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segunda-feira, 16 de fevereiro de 2009

Ação da Positivo dispara em meio a rumores de nova oferta

SÃO PAULO (Reuters) - A possibilidade de que a Positivo Informática tenha recebido nova oferta de compra, pela chinesa Lenovo ou mesmo por outra multinacional, como a Dell, levou as ações da companhia paranaense a saltos de mais de 80 por cento nesta segunda-feira.

Para a analista Luciana Leocádio, da Ativa Corretora, entretanto, a empresa que mais vende computadores no varejo brasileiro informou que não há nenhuma negociação no momento.

Quando procurada pela Reuters, no entanto, a Positivo disse, por meio de sua assessoria de imprensa, não ter comentários para fazer sobre o assunto no momento.

Procuradas, as assessorias de imprensa da Dell e da Lenovo informaram que as empresas não comentam rumores de mercado.

Às 16h51, as ações da Positivo disparavam 77,9 por cento, cotadas a 9,25 reais. Há um ano, o papel foi negociado a mais de 32 reais.

"A única certeza que temos é a da volatilidade dos papéis" nos próximos dias, disse o analista Alan Cardoso, da Ágora Corretora.

Segundo Cardoso, a alta nas ações é, ao mesmo tempo, uma oportunidade e um risco para o acionista minoritário.

"Primeiro é preciso saber se a oferta realmente existe, depois saber a que preço e, por último, saber se o controlador vai aceitar, porque ele já recusou uma vez", lembrou o analista.

Em dezembro, a própria Lenovo informou ao mercado ter encerrado negociações com a Positivo por não terem chegado a um consenso diante das incertezas econômicas. A oferta era de 18 reais por ação da empresa brasileira.

"Dezoito reais já era um preço muito bom", opina Cardoso. Os papéis da Positivo abriram esta segunda-feira negociados a 5,20 reais.

Notícias publicadas na mídia nesta segunda-feira afirmam a nova oferta poderia ser de 31 reais.

"O preço me parece excessivo", uma vez que o mercado mudou de dezembro para cá, ponderou o analista da Ágora, referindo-se ao agravamento da crise financeira global.

A Lenovo já aventou a possibilidade de crescer através de aquisições em países emergentes, mas não citou especificamente o Brasil. Em fevereiro, ela informou seu primeiro prejuízo em três anos, diante do aprofundamento da recessão internacional, e informou que só espera a volta do lucro em 2010.

(Por Taís Fuoco)

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