SÃO PAULO (Reuters) - A expectativa de que a recuperação da economia chinesa amorteça os efeitos da recessão global animou os investidores da Bovespa, que fechou em forte alta, impulsionada pelos ganhos das ações de empresas de commodities.
Com uma disparada de 5,23 por cento, o Ibovespa chegou aos 38.376 pontos, de acordo com dados preliminares, enxugando as perdas da semana. O volume financeiro da sessão foi de 4,55 bilhões de reais.
A subida do índice de produção industrial da China pelo terceiro mês seguido em fevereiro e o anúncio de que o governo vai aumentar os gastos em áreas como infraestrutura e indústria fez disparar os preços de matérias-primas.
Os principais índices das bolsas européias e norte-americanas subiram com vigor, após uma série de perdas que na véspera os levaram aos menores níveis em mais de uma década.
As blue chips domésticas ditaram o tom da recuperação do Ibovespa. Vale saltou 9,88 por cento, para 28,35 reais. Petrobras subiu 6,25 por cento, a 26,35 reais.
(Reportagem de Aluísio Alves)
DÓLAR CAIU 1,66%.
O dólar encerrou a sessão desta quarta-feira em queda ante o real, com os mercados externos esperançosos de que o governo chinês aumente os esforços para fortalecer a economia do país.
A moeda norte-americana fechou em queda de 1,66 por cento, a 2,371 para venda. É a maior baixa percentual desde 28 de janeiro.
O anúncio de que o governo de Pequim vai impulsionar os gastos em áreas como infraestrutura e indústria elevou o preço das ações de commodities, o que deu fôlego aos mercados acionários globais.
"O otimismo está baseado na idéia de que o plano da China para incentivar a economia está dando resultados positivos", avaliou Reginaldo Galhardo, gerente de câmbio da Treviso Corretora de Câmbio.
As bolsas de valores globais refletiam as boas notícias sobre a economia chinesa. Os principais índices europeus avançaram, interrompendo uma série de três sessões de queda. Os índices de Wall Street subiam mais de 2 por cento. O principal índice da Bovespa subia mais de 4 por cento.
Com a melhora no cenário externo, Galhardo cita a mudança de estratégia por parte dos investidores estrangeiros. "Eles (os investidores) viram que o dólar tava subindo e decidiram realizar lucros, vendendo dólar", disse.
Nesta quarta-feira, o Banco Central divulgou dados do fluxo cambial de fevereiro, que fechou positivo em 841 milhões de dólares. É a primeira entrada líquida mensal de recursos desde setembro.
"O fluxo positivo contribui para os fundamentos da moeda brasileira", afirmou Marcelo Voss, economista-chefe da Corretora Liquidez.
(Reportagem de José de Castro)
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