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quarta-feira, 15 de abril de 2009

Realização de lucros dita 2a queda seguida do Ibovespa

Por Aluísio Alves

SÃO PAULO (Reuters) - Num dia de negócios contaminados com a disputa pelos contratos de índice futuro, a Bovespa emendou a segunda queda seguida, contrariando a tendência positiva de Wall Street.

O Ibovespa cedeu 0,32 por cento para 45.272 pontos. O volume de negócios da sessão foi de 7,9 bilhões de reais, o maior desde 17 de dezembro, com ajuda dos 1,63 bilhão de reais do exercício dos contratos de Ibovespa futuro.

O mercado acionário doméstico, um dos mais beneficiados pelo ingresso de recursos internacionais com o arrefecimento da crise nas últimas semanas, também foi um dos preferidos por investidores para realização de lucros, à medida que novos dados mostraram a persistente fraqueza da economia global.

Com o Ibovespa ainda sustentando valorização superior a 10 por cento em abril, o noticiário do dia potencializou a preferência dos investidores para garantir os ganhos recentes.

"Os dados negativos foram usados como argumento para o investidor realizar lucros", disse Felipe Casotti, gestor de renda variável da Máxima Asset Management.

Essa fila teve à frente os estrangeiros, que só nos primeiros nove dias de abril ampliaram seus investimentos na Bovespa em 2,3 bilhões de reais.

A bateria de dados divulgados nesta quarta-feira incluiu a informação de que o PIB da China deve ter crescido cerca de 6 por cento no primeiro trimestre, abaixo da previsão de economistas, e que os preços ao consumidor e a produção industrial nos EUA recuaram surpreendentemente em março.

Foi o bastante para abater os mercados de commodities. A cotação do barril do petróleo cedeu pelo segundo dia. Os preços dos metais também cederam.

Ações de empresas ligadas a esses setores estiveram entre os principais alvos de vendas. Petrobras caiu 1,7 por cento, para 29,98 reais. Gerdau cedeu 2,1 por cento, para 15,03 reais.

Para completar, o investidor ainda repercutiu a notícia de que o governo brasileiro decidiu reduzir a meta de superávit primário de 2009, de 3,8 para 2,5 por cento.

Embraer seguiu devolvendo parte do ganho de mais de 60 por cento em pouco mais de um mês e encolheu 4,1 por cento, para 9,16 reais.

(Edição de Eduardo Simões)

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