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segunda-feira, 27 de julho de 2009

Em dia de giro fraco, Bovespa bate máxima desde setembro

Por Aluísio Alves

SÃO PAULO (Reuters) - Com margem mínima, o otimismo voltou a prevalecer no final dos negócios da bolsa paulista nesta segunda-feira, em dia de indicações divergentes da economia norte-americana.

Depois de oscilar o dia todo em torno da estabilidade, o Ibovespa ganhou pequeno alento já nos ajustes para fechar valorizado em 0,17 por cento, o suficiente para bater nos 54.548 pontos, a maior pontuação desde setembro de 2008.

O volume de negócios seguiu a tendência internacional, de movimento mais fraco, e resumiu-se a 4,1 bilhões de reais.

Para profissionais do mercado, mesmo com o desencontro do noticiário econômico nos EUA, voltou a prevalecer a aposta de que a economia global está saindo da crise, sustentando novos ingressos de recursos para a bolsa paulista.

"Com os sinas de recuperação, ninguém está querendo correr o risco de perder o potencial de uma valorização ainda maior das ações", afirmou Hamilton Moreira, analista senior do BB. Em 2009, o Ibovespa já subiu mais de 45 por cento.

O dia até começou fraco, depois de empresas como a fabricante de equipamentos para aviões Honeywell e a seguradora Aetna terem reduzido as previsões de ganhos para 2009, induzindo os investidores à realização de lucros.

Logo em seguida, o ânimo voltou com a divulgação de que as vendas de novas moradias nos EUA subiram acima do esperado em junho, movimento amortecido por outro índice, o de atividade do Meio-Oeste norte-americano, que caiu em junho para o menor nível desde 1993.

No final, entretanto, prevaleceu a disposição para comprar ações, o que levou os principais índices de Wall Street a fecharem o dia com leve ganho. O Dow Jones subiu 0,17 por cento.

Na bolsa paulista, em meio a movimentos de giro de carteiras, com a venda de ações que subiram forte e a troca por outras que ficaram para trás, altas pontuais ajudaram a dar sustentação ao Ibovespa.

A que mais subiu foi Sabesp, com um salto de 7,4 por cento, para 31,15 reais. Em relatórios, o Merrill Lynch e o Santander elevaram a recomendação para os papéis, considerando positiva a mudança regulatória anunciada na sexta-feira pela Agência Reguladora de Saneamento e Energia de São Paulo (Arsesp) para a Sabesp.

O ramo de papel e celulose também cresceu, sob liderança de VCP, com avanço de 5,9 por cento, a 26,15 reais. Aracruz ganhou 4,5 por cento, a 3,50 reais.

Mas a ação preferencial da Vale foi o fiel da balança, subindo 0,8 por cento, para 32,43 reais. A outra blue chip doméstica, a preferencial da Petrobras, caiu 0,15 por cento, para 32,45 reais.

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