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terça-feira, 13 de janeiro de 2009

Volatilidade pesa e dólar consolida 2a alta seguida,Bovespa sobe um pouco.

Por Jenifer Corrêa

SÃO PAULO (Reuters) - Nem mesmo as intervenções do Banco Central e a melhora momentânea dos mercados acionários impediram o dólar de consolidar nesta terça-feira sua segunda alta consecutiva, durante sessão bastante volátil.

A moeda norte-americana fechou cotada a 2,327 reais para venda, com valorização de 1,35 por cento. Na máxima, o dólar subiu 1,52 por cento. Na mínima, a variação positiva foi de apenas 0,13 por cento.

"Não existe tendência para os mercados... a volatilidade está muito grande", afirmou um gerente de câmbio de um banco estrangeiro, que pediu para não ser identificado.

Para tentar responder à crescente demanda por dólares no mercado brasileiro, o BC voltou a atuar em quase todas as frentes, vendendo dólares com compromisso de recompra e atuando no mercado à vista.

As dúvidas sobre a possibilidade de recuperação da economia dos EUA ainda persistem, o que tem garantido a volatilidade dos mercados mundo à fora.

"A gente tem que esperar o resultado desse pacote (de ajuda do governo norte-americano), alguma coisa mais palpável", ponderou o gerente de câmbio.

Com a recuperação temporária da Bovespa, logo após a abertura dos negócios em Wall Street, a moeda americana chegou a reduzir seus ganhos frente ao real. Mas a cotação voltou a subir nos últimos minutos do pregão, seguindo a virada dos índices acionários, tanto em Nova York, quanto no Brasil.

A própria redução na cotação da moeda fez com que alguns investidores aproveitassem a oportunidade para fazer novas compras, aumentando assim o fluxo e a cotação.

Para o gerente de câmbio, ainda falta segurança no mercado, portanto, todas as vezes que a moeda chega em um patamar mais baixo, "você compra".

O volume negociado nesta sessão apresentou melhora, em comparação aos menos de 2 bilhões de dólares diários das últimas sessões. Segundo operadores, o volume de negócios no mercado de dólar à vista somou 3,6 bilhões de dólares nesta terça-feira.

No final da sessão, o BC anunciou que fará na quarta-feira um leilão para financiamento do comércio exterior.

Bolsa nacional teve elevação de 0,36%, aos 39.544 pontos.
Nos EUA e na Europa, mercados registram baixa.

Em um pregão marcado pela volatilidade, a Bolsa de Valores de São Paulo (Bovespa) encerrou suas negociações desta terça-feira (13) com uma leve alta. O índice Ibovespa - principal referência do mercado brasileiro -apontou valorização de 0,36%, aos 39.544 pontos.Durante o pregão, a Bovespa alternou seguidamente de tendências, passando de uma baixa de 1,6% para uma alta de 1,9%, acompanhando as oscilações registradas na bolsa de Nova York e as flutuações nos preços das commodities no mercado internacional.

Nos EUA, após também oscilarem, os índices da Bolsa de Nova York se firmam no vermelho. Por volta das 17h50 de Brasília, o indicador Dow JOnes aponta queda de 0,59%, aos 8.423 pontos. Enquanto isso, o S&P 500 caía 0,25% e o Nasdaq recuava 0,11%.

Os investidores acompanham as notícias do setor financeiro, com o Citigroup confirmando que estuda a fusão de sua corretora com o Morgan Stanley. No segmento de tecnologia, o Wall Street Journal noticiou que Carol Bartz, ex-presidente da Autodesk, aceitou assumir a presidência-executiva do Yahoo.

No dia, o mercado também repercutiu o discurso do presidente do Federal Reserve (Fed), o banco central norte-americano. Ben Bernanke afirmou que a estabilização do sistema financeiro do país pode necessitar de mais injeções de capital. A necessidade, segundo ele, advém da piora nas expectativas de crescimento da economia norte-americana e das perdas no crédito.

Outros mercados

Na Europa, os mercados acionários fecharam em queda, à medida que se intensificavam as preocupações dos investidores sobre a desaceleração econômica global, o que se refletiu em perdas para os bancos bancos.

O índice FTSEurofirst 300, que acompanha as principais ações europeias, caiu 1,69%, para 838 pontos. Na mínima da sessão, o indicador chegou a marcar 828 pontos.

Na Ásia, a terça-feira foi de alta apenas em Seul, onde o Seul Composite apresentou valorização de 0,95%. Já em Tóquio, o Nikkei-225 caiu 4,79%, motivado pela preocupação dos investidores com a valorização do iene e a perspectiva de resultados ruins da gigante japonesa da eletrônica Sony.

Na China, Hong Kong e Xangai caíram 2,17% e 1,95%, respectivamente. As exportações chinesas caíram 2,8% em dezembro, pior resultado desde abril de 1999.

(Com informações da Reuters e Valor Online)

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