Por Paula Laier
SÃO PAULO (Reuters) - Após uma abertura fraca e hesitante, o mercado acionário brasileiro firmou-se em terreno positivo nesta quinta-feira, amparado no forte avanço das bolsas nos Estados Unidos e na valorização das commodities.
No término da sessão, o Ibovespa registrou alta de 3,71 por cento, aos 51.514 pontos. O volume financeiro do pregão totalizou 4,78 bilhões de reais.
A reação negativa ao aumento inesperado dos pedidos de auxílio-desemprego nos Estados Unidos perdeu fôlego logo após a abertura, com as bolsas de valores norte-americanas firmando-se em trajetória de alta e contagiando as operações brasileiras.
O avanço de ações ligadas ao consumo em Nova York deu o tom dos negócios, ajudado pela baixa na remuneração dos Treasuries após a boa demanda em um leilão. O recuo nos juros dos títulos do Tesouro norte-americano tende a significar custos mais baixos de crédito a empresas e consumidores.
O alívio com o desdobramento de uma audiência do chairman do Federal Reserve, Ben Bernanke, no Congresso sobre o acordo Bank of America/Merrill Lynch foi mais um componente para as compras de ações.
O Dow Jones fechou com elevação de 2,08 por cento e o Standard & Poor's 500 avançou 2,14 por cento.
Outro ingrediente para a forte valorização do Ibovespa foi a alta nos preços de commodities, particularmente petróleo e metais, devido ao impacto nas blue chips brasileiras Petrobras e Vale. O índice CRB de commodities subiu 1,42 por cento.
O operador de uma corretora em São Paulo, contudo, chamou atenção para o volume relativamente baixo e para o fato de que os negócios foram em grande parte operações em que o investidor compra ações e vende o índice (basket) e arbitragens com o mercado externo. "A alta foi uma correção", disse.
O gerente de renda variável de uma corretora no Rio de Janeiro disse que o gráfico do Ibovespa sinaliza uma realização de lucros, mas que antes disso o índice deverá subir um pouco mais.
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