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segunda-feira, 9 de março de 2009

Mercado fecha em baixa apesar de alta da Petrobras

RIO DE JANEIRO (Reuters) - A alta do petróleo nesta segunda-feira ajudou a Bovespa a encerrar o dia em queda inferior às das bolsas norte-americanas, apesar do mercado brasileiro ter passado o dia atrelado ao movimento externo.

Oscilando entre pequenas altas e quedas com grande volatilidade, o Ibovespa fechou o pregão desvalorizado em 0,98 por cento, aos 36.741 pontos, com volume financeiro de 2,75 bilhões de reais. Este foi o terceiro pregão seguido no vermelho.

As ações da Petrobras, principais papéis do mercado brasileiro, conseguiram resistir ao pessimismo geral após o petróleo disparar com a expectativa de novos cortes de produção pela Organização dos Países Exportadores de Petróleo (Opep), o que elevou o preço da commodity.

Um incidente entre navios dos EUA e da China também ajudaram a impulsionar a cotação do petróleo, que encerrou o dia cotado a 47,07 dólares o barril, alta de 3,41 por cento.

As ações preferenciais da Petrobras terminaram o dia em alta de 0,12 por cento, cotadas a 25,70 reais, no dia útil seguinte à divulgação de lucro recorde em 2008, que não chegou a entusiasmar o mercado.

Incertezas em relação à saúde de instituições financeiras e montadoras continuam limitando o interesse do investidor, que tem preferido se garantir com papéis de setores mais tradicionais, segundo o economista-chefe da Corretora Ágora.

"Os mercados continuam com aversão a risco, vendo gravidade na crise, e não conseguindo sair da crise", avaliou Álvaro Bandeira. "Acho que ainda dura algum tempo, porque ainda vamos coletar dados de conjuntura global e de empresas muito fracos."

As ações da Vale, segunda principal blue-chip, não resistiram a perspectivas mais pessimistas para os metais e demanda da China e cederam 3 por cento, cotadas a 25,77 reais.

Para Bandeira, o mau humor do mercado deve durar pelo menos o primeiro semestre, com perspectivas melhores para a segunda metade do ano.

"A minha sensação é de que o mercado começa a mostrar sinais de que lá na frente melhora um pouco, mas pelo menos vamos ter um semestre de situação ruim e de volatilidade", disse o economista.

(Por Denise Luna)

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