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domingo, 4 de outubro de 2009

FMI diz que Brasil pode "instigar" o apetite dos investidores

ISTAMBUL (Reuters) - O Fundo Monetário Internacional (FMI) não poupou no domingo elogios à performance econômica do Brasil durante a crise econômica global, dizendo que seu retorno ao crescimento e às políticas fortes pode "instigar o apetite" de investidores.

Nicolas Eyzaguirre, diretor de Hemisfério Ocidental do FMI, disse que o Brasil deve recuperar-se da crise mais rapidamente que qualquer outro país latino-americano, beneficiando-se de uma retomada forte das exportações de commodities à Ásia e de sua política econômica forte anterior à crise.

"O Brasil vai instigar o apetite dos mercados de capitais devido à solidez de sua economia", disse Eyzaguirre. "O problema do Brasil é como administrar a abundância. O país provavelmente é o que está se recuperando no ritmo mais acelerado na região."

Ele declarou que a recuperação brasileira ganhará ímpeto se a recuperação da economia mundial não tropeçar e se os preços das commodities continuarem com sua tendência de alta.

Quando a crise começou, o Brasil apresentava uma posição fiscal forte, o que lhe permitiu aumentar seus gastos à medida que foi atingido pela recessão, com isso contrabalançando a queda. Além disso, o país possui grandes reservas de divisas, que funcionam como amortecedor da crise.

CHILE, PERU

Eyzaguirre disse que Peru e Chile estão entre os países latino-americanos que estão emergindo mais rapidamente da recessão. Para ele, o maior desafio para o Brasil, Peru e Chile provavelmente será como desmontar os planos de gastos a partir do momento em que a recuperação se consolidar.

"Provavelmente o desafio para esses países será encontrar uma saída ordeira das políticas fiscais expansionistas", disse ele. "Eles devem receber muitos fluxos de capitais nos próximos trimestres."

O FMI previu contração de 0,7 por cento na economia brasileira em 2009 e um retorno ao crescimento da ordem de 3,5 por cento no próximo ano. Alguns economistas preveem que em 2010 o Brasil já possa retornar com crescimento de até 5,5 por cento.

Para a América Latina como um todo, o FMI prevê contração de 2,5 por cento este ano e crescimento de 2,9 por cento em 2010.

(Reportagem de Axel Bugge)

quarta-feira, 10 de junho de 2009

Brasil emprestará US$ 10 bi ao FMI e voltará a ser credor da instituição

Anúncio foi feito pelo ministro da Fazenda, Guido Mantega.
Brasil vai adquirir bônus do Fundo Monetário, informou ele.

O ministro da Fazenda, Guido Mantega, informou nesta quarta-feira (10) que o Brasil emprestará US$ 10 bilhões ao Fundo Monetário Internacional (FMI) e, com isso, voltará a ser credor da instituição de crédito internacional, algo que não acontecia desde 1982. Os financiamentos ao FMI serão feitos por meio da compra de bônus (uma forma de título) do Fundo, informou Mantega.

Ajuda à comunidade internacional

De acordo com Mantega, os recursos serão emprestados pelo FMI a outros países em desenvolvimento com "escassez de capital". "É a primeira vez que isso acontece no caso brasileiro. O Brasil está encontrando as condições de solidez para emprestar recursos ao FMI. No passado, era o contrário: o FMI que socorria o Brasil quando era um país menos sólido. Agora, o Brasil acumulou as reservas para ajudar a comunidade internacional", disse o ministro.

Aplicação das reservas

Segundo o ministro da Fazenda, a operação será realizada assim que o FMI concluir o formato de emissão dos novos bônus que serão emitidos. "Assim que o FMI terminar essses bônus, faremos esse aporte de US$ 10 bilhões.

Na realidade, é uma aplicação que o Brasil está fazendo com parte das reservas", disse Mantega. De acordo com ele, as aplicações no FMI não terão impacto nas reservas internacionais, que continuarão sendo contabilizados como uma "disponbilidade de recursos".

Rendimento

Mantega não informou qual o rendimento que o Fundo Monetário Internacional oferecerá pelos bônus. "Não vamos esperar um grande rendimento, se não o FMI teria de repassar a um custo mais elevado aos países que precisam", disse o ministro.

Segundo ele, o Banco Central efetuará o resgate de parte das aplicações das reservas internacionais (que estão acima de US$ 200 bilhões aplicadas em títulos de outros países) para fazer o aporte ao FMI.

Mobilização de recursos

O Ministério da Fazenda informou que a contribuição do governo brasileiro para o FMI faz parte de um "esforço" para a mobilização de recursos para o FMI atender a outros países em dificuldades. Além do Brasil, a China comprará US$ 50 bilhões neste tipo de novo bônus, e a Rússia outros US$ 10 bilhões.

A necessidade de captação de recursos por parte do FMI, de acordo com o Ministério da Fazenda, é de US$ 500 bilhões. em relação aos níveis anteiores à crise financeira. O governo lembra que essa foi uma das concordâncias da cúpula do G-20 de Londres, realizada no início de abril.

segunda-feira, 8 de junho de 2009

Dólar fecha em alta por juro nos EUA e mercados voláteis

SÃO PAULO (Reuters) - O dólar subiu ante o real nesta segunda-feira, refletindo um cenário externo mais cauteloso, com investidores embolsando lucros e atentos a uma eventual mudança na taxa de juros dos Estados Unidos.

A moeda norte-americana teve alta de 0,41 por cento, cotada a 1,966 real para venda. Na máxima do dia, o dólar chegou a subir 1,23 por cento, mas diminuiu o avanço no decorrer da sessão em meio à melhora externa.

"O que está acontecendo é que tem se falado em uma alta na taxa de juros dos Estados Unidos. Isso faz com que a procura por títulos norte-americanos volte", avaliou Paulo Shiguemi Fujisaki, analista de mercado da Corretora Socopa.

Na sexta-feira, um relatório sobre o mercado de trabalho norte-americano mostrou que menos postos de trabalho foram fechados em maio, o que estimulou as especulações sobre um corte da taxa de juros no ano que vem.

O movimento de alta da moeda norte-americana perdeu força no período da tarde com a entrada de recursos de empresas exportadoras no mercado à vista, segundo operadores.

A balança comercial brasileira registrou superávit de 1,208 bilhão de dólares na primeira semana de junho, maior saldo desde a segunda semana de setembro de 2008, de acordo com o Ministério do Desenvolvimento, Indústria e Comércio Exterior.

O diretor-gerente do Fundo Monetário Internacional (FMI), Dominique Strauss-Khan, afirmou nesta segunda-feira que a instituição prevê a recuperação da economia global na primeira metade de 2010, com o ponto de virada devendo acontecer em setembro ou outubro.

Mas Luis Piason, gerente de operações de câmbio da corretora Concórdia, ponderou que os mercados já anteciparam em boa parte essa recuperação da economia.

"Grande parte do mercado já precificou esse movimento, havendo um certo exagero na baixa do dólar nas últimas semanas", disse.

Fujisaki, da Socopa, explicou que uma elevação no juro básico dos EUA pode impulsionar os rendimentos dos Treasuries, o que teoricamente reforça a atratividade desses papéis.

Espelhando a possibilidade da volta a esses títulos, o dólar ganhava terreno em nível mundial.

EURO EM QUEDA

Ante uma cesta com as principais divisas globais, a moeda ganhava 0,3 por cento no momento em que o mercado doméstico de câmbio encerrou as operações. Mais cedo, essa alta chegou a ser de 1 por cento.

Um dos destaques de desvalorização era o euro, que se aproximou da mínima em duas semanas. A queda da moeda ocorria em consequência do rebaixamento do rating da Irlanda.

No front acionário norte-americano, na maior parte do dia, os investidores mostraram-se ressabiados com o alerta do McDonald's a respeito de uma queda nos lucros do segundo trimestre, principalmente por conta das oscilações do dólar.

Também causou preocupação uma eventual alta na taxa de juros, o que poderia retardar a recuperação da economia como um todo. Perto do fechamento, no entanto, Wall Street ensaiava uma recuperação, o que contagiava a bolsa paulista.

Fujisaki, no entanto, considerou que a alta do dólar nesta sessão não necessariamente aponta uma tendência de alta. Segundo ele, caso os ingressos de recursos no mercado doméstico se mantenham, a curva do dólar permanecerá descendente.

Na BMF Bovespa, de acordo com os números mais recentes, o volume de dólar negociado no segmento à vista girava em torno de 1,1 bilhão de dólares.

(Reportagem de Silvia Rosa e José de Castro)

terça-feira, 21 de abril de 2009

Perdas financeiras globais podem atingir US$4,1 tri, estima FMI

Por Lesley Wroughton

WASHINGTON (Reuters) - Os bancos e outras instituições financeiras ao redor do mundo terão que, eventualmente, amortizar dívidas tóxicas num valor de 4,1 trilhões de dólares, para que a estabilidade financeira global seja restaurada, afirmou o Fundo Monetário Internacional (FMI) nesta terça-feira.

Em seu relatório sobre estabilidade financeira global, o FMI disse que instituições norte-americanas estão quase na metade do caminho para suas deduções necessárias, enquanto a região do euro está mais atrás.

Esta foi a primeira vez que o relatório do FMI incluiu perdas em empréstimos da Europa e Japão, as quais equivalem a um total de 1,3 trilhão de dólares.

O documento apontou que os bancos precisam de amplas injeções de capital para o caso de perdas esperadas e para restaurar a confiança do investidor em um sistema financeiro fragilizado.

O bancos ao redor do mundo aumentaram o capital em até 900 bilhões de dólares, cerca da metade por meio de empréstimos de resgate do governo.

José Vinals, diretor do departamento de mercado capital e monetário do FMI, disse que uma contínua, decisiva e efetiva ação para limpar as folhas de balanço dos bancos é necessária para restaurar a confiança e o crescimento econômico.

"O processo de limpeza está andando, e as elevadas amortizações vão exigir que instituições financeiras mantenham mais capital", disse ele durante coletiva.

"Parte dessa necessidade de capital poderia ser saciada diretamente com uma conversão de ações preferenciais (do governo) para papéis comuns, ou indiretamente com as garantias do governo em cobrir as perdas", disse Vinals.

FMI VÊ PERDAS AUMENTANDO

O FMI disse que agora espera a deterioração em ativos de origem nortea-mericana em até 2,7 trilhões de dólares, substancialmente mais do que 2,2 trilhões de dólares previstos em janeiro. O acentuado aumento reflete perdas principalmente ente outubro e janeiro.

Há apenas um ano, o fundo estava sendo fortemente criticado por estimar perdas de apenas 1 trilhão em ativos de bancos.

"A sensibilidade mudou. O que parecia absurdo, agora parece relevante", disse o primeiro vice-diretor do FMI, John Lipsky.

O FMI estimou que os bancos ao redor do globo vão precisar amortizar cerca de 2,8 trilhões de dólares em empréstimos e fianças. Até agora, cerca de um terço desse volume foi amortizado.

De acordo com o fundo, os bancos norte-americanos deduziram cerca de 510 bilhões de dólares em ativos. Uma outra dedução de 550 bilhões de dólares é esperada nos próximos dois anos.

Na área do euro, as amortizações já totalizaram 154 bilhões de dólares, com outros 750 bilhões previstos para até 2010.

Desde o início da crise, a capitalização de bancos globais caiu mais da metade, para 1,6 trilhões de dólares.

O FMI estimou que bancos poderiam precisar de um capital adicional entre 275 bilhões de dólares e 500 bilhões de dólares nos Estados Unidos, entre 125 bilhões e 250 bilhões de dólares na Grã Bretanha, e cerca de 375 bilhões de dólares a 725 bilhões de dólares na zona do euro.

(Reportagem Adicional de Emily Kaiser)

domingo, 15 de fevereiro de 2009

Falta de financiamento para países emergentes preocupa G7 e FMI

Por Anna Willard

ROMA (Reuters) - O Fundo Monetário Internacional (FMI) e o Grupo dos Sete países mais industrializados do mundo (G7) estão preocupados com a crescente falta de crédito para as economias emergentes, o que pode aumentar o número de países a procura de dinheiro.

Diversas autoridades revelaram suas preocupações sobre os vencimentos de dívidas de curto prazo este ano, durante o encontro dos ministros de finanças e diretores de bancos centrais do G7 no sábado.

"Teremos o vencimento de um grande número de dívidas de curto prazo em 2009 e não está claro se haverá rolagem", afirmou Dominique Strauss-Khan, diretor-gerente do FMI, após o encontro.

"Poucos recursos provenientes de superávits em conta corrente; crescente necessidade de renovação de crédito de curto prazo; o vácuo de financiamento para os países emergentes vai ficar bem grande em 2009."

A dramática desaceleração da economia mundial e a queda dos preços das commodities atingiu as exportações dos países emergentes e o fluxo de investimentos secou devido à crise financeira internacional.

Christian Noyer, membro da diretoria do Banco Central Europeu (BCE), e que também presidente o Banco da França, disse que diversas autoridades expressaram suas preocupações durante o encontro.

"Realmente está faltando financiamento mesmo para países (emergentes) muito bem administrados", disse Noyer.

"Um fator extra é a desaceleração do comércio global", acrescentou.

sexta-feira, 7 de novembro de 2008

Países emergentes tentarão ganhar influência com reunião do G20

Por Todd Benson

SAO PAULO (Reuters) - Autoridades financeiras dos principais países emergentes iniciam em São Paulo nesta sexta-feira uma reunião do G20 que pode ajudar a desenhar as bases para uma revisão do sistema financeiro global que dê mais voz aos países em desenvolvimento.

Com os Estados Unidos e a Europa cambaleando em meio à crise financeira mundial, as robustas economias emergentes, como o chamado Bric --que reúne Brasil, Rússia, Índia e China--, querem ter um papel mais importante no cenário mundial.

Mas os interesses diversos desses países podem dificultar a obtenção de um consenso sobre como melhor regular os mercados financeiros e redefinir organismos mundiais como o G8 --grupo dos sete países mais industrializados do mundo mais a Rússia.

Os ministros das Finanças e as autoridades dos bancos centrais procurarão, nos três dias de reuniões do G20 em São Paulo, dar sequência à cúpula do fórum Cooperação Econômica Ásia-Pacífico (Apec), que terminou na quinta-feira no Peru pedindo uma ação coordenada para estimular os mercados de capital.

Qualquer progresso feito no encontro do G20 e na reunião do Banco de Compensações Internacionais (BIS) na segunda-feira, também em São Paulo, servirá como um rascunho para uma cúpula do G20 em Washington em 14 e 15 de novembro, que está sendo vista como uma chance de se redesenhar a arquitetura financeira global.

"As expectativas para (a reunião de) São Paulo são altas", disse John Kirton, diretor do Grupo de Pesquisa do G20 da Universidade de Toronto. "Mas a reunião de Washington veio tão rapidamente que mesmo que houvesse uma posição comum dos Brics, o que não é óbvio que há, eles não tiveram tempo para discutir e saber qual ela é."

Como anfitrião do encontro do G20, o Brasil enfrenta a pressão para aproveitar a oportunidade para impulsionar sua imagem de emergente potência mundial e alcançar um consenso entre os países participantes que possa ser levado a Washington.

O Brasil vem passando pela atual crise melhor do que em outros períodos de turbulência, mas as autoridades do país estão descontentes com o fato de os Estados Unidos não estarem fazendo mais para conter a crise, que vem afetando a economia brasileira.

O ministro da Fazenda, Guido Mantega, disse que irá levar uma série de propostas ao encontro. A primeira será fortalecer o G20, para que ele tenha um papel mais ativo em instituições multilaterais como o Fundo Monetário Internacional (FMI) e o Banco Mundial.

Ele também quer uma expansão do G8 para incluir países emergentes e pedirá às nações do G20 que aumentem seus gastos fiscais para estimular o crescimento.

"Nós temos que tomar cuidado e evitar que a saída (para a desaceleração provocada pela crise) seja de nacionalismo, de fechamento do país", disse Mantega em entrevista à Reuters.

DE OLHO NA CHINA

Embora o Brasil queira ganhar liderança, qualquer esforço coordenado para retomar a normalidade dos mercados dependerá da China, que tem extraordinárias reservas internacionais de 2 trilhões de dólares.

"Todos os olhares invevitavelmente estarão sobre a China", disse Kirton. "Ela tem todo o dinheiro do qual o mundo precisa. Se a China vai usar esse dinheiro para um resgate e como ela o usaria... é a principal questão pendente."

A China sempre adotou uma postura discreta em questões internacionais, preferindo focar-se em assuntos internos, mas alguns analistas dizem que dado o atual momento, o país pode não ter mais como evitar os pedidos para adotar uma maior responsabilidade.

Na reunião da Apec no Peru, o vice-ministro das Finanças da China, Li Yong, disse que seu país está pronto para juntar-se a outros países e ao FMI para ajudar a estabilizar os mercados financeiros, mas não deu mais detalhes de como faria isso.

A Índia, terceira maior economia da Ásia, deve juntar-se ao Brasil na campanha para dar aos emergentes maior voz no cenário mundial.

A Rússia é a incógnita entre os Brics. Como membro do G8 que está focado em retomar seu status como potência mundial, a Rússia tem poucos incentivos, segundo analistas, para apoiar os pedidos pela expansão do G8.

O presidente russo, Dmitry Medvedev, afirmou em discurso nesta semana que Moscou pedirá que o G20 busque mais poderes e capital para as instituições financeiras já existentes.

(Reportagem adicional de Isabel Versiani e Daniela Machado, em São Paulo, Alan Wheatley, em Pequim, Charlotte Cooper, em Mumbai, e Gleb Bryanski, em Moscou)

quarta-feira, 29 de outubro de 2008

Brasil não precisa do FMI agora, mas crédito é boa idéia--fonte

Por Natuza Nery

BRASÍLIA (Reuters) - O Brasil vê com bons olhos uma nova linha de empréstimo do Fundo Monetário Internacional (FMI) para prevenção à crise, mas avalia que não precisa do dinheiro neste momento, afirmou à Reuters uma fonte próxima do presidente Luiz Inácio Lula da Silva.

"Se a gente vai tomar (dinheiro do Fundo) no futuro, eu não sei, mas não estamos precisando dele agora", disse a fonte nesta quarta-feira sob condição do anonimato.

Nações emergentes, notadamente Brasil e México, reivindicam há anos uma linha de crédito emergencial para prevenção de crises. O FMI corre para aprovar um pacote de medidas com um novo instrumento de liquidez.

A idéia básica é de que o financiamento possa ser acessado por países com fundamentos econômicos sólidos sem que estes sejam obrigados a aderir a um programa de metas rígidas para ter acesso ao dinheiro.

Em 2005, o governo Lula quitou a dívida que tinha com o FMI dois anos antes do vencimento, e comemorou muito por isso.

A expectativa do Palácio do Planalto é de que o Fundo anuncie ainda hoje a nova linha de financiamento.

Procurado, o Ministério da Fazenda não estava imediatamente disponível para comentar.

(Reportagem adicional de Ana Nicolaci da Costa)

BCs estão prontos para seguir corte de juro do Fed

Por Hideyuki Sano e Elizabeth Piper

TÓQUIO/LONDRES (Reuters) - Os Estados Unidos devem cortar a taxa básica de juro nesta quarta-feira, medida que deve ser repetida pelo Banco do Japão, Banco Central Europeu (BCE) e pelo Banco da Inglaterra até o fim da próxima semana, para impulsionar as economias locais.

Apesar de terem dispensado uma ação coordenada, como feito no início de outubro, as autoridades monetárias de diversos países estão fazendo cortes individuas de suas taxas básicas para tentar amenizar os efeitos da pior crise financeira dos últimos 80 anos.

A Hungria tornou-se o mais novo país a procurar ajuda financeira de organismos internacionais. O país acertou um acordo de 25,1 bilhões de dólares para dar suporte à moeda e mercados locais.

O Fundo Monetário Internacional (FMI), um dos principais financiadores de pacotes de ajuda, disse que se a crise se prolongar e mais países necessitarem de socorro, a instituição poderá ter que arrumar mais recursos.

Nos Estados Unidos, o Federal Reserve --o banco central norte-americano-- deve cortar o juro para 1 por cento nesta quarta-feira, decisão amplamente esperado pelos agentes do mercado. Se o juro foi reduzido para 1 por cento, este será o menor patamar da taxa desde junho de 2004.

O banco central da Noruega também deve reduzir sua taxa básica de juro em 50 pontos-base para 4,75 por cento nesta quarta-feira.

O Banco do Japão, por sua vez, vai considerar a possibilidade de reduzir o juro na reunião do comitê de política monetária de sexta-feira. Mas o BC japonês quer acompanhar os desdobramentos do mercado até lá, antes de tomar uma decisão, afirmou uma fonte à Reuters.

Apostas em um corte de 0,25 ponto percentual na taxa de juro japonesa acabou contribuindo para interromper a recente valorização do iene, a moeda local.

A expectativa de cortes de juro acabou contribuindo para valorizações nos mercados acionários. Em Tóquio, o índice Nikkei encerrou o pregão desta quarta-feira com alta de 7,7 por cento.

Na Europa, o principal índice acionário do continente, o FTSEurofirst 300, subia mais de 4 por cento.

Governos ao redor do mundo já se comprometeram em injetar nos mercados cerca de 4 trilhões de dólares para tentar por fim à crise que nasceu de problemas no mercado imobiliário dos Estados Unidos.

sábado, 11 de outubro de 2008

FMI vê derretimento dos mercados; EUA pedem paciência

Por Jeremy Pelofsky e Emily Kaiser

WASHINGTON (Reuters) - O Fundo Monetário Internacional alertou neste sábado que os bancos endividados estão empurrando o mercado financeiro global para o derretimento, e que as nações ricas falharam até o momento em restaurar a confiança.

Os Estados Unidos pediram paciência enquanto líderes mundiais tentam restaurar a confiança dos mercados financeiros e evitar a pior recessão global em décadas, mas o FMI disse que mais medidas serão necessárias nos próximos meses.

"As intensas preocupações sobre o resgate de alguns dos maiores instituições financeiras dos EUA e da Europa empurraram o sistema financeiro global para perto do derretimento sistêmico", disse o chefe do FMI, dominique Strauss-Khan.

O presidente George W. Bush encontrou-se com os chefes das finanças do G7 e autoridades do FMI (Fundo Monetário Internacional) e do Banco Mundial, e afirmou que as nações mais industrializadas do mundo compreenderam a gravidade da crise e trabalharão juntas para resolvê-la.

"Estou confiante de que as maiores economias do mundo podem superar os desafios que enfrentamos", disse Bush, acrescentando que Washington estava trabalhando o mais rápido possível para implementar um pacote financeiro de 700 bilhões de dólares aprovado na semana passada.

"Os benefícios não serão realizados da noite para o dia, mas, quando essas ações foram implementadas, ajudarão a restaurar a estabilidade de nossos mercados e a confiança das nossas instituições financeiras", disse Bush.

A confiança dos investidores está prejudicada e o pânico se espalhou pelos mercados globais, levando as bolsas de valores ao nível mais baixo em cinco anos na sexta-feira e os bancos a ajuntarem o seu capital.

As nações mais ricas do mundo prometeram na sexta-feira tomar todas as medidas necessárias para descongelar os mercados de crédito e assegurar que bancos possam levantar dinheiro, mas não deram detalhes sobre um curso de ação coletivo para evitar uma recessão global mais grave.