Pages

domingo, 28 de setembro de 2008

Bush diz que pacote evitará que economia dos EUA quebre

Presidente expressou confiança de que plano será aprovado rapidamente.
Congresso ainda precisa aprovar ajuda de US$ 700 bilhões aos bancos.

O presidente dos Estados Unidos, George W. Bush, disse neste domingo (28) que o pacote de resgate de US$ 700 bilhões a Wall Street que está sendo finalizado pelo Congresso fornece as ferramentas e os recursos para proteger a economia do país de uma quebra geral.

Ele expressou confiança de que o plano será aprovado rapidamente. "Esse plano envia um forte sinal ao mundo de que os EUA estão agindo seriamente na restauração da confiança e da estabilidade do nosso sistema financeiro", disse Bush, em comunicado.


"Sem o plano de resgate, os custos para a economia norte-americana seriam desastrosos."


O senador republicano, Judd Gregg, anunciou, neste domingo (28), que os legisladores norte-americanos chegaram a um acordo sobre os detalhes do plano de resgate do setor financeiro, que será agora levado para votação no Congresso.

"Demos ao secretário (do Tesouro, Henry Paulson) a autoridade e os recursos e a flexibilidade necessários - que ele sente que são necessários - e, claro, é ele que tem a última palavra para poder avançar e estabilizar os mercados de crédito e liberar os mercados de crédito", disse Gregg aos jornalistas, após divulgar o projeto acordado.

A expectativa é que o pacote seja votado na Câmara dos Deputados na segunda-feira (29) e até quarta (1º) no Senado.

O programa de resgate, proposto na semana passada pelo governo, prevê o uso de US$ 700 bilhões para a compra de títulos podres em poder dos bancos. A intenção é desbloquear o fluxo de crédito, que atualmente está paralisado pela presença desses ativos "tóxicos" nos balanços das instituições financeiras.

O presidente do Comitê de Serviços Financeiros da Câmara dos Deputados, o democrata Barney Frank, disse que a Câmara votará o projeto na segunda.

Já o Senado enfrenta problemas mais complexos para aprová-lo. Os líderes precisam determinar se algum senador está considerando obstáculos processuais para desacelerar o processo. Além disso, um feriado judaico irá parar os trabalhos na segunda-feira e eles serão retomados apenas na terça-feira.

"O mais cedo que o Senado pode trabalhar nisso é na quarta-feira", disse uma fonte à agência Reutes, que preferiu não ser identificada.

Acordo

Líderes do Congresso norte-americano e representantes do governo Bush fecharam na madrugada deste domingo as linhas gerais do acordo.

Um comitê de legisladores já havia anunciado um princípio de acordo na última quinta. O pacto foi quebrado após o protesto de republicanos à ampla intervenção pública na economia.

Antes de entrar na reunião deste sábado, um grupo de republicanos insistiu em que, ao invés de comprar os títulos, o governo deveria coordenar um fundo com dinheiro privado que ofereça garantias de pagamento dos títulos podres.

Os democratas se mostraram dispostos a incorporar essa idéia ao programa final, embora só como uma das opções à disposição do Tesouro, e não como uma alternativa ao plano original.

Presidenciáveis

O candidato do Partido Democrata à Casa Branca, Barack Obama, e o republicano John McCain disseram neste domingo que deverão apoiar o plano.

Em comunicado à imprensa, Obama afirmou que o acordo parece conter os quatro princípios que ele defendia: supervisão do plano por uma comissão independente; a possibilidade de o governo federal e, assim, os contribuintes, serem ressarcidos; mais ajuda para os proprietários de imóveis com problemas; e regras claras sobre a compensação de executivos de instituições socorridas.

Em entrevista à CBS, Obama acrescentou: "Minha inclinação é apoiar. Temos que lembrar como chegamos aqui. Não para encontrar culpados, mas para entender as escolhas que enfrentará o próximo presidente."

Questionado se apoiaria o plano, McCain disse: "Espero que sim". Para ele, o acordo seria algo que as pessoas teriam que "engolir" e seguir em frente.

0 comentários: