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quarta-feira, 27 de maio de 2009

Por Aluísio Alves SÃO PAULO (Reuters) - A Bovespa sucumbiu à pressão negativa de Wall Street e fechou no vermelho, rompendo um ciclo de três dias seg

Por Aluísio Alves

SÃO PAULO (Reuters) - A Bovespa sucumbiu à pressão negativa de Wall Street e fechou no vermelho, rompendo um ciclo de três dias seguidos de ganhos, diante do receio de que o aumento dos custos dos empréstimos nos Estados Unidos prejudique a recuperação econômica do país.

Depois de ter chegado a superar os 53 mil pontos no meio do pregão, o Ibovespa foi gradualmente perdendo força, até fechar o dia desvalorizado em 0,09 por cento, a 51.791 pontos.

A volatilidade calibrou o giro financeiro da sessão, que totalizou 5,3 bilhões de reais.

"O mercado doméstico até que esteve forte, diante da queda lá fora, que teve um dia de realização de lucro", disse o analista sênior Hamilton Moreira, do BB Investimentos.

Na Bolsa de Nova York, o índice Dow Jones recuou 2,05 por cento, com a reação negativa de investidores ao resultado de um leilão do Tesouro norte-americano, que pagou mais caro para vender títulos do governo.

O episódio foi interpretado como sinal de que o crédito para pessoas e empresas também pode ficar mais caro, o que poderia prejudicar a recuperação da economia norte-americana.

A bolsa paulista resistiu na maior parte da sessão. Mas à medida que as perdas cresciam em Nova York, a preferência dos investidores por embolsar ganhos aumentou, especialmente depois de o Ibovespa ter subido 3,5 por cento em três sessões.

Diante disso, o papel preferencial da Vale foi um dos principais alvos e recuou 2,2 por cento, para 32,36 reais. O mote foi a decisão do Goldman Sachs de reduzir a recomendação dos papéis da mineradora de "compra" para "neutra".

O time das maiores perdedoras incluiu os setores aéreo, de energia elétrica e algumas varejistas.

Blindando o índice contra perdas mais acentuadas, Gerdau, a melhor do índice, subiu 3,6 por cento, para 19,38 reais. A siderúrgica foi alvo de relatório do banco JP Morgan, que elevou a recomendação para os papéis da companhia de "neutra" para "compra", apontando a fabricante de aço como uma das que mais deve se beneficiar da tendência de recuperação da economia global.

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