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quarta-feira, 18 de março de 2009

Medida do Fed estica ânimo e Bovespa supera 40 mil pontos

Por Aluísio Alves

SÃO PAULO (Reuters) - Uma medida dramática do Federal Reserve para tentar reanimar a economia norte-americana deu fôlego adicional aos mercados de ações no exterior, movimento seguido pela Bovespa, que alcançou o maior nível em um mês.

Depois de passar a maior parte da quarta-feira operando no vermelho, o Ibovespa seguiu a reversão de Wall Street e fechou com avanço de 1,6 por cento, aos 40.142 pontos. O giro financeiro da sessão foi de 4,58 bilhões de reais.

"Foi o Fed", sintetizou André Querne, sócio da Rio Gestão de Recursos, explicando o motivo da virada do índice.

Depois de ter baixado para a faixa de zero a 0,25 por cento o juro básico dos Estados Unidos, o Fed não viu alternativa para tentar levantar a economia abalada pela crise senão ampliar sua atuação no mercado secundário de títulos públicos.

O banco central norte-americano informou que nos próximos seis meses vai comprar até 300 bilhões de dólares em títulos de longo prazo do governo, o que não fez nas últimas quatro décadas. A instituição também vai ampliar as compras de dívidas lastreadas em hipotecas.

Foi o suficiente para tirar os principais índices acionários de Wall Street do vermelho, colocando-os na sexta alta em sete sessões e de volta no melhor patamar em um mês.

O anúncio também permitiu recuperação nos mercados de commodities, justamente os que pesavam sobre as ações mais importantes do Ibovespa.

Assim, Petrobras recobrou força na última hora, fechando com avanço de 1,1 por cento, a 28,30 reais. Vale terminou o dia valendo 26,96 reais, com perda de 0,3 por cento, depois de ter chegado a cair mais de 2 por cento.

BM&F Bovespa, que pela manhã informou ter conseguido compensar parcialmente as quedas de receita com cortes de custos no quarto trimestre de 2008, subiu 3,6 por cento, a 7,12 reais.

Banco do Brasil tomou a liderança entre os bancos, com ganhos de 3,5 por cento, a 15,51 reais.

Mas o setor mais valorizado foi o de papel e celulose, segundo operadores, devido à análise de que as empresas dessa área estão excessivamente desvalorizadas, o que atraiu caçadores de barganhas.

VCP foi a melhor do índice, disparando 7,75 por cento, a 11,12 reais. Aracruz subiu 6,7 por cento, para 1,60 real.

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