BRASÍLIA (Reuters) - O ministro do Planejamento, Paulo Bernardo, afirmou nesta segunda-feira que o recente acordo realizado entre o Brasil e o Paraguai sobre a hidrelétrica binacional de Itaipu vai resultar em ônus para o governo brasileiro.
"Não vai ter aumento de preço de tarifa. A determinação é que isso não vai ter impacto para o consumidor", disse o ministro a jornalistas.
Questionado então se o governo vai pagar a conta do acordo com o Paraguai, Bernardo foi positivo. "Eu concluo que a resposta é afirmativa", afirmou, sem fornecer mais detalhes.
No sábado, em Assunção, o presidente Luiz Inácio Lula da Silva e o presidente paraguaio, Fernando Lugo, anunciaram que chegaram a um acordo sobre a comercialização da energia da usina, reivindicação antiga do país vizinho.
O Brasil disse que vai triplicar a quantia paga ao Paraguai pela cessão da energia gerada por Itaipu, além de permitir ao Paraguai a venda gradual do insumo no mercado brasileiro sem a intermediação da companhia estatal Eletrobrás.
O bônus anual pela cessão de energia gira em torno dos 120 milhões de dólares e poderia pular para 360 milhões de dólares com o acordo.
O tema foi debatido nesta segunda-feira na reunião semanal de coordenação que reúne o presidente Luiz Inácio Lula da Silva e os principais ministros do Executivo.
Segundo relato de Paulo Bernardo, Lula afirmou no encontro que houve avanço no relacionamento com o Paraguai.
"Subimos um degrau na nossa relação com o Paraguai", disse Lula, segundo o ministro. O objetivo do governo brasileiro na América Latina, segundo disse Lula, é realizar projetos de desenvolvimento com os países vizinhos.
(Texto de Carmen Munari e Denise Luna)
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