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quarta-feira, 10 de fevereiro de 2010

País vê entrada de quase US$2 bi, mas BC reduz compras

SÃO PAULO (Reuters) - A entrada líquida de dólares no país alcançou quase 2 bilhões de dólares na primeira semana de fevereiro, mas o Banco Central diminuiu a intensidade das compras por meio dos leilões diários no mercado, segundo dados divulgados nesta quarta-feira.

O saldo positivo do fluxo cambial no mês é de 1,917 bilhão de dólares. Houve superávit de 400 milhões de dólares no segmento comercial e de 1,517 bilhão de dólares no operações financeiras.

O dólar mostrou bastante volatilidade na semana passada, oscilando entre 1,819 e 1,897 real. A moeda caiu nos dois primeiros dias do mês, em um ajuste após a forte valorização de janeiro, mas depois subiu com força por causa da reação global aos problemas fiscais da Grécia.

Nesta quarta-feira, o dólar se mantinha estável, a 1,846 real.

O BC também informou a compra de 54 milhões de dólares no mercado à vista em operações liquidadas neste mês até o dia 5. Em todo o mês de janeiro, foram adquiridos 1,709 bilhão de dólares, mais que o fluxo cambial do período, de 1,075 bilhão de dólares.

No ano, o país tem superávit de 2,991 bilhões de dólares. Desse montante, 1,763 bilhão de dólares foram comprados pelo BC e incorporados às reservas internacionais, que somavam 240,952 bilhões de dólares em 9 de fevereiro.

(Reportagem de Silvio Cascione)

sábado, 6 de fevereiro de 2010

Nova nota do real custará R$ 94 mil a mais ao BC


Custo de produção da 2ª família de cédulas será 25% maior e sobe para R$ 429 mil ao anoAs novas cédulas do real custarão R$ 94 mil a mais ao Banco Central, ou seja, um aumento de 25% a 28% sobre o valor atual da produção.

Com isso, o custo do novo dinheiro sobe de R$ 336 mil para R$ 429 mil ao ano.

As informações foram divulgadas nesta quarta-feira (3) pelo BC durante a apresentação da segunda família do real.

O Banco afirma que o investimento será compensado pela redução dos prejuízos em falsificações, que totalizaram R$ 23 milhões no ano passado. Com 143 notas falsas para cada 1 milhão em circulação. Para a fabricação do novo dinheiro, o BC investiu ainda R$ 400 milhões na renovação do parque gráfica da Casa da Moeda.

Entre as principais mudanças das novas cédulas estão o tamanho e as cores. As novas notas são inspiradas no dólar americano e no euro e têm o objetivo de aumentar a segurança, segundo o ministro da Fazenda, Guido Mantega.

As principais mudanças nestas notas são à disposição dos animais – a garoupa e a onça pintada permanecem, só que agora estarão na posição horizontal - e a presença da efígie (escultura) da República no verso. As notas de R$ 50 e R$ 100 começam a circular em 2010. Já as cédulas de R$ 10 e R$ 20 devem entrar em circulação em 2011 e as de R$ 2 e R$ 5 serão somente em 2012.

As novas notas de real terão mais durabilidade devido ao processo de invernização. Em média, as cédulas do real duram em média três anos, sendo que as de valor mais baixo, como as de R$ 5 e R$ 10, um ano. Cerca de 70% das transações financeiras no país ainda são feitas em dinheiro vivo, segundo o BC. Metade dos brasileiros ainda recebe o salário em dinheiro vivo no país, segundo o BC.Banda holográfica

A banda holográfica, que é o adesivo de segurança da lateral do dinheiro, será estendida para as notas de R$ 50 e R$ 100 – atualmente ele é presente somente na nota de R$ 20.

O sistema será melhorado e todos os itens de segurança terão três níveis de identificação. O primeiro que estará disponível a olho nu, um segundo que pode ser identificado com lupa ou luz diferenciada, e um terceiro nível, que é o da perícia do Banco Central e da Casa da Moeda.

A marca d’água das notas também será melhorada, com o acréscimo de várias nuances de

terça-feira, 29 de dezembro de 2009

Juros ao consumidor em novembro atingem menor patamar em 15 anos

Os juros de empréstimos bancários para pessoa física são os menores desde julho de 1994, quando o Banco Central começou a série histórica. Em novembro, a taxa ficou em 43% ao ano, contra 44,2% em outubro. Para pessoa jurídica, os juros foram de 26%, os mais baixos desde fevereiro de 2008. Os dados foram divulgados nesta terça-feira.

A taxa média caiu para 34,9% a.a. (ao ano) em novembro, com reduções de 0,7 p.p. no mês --em outubro a taxa era de 35,6% ao ano, a maior desde julho-- e de 9,2 p.p. em 12 meses.

O estoque total de crédito alcançou R$ 1,389 trilhão, elevando-se 1,5% no mês e 14,9% em 12 meses. Como resultado, o saldo total dos empréstimos passou a representar 44,9% do PIB (Produto Interno Bruto), ante 44,6% em outubro e 38,9% em novembro de 2008.

Os empréstimos realizados com recursos livres, com participação relativa de 68,1% no total do sistema financeiro, atingiram R$ 945,9 bilhões, com crescimentos de 1,4% no mês e de 9,7% em relação a novembro do ano anterior.

Os empréstimos destinados às famílias totalizaram R$ 464,8 bilhões, após acréscimos de 1,3% no mês e de 18,9% em 12 meses, com destaque para operações de crédito pessoal e de aquisição de veículos --que tiveram elevações mensais de 1,2% e de 1,8%, respectivamente. As operações com cartão de crédito com incidência de taxa de juros registraram aumento mensal de 4,2%, devido ao aumento das compras de fim de ano.

Já os créditos contratados com pessoas jurídicas registraram elevação mensal de 1,5% --com o desempenho dos empréstimos concedidos com recursos domésticos--, saldo de R$ 423,8 bilhões e expansão de 2,4%. Entre as modalidades destinadas às empresas, continuou acentuado o desempenho das operações de capital de giro, com acréscimos de 3,2% no mês e 28,4% em 12 meses.

Em sentido contrário, os financiamentos lastreados em moeda estrangeira apresentaram retração mensal de 4,5%.

Inadimplência e "spread"

O nível de inadimplência teve mudança sutil no mês, de 8,1% em novembro, ante 8,2% em outubro, para pessoa física. Para pessoa jurídica a variação também foi sutil, chegando a 3,9% em novembro, contra 4% no mês anterior.

Com as menores taxas de juros da história, o mês de novembro apresentou crescimento total de 1,3% nas operações de crédito.

O "spread" bancário --diferença entre o que os bancos pagam para captar o dinheiro e os juros cobrados de seus clientes-- também apresentou queda, registrando 32,2% em novembro, contra 33,5% em outubro para pessoa física. Para pessoa jurídica a queda foi de 17,1%, contra 17,7% em outubro.

segunda-feira, 20 de julho de 2009

Dólar cai a R$1,904, menor nível desde setembro

Por Silvia Rosa e José de Castro

SÃO PAULO (Reuters) - A melhora do cenário internacional, com redução da aversão ao risco, favoreceu a queda do dólar para o menor nível desde o final de setembro do ano passado. A moeda norte-americana caiu 1,24 por cento nesta segunda-feira, a 1,904 real.

No mercado externo, o movimento também foi de baixa da moeda norte-americana, que atingiu o menor patamar em seis semanas frente a uma cesta com as principais divisas mundiais.

"A tendência do dólar é de queda", afirmou Marcos Forgione, operador de câmbio da ABDO Corretora.

"À medida que a crise vai se dissipando, as atenções vão se voltando para o Brasil. A taxa de juro ainda é alta e a remuneração é boa."

O principal índice da bolsa brasileira registrou alta pelo quarto dia seguido, acompanhando o movimento positivo em Wall Street.

Ainda na semana passada, a divulgação de alguns balanços corporativos do segundo trimestre melhores que o esperado contribui para reduzir a apreeensão de investidores com o ritmo de recuperação da economia.

Ainda no cenário corporativo, o conselho do CIT Group, que trabalha com empréstimos para pequenas e médias empresas, firmou um acordo com um grupo de detentores de bônus para um financiamento de 3 bilhões de dólares, informou uma fonte.

Segundo o diretor-executivo da NGO Corretora, Sidnei Moura Nehme, outro fato que estaria influenciando a queda do dólar frente ao real é a compra de dólares pelo Banco Central acima do fluxo externo para o país.

"Com isso, os bancos (que vendem dólares para o BC) têm ampliado suas posições vendidas no mercado à vista, e podem estar trabalhando para que a taxa caia para que possam fechar suas posições com lucro", explicou Nehme.

Desde maio deste ano, a autoridade monetária já comprou 6,167 bilhões de dólares no mercado à vista, frente à entrada líquida de 4,646 bilhões de dólares no país.

Segundo dados do BC, os bancos estavam no final de junho com 524,4 milhões de dólares em posições vendidas no mercado livre. Foi a primeira vez desde julho de 2007 que os bancos encerraram um mês vendido.

segunda-feira, 22 de junho de 2009

Dólar supera R$2 com nervosismo externo e aversão a risco

SÃO PAULO (Reuters) - O dólar teve a maior alta percentual em mais de três meses ante o real nesta segunda-feira, ficando acima dos 2 reais pela primeira vez em quase quatro semanas, acompanhando o nervosismo no cenário externo e o aumento da aversão a risco.

A moeda norte-americana avançou 2,48 por cento, cotada a 2,023 reais para venda, maior nível desde 25 de maio, quando terminou a 2,025 reais.

É a mais forte alta do dólar desde 2 de março, sessão em que disparou 3,04 por cento.

"Hoje o que a gente tem é uma pressão muito forte vindo das commodities e isso está fazendo o dólar subir aqui e lá fora", considerou Luis Piason, gerente de câmbio da Corretora Concórdia.

Piason disse que o cenário está favorável a correções nas bolsas de valores, o que, segundo ele, também estimula um ajuste no mercado de câmbio.

No momento de maior desvalorização do dólar ante o real este ano, a divisa norte-americana chegou a cair 21,3 por cento. Para Piason, é provável que o dólar devolva parte dessa perda no curto prazo.

"Na realidade, as bolsas não estavam com fôlego para seguir em frente. É uma mini bolha especulativa que está estourando e o câmbio (local) está acompanhando esse contexto", acrescentou.

O front acionário espelhava o receio dos investidores quanto a uma recuperação verdadeira da economia. Na Europa, os índices fecharam no menor patamar em cinco meses, pressionados pela fraqueza dos preços do petróleo. A commodity teve recuo de 3,8 por cento.

Nos Estados Unidos, as bolsas de valores operavam em forte baixa no momento em que os negócios no câmbio doméstico se encerraram. O nervosismo lá fora contaminava em cheio o mercado de ações brasileiro. O principal indicador acionário da bolsa paulista cedia mais de 3 por cento no final da tarde.

Esse pessimismo era corroborado por um relatório do Banco Mundial divulgado nesta segunda-feira, que piorou seu prognóstico para a performance da economia global neste ano, para contração de 2,9 por cento, ante projeção anterior de queda de 1,7 por cento.

Para o Brasil, a entidade estima uma contração de 1,1 por cento neste ano, ante cenário anterior de crescimento de 0,5 por cento.

"O cenário lá fora dá condições para que os investidores apresentem um pouco mais de cautela e isso vai refletir em menores investimentos em bolsas e ativos de emergentes", afirmou o gerente de câmbio de um banco nacional que preferiu não se identificar.

No acumulado até 17 deste mês, os estrangeiros já tiraram do mercado acionário brasileiro 1,304 bilhão de reais.

Frente a uma cesta com as principais divisas mundiais, o dólar subia 0,5 por cento no final da tarde.

"A diminuição desse movimento ocorre em função do crescimento a aversão a risco que os mercados têm mostrado, pelo menos no curto prazo", completou.

No final da tarde, o Banco Central prosseguiu com os leilões de compra de dólares no mercado à vista. A taxa de corte da operação foi de 2,0235 reais.

Na roda de pronto da BMF Bovespa, segundo dados preliminares, o volume de dólar negociado no segmento à vista somava cerca de 1,4 bilhão de dólares.

(Reportagem de José de Castro)

segunda-feira, 1 de junho de 2009

Fluxo positivo leva dólar à 7a queda seguida

SÃO PAULO (Reuters) - O dólar marcou sua sétima queda consecutiva ante o real nesta segunda-feira, na esteira de um movimento de ingresso de recursos, ancorado em perspectivas otimistas para a economia brasileira.

A influência positiva das bolsas de valores também contribuía para fortalecer a baixa da moeda norte-americana no mercado doméstico.

O dólar recuou 1,06 por cento, valendo 1,954 real para venda, confirmando a maior série de quedas diárias desde o início de abril do ano passado, quando a divisa norte-americana cravou oito baixas seguidas.

Durante a tarde, o dólar atingiu o menor nível ante o euro. No final do dia, a divisa operava praticamente estável ante uma cesta com as principais moedas.

"O cenário lá fora está tranquilo. As bolsas (de valores) estão subindo, inclusive a Bovespa, e isso é um indicativo de fluxo para o país", avaliou Jorge Knauer, gerente de câmbio do Banco Prosper.

Knauer se referiu às bolsas de valores dos Estados Unidos, que exibiam fortes altas após a divulgação de dados econômicos fortes, que estimulavam o otimismo em investidores, em meio à percepção de que o pior da crise global ficou para trás.

O bom humor em Wall Street era seguido pelo principal índice da Bovespa, que no final da tarde avançava cerca de 2,2 por cento. No ano, a valorização do índice chega a quase 40 por cento.

O gerente de câmbio lembrou que os investidores estrangeiros têm voltado ao Brasil por acreditarem que o país ainda oferece alta rentabilidade às suas aplicações.

A euforia com a economia brasileira tem como reflexo o forte fluxo de entrada de dólares Bovespa. Até 27 de maio, o ingresso de recursos para a bolsa doméstica somava cerca de 5,6 bilhões de reais.

A entrada de dólares tem ocorrido também pelo segmento comercial. Segundo números do Ministério do Desenvolvimento, Indústria e Comércio Exterior divulgados nesta segunda-feira, a balança comercial brasileira registrou superávit de 2,6 bilhões de dólares em maio, aumentando o saldo acumulado no ano para 9,3 bilhões de dólares.

Nesse contexto, o Banco Central realizou nesta tarde mais um leilão de compra de dólares no mercado à vista. Desde 8 de maio, o BC tem feito esse tipo de operação em todas as sessões regulares.

Para o operador da B&T Corretora de Câmbio, Marcos Forgione, a tendência de queda do dólar ante o real deve permanecer neste mês, principalmente lastreada pelo ingresso de recursos na Bovespa.

Entretanto, Forgione pondera que "ainda estamos num momento de crise e não devemos nos iludir com esses momentos de melhora no cenário (econômico)".

Na BM&F, o volume de dólar negociado no segmento à vista girava em torno de 1,2 bilhão de dólares, segundo dados preliminares.

(Reportagem de José de Castro)

quarta-feira, 29 de abril de 2009

Com corte de 1,0 ponto, BC põe Selic em menor patamar histórico

BRASÍLIA (Reuters) - O Comitê de Política Monetária (Copom) reduziu em 1,0 ponto percentual a taxa básica de juro brasileira, para 10,25 por cento ao ano, em decisão unânime e em linha com as expectativas do mercado.

O terceiro corte sucessivo foi inferior ao promovido em março, de 1,5 ponto, mas levou a Selic ao menor patamar da história.

A decisão se deu "avaliando o cenário macroeconômico e visando ampliar o processo de distensão monetária", afirmou o Copom em comunicado nesta quarta-feira.

Pesquisa da Reuters feita na última semana mostrou que 19 de 30 instituições previam corte de 1,0 ponto. Oito previam um novo corte de 1,5 ponto e três acreditavam em redução de 1,25 ponto.

A avaliação predominante dos analistas era de que sinais recentes de recuperação da economia brasileira, ainda que tênues, justificariam um corte menor da taxa básica de juros.

(Reportagem de Isabel Versiani)

quarta-feira, 18 de março de 2009

Medida do Fed estica ânimo e Bovespa supera 40 mil pontos

Por Aluísio Alves

SÃO PAULO (Reuters) - Uma medida dramática do Federal Reserve para tentar reanimar a economia norte-americana deu fôlego adicional aos mercados de ações no exterior, movimento seguido pela Bovespa, que alcançou o maior nível em um mês.

Depois de passar a maior parte da quarta-feira operando no vermelho, o Ibovespa seguiu a reversão de Wall Street e fechou com avanço de 1,6 por cento, aos 40.142 pontos. O giro financeiro da sessão foi de 4,58 bilhões de reais.

"Foi o Fed", sintetizou André Querne, sócio da Rio Gestão de Recursos, explicando o motivo da virada do índice.

Depois de ter baixado para a faixa de zero a 0,25 por cento o juro básico dos Estados Unidos, o Fed não viu alternativa para tentar levantar a economia abalada pela crise senão ampliar sua atuação no mercado secundário de títulos públicos.

O banco central norte-americano informou que nos próximos seis meses vai comprar até 300 bilhões de dólares em títulos de longo prazo do governo, o que não fez nas últimas quatro décadas. A instituição também vai ampliar as compras de dívidas lastreadas em hipotecas.

Foi o suficiente para tirar os principais índices acionários de Wall Street do vermelho, colocando-os na sexta alta em sete sessões e de volta no melhor patamar em um mês.

O anúncio também permitiu recuperação nos mercados de commodities, justamente os que pesavam sobre as ações mais importantes do Ibovespa.

Assim, Petrobras recobrou força na última hora, fechando com avanço de 1,1 por cento, a 28,30 reais. Vale terminou o dia valendo 26,96 reais, com perda de 0,3 por cento, depois de ter chegado a cair mais de 2 por cento.

BM&F Bovespa, que pela manhã informou ter conseguido compensar parcialmente as quedas de receita com cortes de custos no quarto trimestre de 2008, subiu 3,6 por cento, a 7,12 reais.

Banco do Brasil tomou a liderança entre os bancos, com ganhos de 3,5 por cento, a 15,51 reais.

Mas o setor mais valorizado foi o de papel e celulose, segundo operadores, devido à análise de que as empresas dessa área estão excessivamente desvalorizadas, o que atraiu caçadores de barganhas.

VCP foi a melhor do índice, disparando 7,75 por cento, a 11,12 reais. Aracruz subiu 6,7 por cento, para 1,60 real.

quarta-feira, 4 de março de 2009

Esperança de alívio na recessão faz índice disparar 5,2%

SÃO PAULO (Reuters) - A expectativa de que a recuperação da economia chinesa amorteça os efeitos da recessão global animou os investidores da Bovespa, que fechou em forte alta, impulsionada pelos ganhos das ações de empresas de commodities.

Com uma disparada de 5,23 por cento, o Ibovespa chegou aos 38.376 pontos, de acordo com dados preliminares, enxugando as perdas da semana. O volume financeiro da sessão foi de 4,55 bilhões de reais.

A subida do índice de produção industrial da China pelo terceiro mês seguido em fevereiro e o anúncio de que o governo vai aumentar os gastos em áreas como infraestrutura e indústria fez disparar os preços de matérias-primas.

Os principais índices das bolsas européias e norte-americanas subiram com vigor, após uma série de perdas que na véspera os levaram aos menores níveis em mais de uma década.

As blue chips domésticas ditaram o tom da recuperação do Ibovespa. Vale saltou 9,88 por cento, para 28,35 reais. Petrobras subiu 6,25 por cento, a 26,35 reais.

(Reportagem de Aluísio Alves)

DÓLAR CAIU 1,66%.

O dólar encerrou a sessão desta quarta-feira em queda ante o real, com os mercados externos esperançosos de que o governo chinês aumente os esforços para fortalecer a economia do país.

A moeda norte-americana fechou em queda de 1,66 por cento, a 2,371 para venda. É a maior baixa percentual desde 28 de janeiro.

O anúncio de que o governo de Pequim vai impulsionar os gastos em áreas como infraestrutura e indústria elevou o preço das ações de commodities, o que deu fôlego aos mercados acionários globais.

"O otimismo está baseado na idéia de que o plano da China para incentivar a economia está dando resultados positivos", avaliou Reginaldo Galhardo, gerente de câmbio da Treviso Corretora de Câmbio.

As bolsas de valores globais refletiam as boas notícias sobre a economia chinesa. Os principais índices europeus avançaram, interrompendo uma série de três sessões de queda. Os índices de Wall Street subiam mais de 2 por cento. O principal índice da Bovespa subia mais de 4 por cento.

Com a melhora no cenário externo, Galhardo cita a mudança de estratégia por parte dos investidores estrangeiros. "Eles (os investidores) viram que o dólar tava subindo e decidiram realizar lucros, vendendo dólar", disse.

Nesta quarta-feira, o Banco Central divulgou dados do fluxo cambial de fevereiro, que fechou positivo em 841 milhões de dólares. É a primeira entrada líquida mensal de recursos desde setembro.

"O fluxo positivo contribui para os fundamentos da moeda brasileira", afirmou Marcelo Voss, economista-chefe da Corretora Liquidez.

(Reportagem de José de Castro)

quinta-feira, 26 de fevereiro de 2009

Dólar cai com ajuste após feriado e entrada de recursos

SÃO PAULO (Reuters) - O dólar fechou em queda frente ao real nesta quinta-feira, influenciado por um desmonte de posições feitas por investidores antes do feriado prolongado de Carnaval e por uma entrada de recursos, segundo operadores.

A moeda norte-americana encerrou o dia em queda de 1,43 por cento, cotada a 2,345 reais.

De acordo com Rodrigo Nassar, gerente da mesa financeira da Hencorp Commcor Corretora, houve um ajuste técnico. "Muita gente comprou dólar (antes do Carnaval) com receio de ficar dois ou três dias sem poder fazer nada, à mercê dos mercados lá fora", disse.

Ainda segundo Nassar, houve pela manhã uma quantidade considerável de recursos em moeda estrangeira entrando no mercado doméstico, o que acabou reforçando a queda do dólar.

Nesta quinta-feira, o Banco Central divulgou dados sobre o fluxo cambial no país, que está positivo em 796 milhões de dólares nos 15 primeiros dias úteis de fevereiro.

A autoridade monetária realizou ainda três leilões simultâneos de venda de dólares com compromisso de recompra, porém nenhuma proposta foi aceita.

Para Sidnei Moura Nehme, diretor-executico e econômico da NGO Corretora de Câmbio, há uma tendência natural de queda do dólar. "O que está causando o retardamento desse processo é o fato de os investidores ainda não terem uma estratégia acertada para se livrarem desses dólares (comprados diante do receio da crise global)."

Os mercados acionários mostravam-se divididos. Os índices europeus subiram, enquanto as bolsas de valores dos Estados Unidos exibiam volatilidade perto do horário de fechamento do mercado de câmbio no Brasil. Enquanto isso, a Bovespa subia perto de 1 por cento.

Frente a uma cesta com as principais moedas mundiais, a divisa norte-americana exibia queda de 0,2 por cento.

(Reportagem de José de Castro)

quarta-feira, 18 de fevereiro de 2009

BC aprova fusão e Itaú-Unibanco alinham taxas de juro

SÃO PAULO (Reuters) - Três meses e meio depois de anunciada, a fusão entre Itaú e Unibanco, que criou o maior grupo financeiro da América Latina, foi aprovada nesta quarta-feira pelo Banco Central.

A surpreendente união, anunciada em 3 de novembro, uniu o segundo e o terceiro maiores bancos privados brasileiros, criando um gigante com 575 bilhões de reais em ativos --um dos 20 maiores conglomerados financeiros do mundo.

Em nota, o BC mencionou características "sistemicamente importantes" como fatores que o estimularam a dar o aval à operação. "Trata-se de iniciativa que contribui para a solidez do Sistema Financeiro Nacional na atual conjuntura do mercado financeiro internacional", diz trecho da nota.

Também em nota, o grupo informou que a partir de 1o de março as tarifas de serviços prioritários serão unificadas para os clientes dos dois bancos, niveladas pelo menor valor cobrado. Desde 29 de janeiro, os caixas eletrônicos de ambos já compartilhavam operações.

Segundo o Itaú Unibanco, desde novembro os executivos das duas instituições trabalham em conjunto para identificar oportunidades e dirimir os níveis de sobreposição.

"Em breve, vamos comunicar novos benefícios", disse em nota o presidente-executivo do grupo, Roberto Setubal.

(Por Aluísio Alves)

quinta-feira, 5 de fevereiro de 2009

Dólar segue mercados externos e cai pela 3a sessão

SÃO PAULO (Reuters) - O dólar contabilizou nesta quinta-feira a terceira queda seguida frente ao real, em uma sessão volátil em que o mercado de câmbio acompanhou o vaivém das principais bolsas de valores.

A divisa norte-americana fechou a 2,285 reais, cotação mínima do dia, com recuo de 1,17 por cento. Na máxima, o dólar chegou a subir 0,43 por cento.

Após apresentar queda nos primeiros negócios, o dólar inverteu o movimento com a piora das bolsas de valores diante da divulgação de que os pedidos iniciais de auxílio-desemprego nos Estados Unidos atingiram o maior patamar em 26 anos.

Mas, durante a tarde, o dólar voltou a cair, atrelado à recuperação das bolsas de valores nos EUA e no Brasil.

Reginaldo Galhardo, gerente de câmbio da Treviso Corretora de Câmbio, mencionou as expectativas dos investidores com o pacote de estímulo econômico do presidente norte-americano, Barack Obama, e com uma melhora da situação das instituições financeiras.

No final da tarde, os principais índices acionários norte-americanos subiam mais de 1 por cento, impulsionados por rumores de que os EUA podem suspender a regra de marcação a mercado para estimular o setor financeiro.

No Brasil, o principal índice de ações da Bovespa avançava mais de 2 por cento.

Além disso, o presidente do Banco Central, Henrique Meirelles, anunciou nesta sessão que está pronto para oferecer até 36 bilhões de dólares a empresas brasileiras com dívidas no exterior. Ele acredita, no entanto, que a demanda pelos recursos das reservas internacionais ficará ao redor de 20 bilhões de dólares.

As empresas que precisarem dos recursos vão negociar as condições para um empréstimo com um dos bancos brasileiros autorizados a fazer a operação com o BC .

(Reportagem de Jenifer Corrêa)

sexta-feira, 16 de janeiro de 2009

Dólar recua em ajuste, mas sobe mais de 3% na semana

Por Jenifer Corrêa

SÃO PAULO (Reuters) - Invertendo a tendência predominante na semana, o dólar fechou em queda de quase 2 por cento nesta sexta-feira, em movimento de ajuste em relação à alta acumulada nas últimas quatro sessões, disseram operadores.

A moeda norte-americana fechou a 2,344 reais, em queda de 1,76 por cento. Na semana, entretanto, a divisa acumulou valorização de mais de 3 por cento.

Um operador de câmbio de uma corretora nacional, que preferiu não ser identificado, mencionou o fôlego que o dólar tomou durante a manhã, chegando a cair mais de 3 por cento, com a melhora do humor dos mercados acionários em relação aos últimos dias.

Entretanto, com a piora do cenário global durante a tarde, a moeda norte-americana reduziu sua queda, dando espaço para a realização de um leilão de venda de dólares no mercado à vista pelo Banco Central.

Perto do fechamento do mercado de câmbio, o principal índice da Bovespa caía, após ter chegado a beirar os 2 por cento de alta. As bolsas de valores norte-americanas também inverteram o movimento predominante na manhã e cediam.

Ainda nesta sexta-feira, o Banco Central realiza pesquisa de demanda para medir as condições para realizar na segunda-feira um leilão de swap cambial para dar início à rolagem de um lote de contratos que vence no início de fevereiro.

(Edição de Vanessa Stelzer)

quarta-feira, 14 de janeiro de 2009

Apesar de leilões, dólar fecha em alta pelo 3o dia

Por Jenifer Corrêa

SÃO PAULO (Reuters) - Mesmo após uma série de atuações do Banco Central, o dólar cravou a terceira alta seguida frente ao real nesta quarta-feira ao acompanhar o pessimismo dos mercados acionários globais.

A moeda norte-americana fechou a 2,349 reais, em alta de 0,95 por cento, depois de ter chegado a subir 1,5 por cento na máxima do dia e a cair 0,90 por cento pela manhã.

Na semana, o dólar acumula avanço de mais de 3 por cento.

Durante a primeira parte da sessão, predominou a queda do dólar frente ao real. Mas a piora do cenário externo não foi ignorada.

"O mal-estar é muito maior que isso... as notícias são péssimas", observou Alberto Dwec, gerente de câmbio da corretora Souza Barros, acrescentando que as dificuldades globais devem persistir no primeiro semestre de 2009.

A quarta-feira contou com a divulgação de mais dados econômicos negativos, como a queda nas vendas do varejo dos Estados Unidos, o pedido de proteção contra falência da Nortel Networks e o menor crescimento econômico na Alemanha em três anos.

Após a queda de mais de 4 por cento do principal índice de ações europeias, as bolsas de valores norte-americanas caíam mais de 3 por cento e eram acompanhadas de perto pelo Ibovespa, que cedia quase 4 por cento.

Nesse contexto, o Banco Central vendeu 1,276 bilhão de dólares em dois leilões para o financiamento de emportações, além de realizar um leilão de venda de dólares no mercado à vista.

Ainda nesta sessão, o BC divulgou os dados iniciais do fluxo cambial do país em 2009. Nos seis primeiros dias úteis de janeiro, o Brasil registrou saída líquida de 873 milhões de dólares.

terça-feira, 13 de janeiro de 2009

Volatilidade pesa e dólar consolida 2a alta seguida,Bovespa sobe um pouco.

Por Jenifer Corrêa

SÃO PAULO (Reuters) - Nem mesmo as intervenções do Banco Central e a melhora momentânea dos mercados acionários impediram o dólar de consolidar nesta terça-feira sua segunda alta consecutiva, durante sessão bastante volátil.

A moeda norte-americana fechou cotada a 2,327 reais para venda, com valorização de 1,35 por cento. Na máxima, o dólar subiu 1,52 por cento. Na mínima, a variação positiva foi de apenas 0,13 por cento.

"Não existe tendência para os mercados... a volatilidade está muito grande", afirmou um gerente de câmbio de um banco estrangeiro, que pediu para não ser identificado.

Para tentar responder à crescente demanda por dólares no mercado brasileiro, o BC voltou a atuar em quase todas as frentes, vendendo dólares com compromisso de recompra e atuando no mercado à vista.

As dúvidas sobre a possibilidade de recuperação da economia dos EUA ainda persistem, o que tem garantido a volatilidade dos mercados mundo à fora.

"A gente tem que esperar o resultado desse pacote (de ajuda do governo norte-americano), alguma coisa mais palpável", ponderou o gerente de câmbio.

Com a recuperação temporária da Bovespa, logo após a abertura dos negócios em Wall Street, a moeda americana chegou a reduzir seus ganhos frente ao real. Mas a cotação voltou a subir nos últimos minutos do pregão, seguindo a virada dos índices acionários, tanto em Nova York, quanto no Brasil.

A própria redução na cotação da moeda fez com que alguns investidores aproveitassem a oportunidade para fazer novas compras, aumentando assim o fluxo e a cotação.

Para o gerente de câmbio, ainda falta segurança no mercado, portanto, todas as vezes que a moeda chega em um patamar mais baixo, "você compra".

O volume negociado nesta sessão apresentou melhora, em comparação aos menos de 2 bilhões de dólares diários das últimas sessões. Segundo operadores, o volume de negócios no mercado de dólar à vista somou 3,6 bilhões de dólares nesta terça-feira.

No final da sessão, o BC anunciou que fará na quarta-feira um leilão para financiamento do comércio exterior.

Bolsa nacional teve elevação de 0,36%, aos 39.544 pontos.
Nos EUA e na Europa, mercados registram baixa.

Em um pregão marcado pela volatilidade, a Bolsa de Valores de São Paulo (Bovespa) encerrou suas negociações desta terça-feira (13) com uma leve alta. O índice Ibovespa - principal referência do mercado brasileiro -apontou valorização de 0,36%, aos 39.544 pontos.Durante o pregão, a Bovespa alternou seguidamente de tendências, passando de uma baixa de 1,6% para uma alta de 1,9%, acompanhando as oscilações registradas na bolsa de Nova York e as flutuações nos preços das commodities no mercado internacional.

Nos EUA, após também oscilarem, os índices da Bolsa de Nova York se firmam no vermelho. Por volta das 17h50 de Brasília, o indicador Dow JOnes aponta queda de 0,59%, aos 8.423 pontos. Enquanto isso, o S&P 500 caía 0,25% e o Nasdaq recuava 0,11%.

Os investidores acompanham as notícias do setor financeiro, com o Citigroup confirmando que estuda a fusão de sua corretora com o Morgan Stanley. No segmento de tecnologia, o Wall Street Journal noticiou que Carol Bartz, ex-presidente da Autodesk, aceitou assumir a presidência-executiva do Yahoo.

No dia, o mercado também repercutiu o discurso do presidente do Federal Reserve (Fed), o banco central norte-americano. Ben Bernanke afirmou que a estabilização do sistema financeiro do país pode necessitar de mais injeções de capital. A necessidade, segundo ele, advém da piora nas expectativas de crescimento da economia norte-americana e das perdas no crédito.

Outros mercados

Na Europa, os mercados acionários fecharam em queda, à medida que se intensificavam as preocupações dos investidores sobre a desaceleração econômica global, o que se refletiu em perdas para os bancos bancos.

O índice FTSEurofirst 300, que acompanha as principais ações europeias, caiu 1,69%, para 838 pontos. Na mínima da sessão, o indicador chegou a marcar 828 pontos.

Na Ásia, a terça-feira foi de alta apenas em Seul, onde o Seul Composite apresentou valorização de 0,95%. Já em Tóquio, o Nikkei-225 caiu 4,79%, motivado pela preocupação dos investidores com a valorização do iene e a perspectiva de resultados ruins da gigante japonesa da eletrônica Sony.

Na China, Hong Kong e Xangai caíram 2,17% e 1,95%, respectivamente. As exportações chinesas caíram 2,8% em dezembro, pior resultado desde abril de 1999.

(Com informações da Reuters e Valor Online)

domingo, 4 de janeiro de 2009

Superávit comercial brasileiro cai 38% em 2008

Por Fernando Exman e Renato Andrade

BRASÍLIA/SÃO PAULO (Reuters) - O superávit comercial do país sofreu queda acentuada em 2008, reflexo do avanço recorde das importações e de um desempenho aquém do esperado das exportações.

A balança comercial encerrou 2008 com saldo positivo de 24,735 bilhões de dólares, o menor desde 2002 e com recuo de 38,2 por cento em relação aos 40,032 bilhões de dólares apurados no ano anterior, informou o Ministério do Desenvolvimento, Indústria e Comércio nesta sexta-feira.

As exportações somaram 197,942 bilhões de dólares, cerca de 2 por cento abaixo da meta de 202 bilhões de dólares divulgada pelo governo em setembro. As importações totalizaram 173,207 bilhões de dólares. Nos dois casos, as cifras foram recorde.

O secretário de Comércio Exterior do ministério, Welber Barral, evitou fixar uma meta de exportações para 2009 devido às oscilações nos preços das commodities, mas afirmou que o objetivo do país é manter a quantidade embarcada em 2008 e 2007, de aproximadamente 460 milhões de toneladas.

"O ano de 2009 vai ser um ano difícil", disse Barral a jornalistas, sublinhando que espera uma recuperação no segundo semestre.

"Será um ano em que o exportador vai ter que ter imaginação para diversificar mercados e diferenciar produtos, e o governo vai ter que aumentar a competitividade dos exportadores."

Para o secretário, o governo terá de reduzir a carga tributária dos setores exportadores e os custos de logística, além de manter a oferta de crédito.

Ainda segundo ele, se o câmbio permanecer acima de 2,20 reais por dólar, os exportadores se beneficiarão e a tendência de substituição de importações será mantida.

DESACELERAÇÃO EM 2009

Barral disse que, de uma maneira geral, 2008 foi positivo, excluindo os dois últimos meses, quando a crise financeira global prejudicou o comércio exterior do país.

"O ano de 2008 foi muito bom para os exportadores brasileiros, mas novembro e dezembro foram meses trágicos para o mundo", disse.

Segundo o secretário, o Brasil sofreu menos do que outros países porque conseguiu diversificar suas exportações e os preços das commodities, apesar de terem caído em relação ao pico verificado em meados do ano, ainda permaneceram acima das cotações de 2007. Além disso, a alta do dólar beneficiou os setores exportadores.

Somente em dezembro, as exportações somaram 13,818 bilhões de dólares, enquanto as importações totalizaram 11,517 bilhões de dólares, garantindo assim superávit de 2,301 bilhões de dólares. Na última semana do ano, a balança teve saldo positivo de 592 milhões de dólares.

O superávit comercial de 2008 ficou um pouco acima das estimativas de analistas consultados pelo Banco Central, que projetavam saldo positivo de 24 bilhões de dólares, de acordo com pesquisa divulgada na segunda-feira.

O resultado também ficou acima da projeção do próprio BC, que esperava saldo positivo de 23,5 bilhões de dólares em 2008.

O cenário traçado pelo BC para a balança em 2009 aponta mais uma forte desaceleração do saldo comercial. A previsão é de que a balança comercial feche este ano com superávit de 14 bilhões de dólares.

Para os analistas consultados pelo BC, o superávit comercial de 2009 será de 15 bilhões de dólares.

segunda-feira, 22 de dezembro de 2008

BC espera desaceleração do crescimento em 2009 a 3,2%

SÃO PAULO (Reuters) - O Banco Central espera uma desaceleração do crescimento em 2009, em meio à crise mundial, e vê a inflação abaixo do centro da meta em 2010, segundo o Relatório de Inflação do quarto trimestre, divulgado nesta segunda-feira.

A estimativa para a alta do Produto Interno Bruto (PIB) neste ano passou para 5,6 por cento, contra 5 por cento há três meses. Para 2009, a projeção é de 3,2 por cento de avanço.

O BC ressaltou as incertezas sobre os impactos da crise no país, mas afirmou ver efeitos em vários setores e acrescentou que, novamente, a demanda interna será o motor do crescimento no ano que vem.

"O recrudescimento da crise financeira mundial também afeta negativamente, em magnitude e duração de difícil antecipação, os investimentos, via condições de financiamento e confiança dos empresários", disse o BC no documento.

Segundo o BC, investimentos mais dependentes de crédito podem ser adiados ou mesmo cancelados. Outro meio de propagação da crise nessa área é o câmbio, acrescentou o BC, notando que a depreciação do real aumentou os custos de bens de capital importados.

"Neste ambiente, em que a manutenção dos sólidos fundamentos macroeconômicos observados na economia brasileira não se constitui em condição suficiente para evitar que desdobramentos da severa crise mundial se propaguem internamente, ainda que amenize tal processo, as perspectivas referentes à evolução do nível da atividade no último trimestre de 2008 e em 2009 mostram-se menos favoráveis."

O BC ressaltou que as medidas adotadas pelo governo, principalmente para o aumento da oferta de crédito, darão suporte aos investimentos, mas que é "previsível alguma desaceleração nos próximos trimestres".

O prognóstico do BC para o PIB deste ano está exatamente em linha com a visão do mercado, segundo a pesquisa Focus mais recente, também divulgada nesta manhã. Mas para 2009 a autoridade monetária é bem otimista: analistas vêem uma expansão de apenas 2,4 por cento.

INFLAÇÃO

Em relação à inflação, o BC vê uma desaceleração contínua, mas aponta a taxa abaixo do centro da meta apenas em 2010.

A projeção para a inflação pelo Índice Nacional de Preços ao Consumidor Amplo (IPCA) deste ano passou para 6,2 por cento, ante a de 6,1 por cento divulgada no documento do terceiro trimestre.

Para 2009, o prognóstico para a alta do IPCA é de 4,7 por cento, contra o anterior de 4,8 por cento. Para o acumulado em 12 meses no último trimestre de 2010, o prognóstico é de 4,2 por cento.

(Reportagem de Vanessa Stelzer; Edição de Alexandre Caverni)

segunda-feira, 8 de dezembro de 2008

Dólar descola de cenário externo e fecha em alta

Por Jenifer Corrêa

SÃO PAULO (Reuters) - O dólar fechou em alta de quase 1 por cento frente ao real nesta segunda-feira, mesmo com um leilão do Banco Central e o cenário mais otimista nos mercados globais.

A moeda norte-americana fechou na cotação máxima do dia, de 2,50 reais, com avanço de 0,81 por cento.

Nos primeiros negócios, o dólar chegou a cair quase 2 por cento seguindo o otimismo disseminado pelos mercados a partir da expectativa de um pacote de investimento do governo dos Estados Unidos em infra-estrutura e de ajuda a montadoras.

Na segunda parte da sessão, entretanto, o mercado de câmbio reverteu a tendência, dando margem para a realização de um leilão de venda de dólares pelo Banco Central.

"Acho que o mercado estava chamando o BC", afirmou o diretor de câmbio de uma corretora em São Paulo que preferiu não ser identificado.

Analistas têm apontado como principal causa da forte volatilidade apresentada pelo mercado de câmbio nos últimos dias uma espécie de "disputa" entre investidores e BC, num contexto de saída de recursos.

"Tem um componente bastante forte: os investidores estrangeiros, que apresentam uma posição muito elevada apostando no dólar pressionado", observou Hélio Ozaki, gerente de câmbio do banco Rendimento.

Segundo os dados mais recentes atualizados pela BM&F, os investidores estrangeiros sustentavam mais de 13 bilhões de dólares em posições compradas no mercado futuro de dólar. Na prática, essa exposição significa uma aposta na alta da moeda norte-americana.

Ainda nesta segunda-feira, o Banco Central realiza uma pesquisa de demanda para a realização de um eventual leilão de contratos de swap cambial na terça-feira, com o objetivo de rolar um lote de contratos que expira no início de janeiro.

sexta-feira, 5 de dezembro de 2008

Após superar R$ 2,60, dólar fecha em baixa com ação intensa do BC

Banco Central fez cinco intervenções no mercado nesta sexta-feira.
Na semana, moeda americana acumulou alta de 7%.

Em um dia de forte oscilação nas cotações, o dólar terminou em baixa as negociações desta sexta-feira (5). O pregão foi marcado pela intensa ação do Banco Central no mercado, revertendo a alta inicial da divisa, que chegou a superar o patamar de R$ 2,60 durante a sessão. No final, o dólar fechou cotado a R$ 2,479, com baixa de 2,24%. Na semana, a moeda teve valorização acumulada de 7,0%.

Ao longo da sessão, o BC realizou cinco intervenções no mercado. A autoridade monetária fez três leilões de venda de moeda à vista durante a manhã. Como de costume, o BC não revelou os valores da operação.

Durante a tarde, o Banco Central atacou no mercado futuro, fazendo dois leilões de "swap" cambial. No primeiro, o BC vendeu 19.420 contratos, com volume equivalente a US$ 952 milhões. No segundo, foram vendidos 7.800 contratos, de uma oferta de até 10.580. O volume da operação foi de US$ 374,9 milhões.

Especulação

Parte da alta é a atribuída à saída de recursos do país, mas a fatia maior da valorização é apontada como especulação contra o real. Os detentores de posições compradas (apostas contra o real) no mercado futuro estão forçando o preço para cima e testando a disposição do Banco Central em ofertar contratos de swap para que eles possam rolar suas posições.

Ontem, o BC ofertou 10 mil contratos de swap após o final do pregão à vista. Segundo a NGO Corretora, a operação, pouco usual, pode ser encarada como um teste do BC, que quis sentir a demanda do mercado e verificar a consistência do movimento especulativo.

Ainda de acordo com NGO, não há no mercado à vista, por onde transitam os negócios reais da economia brasileira, nenhuma demanda por moeda desassistida pelo Banco Central que possa fundamentar pressões sobre a formação do preço do dólar. E isso reforça a idéia de movimento especulativo.

Câmbio flutuante

Durante o dia, o presidente do Banco Central, Henrique Meirelles, voltou a reafirmar que a política de câmbio flutuante continuará. "O Banco Central não tem meta para a taxa de câmbio, nem defende cotações específicas", afirmou, durante almoço da Associação Brasileira da Indústria Elétrica e Eletrônica (Abinee).

Na quinta-feira, o presidente do BC disse que a autoridade monetária gastou, até o fim de novembro, US$ 6,7 bilhões de suas reservas em vendas diretas de câmbio no mercado. Somadas, todas as formas de intervenção do BC no mercado de câmbio já totalizam US$ 49,5 bilhões.

(Com informações do Valor Online e Reuters)

quinta-feira, 4 de dezembro de 2008

Dólar sobe e fecha acima de RS$2,50 com fluxo de saída

Por Fabio Gehrke

SÃO PAULO (Reuters) - O dólar fechou em alta pela terceira sessão consecutiva nesta quinta-feira, em sessão de forte volatilidade e baixo volume de negócio marcada pela cautela dos investidores frente às incertezas do mercado cambial doméstico.

A moeda norte-americana subiu 1,33 por cento, a 2,508 real, maior patamar de fechamento desde 2 de maio de 2005.

"Hoje (o dólar) está volátil, e esta alta do final (da sessão) é fluxo de saída mesmo", afirmou Marcelo Voss, economista-chefe corretora Liquidez.

Apesar de fechar em alta de mais de 1 por cento, a divisa passou a maior parte da sessão perto da estabilidade oscilando entre os campos de alta e baixa, com baixo volume de operações.

Segundo dados preliminares da BM&F, o volume de negociado na sessão foi de pouco mais de 1,5 bilhão de dólares, sendo que aproximadamente um terço deste montante foi registrado na última hora de negócios.

"Temos um grande volume de incerteza se concentrando agora", afirmou Voss, explicando que os investidores estão procurando precificar qual será o tamanho da saídas de recursos neste final de ano, principalmente com a chegada de vencimentos de diversos contratos e remessas de empresas multinacionais.

Na véspera, dados do Banco Central mostraram que o fluxo cambial no país ficou negativo em 7,159 bilhões de dólares em novembro, fruto principalmente de saídas por transações financeiras.

"E como o Banco Central vai encarar?", afirmou Voss, ressaltando que a autoridade pode procurar atuar para estabilizar os mercados, como pode não intervir por perceber o movimento como uma reação pontual de curto prazo.

João Medeiros, diretor de câmbio da Pioneer Corretora, acredita que a forte saída de recursos do país é reflexo da crise econômica internacional."As empresas estão bastante preocupadas... se tivermos uma recessão no mundo à fora, vamos ter um superávit comercial menor."

Segundo os dados do BC divulgados na véspera, o país ainda acumula superávit cambial nas operações comerciais de 48,02 bilhões de dólares, frente aos 76,746 bilhões registrados no último ano.

E o diretor alerta: "O dólar pode subir ainda mais pelos números que vimos do fluxo divulgados pelo BC. É muito preocupante."