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quarta-feira, 10 de junho de 2009

Índice fecha em alta por bancos e commodities

LONDRES (Reuters) - As bolsas de valores da Europa terminaram em alta nesta quarta-feira, com os bancos liderando os ganhos.

As ações do setor de energia foram impulsionadas pelo avanço do petróleo, enquanto as mineradoras registraram valorização após a produtora de cobre Antofagasta ter dito que planos de expansão estão em andamento.

O índice FTSEurofirst 300, referência das principais praças da região, subiu 1,1 por cento, para 879 pontos, após variar entre 889 e 870 pontos durante a sessão.

"Foi um bom dia, mas eu não estou totalmente certo se há qualquer justificativa inteiramente real por trás disso. Não há notícias que realmente causaram qualquer mudança --nós sabemos que os bancos norte-americanos têm tentado pagar os recursos do governo", disse Peter Dixon, economista do Commerzbank.

"Eu acho que o mercado está subindo à frente de uma recuperação. Eu não tenho certeza se isso é sustentável", afirmou ele.

O segmento bancário foi o que mais impulsionou o índice. HSBC, Banco Santander, UBS, Credit Suisse e BNP Paribas ganharam entre 1 e 4,8 por cento.

Na terça-feira, o Tesouro dos EUA informou que 10 dos principais bancos norte-americanos estão autorizados a reembolsar 68 bilhões de dólares em recursos obtidos por meio do Troubled Asset Relief Program (Tarp).

As ações do setor de energia se subiram após o preço do petróleo atingir a marca de 71 dólares o barril pela primeira vez em 7 meses. BP, Royal Dutch Shell, Premier Oil e Total avançaram de 0,4 a 3,2 por cento.

Mineradoras também operaram em território positivo. A mineradora de cobre chilena Antofagasta subiu 4,5 por cento depois do grupo ter afirmado que está mantendo planos de expansão, com meta de aumento de produção de 60 por cento até 2011.

Em LONDRES, o índice Financial Times fechou em alta de 0,73 por cento, a 4.436 pontos.

Em FRANKFURT, o índice DAX ganhou 1,07 por cento, para 5.051 pontos.

Em PARIS, o índice CAC-40 subiu 0,56 por cento, para 3.315 pontos.

Em MILÃO, o índice Mibtel encerrou em alta de 1,14 por cento, a 20.299 pontos.

Em MADRI, o índice Ibex-35 registrou valorização de 1,37 por cento, para 9.627 pontos.

Em LISBOA, o índice PSI20 perdeu 0,38 por cento, para 7.114 pontos.

(Reportagem de Joanne Frearson)

segunda-feira, 11 de maio de 2009

Em Israel, papa homenageia mortos no Holocausto

Por Philip Pullella

JERUSALÉM (Reuters) - Em visita a um memorial israelense aos 6 milhões de judeus mortos pela Alemanha nazista, o papa Bento 16 disse na segunda-feira que o sofrimento deles não deve ser negado nunca.

A mensagem era dirigida à irritação da comunidade judaica com relação ao bispo britânico Richard Williamson que negou o Holocausto.

No memorial de Yad Vashem, o papa de origem alemã disse ter vindo para honrar a memória dos judeus mortos na "horrível tragédia da Shoah", o termo hebraico para o Holocausto, ao qual chamou de atrocidade que desonrou a humanidade.

"Que os nomes dessas vítimas nunca pereçam. Que o sofrimento deles nunca seja negado, menosprezado ou esquecido", disse ele, como se estivesse orando.

O presidente do conselho de Yad Vashem, o rabino israelense Meir Lau, lamentou que o papa não tenha sido mais explícito.

"Certamente não houve desculpas expressadas aqui", afirmou ele. Não houve "expressão de empatia com o sofrimento".

O papa fez um discurso comovente, disse Lau, mas "ficou faltando alguma coisa. Não houve menção aos alemães ou nazistas que participaram da carnificina nem uma palavra de pesar".

Os comentários do papa ecoaram declarações feitas por ele em fevereiro sobre a polêmica de Williamson, nas quais disse a líderes judeus que "qualquer negação ou minimização desse crime terrível é intolerável".

Depois que o Segundo Conselho do Vaticano repudiou o conceito de culpa coletiva dos judeus pela morte de Cristo, há 45 anos, as relações têm sido assombradas pelo Holocausto e a questão sobre o que a Igreja fez, ou deixou de fazer, sobre isso.

Elas chegaram ao seu pior nível em janeiro, depois que o papa suspendeu a excomunhão de quatro bispos tradicionalistas, incluindo Williamson, que negou que 6 milhões de judeus tenham sido mortos.

O Vaticano disse não saber o suficiente sobre o passado do bispo britânico, e a igreja e líderes religiosos judeus esperavam que o assunto fosse encerrado com a visita ao Yad Vashem.

Antes que Williamson e outros bispos possam ser completamente readmitidos à Igreja, afirmou a Santa Sé, eles precisam aceitar os ensinamentos do Segundo Conselho do Vaticano, de 1962-1965, que exigiu respeito às outras religiões.

Em sua chegada um pouco mais cedo na segunda-feira, o pontífice sublinhou as diferenças políticas entre o Vaticano e o governo de tendência direitista de Israel ao expressar apoio a um Estado palestino.

JUVENTUDE HITLERISTA

Saudando o pontífice, o presidente de Israel, Shimon Peres, disse: "Os líderes espirituais podem abrir o caminho para os líderes políticos. Eles podem limpar os campos minados que obstroem a estrada para a paz".

"Os laços de reconciliação e entendimento estão agora sendo costurados entre a Santa Sé e o povo judeu", acrescentou Peres. "Nossa porta está aberta a iniciativas similares com o mundo muçulmano."

O entusiasmo entre os israelenses, no entanto, era pouco. Nascido na Bavária em 1927 como Joseph Ratzinger, o papa Bento 16 integrou a Juventude Hitlerista quando o alistamento era obrigatório.

Os biógrafos do pontífice dizem que ele nunca foi membro do partido nazista e sua família se opôs ao regime de Adolf Hitler.

Reiterando a política do Vaticano, ele também pediu por uma "resolução justa" para o conflito entre israelenses e palestinos "para que ambos os povos possam viver em paz em uma pátria própria, dentro de fronteiras seguras e internacionalmente reconhecidas".

Desde que assumiu como primeiro-ministro de Israel, em 31 de março, Benjamin Netanyahu não endossou a criação de um Estado palestino na Cisjordânia e na Faixa de Gaza, prioridade norte-americana e árabe.

sábado, 21 de fevereiro de 2009

Crise supera direitos humanos em visita de Hillary à China


Por Arshad Mohammed e Benjamin Kang Lim

PEQUIM (Reuters) - A secretária de Estado norte-americana, Hillary Clinton, afirmou neste sábado que os Estados Unidos e a China podem ajudar a tirar o mundo da crise econômica trabalhando juntos, e deixou claro que isso tem precedência em relação às preocupações dos EUA sobre os direitos humanos em território chinês.

Fazendo sua primeira visita ao país como secretária de Estado, Hillary usou um discurso mais tênue sobre as liberdades políticas e religiosas da China do que as palavras usadas em um outro discurso em Pequim, em 1995, no qual ela criticou abertamente o histórico de direitos humanos do governo chinês.

Falando em uma coletiva de imprensa com o ministro das Relações Exteriores da China, Yang Jiechi, Hillary afirmou que ambos tiveram "discussões francas sobre assuntos onde havia discordâncias, incluindo direitos humanos, o Tibet, liberdade religiosa e liberdade de expressão".

Entretanto, ela sugeriu que os esforços conjuntos para combater a crise financeira global, frear as mudanças climáticas e lidar com desafios de segurança, como o programa de armas nucleares da Coreia do Norte, foram as prioridades da conversa.

"Os eventos mundiais nos deram uma agenda cheia e formidável", afirmou, dizendo que as conversas entre ela e Yang "partiram de uma simples premissa: é essencial que Estados Unidos e China tenham um relacionamento positivo e cooperativo".

Fazendo a sua última parada em uma viagem de uma semana à Ásia, e que também teve passagens por Tóquio, Jacarta e Seul, Hillary mostrou quão entrelaçadas são as economias norte-americana e chinesa.

Os Estados Unidos são um dos maiores compradores de produtos exportados da China, enquanto o país asiático, com reservas externas de cerca de 2 trilhões de dólares, é o maior detentor de títulos de dívida do governo norte-americano.

"Eu aprecio grandemente a contínua confiança do governo chinês no Tesouro dos Estados Unidos. Acho que essa é uma confiança bem-fundamentada", disse Hillary. "Temos todas as razões para acreditar que os Estados Unidos e a China vão se recuperar e que, juntos, ajudaremos a conduzir a recuperação mundial."

Perguntado se a China pode algum dia repensar suas compras de títulos do Tesouro dos EUA, Yang não deu muitos indícios sobre o assunto, dizendo apenas que a nação toma decisões sobre como investir suas reservas para assegurar sua segurança, valor e liquidez.

Tecendo uma diferença marcante de seu discurso em 1995, Hillary afirmou na sexta-feira que Washington pressionará a China sobre os direitos humanos, mas disse que isso não irá "interferir" no trabalho conjunto sobre a crise mundial, as mudanças climáticas e a segurança.

Grupos defensores dos direitos humanos dizem que a posição de Hillary minou a pressão dos EUA sobre os problemas chineses nessa área.

"As palavras da secretária Clinton apontam para uma estratégia diplomática que caiu bem para o governo chinês --segregando assuntos de direitos humanos em um diálogo sem fim de surdos", afirmou em comunicado Sophie Richardson, diretora do Humans Rights Watch na Ásia.

quinta-feira, 5 de fevereiro de 2009

Turbulências na economia levam Bombardier a demitir

Por John McCrank e Scott Anderson

TORONTO (Reuters) - A divisão aeroespacial da Bombardier planeja cortar mais de 1,3 mil postos de trabalho em resposta a um desaquecimento da demanda por jatos executivos, disse a empresa nesta quinta-feira.

A companhia baseada em Montreal informou que 1.010 funcionários temporários e terceirizados, assim como 350 empregos diretos que serão cortados, representam algo como 4,5 por cento dos seus 30 mil trabalhadores em todo o mundo. Os custos da medida devem ficar dentro de 5 milhões de dólares canadenses (4,1 milhões de dólares).

Os cortes de profissionais assalariados vão acontecer nas unidades de Montreal, Wichita, Kansas e Belfast, na Irlanda do Norte, em um período de cinco meses a partir deste mês.

"A indústria está vivendo uma forte turbulência, e nós antecipamos mais volatilidade no curto prazo", disse Guy Hachey, diretor de operações da Bombardier Aerospace, em um comunicado.

"Os fundamentos da Bombardier são sólidos, mas estimamos que iremos enfrentar mais desafios neste ano", acrescentou.

No último ano fiscal, a Bombardier entregou 239 aviões executivos, acima dos 232 no ano anterior.

O número, entretanto, foi menor que o projetado por muitos analistas. Benoit Poirier, analista da Desjardins Securities, disse que esperava que a empresa entregasse 254 jatos executivos. Segundo ele, o número menor que o esperado significava cancelamentos no último trimestre do ano.

A projeção foi, entretanto, mais otimista que a de outros analistas.

"Imaginamos que eles fossem reduzir as entregas em 12 por cento ou algo assim, mas eles nos informaram que o número de jatos executivos será 10 por cento menor", disse Jacques Kavafian, analista da Research Capital.

Os analistas da Desjardins Securities previram uma queda de 23 por cento nos pedidos de jatos executivos neste ano e acrescentaram que novos cortes de produção ainda são uma possibilidade.

quinta-feira, 22 de janeiro de 2009

Em vídeo na web, líder da Al Qaeda pede ataques na Grã-Bretanha

DUBAI (Reuters) - Um importante líder da rede Al Qaeda pediu, nesta quinta-feira, que sejam realizados ataques em países do Ocidente, em especial na Grã-Bretanha, em retaliação à ofensiva israelense em Gaza.

Abu Yahya al-Libi alegou que Londres esteve por trás da criação do Estado judaico.

"Já está mais do que na hora desse país criminoso, quero dizer a Grã-Bretanha, pague o preço por seu crime histórico", disse Libi, em um vídeo exibido na Internet por um site islâmico.

"Não há criança que morra na Palestina... sem que isso seja culpa do (país) que entregou a Palestina aos judeus... a Grã-Bretanha."

Libi, cujo grupo foi responsável por violentos ataques na Grã-Bretanha em 2005, é um dos principais líderes da Al Qaeda. Acredita-se que ele esteja escondido na região de fronteira entre o Paquistão e o Afeganistão.

Libi disse aos britânicos que esperem por represálias pela "campanha de aniquilamento" israelense em Gaza.

"Nós não somos enganados pelas políticas de cortesia. Um lobo é um lobo mesmo que vestido de cordeiro", disse ele, em uma aparente referência às manifestações ocorridas nos países do Ocidente pedindo pelo fim da ofensiva israelense.

Em um vídeo de 31 minutos de duração, Libi também reiterou pedidos por ataques em outros países ocidentais, incluindo nos Estados Unidos.

"Façam com que eles provem a amargura da guerra e as tragédias da falta de moradias, e a miséria do horror", afirmou ele em um chamado aos militantes. "Eles não devem estar seguros enquanto nosso povo (os palestinos) está amedrontado."

"Mujahideen (combatentes sagrados) de todos os lugares, levantem-se como um leão enfurecido... façam o que puderem para que as infiéis capitais do Ocidente e da América e os tiranos árabes experimentem o que nossos irmãos e camaradas mais fracos na Palestina têm experimentado".

Libi elogiou os três dias de ataques em Mumbai, na Índia, em novembro, quando 183 pessoas morreram por supostos militantes islâmicos chamados por ele de "heróis", e pediu atos similares de retaliação.

O líder da Al Qaeda, Osama bin Laden, convocou os muçulmanos neste mês a promover uma luta sagrada contra a ofensiva israelense em Gaza e acusou líderes árabes de estarem em conluio com Israel.

(Reportagem de Inal Ersan)

sábado, 17 de janeiro de 2009

Israel disse sim a pedido de cessar-fogo, diz Egito

CAIRO (Reuters) - O primeiro ministro israelense, Ehud Olmert, telefonou no sábado para o presidente do Egito, Hosni Mubarak, e afirmou "a resposta positiva de Israel" ao pedido egípcio de cessar-fogo em Gaza. A informação foi divulgada pela agência de notícias estatal do Egito, Middle East News Agency (MENA).

(Redação de Alaa Shahine)

quarta-feira, 31 de dezembro de 2008

Ações sobem no dia, mas caem 45% em 2008

LONDRES (Reuters) - As ações européias fecharam em alta nesta quarta-feira, em sessão de poucos negócios devido ao feriado de Ano Novo, mas consolidaram em 2008 sua maior queda anual já registrada, à medida que os mercados foram golpeados pela pior crise de crédito desde a Grande Depressão dos anos 1930.

De acordo com dados preliminares, o índice FTSEurofirst 300 avançou 0,9 por cento na última sessão do ano, mas acumulou queda de 45 por cento em 2008, após valorização de 1,6 por cento no ano anterior e de 16 por cento em 2006.

O índice britânico FTSE 100 registrou sua maior queda anual desde sua criação em 1984, enquanto o indicador CAC-40 da bolsa de Paris acumulou baixa de 43 por cento, a maior já registrada em seus 20 anos de história. O índice DAX da bolsa de Frankfurt caiu 40,4 por cento em 2008.

O índice DJ Stoxx de matérias-primas, que abrange as maiores mineradoras européias, foi o mais golpeado em 2008, cedendo 64,9 por cento, acompanhado de perto pelo índice DJ Stoxx de bancos, que recuou 64,8 por cento.

A melhor performance setorial foi do índice DJ Stoxx de companhias ligadas à saúde, que caiu 18,8 por cento em 2008.

Os bancos, que tiveram um ano desastroso, com muitos procurando pacotes de ajuda governamentais, foram os que mais contribuíram com os ganhos do índice FTSEurofirst nesta quarta-feira.

As ações do Barclays subiram 3 por cento, as do Standard Chartered avançaram 4,9 por cento e as do Royal Bank of Scotland tiveram ganhos de 2,5 por cento.

Os papéis de farmacêuticas, tidos como defensivos, também subiram. Os ativos da GlaxoSmithKline subiram 2 por cento, enquanto os da AstraZeneca avançaram 2,2 por cento, levando seus ganhos acumulados no ano para cerca de 30 por cento, em uma das melhores performances de 2008.

Em LONDRES, o índice Financial Times fechou em alta de 0,94 por cento, a 4.434 pontos.

Em PARIS, o índice CAC-40 teve variação positiva de 0,03 por cento, para 3.217 pontos.

Em LISBOA, o índice PSI20 teve queda de 0,26 por cento, para 6.341 pontos.

(Reportagem de Atul Prakash)

domingo, 28 de dezembro de 2008

Israel ataca Gaza pelo 2o dia e mortos passam de 280

Por Nidal al-Mughrabi

Photo
GAZA (Reuters) - Israel destruiu num ataque aéreo neste domingo a principal instalação de segurança do Hamas em Gaza e está posicionado para uma possível invasão do território, depois de matar mais de 280 palestinos em 24 horas de uma ofensiva contra a região.

Líderes israelenses afirmaram que a ação é uma resposta aos ataques quase diários com foguetes na região de fronteira, que se intensificaram após o Hamas, grupo islâmico no controle da Faixa de Gaza, suspender há uma semana um cessar-fogo de seis meses.

Apesar dos ataques aéreos, militantes dispararam cerca de 80 foguetes para o lado israelense, segundo os serviços de emergência. Num desses ataques, dois foguetes atingiram Ashdod, há 30 quilômetros de distância de Gaza. Não houve mortos, de acordo com a polícia.

Tanques israelenses na fronteira do território palestino estão posicionados para entrar na área, marcada pela pobreza e onde vivem 1,5 milhão de pessoas. O premiê de Israel, Ehud Olmert, e seu gabinete aprovaram o chamado de 6.500 reservistas, segundo autoridades.

"Israel vai continuar a campanha até termos um novo ambiente de segurança no sul, quando a população da região não mais viver sob o terror e o medo de constantes ataques a foguete", disse Mark Regev, porta-voz de Olmert.

O Conselho de Segurança da Organização das Nações Unidas pediu que os ataques e a violência sejam suspensos.

Mantendo a pressão sobre o Hamas, depois de um dos dias mais sangrentos para os palestiinos em 60 anos de conflito, aviões israelenses atingiram a principal instalação de segurança do grupo em Gaza, matando pelo menos quatro guardas, de acordo com uma autoridade médica.

MAIS DE 280 MORTOS

O número de palestinos mortos subiu para 286 desde sábado, quando Israel inicou os ataques aéreos contra alvos do Hamas. Mais de 700 palestinos ficaram feridos.

"Os palestinos nunca viram um massacre tão terrível", declarou o líder do Hamas, Ismail Haniyeh. O grupo jurou vingança, incluindo atentatos suicidas contra "cafés e ruas" de Israel.

No sábado, um israelense foi morto por foguete disparado da Faixa de Gaza.

Analistas militares israelenses afirmam que a ofensiva do país não parece ter como objetivo retomar a Faixa de Gaza ou destruir o governo do Hamas, algo que seria muito ambicioso e arriscado antes da eleição parlamentar de 10 de fevereiro.

Para eles, Israel planeja forçar o Hamas a uma nova trégua, que impediria a longo prazo o ataque com foguetes de Gaza contra os israelenses.

O governo do presidente norte-americano, George W. Bush, nas suas últimas semanas, colocou sobre o Hamas o ônus de evitar mais violência.

Grupos de ajuda humanitária disseram temer que a operação de Israel leve a uma crise na Faixa de Gaza.

O Brasil divulgou na noite de sábado nota, por meio do Ministério das Relações Exteriores, afirmando que acompanhou "com apreensão" a intensificação do lançamento de foguetes do Hamas contra o sul de Israel e recebeu "com grande preocupação" a notícia do ataque aéreo israelense.

"O Brasil deplora a reação desproporcional israelense, bem como o lançamento de foguetes contra o sul de Israel", acrescenta a nota. "O governo brasileiro conclama as partes a se absterem de novos atos de violência e estende sua solidariedade aos familiares das vítimas dos bombardeios desta manhã (de sábado)."

sábado, 20 de dezembro de 2008

Japão aprova verba extra de US$ 54 bilhões para estimular economia

Liberação do dinheiro terá de passar pelo Parlamento do país, em janeiro.
Governo apresentou projeto de orçamento com gasto recorde para 2009.

O governo japonês aprovou neste sábado (20) uma verba extra de US$ 54 bilhões (cerca de 4,8 trihões de ienes) para ajudar a economia do país, que está perto de cair em uma profunda recessão por conta da crise que afeta a economia mundial.

O plano do governo japonês é submeter a proposta ao Parlamento no dia 5 de janeiro, sem garantias de aprovação, uma vez que há divisão dentro da Casa e analistas põem em dúvida a eficácia de um novo pacote em estimular a economia.

O valor extra será usado, segundo informações do governo japonês, para financiar ajudas financeiras, incentivar a criação de empregos e para outras medidas econômicas. "Quero um orçamento audicioso e prático que tem o objetivo de recuperar a economia e assegurar o padrão de vida das pessoas", disse o prmieiro-ministro Taro Aso, em comunicado.

O plano vem um dia depois de o Banco Central japonês ter reduzido a taxa de juro no país de 0,3% para 0,1% ao ano e de o governo ter admitido que a economia do país terá expansão zero no próximo ano fiscal (que começa em abril de 2009 e vai até março de 2010).

Mais gastos

O Ministério das Finanças japonês anunciou um orçamento provisório para o governo que vai atingir 88,5 trilhões de ienes nos 12 meses entre abril de 2009 e março de 2010, desistindo de seu caráter de contenção de gastos governamentais em meio à crise financeira.

Analistas avaliam, porém, dizem que está levando tempo demais para o Japão pôr em prática as medidas de estímulo. "O problema é que está levando mais de cinco meses para Aso pôr em prática suas medidas econômicas em um momento em que as condições econômicas estão mudando muito", afirmou Takahide Kiuchi, economista sênior da Nomura Securities.

O valor de 4,8 trilhões de ienes anunciado neste sábado extra deve ajudar a financiar esses novos gastos do governo, que se somarão a outros dois pacotes econômicos já anunciados pelo primeiro-ministro, um deles de 27 trilhões de ienes e outro de 43 trilhões de ienes.

(Com informações da AFP e da Reuters)

domingo, 14 de dezembro de 2008

Banco Mundial alerta que socorro financeiro pode prejudicar os mais pobres

MIANYANG, China (Reuters) - As nações ricas devem ter cuidado para não causar mais sofrimento ao mundo em desenvolvimento ao tomar medidas mais ousadas para fortalecer suas economias fragilizadas, disse o presidente do Banco Mundial Robert Zoellick neste domingo.

Zoellick alertou que os países mais pobres, que já enfrentam grande perda de empregos, estão vulneráveis às conseqüências indiretas das políticas criadas para socorrer os mercados financeiros.

"Os países desenvolvidos garantiram muitos débitos bancários. Isso tornou difícil para os países em desenvolvimento, com bons programas orçamentários, conseguir lançar títulos no mercado", disse Zoellick em uma entrevista enquanto visitava a província chinesa de Sichuan, devastada por um terremoto em maio.

"É importante para os países em desenvolvimento reconhecer que em algum momento vão precisar de estratégias de saída para essas garantias ou ser capazes de discipliná-las", disse ele. "Não estou dizendo que devem tomar essa atitude agora, mas de outra fora os países em desenvolvimento vão arcar com o impacto disso".

O Banco Mundial disse na semana passada que o derretimento financeiro global está pesando muito nas economias em desenvolvimento, prevendo um crescimento de 4,5 por cento para o próximo ano diante dos 6,3 de 2008.

"Esta crise financeira virou uma crise econômica, e no ano que vem será uma crise de desemprego", disse Zoellick. "Será uma fase extremamente difícil".

Ele disse que a recuperação pode ser dificultada se os países se voltarem para si mesmos na tentativa de salvar suas economias, com pouca atenção para os outros.

"Estou preocupado que o desemprego, especialmente se combinado com os descontos nos preços, possa levar a ondas de protecionismo", disse ele.

Embora elogiando a expansão monetária e o estímulo fiscal nos EUA e em outras partes, Zoellick disse que tais políticas podem conter as sementes de futuros problemas econômicos, acrescentando que seria necessário disciplina para freá-las no longo prazo.

(Reportagem de Simon Rabinovitch)

quinta-feira, 11 de dezembro de 2008

Grécia tem 6º dia de violência, Atenas se acalma

Por Daniel Flynn e Lefteris Papadimas

ATENAS (Reuters) - Dezenas de estudantes atiraram pedras e bombas incendiárias contra delegacias em vários subúrbios de Atenas na quinta-feira, no sexto dia de protestos contra o governo conservador grego.

Mas o centro da capital estava mais calmo do que nos dias anteriores, depois da greve geral de 24 horas da quarta-feira, convocada por sindicatos contra reformas previdenciárias e privatizações.

Em Salônica (norte), cerca de 500 pessoas cercaram a delegacia central de polícia. Houve grandes manifestações também em Patras (oeste) e Ioannina (norte).

Em Atenas, os confrontos recomeçaram ao alvorecer, quando os estudantes que ocupam a universidade enfrentaram a polícia. Os distúrbios em seguida se espalharam para 15 delegacias em diversos bairros.

Alguns alunos levavam cartazes com a pergunta "por quê?", exigindo uma explicação pela morte, no sábado, de um jovem de 15 anos baleado por um policial, o que desencadeou a atual onda de protestos --agravada pela crise econômica e por casos de corrupção no governo.

Há manifestações marcadas para quinta, sexta e segunda-feira em Atenas, e muitos gregos já se perguntam até quando o governo conseguirá sobreviver.

"O governo mostrou que não pode lidar com isso. Se a polícia começar a impor a lei, todos dirão que a junta militar está de volta", disse o eletricista Yannis Kalaitzakis, 49.

Muitas pessoas estão irritadas com o fato de o policial de 37 anos, acusado da morte do adolescente, não ter expressado remorso aos investigadores na quarta-feira. Ele disse que deu tiros de alerta em autodefesa, que ricochetearam e mataram o jovem.

Epaminondas Korkoneas e seu parceiro, acusado de cúmplice, foram presos na quarta-feira para aguardar por julgamento. Geralmente os tribunais gregos levam meses para começar a julgar casos.

O primeiro-ministro Costas Karamanlis, que anunciou apoio financeiro para centenas de empreendimentos danificados nas manifestações, deve viajar para Bruxelas para um encontro da União Européia na quinta-feira, enquanto o governo grego tenta seguir trabalhando normalmente.

Karamanlis e o líder da oposição, George Papandreou, fizeram apelos pelo fim da violência, que abalou dez cidades gregas e provocou centenas de milhões de euros em danos a propriedades.

Gregos também protestaram em Paris, Moscou, Berlim, Londres, Roma, Haia, Nova York, Itália e Chipre.

Embora o governo grego, que tem maioria de apenas um deputado no Parlamento, pareça ter conseguido controlar a crise mais imediata, sua aparente omissão diante dos distúrbios pode afetar ainda mais a sua popularidade, já bastante baixa. O Pasok (partido socialista, o maior da oposição) lidera as pesquisas de opinião e pediu antecipação das eleições.

"O cenário mais provável agora é que Karamanlis convoque eleições dentro de dois ou três meses", disse Georges Prevelakis, professor de Geopolítica da Universidade Sorbonne, em Paris.

Na quarta-feira, a greve geral, com adesão de centenas de milhares de trabalhadores, afetou aeroportos, bancos, escolas e hospitais.

Os sindicatos dizem que as privatizações, os aumentos de impostos e a reforma previdenciária pioraram as condições de vida no país, especialmente para os 20 por cento da população que estão na pobreza.

A Confederação Grega do Comércio disse que só em Atenas os danos às empresas atingiram 200 milhões de euros, sendo que 565 lojas foram seriamente danificadas.

(Reportagem adicional de Dina Kyriakidou, Michele Kambas,, Tatiana Fragou e Angeliki Koutantou)

domingo, 7 de dezembro de 2008

ENTREVISTA-China é vulnerável em crise econômica, diz Dalai Lama

Por Gareth Jones e Piotr Pilat

CRACÓVIA, Polônia (Reuters) - O exilado líder espiritual do Tibete, Dalai Lama, afirmou neste domingo acreditar que a China terá mais dificuldade em lidar com a crise econômica do que os países democráticos.

O líder budista disse ainda pensar que as tratativas diplomáticas entre a China e a União Européia acerca de um encontro que ele teve na Polônia, no sábado, com o presidente francês, Nicolas Sarkozy, logo acabarão.

"A crise econômica global é séria e também gera impacto na China e Índia. Creio que para a Índia, para países democráticos algumas vezes é mais fácil lidar com esses problemas", afirmou o Dalai Lama em entrevista na cidade polonesa de Cracóvia.

"Para uma sociedade totalitária e fechada essas experiências são novas."

O monge de 73 anos, que vive ao norte da Índia, descreveu o grande abismo entre as ricas regiões costeiras da China e seu empobrecido interior como "indefensável" e afirmou que Pequim precisa abraçar a democracia durante seu desenvolvimento.

"Sem dúvida, a República Popular da China é um país muito importante... sua economia está ganhando força e isso merece respeito. Mas seu sistema totalitário está ultrapassado neste planeta", apontou.

"Sob o medo, como é possível desenvolver confiança?... Transparência é muito essencial."

Citando o advento da democracia em países ex-comunistas como Polônia, ele afirmou: "O mundo livre é a maioria."

O Dalai Lama iniciou sua viagem de oito dias pela Polônia no sábado em Gdask, onde participou de comemorações pelo 25o aniversário da conquista do Nobel da paz pelo ícone polonês pró-democracia Lech Walesa.

PROTESTOS

Para desconforto da China, o Dalai Lama, também ganhador de um prêmio Nobel, teve conversas em Gdanks com Sarkozy, que exerce a presidência rotativa da União Européia. O monge ignorou os protestos de Pequim, observando que eles costumam preceder seus encontros com líderes mundiais.

"De acordo com nossa experiência não há muito a se seguir. A China precisa da Europa."

Nacionalistas chineses pediram um boicote aos produtos franceses em protesto contra o encontro de Sarkozy.

Empresas francesas estiveram sujeitas aos boicotes chineses e manifestações no início do ano depois que a etapa parisiense da viagem da tocha olímpica foi atrapalhada por manifestantes contrários à China.

O Dalai Lama afirmou apreciar o gesto de Sarkozy. "Sarkozy está mostrando uma preocupação genuína sobre o Tibete. Eu valorizo isso, apesar das dificuldades e inconvenientes ele se mantém firme sobre o princípio", acrescentou.

O líder budista disse que o presidente eleito dos Estados Unidos, Barack Obama, também mostrou interesse sobre as dificuldades do Tibete, telefonando-o durante a campanha presidencial.

"Estou bem certo de que depois que ele se torne presidente ele continuará com políticas de apoio ao Tibete", disse o Dalai Lama.

O presidente dos Estados Unidos, George W. Bush, pediu com urgência que Pequim abra diálogos genuínos com o Dalai Lama, que afirma ser favorável à auto-determinação, não independência, para sua montanhosa terra natal.

Quando perguntado sobre se espera ver o Tibete novamente, o Dalai Lama respondeu: "Realmente sim... se não, não importa muito." Citando um provérbio tibetano, ele disse que a casa é onde você se sente mais feliz.

O Dalai Lama foi exilado para a Índia em 1959 depois de uma fracassada insurreição acerca do domínio chinês sobre o Tibete, ocupado pelas Tropas Populares da Libertação desde 1950.

segunda-feira, 1 de dezembro de 2008

Obama indica Hillary e Gates para política externa

Por Jeff Mason e Caren Bohan

Photo CHICAGO, 1o (Reuters) - O presidente eleito dos Estados Unidos, Barack Obama, indicou nesta segunda-feira sua ex-concorrente, Hillary Clinton, para o cargo de secretária de Estado.

Ele anunciou também que Robert Gates continuará como secretário de Defesa, formando parte de uma equipe nacional de segurança encarregada de remodelar a liderança dos Estados Unidos nos temas globais.

Hillary e Gates, que no passado já expressaram idéias distintas de Obama sobre a política externa e a defesa nacional, implementarão o programa do futuro presidente de reconstruir a imagem dos Estados Unidos no exterior e de administrar duas guerras diferentes, no Iraque e no Afeganistão.

"Eu montei esta equipe porque eu acredito fortemente em personalidades fortes e em opiniões fortes. Eu acho que é dessa forma que as melhores decisões são tomadas", disse Obama em entrevista coletiva.

Hillary, que subiu no palanque com Obama em Chicago, disse que os Estados Unidos precisam confiar em seus amigos para ajudar no combate a ameaças como o aquecimento global e o terrorismo --crítica implícita à estratégia unilateral do atual presidente, George W. Bush.

"Por mais que nós estejamos determinados a defender nossas liberdades a qualquer custo, nós também nos comunicamos com o mundo outra vez, buscando uma causa comum e uma superioridade maior", afirmou.

Junto com Hillary e Gates, Obama nomeou o general da reserva James Jones como conselheiro nacional de segurança e a governadora de Arizona Janet Napolitano como chefe de Segurança Interna.

Ele também indicou Eric Holder, que já passou pelo Departamento de Justiça, como procurador-geral, e Susan Rice, assessora de Obama em política externa, como embaixadora dos Estados Unidos para a Organização das Nações Unidas (ONU).

Todos os indicados devem receber a chancela rápida do Senado, controlado pelo Partido Democrata.

O anúncio recebeu ênfase especial após os ataques da semana passada em Mumbai, na Índia, onde homens armados mataram quase 200 pessoas, incluindo cinco norte-americanos, e aumentaram a tensão entre as potências nucleares Índia e Paquistão.

Com as pesquisas mostrando a maior parte dos norte-americanos mais preocupada com a economia do que com a segurança, Obama passou boa parte da semana passada indicando os membros de sua equipe econômica e apresentando a si mesmo como um diretor-executivo forte.

Mas os ataques de Mumbai foram um lembrete de que Obama não pode se dar ao luxo de focar somente a economia. O vice-presidente de sua chapa, Joe Biden, alertou durante a campanha presidencial que Obama poderia ser testado por uma crise nacional de segurança já nos primeiros seis meses no cargo --que assume em 20 de janeiro.

GATES OFERECE CONTINUIDADE

Gates vinha dizendo que queria deixar o cargo no fim do governo Bush, e não está claro quanto tempo ele pretende participar da administração de Obama.

Ainda que Gates tenha evitado a crítica direta a Obama durante a eleição presidencial, ele tem defendido políticas divergentes às do novo presidente em questões como a Guerra do Iraque.

Obama quer retirar as tropas 16 meses após assumir o cargo, mas Gates alertou contra a definição de cronogramas e contra uma saída rápida, dizendo que isso poderia ameaçar os avanços em segurança conquistados no último ano.

sábado, 29 de novembro de 2008

Em luto, Índia vive seu próprio "11 de setembro"

Por Phil Smith e Krittivas Mukherjee

MUMBAI (Reuters) - O choque deu lugar ao luto e à raiva no sábado, enquanto a Índia lida com o que os jornais locais estão chamando de o seu "11 de setembro", com manifestantes acusando o Paquistão de estar por trás dos ataques que mataram pelo menos 195 pessoas.

Soldados de elite e equipes de resgate trabalhavam nos escombros após a onda de violência que durou três dias, quando cerca de 50 manifestantes se reuniram nas proximidades do Taj Mahal Palace Hotel ainda em chamas.

"Nossos soldados vieram e o Paquistão fugiu", gritavam, erguendo os punhos ao alto.

A Índia culpou "elementos" do rival nuclear Paquistão pelos ataques, e há evidências de que os militantes islâmicos podem ter planejado a ofensiva no país vizinho.

Para os parentes das vítimas, a realidade dos ataques foi exposta no necrotério do Hospital JJ em Mumbai.

"Há três dias, ouvimos diferentes informações sobre minha irmã. Finalmente, hoje quando a vi, seu rosto havia sido destruído", disse um parente da jornalista Sabina Saikia, que foi morta dentro do hotel Taj Mahal.

Uma mensagem de texto circulou por Mumbai pedindo que as pessoas vistam roupas da cor preta no sábado. Muitos acenderam velas em cidades pelo país como um sinal de condolências.

Em outros lugares da Índia, milhares guardaram luto pela morte de 20 policiais e soldados nos combates com os militantes que transformaram a capital econômica e do entretenimento da Índia em uma zona de guerra, com ataques coordenados em vários pontos da cidade.

Imagens da TV mostraram caixões cobertos com bandeiras e coroas de flores sendo carregados em procissões coloridas. Bandas militares vestidas em uniformes vermelhos e pretos tocaram e fizeram salvas de tiros de homenagens durante as cerimônias funerais dos soldados mortos, que estão sendo considerados mártires.

Jornais chamaram os ataques de Mumbai de o "11 de setembro indiano" em referência aos ataques de 11 de setembro de 2001, que mataram aproximadamente 3.000 pessoas nos Estados Unidos.

Os políticos não deram trégua, com votações marcadas para Nova Délhi no sábado.

O partido Hindu nacionalista Bharatiya Janata (BJP), principal partido de oposição, fez anúncios de primeira página acusando a coalizão governista do Congresso de fracassar na defesa do país.

"Ataques terroristas brutais à vontade. Governo fraco. De má vontade e incapaz. Combata o terrorismo - Vote BJP", disse um anúncio, mostrando uma mancha vermelho sangue em um fundo preto.

O Partido do Congresso, criticado pelo BJP sobre a segurança nacional nas últimas semanas, respondeu: "20 dias de campanha falsa não podem substituir 10 anos de desenvolvimento. É a sua decisão".

segunda-feira, 10 de novembro de 2008

Pacote de estímulo da China impulsiona mercados na Ásia

Por Eric Burroughs

HONG KONG (Reuters) - As bolsas de valores da Ásia fecharam em alta nesta segunda-feira depois que a China divulgou um plano de estímulo econômico de quase 600 bilhões de dólares, mais uma das muitas medidas tomada por governos para limitar as consequências da crise financeira global. Os preços das commodities também tiveram reação positiva ao pacote.

Glen Maguire, economista-chefe para Ásia do Société Générale, disse que os cortes de juro, maiores gastos governamentais globalmente e uma provável recuperação dos investimentos corporativos no próximo ano devem semear uma recuperação econômica.

"A atividade econômica só pode acelerar. Cuidado com os profetas do juízo final", disse Maguire.

Os danos decorrentes da pior crise financeira desde a Grande Depressão foram destacados mais uma vez na sexta-feira, quando o governo dos Estados Unidos divulgou que a taxa de desemprego no país atingiu o patamar mais alto em 14 anos. Dados econômicos japoneses divulgados nesta segunda-feira também mostraram que as encomendas de máquinas sofreram a maior queda trimestral em uma década.

O índice Nikkei da bolsa de Tóquio encerrou o pregão com alta de 5,8 por cento, enquanto o índice da bolsa de valores de Xangai, na China, teve forte valorização de 7,27 por cento, o que ajudou a elevar o índice MSCI das principais ações asiáticas, com exceção do Japão.

Um estrategista de ações do Citigroup disse em relatório que a saída de recursos dos mercados acionários da Ásia, excluindo Japão, já totaliza 20,2 bilhões de dólares, ou 37 por cento do dinheiro que ingressou entre 2003 e 2007 --um percentual similar à quantidade que saiu durante a crise de 1997-1998.

O índice Kospi, da bolsa da Coréia do Sul, registrou alta de 1,6 por cento, tendo dificuldades inicialmente de estabilizar ganhos à medida que a Hyundai Motor se desvalorizou com a notícia do impacto do apoio norte-americano a sua abatida indústria automobilística.

O índice S&P/ASX 200 da Bolsa de Sidney, na Austrália, fechou em alta de 1,4 por cento, impulsionado por ações da BHP Billiton da Rio Tinto, mesmo depois que o banco central do país cortou sua previsão de crescimento.

Em Hong Kong, o índice Hang Seng subiu 3,5 por cento, e em Cingapura, a valorização foi de 1,1 por cento.

sexta-feira, 7 de novembro de 2008

Países emergentes tentarão ganhar influência com reunião do G20

Por Todd Benson

SAO PAULO (Reuters) - Autoridades financeiras dos principais países emergentes iniciam em São Paulo nesta sexta-feira uma reunião do G20 que pode ajudar a desenhar as bases para uma revisão do sistema financeiro global que dê mais voz aos países em desenvolvimento.

Com os Estados Unidos e a Europa cambaleando em meio à crise financeira mundial, as robustas economias emergentes, como o chamado Bric --que reúne Brasil, Rússia, Índia e China--, querem ter um papel mais importante no cenário mundial.

Mas os interesses diversos desses países podem dificultar a obtenção de um consenso sobre como melhor regular os mercados financeiros e redefinir organismos mundiais como o G8 --grupo dos sete países mais industrializados do mundo mais a Rússia.

Os ministros das Finanças e as autoridades dos bancos centrais procurarão, nos três dias de reuniões do G20 em São Paulo, dar sequência à cúpula do fórum Cooperação Econômica Ásia-Pacífico (Apec), que terminou na quinta-feira no Peru pedindo uma ação coordenada para estimular os mercados de capital.

Qualquer progresso feito no encontro do G20 e na reunião do Banco de Compensações Internacionais (BIS) na segunda-feira, também em São Paulo, servirá como um rascunho para uma cúpula do G20 em Washington em 14 e 15 de novembro, que está sendo vista como uma chance de se redesenhar a arquitetura financeira global.

"As expectativas para (a reunião de) São Paulo são altas", disse John Kirton, diretor do Grupo de Pesquisa do G20 da Universidade de Toronto. "Mas a reunião de Washington veio tão rapidamente que mesmo que houvesse uma posição comum dos Brics, o que não é óbvio que há, eles não tiveram tempo para discutir e saber qual ela é."

Como anfitrião do encontro do G20, o Brasil enfrenta a pressão para aproveitar a oportunidade para impulsionar sua imagem de emergente potência mundial e alcançar um consenso entre os países participantes que possa ser levado a Washington.

O Brasil vem passando pela atual crise melhor do que em outros períodos de turbulência, mas as autoridades do país estão descontentes com o fato de os Estados Unidos não estarem fazendo mais para conter a crise, que vem afetando a economia brasileira.

O ministro da Fazenda, Guido Mantega, disse que irá levar uma série de propostas ao encontro. A primeira será fortalecer o G20, para que ele tenha um papel mais ativo em instituições multilaterais como o Fundo Monetário Internacional (FMI) e o Banco Mundial.

Ele também quer uma expansão do G8 para incluir países emergentes e pedirá às nações do G20 que aumentem seus gastos fiscais para estimular o crescimento.

"Nós temos que tomar cuidado e evitar que a saída (para a desaceleração provocada pela crise) seja de nacionalismo, de fechamento do país", disse Mantega em entrevista à Reuters.

DE OLHO NA CHINA

Embora o Brasil queira ganhar liderança, qualquer esforço coordenado para retomar a normalidade dos mercados dependerá da China, que tem extraordinárias reservas internacionais de 2 trilhões de dólares.

"Todos os olhares invevitavelmente estarão sobre a China", disse Kirton. "Ela tem todo o dinheiro do qual o mundo precisa. Se a China vai usar esse dinheiro para um resgate e como ela o usaria... é a principal questão pendente."

A China sempre adotou uma postura discreta em questões internacionais, preferindo focar-se em assuntos internos, mas alguns analistas dizem que dado o atual momento, o país pode não ter mais como evitar os pedidos para adotar uma maior responsabilidade.

Na reunião da Apec no Peru, o vice-ministro das Finanças da China, Li Yong, disse que seu país está pronto para juntar-se a outros países e ao FMI para ajudar a estabilizar os mercados financeiros, mas não deu mais detalhes de como faria isso.

A Índia, terceira maior economia da Ásia, deve juntar-se ao Brasil na campanha para dar aos emergentes maior voz no cenário mundial.

A Rússia é a incógnita entre os Brics. Como membro do G8 que está focado em retomar seu status como potência mundial, a Rússia tem poucos incentivos, segundo analistas, para apoiar os pedidos pela expansão do G8.

O presidente russo, Dmitry Medvedev, afirmou em discurso nesta semana que Moscou pedirá que o G20 busque mais poderes e capital para as instituições financeiras já existentes.

(Reportagem adicional de Isabel Versiani e Daniela Machado, em São Paulo, Alan Wheatley, em Pequim, Charlotte Cooper, em Mumbai, e Gleb Bryanski, em Moscou)

sexta-feira, 31 de outubro de 2008

Lula: crise é sistêmica e solução tem que envolver emergentes

SAN SALVADOR (Reuters) - O presidente Luiz Inácio Lula da Silva afirmou nesta quinta-feira, na capital salvadorenha, que a atual crise financeira global é sistêmica e não será resolvida sem a participação dos países em desenvolvimento.

Em seu discurso na sessão plenária de chefes de Estado e de governo da 18a Cúpula Ibero-Americana, em El Salvador, Lula destacou que os atuais mecanismos internacionais foram incapazes de prever a crise e também não estão conseguindo resolver as suas consequências.

"É preciso refundar os mecanismos de governança global, com maior participação dos países em desenvolvimento. É diante das crises que a nossa capacidade de inovar é posta à prova", defendeu Lula em discurso.

Lula acrescentou que os países emergentes não podem ser excluídos dos processos decisórios, pois muitas vezes são os mais atingidos.

"É também necessário repensar os organismos financeiros internacionais, conferindo-lhes a indispensável capacidade regulatória", propôs, dizendo que todos os países são vítimas dos que "especulam com esperanças e vendem ilusões".

O presidente mencionou a reunião extraordinária do Mercosul sobre a crise, na última segunda-feira, em Brasília, e insistiu na tese de que a resposta mais correta às turbulências é maior integração e menos subsídios.

"Por isso continuamos a apostar na conclusão rápida e exitosa da Rodada de Doha", disse Lula. "Interna como internacionalmente, precisamos encontrar respostas que estimulem a economia real e promovam o crescimento."

PAC MANTIDO

Lula também afirmou que o país vai manter o plano de investimentos de 504 bilhões de reais até 2010 previsto no Programa de Aceleração do Crescimento (PAC), apesar da turbulência causada pela crise financeira internacional.

"Não podemos permitir que esta crise econômica, fabricada por especuladores que transformaram a economia e o sistema financeiro em um cassino, venha a proibir que um país faça os investimentos que tem que fazer", disse.

Lula chegou na noite de quarta-feira a San Salvador para o encontro do qual participam outros líderes de países da América Latina, como os presidentes da Argentina, Cristina Kirchner, e do México, Felipe Calderón.

Lula segue nesta quinta-feira para Cuba, onde discute acordos de energia com o presidente Raúl Castro. Ele deve visitar Fidel Castro, que não é visto em público desde julho de 2006, pouco antes de deixar o poder por problemas de saúde.

(Reportagem de Armando Tovar)

sábado, 11 de outubro de 2008

Rússia pede Brasil e emergentes em cúpula do G8 sobre crise

MOSCOU (Reuters) - O ministro do Exterior da Rússia, Sergei Lavrov, conclamou no sábado as nações do G8 a realizar com urgência um encontro de cúpula para lidar com a crise financeira e pediu a participação de países emergentes como o Brasil, informaram agências de notícias russas.

"Nós concordamos com a necessidade de um fórum de alto nível que iria além do clássico Grupo dos Oito, e acreditamos que o fórum deva ser preparado, mas não protelado", disse ele à agência RIA Novosti em Dortmund, na Alemanha.

O G8 é composto por Estados Unidos, Canadá, Grã-Bretanha, Itália, França, Alemanha, Japão e Rússia.

Lavrov disse que China, Brasil, Índia, África do Sul e México também deveriam comparecer, ecoando proposta do presidente da França, Nicolas Sarkozy, disse a RIA.

(Reportagem de Melissa Akin)

quarta-feira, 8 de outubro de 2008

FMI reduz previsão de crescimento mundial em 2009 a 3%

WASHINGTON (Reuters) - Em sua pior previsão em anos, o Fundo Monetário Internacional (FMI) disse nesta quarta-feira que a economia mundial está em uma grande desaceleração, com os Estados Unidos e a Europa já em recessão ou próximos dela.

"A economia mundial está agora entrando em uma forte desaceleração diante do mais perigoso choque dos mercados financeiros maduros desde a década de 1930", disse o FMI em seu relatório Perspectivas Econômicas Mundiais.

O FMI disse que políticas econômicas e regulatórias negligentes provavelmente permitiram que a economia global "excedesse seu limite de velocidade". Além disso, falhas nos mercados e de políticas permitiram que o estresse se aprofundasse. Agora, a economia paga o preço.

O FMI reduziu sua previsão para o crescimento econômico mundial em 2009 para 3 por cento --o menor nível em sete anos--, ante a estimativa de 3,9 por cento feita em julho e alertou que a recuperação será atipicamente lenta.

Neste ano, o crescimento deve ser de 3,9 por cento, abaixo do prognóstico anterior de 4,1 por cento.

(Por Lesley Wroughton)

sexta-feira, 3 de outubro de 2008

Europa lança código de conduta para provedores de Internet

ESTRASBURGO (Reuters) - O Conselho da Europa apresentou nesta sexta-feira as diretrizes de um código para proteger a privacidade, a segurança, a liberdade de expressão e a dignidade dos usuários de Internet, focalizando sua atenção nos jogos online.

A iniciativa é voltada aos provedores de Internet e foi elaborada com seus representantes na Europa, a EuroISPA e a ISFE, e consiste em uma série de normas técnicas e morais inspiradas no sentido comum para convencer o setor a autorregulamentar sua atividade empresarial.

O Conselho da Europa recomenda reforçar a informação dada a os internautas sobre seus direitos e deveres, sobre os riscos a que se expõem e às ferramentas para controlá-los, como os antivírus, os filtros e o controle pelos pais.

Com respeito aos jogos em rede, a proposta convida os criadores e editores a "avaliar como o conteúdo do jogo pode influenciar sobre a dignidade humana, a sensibilidade e os valores dos jogadores" e colocá-los em alerta contra a violência, o apelo ao sexo e o racismo.

Um dos pontos chave na iniciativa é poder integrar ao jogo ferramentas como o controle por parte dos pais para filtrar os conteúdos, limites de horário e proibição do acesso em determinados momentos do dia.

A EuroISPA é uma associação que agrupa mais de 1 mil provedores europeus de Internet, enquanto a ISFE congrega editores de jogos de 31 países daquele continente.

(Por Gilbert Reilhac)