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terça-feira, 17 de março de 2009

Bovespa acompanha bom humor externo e fecha em alta de 2,34%

Investidores ficaram mais otimistas e compraram Vale e Petrobras.
Ações da Perdigão, que pode se unir à Sadia, subiram mais de 7% no dia.

A Bolsa de Valores de São Paulo (Bovespa) acompanhou de perto os mercados internacionais nesta terça-feira (17). Depois de abrir em queda, o mercado virou no início da tarde. O Ibovespa, principal indicador da bolsa paulista, acabou registrando ganho de 2,34% no fechamento, terminando o dia aos 39.510 pontos.

O resultado do dia foi puxado pelo bom desempenho das ações da Petrobras e da Vale do Rio Doce. As principais ações da petrolífera e da mineradora tiveram valorização de mais de 2% e de 1%, respectivamente. As ações da Perdigão, que pode se unir à Sadia, dispararam mais de 7% nesta terça-feira.

O volume negociado na Bovespa no dia ficou em linha com a média dos últimos dias, em R$ 3,4 bilhões. Entre as outras ações que tiveram forte valorização no dia estiveram a Votorantim, a Natura e a Renner, todas com ganhos acima de 6% no pregão. Entre as baixas, destacaram-se Gol, Braskem, Usiminas e Gerdau.

Sadia e Perdigão

O fato de muitos dos principais acionistas da Perdigão, como os fundos de pensão brasileiros, também possuírem bom número de papéis da Sadia poderá ser determinante para que as duas empresas cheguem a um acordo para uma associação operacional, disseram especialistas nesta terça-feira.

As empresas, duas das maiores companhias de alimentos da América Latina, que juntas chegam a um faturamento anual superior a R$ 20 bilhões, confirmaram que estão discutindo uma eventual parceria, apesar de a Perdigão ter informado que, no momento, as conversas sofreram uma pausa após não ter sido alcançado um entendimento.

Segundo uma fonte que pediu anonimato, a Sadia pode se complicar financeiramente se não receber algum auxílio nos próximos 60 dias. "Deve estar uma pressão grande sobre a direção da Perdigão. Mas a palavra final é dos fundos", acrescentou.

Exterior

Em Wall Street, os mercados iniciaram o dia em baixa, com os agentes assimilando notícias corporativas negativas. Entretanto, depois de notícias positivas sobre o setor imobiliário, o mercado americano passou a subir. No fechamento, o Dow Jones - referência para Nova York - ganhou mais de 2,48%.

Os índices da construção civil e o número de licenças para construir concedidas nos Estados Unidos subiram de maneira inesperada em fevereiro: 22,2% e 3%, respectivamente, depois de sete meses de baixa, segundo dados oficiais divulgados nesta terça-feira.

Empresas

Na noite de segunda-feira, a fabricante de alumínio Alcoa anunciou um corte de dividendos que deve ter impacto negativo em suas ações, mesmo que o movimento resulte em economia de US$ 400 milhões por ano.

Ainda no segmento de matérias-primas, a ArcelorMittal negou que esteja planejando a emissão de US$ 6,5 bilhões em ações, conforme apontaram algumas reportagens, mas não refutou que possa utilizar tal instrumento de captação. Já a Rio Tinto apontou que não acredita em uma retomada de preços durante 2009.

No setor de tecnologia, a Apple apresentará um novo software para o iPhone. A fabricante de celulares Nokia anunciou a demissão de 1,7 mil funcionários.

Outros mercados

Na Europa, as bolsas de valores encerraram em baixa, após terem registrado alta durante cinco sessões consecutivas. A fraqueza das ações do setor de mineração, devido à queda dos preços dos metais e notícias sobre a redução do dividendo da Alcoa, superou os ganhos verificados no segmento bancário.

O índice FTSEurofirst 300, referência das principais bolsas europeias, recuou 0,7%, para 715 pontos. O indicador ainda acumula queda de 14% neste ano, depois de ter despencado 45% em 2008.

(Com informações do Valor OnLine, da Reuters e da France Presse)

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