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terça-feira, 6 de janeiro de 2009

Dólar cai 3,2% e termina pregão abaixo de R$ 2,20

Moeda americana terminou cotada a R$ 2,180, com queda de 3,24%.
Instituições nacionais mudam aposta para queda da divisa.

O dólar comercial registrou mais um pregão de queda frente ao real nesta terça-feira (6), em um dia de tranquilidade nos principais mercados mundiais. A moeda americana recuou para abaixo do patamar de R$ 2,20, terminando as negociações cotada a R$ 2,180, com desvalorização de 3,24%.

"A queda do dólar (nesta sessão) é a princípio... pelo pessoal se desfazendo de posição comprada (no mercado futuro). Isso acaba refletindo direto no mercado à vista, o pessoal começa a vender, vira efeito manada", avaliou José Roberto Carreira, gerente de câmbio da Fair Corretora.

Segundo os dados mais recentes atualizados pela BM&F, as instituições nacionais inverteram na virada do ano seu posicionamento no mercado futuro de dólar de comprado para vendido, uma aposta prática na queda do dólar. A posição inicial era sustentada há cerca de três meses.

Perspectivas menos sombrias

Luis Piason, gerente de operações de câmbio da Corretora Concórdia, apontou as perspectivas mais otimistas dos mercados em geral neste início de 2009 como fator que também contribui para uma certa acomodação do câmbio.

"O epicentro da crise já passou, a tendência é, aos poucos, ir voltando à normalidade. O sentimento está mudando", avaliou, mencionando que, em movimento contrário ao do final do mês passado, o Brasil tem apresentado um ingresso de recursos um pouco mais forte nos primeiros dias de 2009.

Piason ponderou que, apesar das perspectivas otimistas, refletidas nos ganhos dos mercados acionários globais nesta sessão, a tendência de volatilidade permanece já que dados econômicos pessimistas ainda devem fazer parte do dia-a-dia dos investidores por um bom tempo.

Segunda-feira

Na segunda-feira, o dólar comercial recuou 3,42%, a R$ 2,251 na compra e R$ 2,253 na venda. De acordo com a BM&F, o volume negociado no mercado de dólar à vista girou em torno de US$ 1 bilhão na sessão. A média diária negociada em dezembro foi de quase US$ 3 bilhões.

(Com informações de Reuters e Valor Online)

Bovespa registra sexto pregão consecutivo de alta

Bolsa nacional teve elevação de 1,91%, aos 42.312 pontos.
Mercados também sobem nos EUA, na Europa e na Ásia.

A Bolsa de Valores de São Paulo (Bovespa) teve nesta terça-feira (6) seu sexto pregão seguido de alta, uma sequência que não era observada desde fevereiro do ano passado. O índice Ibovespa - principal referência para o mercado nacional - teve elevação de 1,91%, aos 42.312 pontos.

A exemplo do último pregão, os papéis relacionados às commodities ganharam destaque, com notícias apontando que a China retomaria as importações de algumas matérias-primas na modalidade "toll trading ", na qual o país importa recursos básicos, os processa e exporta.

Puxando os ganhos, as ações PN da Vale tiveram alta de 3,39%, aos R$ 28,95. Bom desempenho também para o ativo PN da Petrobras, que valorizou 1,07%, a R$ 25,37. O giro financeiro da sessão ficou na casa de R$ 3,8 bilhões.

Tendência positiva

A bolsa brasileira seguiu a tendência de Wall Street, onde o dia também é positivo. Por volta das 18h de Brasília, o índice Dow Jones apontava alta de 1,27%, aos 9.066 pontos. O índice ampliado S&P 500 subia 1,37% e o Nasdaq avançava 2,10%.

Os investidores assimilaram bem a divulgação da ata do Federal Reserve (Fed, o BC americano), que em dezembro cortou a taxa de juros do país para uma banda entre zero e 0,25% ao ano. No documento, o colegiado projeta uma forte retração econômica entre outrubro e dezembro de 2008, e estima alguma recuperação econômica a partir de 2010.


Europa e Ásia

Na Europa, as bolsas fecharam em alta, com destaque para o setor automotivo depois que a Porsche anunciou que elevará sua participação na Volkswagen para mais de 50%. O setor de minaração também teve fortes ganhos. De acordo com dados preliminares, o índice FTSEurofirst 300 subiu 1,64%, para 887 pontos, no maior patamar de fechamento desde 10 de novembro.

Na Ásia, a terça-feira encerrou de maneira positiva para a Bolsa de Tóquio, onde o Nikkei-225 subiu 0,42%. Em Seul, a alta foi de 1,76%, e Xangai valorizou 3%. Destoando, Hong Kong caiu 0,35%. Ainda na região, o Banco Central da China disse que precisa estimular o crédito visando impulsionar a demanda doméstica e o crescimento econômico.

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