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sábado, 7 de março de 2009

Lula fará extração do primeiro óleo de Tupi no dia 1º de maio

BRASíLIA (Reuters) - O primeiro petróleo da camada pré-sal do campo de Tupi, na bacia de Santos, será retirado no dia 1o de maio, afirmou na sexta-feira o presidente Luiz Inácio Lula da Silva.

A cerimônia, cercada de simbolismo como o batismo da plataforma com o nome de São Vicente, primeira cidade fundada no país, também foi agendada para uma data simbólica: o Dia do Trabalhador.

No dia 2 de setembro a Petrobras iniciou a produção do primeiro óleo da camada pré-sal no campo de Jubarte, na Bacia de Campos, no litoral sul do Espírito Santo, estimando uma produção de 18 mil barris/dia.

"É muito importante o que vai acontecer, é que nós vamos tirar os primeiros barris de petróleo a 6 mil metros de profundidade. Não é pouca coisa", afirmou o presidente em discurso durante inauguração da segunda fase da Unidade de Tratamento de Gás de Cacimbas, em Linhares (ES).

A produção inicial de Tupi será de 15 mil b/d, mas a previsão é de que suba para 30 mil b/d no auge do teste. Em 2010 está prevista a instalação do plano piloto, que vai produzir 100 mil b/d no campo.

"Nós vamos fazer essa inauguração de Tupi. E, possivelmente, neste momento em que o mundo está em crise, talvez a Petrobras seja a empresa de petróleo no mundo que mais está investindo", acrescentou.

Em janeiro, a Petrobras anunciou que vai investir 174,4 bilhões de dólares nos próximos cinco anos, montante maior do que a programa pela gigante Shell.

BOLíVIA

O presidente também comentou a recente crise entre o Brasil e a Bolívia causada pela nacionalização dos recursos naturais anunciada pelo país vizinho. Lula disse que, apesar das críticas dos brasileiros "mais conservadores" e de ter ficado com "pena" da Petrobras, compreendeu a "justeza" da medida e reconheceu o direito da Bolívia de nacionalizar o seu gás natural.

Por outro lado, Lula contou que mostrou ao presidente boliviano, Evo Morales, que a Bolívia não teria a quem mais vender seu gás natural senão ao Brasil.

"Hoje, parece que a relação está 100 por cento boa. A Petrobras continua produzindo, continua pesquisando, continua investindo", comentou.

Lula destacou, entretanto, que quando o Brasil obtiver a autosuficiência em gás natural liberará a Bolívia para vender o produto para outros países.

"Lógico que o Brasil vai comprar também porque, estrategicamente, é importante o Brasil ajudar a Bolívia a se desenvolver. Não interessa ao Brasil crescer cercado por pobres", destacou.

(Reportagem de Fernando Exman)

domingo, 25 de janeiro de 2009

Bolívia vota nova Constituição socialista

Por Carlos A. Quiroga e Alejandro Lifschitz

LA PAZ (Reuters) - Os bolivianos votam neste domingo um referendo sobre a nova Constituição promovida pelo presidente Evo Morales, que outorgaria ao Estado o controle total da economia e abriria as portas das instâncias do poder à maioria indígena.

A reforma constitucional foi rechaçada durante quase três anos pela oposição, que liderou violentas manifestações que deixaram um saldo de mortos.

Analistas crêem que a popularidade de Morales entre a comunidade indígena, que chega a dois terços da população boliviana de 10 milhões de habitantes e que foi relegada durante décadas na vida política, será suficiente para a aprovação da carta magna.

Mas há dúvidas se o mandatário obterá novamente o forte apoio obtido em outras consultas.

"Esperamos sua participação (da população) nesta festa democrática. Neste 25 de janeiro, pela primeira vez uma proposta de Constituição está sendo submetida ao povo boliviano", disse Morales à radio Erbol.

A oposição, integrada por partidos de centro e centro-direita com grande poder nos departamentos do leste do país, afirma que a nova Constituição criaria um Estado totalitário e afugentaria os investimentos de que o país mais pobre de América do Sul necessita com urgência.

Ainda acusam Morales, um indígena de 49 anos, de querer instaurar um regime centralista apoiado por seu maior aliado, o presidente venezuelano Hugo Chávez.

"É um momento muito especial para nossa pátria. Peço a todos que ajudem esta jornada democrática. Estão em jogo muitas coisas transcendentais para o futuro de nosso país", afirmou aos jornalistas o governador de Santa Cruz, Rubén Costas, um dos líderes da oposição.

Costas ainda evocou o fantasma da fraude e pediu aos observadores internacionais que estejam atentos a qualquer anormalidade.

O projeto constitucional boliviano, que permite a reeleição de Morales em um pleito que poderia ser convocado em dezembro, estabelece que as 36 etnias indígenas que compõem a Bolívia devem estar representadas nos poderes Legislativo e Judicial.

Além disso, aprofunda a reforma agrária ao proibir os latifúndios e estabelece que o Estado exercerá a planificação da economia, a administração dos recursos naturais e poderá intervir em toda a cadeia produtiva.

As urnas foram abertas às 08h locais (10h em Brasília) e fecharão às 16h. Espera-se que os primeiros resultados de boca de urna saiam às 18h, e os primeiros números oficiais devem surgir no início da noite.