções necessárias, enquanto a região do euro está mais atrás.

Esta foi a primeira vez que o relatório do FMI incluiu perdas em empréstimos da Europa e Japão, as quais equivalem a um total de 1,3 trilhão de dólares.

O documento apontou que os bancos precisam de amplas injeções de capital para o caso de perdas esperadas e para restaurar a confiança do investidor em um sistema financeiro fragilizado.

O bancos ao redor do mundo aumentaram o capital em até 900 bilhões de dólares, cerca da metade por meio de empréstimos de resgate do governo.

José Vinals, diretor do departamento de mercado capital e monetário do FMI, disse que uma contínua, decisiva e efetiva ação para limpar as folhas de balanço dos bancos é necessária para restaurar a confiança e o crescimento econômico.

"O processo de limpeza está andando, e as elevadas amortizações vão exigir que instituições financeiras mantenham mais capital", disse ele durante coletiva.

"Parte dessa necessidade de capital poderia ser saciada diretamente com uma conversão de ações preferenciais (do governo) para papéis comuns, ou indiretamente com as garantias do governo em cobrir as perdas", disse Vinals.

FMI VÊ PERDAS AUMENTANDO

O FMI disse que agora espera a deterioração em ativos de origem nortea-mericana em até 2,7 trilhões de dólares, substancialmente mais do que 2,2 trilhões de dólares previstos em janeiro. O acentuado aumento reflete perdas principalmente ente outubro e janeiro.

Há apenas um ano, o fundo estava sendo fortemente criticado por estimar perdas de apenas 1 trilhão em ativos de bancos.

"A sensibilidade mudou. O que parecia absurdo, agora parece relevante", disse o primeiro vice-diretor do FMI, John Lipsky.

O FMI estimou que os bancos ao redor do globo vão precisar amortizar cerca de 2,8 trilhões de dólares em empréstimos e fianças. Até agora, cerca de um terço desse volume foi amortizado.

De acordo com o fundo, os bancos norte-americanos deduziram cerca de 510 bilhões de dólares em ativos. Uma outra dedução de 550 bilhões de dólares é esperada nos próximos dois anos.

Na área do euro, as amortizações já totalizaram 154 bilhões de dólares, com outros 750 bilhões previstos para até 2010.

Desde o início da crise, a capitalização de bancos globais caiu mais da metade, para 1,6 trilhões de dólares.

O FMI estimou que bancos poderiam precisar de um capital adicional entre 275 bilhões de dólares e 500 bilhões de dólares nos Estados Unidos, entre 125 bilhões e 250 bilhões de dólares na Grã Bretanha, e cerca de 375 bilhões de dólares a 725 bilhões de dólares na zona do euro.

(Reportagem Adicional de Emily Kaiser)

sábado, 18 de abril de 2009

Economia da zona do euro terá recuperação em 2010, diz Trichet

Por Karolina Slowikowska

VARSÓVIA (Reuters) - A economia da zona do euro deve começar a se recuperar em 2010, depois de um difícil 2009, disse neste sábado o presidente do Banco Central Europeu (BCE), Jean-Claude Trichet, em uma entrevista transmitida pela emissora de TV polonesa TVN 24 e pelo portal TVN24.pl.

Trichet também afirmou que não seria bom para a Polônia acelerar seu processo de adoção ao euro e acrescentou que se o país aspira juntar-se ao bloco deve estar muito bem preparado para isto.

"Nós estamos experimentando um período que é difícil, e o ano de 2009 tem se mostrado obviamente difícil para todas as economias no mundo, sem exceção, mas também é verdade que nós todos temos boas razões para considerar que a recuperação ocorrerá no decorrer de 2010", disse Trichet ao portal TVN24.pl.

"Há um consenso muito sensato daqueles que fazem previsões e economistas que consideram isso."

"Os tempos atuais são difíceis, mas eles (os cidadãos da zona do euro) podem ficar razoavelmente confiantes no futuro porque há muitas boas razões para acreditar que nós estaremos numa situação melhor no próximo ano."

Sobre a política monetária, Trichet reiterou os comentários feitos na entrevista coletiva do BCE no início deste mês, quando disse que o banco ainda possui espaço para reduzir suas taxas de juros e prometeu desenvolver planos em maio para medidas alternativas que possam impulsionar a combalida zona do euro.

Trichet, que deve revelar os planos do Banco Central Europeu para mais estratégias políticas heterodoxas, não deu detalhes sobre essas medidas.

O BCE cortou sua taxa básica de juros em três pontos percentuais desde outubro e espera-se que o banco deva reduzir suas taxas para financiamento em outros 25 pontos básicos, para 1,0 por cento em maio, à medida que a zona do euro sofre com a pior recessão desde que a moeda foi criada.

A economia do bloco se contraiu 1,6 por cento no quatro trimestre do ano passado, e espera-se que o primeiro trimestre deste ano também seja de queda.

(Texto de Karolina Slowikowska)

quarta-feira, 15 de abril de 2009

Gabrielli elogia retirada da Petrobras da conta do superávit primário


Decisão foi anunciada nesta quarta pelo governo.
Retirada é importante para a companhia cumprir seus investimentos, disse.

Valor Online/G1

O presidente da Petrobras, José Sergio Gabrielli, elogiou nesta quarta-feira (15) a decisão do governo de retirar a Petrobras do cálculo de superávit primário do setor público consolidado.

Ele disse que a decisão é importante para a companhia cumprir seus investimentos, projetados em US$ 174,4 bilhões até 2013.

O executivo lembrou que a meta antiga levava em conta o caixa da companhia, conceito que, segundo ele, "penaliza" os investimentos. O novo conceito, explicou Gabrielli, leva em consideração o valor patrimonial da empresa, o que torna o investimento positivo porque "aumenta a empresa".

"Agora mudou o conceito. Mas o dinheiro nunca saiu da Petrobras, é apenas um efeito caixa", frisou. O caixa da Petrobras tem variado entre R$ 10 bilhões a R$ 13 bilhões.

Gabrielli também negou que seja candidato ao senado, que atribuiu a uma manobra política do ministro de Integração Nacional, Geddel Vieira Lima. "Eu não sou candidato nem serei candidato", disse.

Realização de lucros dita 2a queda seguida do Ibovespa

Por Aluísio Alves

SÃO PAULO (Reuters) - Num dia de negócios contaminados com a disputa pelos contratos de índice futuro, a Bovespa emendou a segunda queda seguida, contrariando a tendência positiva de Wall Street.

O Ibovespa cedeu 0,32 por cento para 45.272 pontos. O volume de negócios da sessão foi de 7,9 bilhões de reais, o maior desde 17 de dezembro, com ajuda dos 1,63 bilhão de reais do exercício dos contratos de Ibovespa futuro.

O mercado acionário doméstico, um dos mais beneficiados pelo ingresso de recursos internacionais com o arrefecimento da crise nas últimas semanas, também foi um dos preferidos por investidores para realização de lucros, à medida que novos dados mostraram a persistente fraqueza da economia global.

Com o Ibovespa ainda sustentando valorização superior a 10 por cento em abril, o noticiário do dia potencializou a preferência dos investidores para garantir os ganhos recentes.

"Os dados negativos foram usados como argumento para o investidor realizar lucros", disse Felipe Casotti, gestor de renda variável da Máxima Asset Management.

Essa fila teve à frente os estrangeiros, que só nos primeiros nove dias de abril ampliaram seus investimentos na Bovespa em 2,3 bilhões de reais.

A bateria de dados divulgados nesta quarta-feira incluiu a informação de que o PIB da China deve ter crescido cerca de 6 por cento no primeiro trimestre, abaixo da previsão de economistas, e que os preços ao consumidor e a produção industrial nos EUA recuaram surpreendentemente em março.

Foi o bastante para abater os mercados de commodities. A cotação do barril do petróleo cedeu pelo segundo dia. Os preços dos metais também cederam.

Ações de empresas ligadas a esses setores estiveram entre os principais alvos de vendas. Petrobras caiu 1,7 por cento, para 29,98 reais. Gerdau cedeu 2,1 por cento, para 15,03 reais.

Para completar, o investidor ainda repercutiu a notícia de que o governo brasileiro decidiu reduzir a meta de superávit primário de 2009, de 3,8 para 2,5 por cento.

Embraer seguiu devolvendo parte do ganho de mais de 60 por cento em pouco mais de um mês e encolheu 4,1 por cento, para 9,16 reais.

(Edição de Eduardo Simões)

Governo propõe salário mínimo de R$ 506,50 a partir de 1º de fevereiro

Valor seria relativo ao pagamento de janeiro.
Governo prevê crescimento de 4,5% e taxa de juros de 10,2% em 2010.

O ministro do Planejamento, Paulo Bernardo, disse que o governo federal está propondo um salário mínimo de R$ 506,50 no ano que vem. O primeiro pagamento com o novo valor seria depositado em 1º de fevereiro, referente a janeiro. A proposta está incluída no projeto da Lei de Diretrizes Orçamentárias enviada nesta quarta-feira (15) ao Congresso.

Atualmente, o salário mínimo é de R$ 465. O último reajuste aconteceu em fevereiro deste ano.

Segundo Bernardo, a proposta contempla a expectativa de inflação deste ano e a previsão de crescimento do PIB em 2008. Mais cedo, o Ministério do Planejamento anunciou a exclusão da Petrobras do cálculo do superávit primário.



Depois de prever um crescimento econômico de 2% para o Produto Interno Bruto (PIB) para este ano, o governo federal informou que a expectativa é de uma expansão muito maior em 2010: de 4,5% –mais do que o dobro do estimado para 2009.

"Estamos trabalhando com a recuperação da economia em 2010. Um crescimento de 4% a 4,5%", informou o ministro da Fazenda, Guido Mantega. Em 2011, a previsão é de um crescimento econômico de 5% para o PIB.

Tendo por base projeções do mercado financeiro, o governo estimou ainda um recuo da taxa básica de juros básicos da economia brasileira. A previsão é de uma taxa Selic média de 10,8% neste ano, de 10,2% em 2010, de 10% em 2011 e de 9,99% em 2012.

O governo também espera uma subida no preço do petróleo, que passaria de US$ 47,27 p preço do barril em 2009, para US$ 56 em 2010, para US$ 61 em 2011 e para US$ 64,24 em 2012.

segunda-feira, 13 de abril de 2009

Brasil sai da crise antes que outros países--Meirelles

SÃO PAULO (Reuters) - O presidente do Banco Central, Henrique Meirelles, mostrou um otimismo cauteloso nesta segunda-feira, dizendo estar confiante de que o Brasil sairá da crise um pouco antes dos demais países.

Em evento na Federação das Indústrias do Estado de São Paulo, Meirelles defendeu a atuação do BC no combate aos efeitos da crise.

"É importante garantir que a economia tenha juros mais baixos no futuro, de maneira que tudo isso permita crescimento sustentável e sem os desequilíbrios do passado", disse.

"O BC está fazendo política que vai dar sustentação ao crescimento", avaliou.

Meirelles ressaltou que, diferentemente da maioria dos países, o Brasil entrou na crise com a demanda interna bastante aquecida, crescendo a uma taxa de 9,3 por cento. Esse quadro justificaria o fato de o BC ter iniciado os cortes do juro básico apenas em janeiro, o que foi alvo de críticas por parte de vários analistas.

"Podemos ter aspiração de taxas de juros menores no futuro... mas uma economia que tem esse crescimento da demanda não é uma economia que tem um BC excessivamente conservador", afirmou ao lado de um dos principais críticos da política monetária, o presidente da Fiesp, Paulo Skaf.

Segundo Meirelles, todos estão "no mesmo barco", em busca de um crescimento sustentável, embora haja divergências pontuais.

"Nelson Rodrigues já dizia 'toda unanimidade é burra'."

(Reportagem de Daniela Machado; texto de Alexandre Caverni)

China e otimismo com bancos dos EUA ditam 3a alta da Bovespa

Por Aluísio Alves

SÃO PAULO (Reuters) - O otimismo com dados da economia chinesa e a expectativa positiva com resultados de bancos norte-americanos garantiu à Bovespa a terceira sessão seguida de alta, que atingiu nova máxima em 6 meses.

Sustentado sobretudo pelas ações de empresas de metais, o Ibovespa subiu 1 por cento, aos 45.991 pontos, na maior pontuação desde 2 de outubro. O volume financeiro de negócios da sessão foi de 4,25 bilhões de reais.

Ainda que tenha operado com volatilidade nas primeiras horas do pregão, a bolsa paulista teve o dia todo performance melhor do que os mercados acionários norte-americanos, devido aos ganhos das ações da Vale, que fecharam em alta de 2,4 por cento, a 30,42 reais.

O motivo, segundo analistas, foi a reação do mercado à divulgação de que a produção industrial chinesa cresceu 8,3 por cento em março, divulgada no último sábado.

"O mercado entendeu a notícia como sinal de mais demanda por commodities, como minério", disse Kelly Neander Trentin, analista da corretora SLW.

Esta percepção foi chancelada nesta segunda-feira, após o diretor financeiro da Vale, Fabio Barbosa, afirmar que já vê indícios de melhora na demanda da China por minério de ferro e metais, por causa da redução dos estoques.

O otimismo alcançou também os papéis das fabricantes de aço. Gerdau avançou 3,3 por cento, para 15,18 reais. Companhia Siderúrgica Nacional cresceu 2,5 por cento, negociada a 38,84 reais.

Em paralelo, o ingresso de recursos novos, especialmente de estrangeiros, para a compra de papéis de empresas ligadas ao mercado doméstico. Assim, construtoras voltaram a figurar na parte do cima do índice. Rossi Residencial foi o destaque do setor, subindo 5,7 por cento, a 5 reais.

Companhias endividadas em dólar seguiram se recuperando, num dia de leve queda da moeda norte-americana. Em destaque, TAM decolou 11 por cento, para 16,76 reais.

O resultado só não foi ainda melhor porque a derrocada de 4 por cento do barril do petróleo fez Petrobras recuar 0,16 por cento, a 30,79 reais.

De todo modo, no meio da tarde, com a melhora dos índices de Wall Street, em meio à expectativa de bons resultados trimestrais do Goldman Sachs, que produziram uma disparada das ações do setor financeiro, a bolsa paulista ganhou mais força. O índice Dow Jones cedeu 0,32 por cento, mas o S&P 500 avançou 0,25 por cento.

(Reportagem de Aluísio Alves)

quinta-feira, 9 de abril de 2009

Dólar cai a menor nível em 5 meses por apostas no real

SÃO PAULO (Reuters) - O dólar encerrou a sessão desta quinta na menor cotação frente ao real desde novembro.

Analistas consideraram que a redução de posições compradas em dólar por parte de investidores estrangeiros como o fator principal da queda da moeda norte-americana, tendência reforçada pelo bom humor nas bolsas de valores internacionais.

A moeda norte-americana caiu 1,45 por cento, para 2,172 reais na venda.

O mercado de câmbio doméstico descolou de um movimento global de valorização do dólar. Em relação a uma cesta com as principais moedas mundiais, a divisa norte-americana avançava 0,55 por cento no final da tarde.

"A posição comprada dos estrangeiros diminuiu significativamente do mês passado até agora, e isso está forçando essa baixa mais acentuada do dólar", avaliou Mario Paiva, analista de câmbio da Corretora Liquidez.

Na véspera, pelo último dado disponível, essa exposição dos investidores estrangeiros somava 6,19 bilhões de dólares, ante 6,72 bilhões de dólares no dia 7.

O nível de fechamento desta sessão é o menor desde 7 de novembro, quando a moeda norte-americana fechou a 2,161 reais. Das sete sessões realizadas em abril, o dólar teve queda em seis, registrando desvalorização de 6,4 por cento no período.

Nos Estados Unidos, uma onda de otimismo animava os mercados acionários, à medida que o banco Wells Fargo divulgou um resultado trimestral preliminar surpreendentemente positivo, alimentando esperanças de que a estabilização possa estar voltando ao setor bancário.

No final da tarde, os índices em Wall Street subiam mais de 3 por cento, mesmo movimento seguido pela Bovespa.

No mercado interno de câmbio, segundo os dados mais recentes da BM&F, o volume diário de dólar negociado no segmento à vista girava em torno de 3 bilhões de dólares.

(Reportagem de José de Castro)

Maré de otimismo leva Bovespa a maior patamar em 6 meses

Por Aluísio Alves

SÃO PAULO (Reuters) - Notícias animadoras de bancos e o anúncio de um pacote de estímulo econômico no Japão ditaram nova onda de otimismo nos mercados internacionais, movimento que alçou a Bovespa ao maior patamar em seis meses nesta quinta-feira.

Com um salto de 3,07 por cento, o Ibovespa chegou aos 45.538 pontos, melhor pontuação desde 3 de outubro, o que elevou o ganho acumulado em 2009 a 21,3 por cento.

Mesmo na véspera da Sexta-feira Santa, o ingresso de recursos estrangeiros seguiu firme, garantindo à sessão um giro financeiro de 5,1 bilhões de reais, um dos melhores do ano.

"Apesar de haver muitas incertezas por causa da crise, o noticiário do dia consolidou a visão de que o cenário de curto prazo está bem melhor", disse Nicolas Barbarisi, sócio diretor da Hera Investments.

A revelação de que o banco norte-americano Wells Fargo teve um surpreendente lucro de 3 bilhões de dólares no primeiro trimestre fez o setor bancário levantar os principais índices de Wall Street para altas ao redor de 3 por cento.

Esse quadro mais benigno foi reforçado por dados acima das expectativas da economia chinesa e norte-americana.

Com o anúncio de um pacote de estímulo econômico de 154 bilhões de dólares pelo governo japonês, o clima positivo se esparramou para os mercados de commodities, dando fôlego adicional para as blue chips domésticas.

Vale foi uma das melhores do pregão, com um salto de 5 por cento, a 29,70 reais. A disparada de quase 6 por cento na cotação do petróleo deu combustível à Petrobras, que avançou 4,4 por cento, a 30,84 reais.

A queda livre do dólar --nesta quinta-feira, a moeda norte-americana caiu ao menor nível em 5 meses-- turbinou também as ações de empresas bastante endividadas na divisa dos Estados Unidos.

Embraer decolou 9,1 por cento, a maior alta do índice, para 9,25 reais. Aracruz cresceu 6,25 por cento, valendo 2,04 reais.

Adicionalmente, o otimismo global com os bancos respingou nos papéis de instituições domésticas do setor. Itaú Unibanco subiu 3,4 por cento, a 29,25 reais.

A exceção foi Banco do Brasil, que depois de ter despencado mais de 8 por cento na véspera caiu mais 2,8 por cento, a 16,86 reais, ainda refletindo a reação negativa do mercado à repentina troca no comando da instituição anunciada na quarta-feira.

"A mudança ratifica a idéia da utilização do BB como veículo de aplicação da política governamental de redução dos spreads, o que afeta diretamente as margens e a rentabilidade da instituição", disse a corretora Ativa em relatório.

terça-feira, 7 de abril de 2009

Estrangeiro ameniza pressão, mas Bovespa tem 2a queda

Por Aluísio Alves

SÃO PAULO (Reuters) - Uma nova rodada de dados corporativos e econômicos internacionais negativos contaminou os negócios da Bovespa, mas o movimento foi limitado pelo contínuo ingresso de recursos externos.

Depois de ter chegado a operar com ganhos durante a primeira parte do pregão, o Ibovespa seguiu de longe a derrocada dos índices de Wall Street e fechou em baixa de 0,78 por cento, aos 43.824 pontos.

A intensa movimentação de carteiras, com investidores trocando ações de blue chips por papéis de companhias de segunda linha, garantiu à sessão um giro financeiro de 4,3 bilhões de reais.

Para profissionais do mercado, parte dos investidores valeu-se dos dados divulgados nesta terça-feira para seguir vendendo ações e garantir parte dos ganhos acentuados da semana passada.

E o desfile de indicadores negativos foi novamente generoso. A economia da zona do euro contraiu-se no final de 2008 mais do que a leitura preliminar. A produção industrial britânica teve a décima segunda queda seguida em fevereiro, mês em que o crédito ao consumidor norte-americano voltou a ceder.

No plano corporativo, as coisas não foram melhores, com o banco britânico Royal Bank of Scotland divulgando que pode cortar até 9 mil empregos nos próximos dois anos, enquanto fontes informaram à Reuters que a General Motors se prepara para uma eventual concordata.

O resultado foi a terceira sessão no vermelho nas praças europeias, enquanto os índices de Wall Street afundaram mais de 2 por cento.

INGRESSOS ESTRANGEIROS

Na bolsa paulista, mirando também a queda das commodities --o barril do petróleo caiu quase 4 por cento--, os investidores apontaram as ordens de venda para as blue chips.

Petrobras cedeu 1,1 por cento, para 29,97 reais, enquanto Vale caiu 1,5 por cento, a 28,21 reais. BM&F Bovespa encolheu 0,76 por cento, a 7,85 reais.

Esse comportamento impediu o Ibovespa de registrar um desempenho ainda melhor, já que para empresas ligadas ao mercado doméstico o dia foi de ganhos vistosos.

Para alguns analistas, esse movimento seria uma segunda etapa da entrada de recursos externos na Bovespa, tendência que desde o início de fevereiro já despejou quase 3,4 bilhões de reais no mercado. Só nos primeiros dois dias de abril, a entrada líquida foi de 1,38 bilhão de reais.

"O conjunto de notícias positivas das últimas semanas está fazendo os investidores estrangeiros reduzirem a alocação excessivamente conservadora em mercados centrais", disse o analista econômico da Mercatto Investimentos, Gabriel Goulart.

Dentre os principais alvos do otimismo dos estrangeiros, apareceu Cosan disparando 9 por cento, a 14 reais, depois de fontes revelarem que a Santelisa Vale, uma das maiores companhias de açúcar e álcool do país, fechou a venda de 40 por cento para a trading multinacional Louis Dreyfus.

Ações de construtoras, de concessionárias de serviços públicos e das debilitadas produtoras de papel e celulose engrossaram a coluna de ganhos.

segunda-feira, 6 de abril de 2009

Com giro menor, Bovespa realiza lucro após 4 dias em alta

SÃO PAULO (Reuters) - Após quatro pregões em alta, a Bovespa aproveitou a fraqueza das bolsas de valores externas e embarcou num movimento de realização de lucros nesta segunda-feira.

O principal índice da bolsa paulista fechou em baixa de 0,5 por cento, a 44.167 pontos. O volume total de negócios foi de 3,95 bilhões de reais --abaixo da média diária da última semana, de 4,6 bilhões de reais.

No pior momento do dia, o Ibovespa chegou a recuar 2,16 por cento, também acompanhando um deslize maior de Wall Street.

"Hoje foi um dia de realização de lucros. A alta dos últimos dias foi muito forte para um mercado ainda instável", afirmou Miguel Daoud, sócio da consultoria Global Financial Advisor.

Nas últimas quatro sessões, o Ibovespa havia acumulado ganho de 9,2 por cento, beneficiada principalmente pela perspectiva de que as medidas anunciadas pelo G20 possam ajudar o mundo a se livrar de uma recessão.

Além disso, uma regra mais flexível para marcação a mercado de títulos nos Estados Unidos animou investidores, esperançosos de que os bancos podem ter perdas menores.

Nesta segunda-feira, porém, o setor voltou a ser alvo de descrença nas bolsas norte-americanas depois de comentários de um veterano analista. Mike Mayo, do Calyon Securities, alertou sobre o aumento das perdas ligadas a empréstimos até o final de 2010.

O índice Dow Jones fechou em baixa de 0,52 por cento e o Standard & Poor's 500 cedeu 0,83 por cento, também se recuperando frente às mínimas do dia.

Na Bovespa, as ações que mais contribuíram para a queda do índice foram justamente as que têm maior peso em sua formação.

Vale caiu 1,75 por cento, a 28,64 reais, e Petrobras perdeu 0,36 por cento, para 30,29 reais. Os papéis da BM&F Bovespa recuaram 1 por cento, a 7,91 reais.

Na ponta contrária, as ações do Itaú Unibanco se desvencilharam das perspectivas ruins para o setor bancário dos EUA e subiram 1 por cento, valendo 28,28 reais.

(Por Daniela Machado)

sexta-feira, 3 de abril de 2009

Estrangeiro dobra aposta e leva Bovespa a teto em 6 meses

Por Aluísio Alves

SÃO PAULO (Reuters) - O ingresso continuado de capital estrangeiro fez a Bovespa emplacar a quarta sessão consecutiva de alta nesta sexta-feira, descolando do movimento indefinido de Wall Street em dia de novas mostras de fraqueza da economia dos Estados Unidos.

Com valorização de 1,5 por cento, o Ibovespa alcançou 44.390 pontos, nova máxima em seis meses. O giro financeiro da sessão foi de 4,9 bilhões de reais.

"A entrada do investidor estrangeiro está fazendo a diferença", disse Ricardo Tadeu Martins, gerente de pesquisa da corretora Planner.

Segundo ele, esse movimento teve como pano de fundo a percepção de que as várias medidas que têm sido anunciadas criam condições para a melhora da situação global --o que está desovando ordens de compras de ações nos mercados emergentes.

É uma tendência que reforça o que aconteceu em março, quando os estrangeiros injetaram liquidamente 1,4 bilhão de reais no mercado acionário doméstico, o melhor resultado em 11 meses.

Com o pacote trilionário anunciado na véspera pelo G20 para tentar tirar o mundo da recessão, os investidores relativizaram as novas mostras de fraqueza da economia dos Estados Unidos.

Os dados apontaram que o país eliminou 663 mil empregos em março, levando a taxa de desemprego para o maior nível desde 1983, e que a atividade no setor de serviços caiu.

Durante a maior parte do dia, esses dados preocuparam os investidores de Wall Street o suficiente para segurar os principais índices acionários no vermelho. No final do dia, entretanto, prevaleceu o otimismo com o futuro e o Dow Jones avançou 0,5 por cento.

Na bolsa paulista, as líderes de ganhos foram as sucroalcooleiras, depois que o presidente da Petrobras Biocombustíveis, Alan Kardec, voltar a dizer que a companhia pretende comprar participações em empresas de álcool.

São Martinho, que não faz parte do Ibovespa, disparou 13 por cento, valendo 14 reais, seguida por Cosan, com valorização de 12,2 por cento, a 12,34 reais.

Os setores financeiro e de papel e celulose, além de companhias ligadas a siderurgia e mineração, reforçaram a recuperação do mercado, sob a batuta de Vale, que avançou 1,6 por cento, para 29,15 reais.

(Edição de Daniela Machado)

Dólar cai pela 4a sessão seguida por desmonte de posições

SÃO PAULO (Reuters) - O dólar fechou em queda nesta sexta-feira pela quarta sessão consecutiva, com o mercado dando sequência a uma mudança de estratégia e ampliando as apostas na valorização do real.

Além disso, perspectivas positivas após a reunião do G20 ainda animavam os investidores.

O dólar caiu 1,34 por cento, a 2,206 reais para venda, ainda na menor cotação de encerramento desde 6 de janeiro.

"A reunião do G20 causou euforia nos mercados, diminuindo a sensação de piora da crise, e a participação de países emergentes, como o Brasil, foi decisiva", avaliou Tarcísio Rodrigues, diretor de câmbio do Banco Paulista.

O analista acredita que a economia brasileira tem se saído melhor no atual cenário de crise financeira que a de outros países.

Para ele, a percepção de que o Brasil está com sua bases econômicas mais sólidas atrai investidores, o que permite ingresso de mais dólares no país, reduzindo as pressões sobre o mercado de câmbio.

Segundo os dados mais atualizados da BM&F, a posição comprada de investidores estrangeiros no mercado futuro de dólar (que, na prática, revela uma aposta na alta da moeda norte-americana) caiu para 7,95 bilhões de dólares.

Trata-se do menor nível desde meados de outubro do ano passado, auge da crise financeira. Na máxima de março deste ano, a posição comprada desse grupo de investidores chegou a 14,3 bilhões de dólares.

O Banco Central vendeu nesta sexta-feira 1,254 bilhão de dólares de uma oferta total de 2 bilhões de dólares em um novo leilão de empréstimo da moeda norte-americana com compromisso de recompra, em que os recursos não precisam ser repassados pelos bancos apenas para operações de comércio exterior.

No cenário externo, as bolsas de valores dos Estados Unidos operavam sem tendência definida, à medida que dados de emprego ruins e uma contração acentuada do setor de serviços contrabalançavam bons resultados da fabricante do BlackBerry, Research in Motion.

No Brasil, a Bovespa descolava da volatilidade de Wall Street e subia mais de 1 por cento.

De acordo com os dados mais atualizados da BM&F, o volume de dólar negociado no mercado à vista girava em torno de 2 bilhões de dólares.

Frente a uma cesta com as principais moedas, o dólar mostrava-se praticamente estável, com oscilação negativa de 0,1 por cento.

(Reportagem de José de Castro)

quinta-feira, 2 de abril de 2009

G20 dita otimismo que leva Ibovespa a máxima desde outubro

Por Aluísio Alves

SÃO PAULO (Reuters) - A ação coordenada das maiores economias do mundo em torno de um pacote trilionário para enfrentar a crise global inflamou o ânimo dos investidores da Bovespa, que fechou no seu melhor momento em seis meses.

Impulsionado pelas ações de commodities, o Ibovespa avançou 4,19 por cento, para 43.736 pontos. Esse movimento foi lastreado por um giro financeiro de 5,89 bilhões de reais, o maior movimento do ano.

Os mercados acionários, que já vinham de dois dias seguidos de ganhos em meio a dados alentadores da economia dos Estados Unidos, ampliou ainda mais a onda compradora com a notícia de que o G20 se comprometeu com um estímulo fiscal de 5 trilhões de dólares até 2010 e um reforço a organismos multilaterais, para tentar debelar a recessão global provocada pela crise.

"O mercado se animou com a ideia de que vai ter dinheiro novo no mercado para tentar reanimar a economia", disse Hamilton Moreira, analista sênior BB Investimentos.

O otimismo foi ainda reforçado no meio do dia com a notícia de que o Fasb, órgão que rege os padrões de contabilidade nos Estados Unidos, flexibilizou regras para marcação a mercado, o que favorece bancos atingidos pelos chamados ativos tóxicos.

Os principais índices das bolsas norte-americanas subiram ao redor de 3 por cento.

Na bolsa paulista, o Ibovespa também captou o efeito positivo da disparada dos preços de commodities sobre as ações mais importantes do mercado doméstico.

Na esteira de uma escalada de quase 9 por cento do barril do petróleo, Petrobras subiu 3,7 por cento, a 30,50 reais. Vale foi ainda mais longe com um salto de 6,1 por cento, a 28,70 reais.

O movimento foi reforçado por altas aceleradas dos papéis de empresas dos setores imobiliário e de varejo. Em destaque, Lojas Renner cresceu 9,3 por cento, para 15,95 reais. Foi a mesma alta de Cyrela, que fechou o dia valendo 10,70 reais.

Segundo Moreira, boa parte desse repique na bolsa paulista vem sendo sustentada por novos ingressos de recursos externos.

Nos primeiros 30 dias de março, a entrada líquida de investimentos estrangeiros no setor foi de 1,6 bilhão de reais nos primeiros 30 dias março, o melhor saldo desde abril do ano passado.

G20 define US$1,1 tri para combater crise

Por David Ljunggren and Lesley Wroughton

LONDRES (Reuters) - Os líderes mundiais chegaram a um acordo de 1,1 trilhão de dólares para combater a pior crise mundial desde a Grande Depressão e apertaram as regras para evitar uma repetição desse episódio.

Após uma cúpula em Londres, o G20 --que reúne as principais economias industrializadas e emergentes do mundo-- concordou em publicar uma lista negra de paraísos fiscais que pode resultar em sanções. O grupo também decidiu pela primeira vez impor supervisão sobre grandes hedge funds e agências de classificação de risco.

"Os acordos de hoje começam a conter os 'cowboys' dos mercados financeiros que levaram os mercados globais à ruína, com impactos reais sobre o emprego em todos os lugares", disse o primeiro-ministro da Austrália, Kevin Rudd.

O primeiro-ministro britânico, Gordon Brown, anfitrião do encontro, declarou que "este é o dia em que o mundo se juntou para lutar contra a recessão global. Não com palavras, mas com um plano para a recuperação global e para reformas e com um claro cronograma".

Brown acrescentou que os governos se comprometeram com 5 trilhões de dólares em estímulos públicos à economia neste ano e no próximo, além dos compromissos extras anunciados na cúpula.

Apesar do ânimo dos mercados, analistas alertaram contra uma euforia.

"O financiamento para o FMI é mais do que se esperava e, à medida que isso significa que há mais dinheiro para ajudar as economias com problemas, isso é positivo. Mas os focos de problemas, particularmente na Europa Oriental, ainda estão aí e isso não os fará desaparecer de uma hora para outra", afirmou Nigel Rendall, estrategista de mercados emergentes do Royal Bank of Canada.

Brown reconheceu não haver remédios rápidos, mas afirmou que as decisões da cúpula irão encurtar a recessão e poupar empregos.

O G20 afirmou em comunicado que as medidas tomadas aumentarão a produção mundial em 4 por cento até o fim do próximo ano.

EUROPA E EUA SATISFEITOS

O presidente norte-americano, Barack Obama, minimizou as diferenças na cúpula e disse que o encontro foi "um ponto de virada" para a economia mundial.

O presidente francês, Nicolas Sarkozy, disse que os resultados da reunião ficaram além de suas expectativas e que o mundo começa a caminhar para longe do modelo financeiro "anglo-saxão".

O ministro das Finanças da Alemanha, Peer Steinbrueck, recebeu bem o fato de que nenhuma obrigação foi criada para os países para que adotem mais pacotes de estímulo. Essa questão criou tensão antes da cúpula, com Washington favorecendo tal pacote e Paris e Berlim preferindo deixar que as medidas já tomadas façam efeito nas economias.

Brown acrescentou que serão disponibilizados 1,1 trilhão de dólares para ajudar a economia por meio do Fundo Monetário Internacional (FMI) e de outras instituições.

Isso inclui 250 bilhões de dólares em unidades de reserva do FMI chamadas Direito Especial de Saque. "Isso está disponível para todos os membros do FMI", disse ele.

O FMI também terá seus recursos triplicados, com até 500 bilhões de dólares em novos fundos, dos quais 40 bilhões de dólares virão da China.

O G20 pediu ao FMI que acelere as vendas de ouro para levantar dinheiro e ajudar os países mais pobres.

O grupo também concordou com um pacote de financiamento do comércio mundial de 250 bilhões de dólares nos próximos dois anos.

Atendendo a uma demanda da França e da Alemanha, Brown disse que o G20 concordou "que haverá fim dos paraísos fiscais que não transfiram informações quando solicitadas. O sigilo bancário do passado precisa ter um fim".

"Desde Bretton Woods, o mundo vem vivendo um modelo financeiro, o modelo anglo-saxão. Não é meu trabalho criticá-lo, ele tem suas vantagens, mas hoje claramente uma página foi virada", disse Sarkozy, referindo-se à conferência que criou o modelo econômico do pós-guerra.

quarta-feira, 1 de abril de 2009

Investidor foca dados positivos dos EUA e levanta Bovespa

Por Aluísio Alves

SÃO PAULO (Reuters) - Após mais uma série de mostras de fraqueza da economia global, bastaram alguns dados dos Estados Unidos terem vindo menos ruins do que o esperado para os investidores do mercado acionário voltarem às compras, levando a Bovespa para perto das máximas de 2009.

O Ibovespa, principal indicador da bolsa paulista, subiu 2,57 por cento, para 41.976 pontos. O volume financeiro da sessão foi de 4,35 bilhões de reais.

"O dia começou com uma nuvem preta. Mas depois os números que foram divulgados, embora ainda não deem um sinal de recuperação, mostraram que a situação parou de piorar", disse Newton Rosa, economista-chefe da SulAmérica Investimentos.

No início do pregão, os investidores amargavam as notícias de que só o setor privado dos EUA eliminou 742 mil postos de trabalho em março e que a taxa de desemprego na zona do euro subiu de 8,3 para 8,5 por cento em março.

Mas logo se consolaram ao saber que a atividade fabril norte-americana teve em março uma retração menor do que a esperada por economistas, o mesmo acontecendo com o setor imobiliário do país em fevereiro.

Os principais índices acionários de Wall Street subiram acima de 1,5 por cento, sob liderança do Dow Jones, que avançou 2 por cento.

Na bolsa paulista, o otimismo levantou principalmente as ações de commodities, setor de maior liquidez e de maior peso no Ibovespa, com os investidores fazendo vista grossa para a queda dos preços de commodities, como petróleo e metais.

Assim, Gerdau subiu 4 por cento, para 13,42 reais, seguida por Companhia Siderúrgica Nacional, com valorização de 3,2 por cento, a 35,50 reais.

A trilha foi seguida pelas blue chips. Petrobras ganhou 3 por cento, a 29,40 reais. Vale cresceu 1,1 por cento, cotada a 27,05 reais.

Cesp liderou os ganhos do índice com uma disparada de 7,1 por cento, a 13,92 reais. Embora tenha reportado um prejuízo de 2,35 bilhões de reais em 2008, a elétrica paulista foi vista com otimismo, já que reportou números operacionais melhores do que o esperado.

No extremo oposto do índice, Redecard desabou 8,5 por cento, a 25,66 reais, depois da divulgação de um estudo do Banco Central com críticas à indústria de cartões de crédito.

Dólar cai por desmonte de posições e cenário positivo

SÃO PAULO (Reuters) - O dólar fechou em queda ante o real na primeira sessão do mês, por um desmonte de posições compradas de investidores no mercado doméstico e pelo tom positivo nos mercados internacionais.

A moeda norte-americana encerrou a sessão em baixa de 1,64 por cento, a 2,281 reais para venda.

"Os bancos compraram muitos dólares perto do final do mês. Quando (o mês) vira, eles não têm mais a necessidade de continuar comprando", avaliou José Roberto Carreira, gerente de câmbio da Fair Corretora.

Na Europa, os principais índices de ações fecharam em alta, impulsionadas pelos papéis do setor financeiro, como os do ING e Barclays.

Já nos Estados Unidos, os índices exibiam valorização à medida que dados dos setores industrial e imobiliário alimentavam esperanças de que a economia norte-americana pode estar a caminho de uma estabilização.

Os índices em Wall Street subiam mais de 1 por cento, enquanto a Bovespa avançava acima de 2 por cento.

Para Jorge Knauer, gerente de câmbio do Banco Prosper, "as pressões sobre o câmbio diminuíram" e, mantido o cenário atual, o dólar pode dar continuidade ao movimento de queda registrado em março.

De acordo com os dados mais atualizados da BM&F, o volume de dólar negociado no segmento à vista estava em torno de 3,3 bilhões de dólares.

Frente a uma cesta com as principais moedas mundiais, o dólar mostrava-se praticamente estável, com leve desvalorização de 0,04 por cento.

(Reportagem de José de Castro)