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quarta-feira, 19 de maio de 2010

Bovespa fecha em queda nesta quarta-feira

Principal índice do mercado perdeu 1,89%, para 59.689 pontos.
Crise europeia ainda afeta desempenho das ações brasileiras.

A Bolsa de Valores de São Paulo (Bovespa) fechou em queda nesta quarta-feira, apesar de reduzir as perdas no final do pregão. O principal índice do mercado paulista, o Ibovespa, caiu 1,89%, para 59.689 pontos.

Foi a quinta baixa consecutiva do índice e a pontuação atingida foi a menor desde 15 de setembro de 2009.

O giro financeiro da sessão foi de R$ 8,8 bilhões.

A proibição da Alemanha para grandes bancos operarem com operações a descoberto, visando a diminuir a especulação contra a zona do euro, foi mal recebida pelo mercado, produzindo outra sessão de baixas nas principais bolsas internacionais.

A crise fiscal europeia é a principal responsável pelo fraco desempenho do mercado acionário nos últimos dias e, no caso brasileiro, as perdas têm sido mais expressivas que as das bolsas americanas.

Na véspera, o Ibovespa caiu 3,22%, para 60.841 pontos, na menor pontuação desde 28 de outubro de 2009. O giro financeiro ficou em R$ 6,828 bilhões.

domingo, 25 de abril de 2010

Bovespa se aproxima do patamar pré-crise, mas juro pode atrapalhar

Mesmo assim, especialistas vêem boas perspectivas para o mercado.
Alta 'exagerada' dos juros pode atrapalhar a Bolsa de Valores.

A Bolsa de Valores de São Paulo (Bovespa) se aproximou na semana passada do patamar atingido antes da crise financeira mundial, chegando perto dos 72 mil pontos. Nesta semana, o principal índice do mercado paulista, o Ibovespa, se manteve perto dos 70 mil pontos.

Com a bolsa em níveis saudáveis e o "susto" dado pela Grécia aos mercados dando sinais de se resolver, especialistas dizem que é hora de o investidor voltar a olhar para as ações.

A tendência, dizem eles, é de alta no restante do ano, com o crescimento da economia e a recuperação mundial.

Os economistas alertam, porém, que uma alta exagerada dos juros pode atrapalhar a Bovespa. Na última reunião do Comitê de Política Monetária (Copom) do Banco Central, os juros básicos da economia foram mantidos em 8,75% ao ano, mas a ata da reunião revelou que a taxa deve subir na próxima reunião, nos dias 27 e 28 de abril.

"O acúmulo de pontuação do Ibovespa é muito apoiada na Petrobras e na Vale, que são 37% do índice. Mas isso tem influenciado positivamente a liquidez [facilidade de comprar e vender ações] do restante do mercado", diz Carlos Alberto Decotelli da Silva, professor da Fundação Getúlio Vargas (FGV) do Rio. "O investidor deve olhar ações de outros segmentos. Alguns que estão indo muito bem são o de varejo, o financeiro e o de produtos que focam o público feminino", diz o economista.

O especialista diz que a perspectiva de ampliação do poder de compra do brasileiro e a continuidade da expansão do crédito são positivas para a Bovespa. Para Decotelli, a bolsa é a melhor opção para quem quer investir a médio e longo prazo ou no curtíssimo prazo, no chamado "day trade" (compra e venda de ações no mesmo dia) - nesse último caso, porém, o risco é muito maior.

Outra dica de Decotelli é que o investidor olhe as empresas que têm ADRs (recibos de ações) negociados em bolsas estrangeiras. "São empresas com boa imagem lá fora que têm boa liquidez no mercado brasileiro", diz o professor.

Para Ricardo Almeida, professor do Insper (ex-Ibmec São Paulo), "o patamar de 71 mil pontos já tem durado bastante tempo. São quatro meses [de Bovespa] andando de lado. Está na hora de abandonar um pouco a cautela e aumentar a exposição a renda variável".

O economista diz que a tendência é que o Ibovespa ultrapasse o patamar de antes da crise (em maio de 2008, a pontuação passou de 73 mil pontos). "Se o aumento dos juros for saudável, só para controlar a inflação, é até bom para as empresas. O problema é se for uma alta exagerada", diz ele.

quarta-feira, 21 de abril de 2010

Banco do Brasil compra 51% do Banco Patagonia por US$ 480 milhões


Negócio depende de autorizações dos BCs do Brasil e da Argentina. Patagonia é um banco de varejo com atuação em todo o país vizinho

O Banco do Brasil anunciou nesta quarta-feira (21) que vai comprar 51% do argentino Banco Patagonia por US$ 479,6 milhões (cerca de R$ 839 milhões).

Na última sexta-feira (16), o BB havia confirmado que estava estudando a aquisição de uma participação no banco argentino.

A compra depende de autorizações dos bancos centrais do Brasil e da Argentina, do CNDC (Comitê Nacional de Defesa da Competência) e dos acionistas do BB.

A compra do Patagonia é mais um capítulo no processo de internacionalização do BB, o maior banco da América Latina.

O Banco Patagonia presta serviços principalmente a famílias e a pequenas e médias empresas. Os principais acionistas do banco são da família Stuart Milne e cerca de 24% das ações do banco são negociadas em bolsa de valores.

O Patagonia, sexto maior banco nacional da Argentina, terminou o ano de 2009 com ativos de 9,8 bilhões de pesos argentinos (cerca de R$ 4,4 bilhões) e lucro de 448,8 milhões de pesos argentinos (cerca de R$ 202,7 milhões). O banco tem 752 mil clientes, 154 agências em todas as províncias da Argentina e 2.660 funcionários.

O BB tem uma agência na capital da Argentina, Buenos Aires, desde 1960, onde trabalham 44 funcionários. O banco tem ao todo 45 escritórios em 23 países.

sábado, 3 de abril de 2010

Emprego nos EUA está começando a melhorar, diz Obama


Por Matt Spetalnick

CHARLOTTE, Estados Unidos (Reuters) - O presidente norte-americano, Barack Obama, saudou os números sobre o emprego nesta sexta-feira como uma evidência de que a economia está mudando para melhor, mas ele disse que ainda levará tempo para se atingir a geração de empregos sustentável de que o país precisa.

Procurando manter o ritmo depois de os parlamentares terem aprovado sua histórica reforma no sistema de saúde, Obama mudou o foco para combater o alto desemprego, um problema que ameaça prejudicar as perspectivas do Partido Democrata nas eleições parlamentares de novembro.

Obama falou após um relatório do governo ter mostrado que a economia dos EUA criou 162 empregos em março, o sinal mais forte até agora de que a recuperação econômica está em terreno mais sólido.

"Hoje é um dia encorajador. Nós aprendemos que a economia realmente produziu um número substancial de empregos ao invés de perder um número substancial de empregos. Nós estamos começando a virar a esquina", disse Obama a trabalhadores em uma fábrica de componentes de bateria na Carolina do Norte, um estado disputado onde ele venceu nas eleições presidenciais de 2008.

Apesar de receber o relatório desta sexta-feira como "a melhor notícia sobre o mercado de trabalho em mais de dois anos", ele alertou que há mais a ser feito para incentivar a criação de empregos, sua prioridade doméstica.

"Não é rápido e não é fácil", disse ele. "É importante enfatizar que, apesar de nós termos percorrido um longo caminho, nós ainda temos um longo caminho pela frente."

O mercado de trabalho atrasou a recuperação da economia norte-americana na pior recessão desde os anos 1930, criando um desafio político para Obama. No mês passado, a taxa de desemprego continuou em 9,7 por cento.

Mas Obama disse: "O pior da tempestade terminou e há dias mais claros pela frente."

Ele também usou sua visita à Carolina do Norte para promover a reforma do sistema de saúde, tendo em mente as pesquisas mostrando que muitos norte-americanos estão céticos sobre o extenso plano, aprovado apesar da forte oposição republicana.

quinta-feira, 11 de março de 2010

Mexicano Carlos Slim passa Bill Gates e é o mais rico do mundo, diz 'Forbes'


Empresário tem fortuna de US$ 53,5 bilhões, estima revista.
Brasileiro Eike Batista aparece em 8º na lista, com US$ 27 bilhões

O bilionário mexicano Carlos Slim Helú ultrapassou os norte-americanos Bill Gates, fundador da Microsoft, e Warren Buffet, megainvestidor e fundador da Berkshire Hathaway, e se tornou o homem mais rico do mundo em 2010, segundo ranking da revista "Forbes".

A fortuna de Slim é estimada em US$ 53,5 bilhões, um aumento de US$ 18,5 bilhões em relação ao ano passado e à frente dos US$ 53 bilhões de Gates e dos US$ 47 bilhões de Buffett.

Brasileiros

O brasileiro com a maior fortuna a aparecer na lista é Eike Batista, em oitavo lugar, com US$ 27 bilhões. Segundo a "Forbes", ele foi o integrante da lista que mais aumentou sua fortuna entre 2009 e 2010: o crescimento foi de US$ 19,5 bilhões. No ano passado, a posição de Batista na lista era 61º, com US$ 7,5 bilhões.

Eike Batista é dono do grupo EBX, que inclui as empresas MMX, de mineração; LLX, de logística; MPX, de energia; OGX, de petróleo; e OSX, de estaleiros. Com exceção da EBX e da OSX, as demais empresas têm capital aberto e ações negociadas na Bolsa de Valores de São Paulo (Bovespa).

Outros brasileiros na lista dos 100 mais ricos do mundo são Jorge Paulo Lemann, um dos controladores da InBev, com US$ 11,5 bilhões, na 48ª posição; e Joseph Safra, do Banco Safra, com US$ 10 bilhões, na 64ª posição.

Dez mais

O quarto mais rico do mundo é o indiano Mukesh Ambani, que vale US$ 29 bilhões, seguido pelo também indiano Lakshmi Mittal, com US$ 28,7 bilhões. Ambani controla a Reliance Industries, empresa com maior valor de mercado da Índia, enquanto Mittal preside a ArcelorMittal, a maior siderúrgica do mundo.

Completam os dez mais ricos do mundo o norte-americano Larry Ellison, da empresa de tecnologia Oracle, na 6ª posição, com US$ 28 bilhões; o francês Bernard Arnault, do conglomerado de luxo LVMH, com US$ 27,5 bilhões, na 7ª posição; o espanhol Amancio Ortega, do setor de varejo, com US$ 25 bilhões e na 9ª posição; e Karl Albrecht, alemão do setor de supermercados, com US$ 23,5 bilhões, na 10ª posição.

Bilionários

O número de bilionários no mundo subiu de 793 no ano passado para 1.011, segundo a Forbes, número ainda abaixo dos 1.125 contabilizados em 2008.

"Atualmente, os bilionários do mundo têm em média US$ 3,5 bilhões", informou a Forbes, o que representa um aumento de US$ 500 milhões em relação a 2009.

O ranking da Forbes inclui 97 pessoas que entraram na lista de bilionários pela primeira vez, incluindo 62 da Ásia, região que teve forte recuperação das bolsas de valores e muitas ofertas de ações no ano passado.

A China, com 64 bilionários, apareceu pela primeira vez depois dos EUA, com 403 bilionários, na lista. A Rússia está em terceiro, com 62 bilionários, muitos deles retornando ao ranking após terem saído no último ano devido à queda nos preços das commodities.

terça-feira, 9 de março de 2010

Dólar cai com melhora externa e segue abaixo de R$1,80

Por Silvio Cascione

SÃO PAULO (Reuters) - A maior disposição dos estrangeiros em investir em ativos de risco manteve o dólar abaixo de 1,80 real nesta terça-feira, após a moeda norte-americana superar brevemente esse patamar pela primeira vez desde o início do mês.

O dólar caiu 0,39 por cento, a 1,781 real. Durante a manhã, quando o mercado internacional hesitava em apontar uma tendência mais firme, a cotação chegou 1,801 real.

À tarde, porém, o clima ficou mais favorável a investimentos de risco em todo o mundo, especialmente ações. Os principais índices acionários em Nova York subiam e o Ibovespa chegou a superar 70 mil pontos --máxima desde 19 de janeiro.

Operadores de câmbio de duas corretoras comentaram que, na segunda metade da sessão, houve um aumento pontual no ingresso de recursos no país.

O volume de negócios foi mais intenso que nos últimos dias, superando 3,4 bilhões de dólares segundo dados parciais da clearing (câmara de compensação) da BM&FBovespa.

Para Moacir Marcos Jr., operador de câmbio da corretora Finabank, a queda do dólar aos níveis de 1,78 real o coloca em um suporte que, se rompido em breve, pode levar a taxa rapidamente para perto de 1,76 real.

Se for considerado que o comportamento do real depende dos mercados internacionais, ainda há bastante incerteza sobre os rumos no curto prazo.

Analistas do JPMorgan, por exemplo, preveem que o ciclo de alta do dólar dos dois primeiros meses do ano está perto do fim. "Os principais riscos sistêmicos (Grécia, desaceleração norte-americana) estão perdendo força, e o posicionamento do mercado agora está defensivo demais diante do ambiente macroeconômico", escreveram.

Por outro lado, economistas do banco suíço UBS veem o dólar caminhando na direção oposta nos próximos três meses, com o risco de o euro cair a cerca de 1,30 dólar em meio à série de notícias negativas sobre a dívida de países europeus.

No mercado futuro, os estrangeiros refizeram parte de suas posições compradas na moeda norte-americana. Entre sexta e segunda-feira, essas posições subiram de 271 milhões para 1,282 bilhão de dólares nos mercados de dólar futuro e cupom cambial, de acordo com dados da BM&FBovespa.

sexta-feira, 19 de fevereiro de 2010

Lula diz que vai usar Telebrás na banda larga e ações disparam

SÃO PAULO (Reuters) - O presidente Luiz Inácio Lula da Silva afirmou nesta sexta-feira que o governo vai recuperar a Telebrás.

Questionado por jornalistas sobre a expressiva valorização das ações da Telebrás na bolsa nos últimos anos, Lula disse que "as ações de todas as empresas cresceram" durante seu governo.

"Que ela (Telebrás) vai crescer, vai, porque nós vamos recuperar a Telebrás. Nós vamos utilizar ela para fazer banda larga neste país", disse o presidente em visita a Três Lagoas (MS), sem dar mais detalhes.

O governo está trabalhando num Plano Nacional de Banda Larga, com objetivo de universalizar o acesso rápido à Internet no país.

As ações da Telebrás têm exibido forte valorização na Bovespa diante da expectativa de que a empresa será o braço do governo na iniciativa.

Às 17h20, as ações preferenciais da Telebrás subiam 18,06 por cento, para 2,55 reais. Os papéis da empresa subiam ao redor de 3 por cento antes das declarações de Lula, e aceleraram a alta após os comentários do presidente da República.

Os papéis da Telebrás respondiam pelo quarto maior giro financeiro da bolsa paulista, com mais de 160 milhões de reais, atrás apenas das preferenciais de Vale e Petrobras e das ordinárias da BM&FBovespa.

No início de fevereiro, o secretário de Logística e Tecnologia da Informação do Ministério do Planejamento, Rogério Santanna, sinalizou, após reunião com Lula e representantes do setor de telecomunicações, que a Telebrás tinha "grandes chances" de ser a empresa pública no Plano Nacional de Banda Larga.

Nenhuma decisão foi tomada até o momento e a expectativa é de que isso aconteça em março.

Em documento encaminhado à Comissão de Valores Mobiliários (CVM) no último dia 11, o ministro das Comunicações, Hélio Costa, afirmou que a inclusão da Telebrás no plano de banda larga "continua sendo objeto de estudos".

Executivos do setor de telefonia têm se posicionado contra a reativação da Telebrás, afirmando que as empresas privadas têm condições de liderar o Plano Nacional de Banda Larga e que a competição em bases desiguais de uma estatal poderia desestimular investimentos pela indústria.

A privatização do Sistema Telebrás ocorreu em 1998, mas a holding não operacional continuou a existir.

Atualmente, a Telebrás mantém em seu quadro funcional empregados cedidos à Agência Nacional de Telecomunicações (Anatel), Presidência da República e alguns ministérios.

(Por Cesar Bianconi)

quarta-feira, 10 de fevereiro de 2010

País vê entrada de quase US$2 bi, mas BC reduz compras

SÃO PAULO (Reuters) - A entrada líquida de dólares no país alcançou quase 2 bilhões de dólares na primeira semana de fevereiro, mas o Banco Central diminuiu a intensidade das compras por meio dos leilões diários no mercado, segundo dados divulgados nesta quarta-feira.

O saldo positivo do fluxo cambial no mês é de 1,917 bilhão de dólares. Houve superávit de 400 milhões de dólares no segmento comercial e de 1,517 bilhão de dólares no operações financeiras.

O dólar mostrou bastante volatilidade na semana passada, oscilando entre 1,819 e 1,897 real. A moeda caiu nos dois primeiros dias do mês, em um ajuste após a forte valorização de janeiro, mas depois subiu com força por causa da reação global aos problemas fiscais da Grécia.

Nesta quarta-feira, o dólar se mantinha estável, a 1,846 real.

O BC também informou a compra de 54 milhões de dólares no mercado à vista em operações liquidadas neste mês até o dia 5. Em todo o mês de janeiro, foram adquiridos 1,709 bilhão de dólares, mais que o fluxo cambial do período, de 1,075 bilhão de dólares.

No ano, o país tem superávit de 2,991 bilhões de dólares. Desse montante, 1,763 bilhão de dólares foram comprados pelo BC e incorporados às reservas internacionais, que somavam 240,952 bilhões de dólares em 9 de fevereiro.

(Reportagem de Silvio Cascione)

Dólar tem leve alta com Fed e incerteza sobre Grécia

Por Silvio Cascione

SÃO PAULO (Reuters) - O dólar fechou em leve alta frente ao real nesta quarta-feira, depois de um dia de bastante incerteza no exterior a respeito da ajuda europeia à Grécia e da recepção desfavorável aos planos do Federal Reserve para o início da retirada do estímulo econômico nos Estados Unidos.

A moeda norte-americana subiu 0,22 por cento, a 1,850 real. No mês, o dólar ainda acumula baixa de 1,86 por cento.

O dia começou com o dólar emplacando a terceira queda consecutiva, como reflexo da expectativa internacional sobre uma possível ajuda europeia à Grécia. Naquele momento, o euro tinha leve alta, rondando o patamar de 1,38 dólar.

"Hoje foi a trajetória da moeda europeia que ditou o ritmo", disse Rodrigo Nassar, gerente da mesa financeira da corretora Hencorp Commcor.

Ministros de Finanças dos países da zona do euro se reuniram, e um plano deve ser apresentado na quinta-feira, de acordo com fontes ouvidas por publicações na França e na Bélgica. A Grécia tem preocupado os mercados desde o começo do ano por causa do enorme déficit que vinha desestabilizando o euro.

Ao longo do dia, porém, a moeda comum perdeu força com a falta de informações claras sobre o possível socorro à Grécia. Além disso, o anúncio de detalhes do plano do Fed para a retirada de estímulos econômicos favoreceu a alta do dólar em todo o mundo. Com isso, o euro caiu às mínimas do dia, ficando brevemente abaixo de 1,37 dólar.

Ante uma cesta com as principais moedas, o dólar subia 0,2 por cento no fim da tarde.

Nassar destacou, porém, que a intensidade dos movimentos foi menor que na véspera, dia também marcado pelo vaivém na Europa.

sábado, 6 de fevereiro de 2010

Nova nota do real custará R$ 94 mil a mais ao BC


Custo de produção da 2ª família de cédulas será 25% maior e sobe para R$ 429 mil ao anoAs novas cédulas do real custarão R$ 94 mil a mais ao Banco Central, ou seja, um aumento de 25% a 28% sobre o valor atual da produção.

Com isso, o custo do novo dinheiro sobe de R$ 336 mil para R$ 429 mil ao ano.

As informações foram divulgadas nesta quarta-feira (3) pelo BC durante a apresentação da segunda família do real.

O Banco afirma que o investimento será compensado pela redução dos prejuízos em falsificações, que totalizaram R$ 23 milhões no ano passado. Com 143 notas falsas para cada 1 milhão em circulação. Para a fabricação do novo dinheiro, o BC investiu ainda R$ 400 milhões na renovação do parque gráfica da Casa da Moeda.

Entre as principais mudanças das novas cédulas estão o tamanho e as cores. As novas notas são inspiradas no dólar americano e no euro e têm o objetivo de aumentar a segurança, segundo o ministro da Fazenda, Guido Mantega.

As principais mudanças nestas notas são à disposição dos animais – a garoupa e a onça pintada permanecem, só que agora estarão na posição horizontal - e a presença da efígie (escultura) da República no verso. As notas de R$ 50 e R$ 100 começam a circular em 2010. Já as cédulas de R$ 10 e R$ 20 devem entrar em circulação em 2011 e as de R$ 2 e R$ 5 serão somente em 2012.

As novas notas de real terão mais durabilidade devido ao processo de invernização. Em média, as cédulas do real duram em média três anos, sendo que as de valor mais baixo, como as de R$ 5 e R$ 10, um ano. Cerca de 70% das transações financeiras no país ainda são feitas em dinheiro vivo, segundo o BC. Metade dos brasileiros ainda recebe o salário em dinheiro vivo no país, segundo o BC.Banda holográfica

A banda holográfica, que é o adesivo de segurança da lateral do dinheiro, será estendida para as notas de R$ 50 e R$ 100 – atualmente ele é presente somente na nota de R$ 20.

O sistema será melhorado e todos os itens de segurança terão três níveis de identificação. O primeiro que estará disponível a olho nu, um segundo que pode ser identificado com lupa ou luz diferenciada, e um terceiro nível, que é o da perícia do Banco Central e da Casa da Moeda.

A marca d’água das notas também será melhorada, com o acréscimo de várias nuances de

quinta-feira, 4 de fevereiro de 2010

Bovespa fecha em baixa de 4,73%, a maior desde outubro

Mau humor contaminou mercados financeiros de todo o mundo.
Patamar de 63.934 pontos é o menor desde 4 de novembro de 2009.

A intensificação dos temores com a situação fiscal de países europeus contaminou os negócios nos mercados do mundo inteiro nesta quinta-feira (4), levando o principal índice da Bovespa ao pior dia desde 28 de outubro, quando o indicador perdeu 4,75%.

Pressionado pelas perdas de todas as ações que compõem a carteira, o Ibovespa perdeu 4,73%, para 63.934 pontos, menor nível de fechamento desde 4 de novembro de 2009. O giro financeiro da sessão foi de aproximadamente R$ 8 bilhões.

Depois da perda desta quinta-feira, o índice passou a acumular baixa de 2,24% na semana. No acumulado de 2010, as perdas do Ibovespa chegam a 6,79%.

Entre os ativos de maior peso do Ibovespa, Petrobras PN caiu 5,11%, a R$ 32,30; Vale PNA recuou 5,21%, a R$ 41,25; Itaú Unibanco PN perdeu 3,85%, para R$ 35,71; BM&FBovespa ON teve baixa 7,26%, a R$ 12,00; e Gerdau PN se desvalorizou 4,67%, a R$ 25,29.

EUA e Europa

A repentina escalada nos custos para proteção contra um default (calote) da dívida soberana de Portugal espalhou o medo de cortes no rating de vários países, após o governo local ter falhado em tentar aprovar um projeto para reduzir o déficit público.

O principal índice europeu de ações teve a maior queda diária em dez semanas, enquanto o euro tombava frente ao dólar. As commodities também tive. Os índices de Wall Street caíam mais de 2% no final da tarde, também refletindo a decepção com um aumento surpreendente nos pedidos de auxílio-desemprego nos Estados Unidos.

(Com informações da Reuters e do Valor OnLine)

segunda-feira, 11 de janeiro de 2010

Dólar fecha em leve alta, cotado a R$ 1,736


Moeda norte-americana subiu 0,34%.
Volume negociado na reta final dos negócios era de US$ 600 milhões.

O dólar se descolou do panorama externo e fechou em alta diante do real nesta segunda-feira (11), após uma sessão de volume atipicamente pequeno e marcada por ajustes técnicos.

A moeda norte-americana subiu 0,34%, para R$ 1,736.

De acordo com dados da câmara de compensação (clearing) da BM&FBovespa, o volume a cerca de meia hora do fim dos negócios era próximo a US$ 600 milhões. O dado exclui o leilão do Banco Central e algumas operações.

No exterior, enquanto o mercado de câmbio fechava no Brasil, o dólar tinha queda de 0,6% em relação a uma cesta com as principais moedas ainda em um reflexo do pessimismo com o mercado de trabalho norte-americano.

De acordo com Marcelo Oliveira, operador de câmbio da corretora BGC Liquidez, a virada do dólar no Brasil ocorreu após uma ligeira reação da moeda norte-americana no exterior, juntamente com a tentativa frustrada de se romper um suporte em torno de R$ 1,725 no mercado futuro.

Sem que o dólar encontrasse fôlego suficiente para aprofundar a queda, o mercado aproveitou o patamar relativamente baixo da taxa de câmbio para realizar ajustes, completaram outros profissionais de mercado.

"Havia player com posição vendida em dólar que aproveitou (a queda) e comprou um pouco, para ajustar e colocar no bolso", disse o operador de câmbio de uma corretora nacional, que preferiu não ser identificado.

A própria falta de liquidez foi atribuída à cotação relativamente baixa do dólar, a menor em quase uma semana.

De acordo com profissionais de mercado, a reação do governo desde o ano passado contra a valorização do real, com o tributo sobre o capital estrangeiro em ações e renda fixa e com a possibilidade de compra de dólares pelo Fundo Soberano, colocou um piso informal para o dólar a R$ 1,70.

"Você faria uma posição de venda a R$ 1,72, sabendo que ele não deve ir além de R$ 1,70?", exemplificou Oliveira.

Venezuela anuncia fundo de US$1 bi após desvalorização de moeda

CARACAS (Reuters) - O presidente da Venezuela, Hugo Chávez, anunciou neste domingo a criação de um fundo de 1 bilhão de dólares para promover a substituição de importações, após a desvalorização da moeda local bolívar, na tentativa de diversificar a economia do país atingido pela recessão.

Na sexta-feira, Chávez anunciou uma taxa de câmbio de 2,6 bolívares por dólar para bens prioritários como alimentos e medicamentos. Para o comércio e as indústrias automotiva e têxtil, a taxa será de 4,3 bolívares por dólar.

A taxa de câmbio única fixa até a sexta-feira passada foi de 2,15 bolívares por dólar.

(Reportagem de Patricia Rondón Espín e Franco Daniel)

sábado, 9 de janeiro de 2010

Economia aquecida deve liberar 'desejo represado' de consumo em 2010

Brasileiro deve renovar computador, celular e TV nos próximos meses.
Com mais crédito, consumidor adota 'estilo americano', diz especialista.

A expectativa de crescimento acima de 5% da economia em 2010 deve liberar o "desejo represado" dos consumidores brasileiros. Na lista de desejos do consumidor nacional estão a renovação de televisão, geladeira, telefone celular e do computador.

Segundo o Ibope, trocar a televisão está nos planos de 6,4% dos brasileiros para os próximos 12 meses. Isso quer dizer que mais de 6 domicílios de cada 100 que possuem televisão pretendem comprar um aparelho novo ao longo de 2010.

Nesta mesma comparação, diz o instituto, a taxa de renovação das geladeiras deve ficar em 5,7%, enquanto a dos telefones celulares e computadores devem marcar, respectivamente, 4,7% e 3,8%.

Com exceção do computador, presente em 48% das residências brasileiras, os demais produtos estão em praticamente todos os domicílios, segundo o Ibope: a presença das geladeiras é de 97%; a da televisão chega a 98%; e a do fogão marca 99%. A entidade diz que 74% dos brasileiros já têm telefone celular.

O especialista em finanças pessoais Conrado Navarro, responsável pela campanha de consumo consciente dos cartões de crédito Mastercard, diz que a nova classe média (ou classe C), que hoje já representa mais de 50% da população, ganhou acesso a uma nova gama de bens.

Em tempos de expansão econômica, Navarro explica que o raciocínio do consumidor é de que as coisas devem continuar como estão. Desta forma, vai às compras, pois calcula que terá como honrar as compras que já fez. O problema, diz ele, é se as coisas não acontecerem como o planejado.

Sem reservas

Segundo Conrado, o brasileiro é um bom pagador, mas não tem reservas que permitam que os compromissos sejam honrados em períodos temporários de desemprego ou caso surjam gastos imprevistos, como uma doença.

O especialista prevê que, como ocorreu em 2009, o consumo das famílias deve voltar a "turbinar" o crescimento do Produto Interno Bruto (PIB) neste ano. "O consumo é importante para a economia e deve ser estimulado, mas dentro da realidade das famílias."

Como o emprego deve se manter forte em 2010, o que deve garantir o fluxo de caixa para as famílias, a inadimplência tende a cair ao longo de 2010, de acordo com a empresa de monitoramento de crédito Serasa Experian.

"Neste ano, a inadimplência deve subir no início do ano, com as despesas com impostos [IPVA e IPTU] e escola [matrícula e material escolar], mas depois a expectativa é de queda", diz o assessor econômico da Serasa Experian Carlos Henrique de Almeida.

Os dados mostram que, em novembro de 2009, mês em que os brasileiros recebem a primeira parcela do 13º salário, a inadimplência teve queda de 1,8% em relação a outubro. "Como houve o crescimento do emprego com carteira assinada, esse fato colaborou para o pagamento de dívidas. [...] A tendência para 2010 é também de indicadores menores", explica a entidade.

Ferramentas de consumo

Entre "ferramentas" que ajudaram na expansão do consumo nos últimos anos, o cartão de crédito apresentou forte crescimento: segundo o Ibope, um levantamento feito entre 2004 e 2005 mostrava que 48% dos brasileiros tinham acesso ao produto; uma pesquisa mais recente, encerrada em 2009, mostra que o "dinheiro de plástico" já está presente em 57% das residências.

"O parcelamento no cartão de crédito tomou o lugar do cheque pré-datado", explica o economista da Serasa Experian.

Segundo a empresa, o cartão de crédito aumentou sua participação no endividamento das famílias. As dívidas com cartão de crédito e financeiras representavam 36% do total da inadimplência em novembro de 2009. No mesmo mês do ano anterior, a participação do meio de pagamento nas dívidas era de 33,5%.

Para o consultor Conrado Navarro, embora o consumo leve em conta fatores emocionais, as famílias precisam deixar o sentimento de lado e questionar se o desejo de consumo combina com o padrão de vida e de renda da família.

"O planejamento [de uma poupança] é para ser feito durante os tempos em que a economia vai bem e a pessoa está empregada", diz o especialista. Segundo ele, dar vazão ao "desejo represado" de consumo, transformando em necessidade imediata a compra de uma televisão mais moderna, por exemplo, pode abrir a porta para o endividamento.

Além da economia

Além da questão do envidividamento, o consumo exagerado pode trazer impactos sociais e ambientais, de acordo com Hélio Mattar, presidente do Instituto Akatu pelo Consumo Consciente.

Com base em pesquisas feitas pelo instituto, ele diz que o brasileiro tende a consumir mais – e com menos critério – em 2010, por causa do aquecimento da economia. Ele diz que a "demanda reprimida" por certos produtos e a mudança de tecnologia em outros, como a televisão, devem estimular as compras.

Com a introdução das TVs LCD e LED, muita gente pensa em trocar os aparelhos de casa. Segundo Mattar, boa parte desses produtos deve virar lixo. "O brasileiro está mais próximo da sociedade americana de consumo do que da europeia. Uma das características do consumo consciente é comprar um bom aparelho, de maior vida útil. É o descartável versus durável", explica.

Entretanto, nem toda a tecnologia é maléfica, de acordo com o presidente do Instituto Akatu. "Vale sempre trocar o tangível pelo intangível. Substituir o CD pelo 'download' de música e o livro pelo Kindle é uma atitude consciente. Você produz menos material físico, causa menos descarte e evita muito custo e emissões com o transporte deste material físico", ressalta.

terça-feira, 5 de janeiro de 2010

Ibovespa retoma 70 mil pontos pela 1a vez desde junho/2008

Por Paula Laier

SÃO PAULO (Reuters) - O principal índice do mercado acionário brasileiro superou os 70 mil pontos nesta segunda-feira, pela primeira vez desde o início de junho de 2008, acompanhando a alta das bolsas de valores internacionais.

Os ganhos aconteceram em meio a um otimismo renovado sobre a retomada global, após dados sobre atividade manufatureira nos Estados Unidos, China e Europa.

A fraqueza do dólar também abriu espaço para a procura por commodities, com o petróleo sendo impulsionado ainda por tensões geopolíticas, o que reforçou o viés ascendente nos negócios.

O Ibovespa fechou em alta de 2,12 por cento, aos 70.045 pontos. O índice não superava a marca de 70 mil pontos desde o início de junho de 2008.

O volume financeiro da sessão somou 5,25 bilhões de reais.

"O dia começou animado pelos indicadores de China e Europa, mas o volume bem baixo tira um pouco do brilho", disse o estrategista de renda variável de uma importante corretora em São Paulo, que preferiu não ser identificado.

Pesquisas referentes a dezembro mostraram que a atividade fabril da zona do euro cresceu no maior ritmo em 21 meses e que o setor manufatureiro chinês expandiu-se para o maior patamar desde abril de 2004.

No início da tarde, foi divulgado que o setor manufatureiro norte-americano cresceu pelo quinto mês consecutivo em dezembro, com o índice que mede essa atividade atingindo 55,9, o maior nível desde abril de 2006.

O estrategista ponderou, contudo, que há dúvidas sobre o atual patamar em que se encontra o Ibovespa.

"O mercado começa a ficar mais apertado. Se não começarmos a ver revisão de expectativa de lucro das empresas para cima, o mercado pode começar a ficar meio caro. Vamos ter que escolher muito bem os ativos e setores este ano", argumentou.

Em relatório, a equipe do BTG Pactual citou justamente a expectativa de revisões para cima nas estimativas de analistas para os ganhos das empresas como uma das justificativas para sua visão de que as ações brasileiras sustentarão os ganhos.

Já a consultoria Lopes Filho avaliou que o comportamento gráfico do Ibovespa (dolarizado) induz à expectativa de que uma preparação de baixa está em desenvolvimento, mas ponderou que até o rompimento de pontos gráficos não há justificativa para vendas em posições mais longas.

"Existe a possibilidade de que (essa preparação) seja desfeita através de novas e seguidas altas", avaliaram os analistas da consultoria em relatório.

DÓLAR E GEOPOLÍTICA IMPULSIONAM COMMODITIES

O avanço generalizado das commodities deu suporte às bolsas externas e também ao mercado local, uma vez que boa parte do Ibovespa reflete o movimento de ações de empresas ligadas a matérias-primas.

O petróleo destacou-se com alta de 2,7 por cento e acima de 81 dólares o barril, após a Rússia decidir suspender o fornecimento de petróleo às refinarias de Belarus, por fracasso na negociação sobre o preço, segundo operadores. O fornecimento foi retomado.

Petrobras terminou com alta de 1,72 por cento, a 37,32 reais. Vale subiu ainda mais, 3,13 por cento, a 43,52 reais.

As blue chips dividiram o ranking de maiores participações nos ganhos do índice com Itaú Unibanco, que avançou 4,21 por cento, a 40,12 reais.

Notícias na imprensa internacional no fim de semana informavam que a instituição estaria considerando comprar participação em bancos britânicos. Ainda na noite de domingo, o Itaú Unibanco negou as informações.

Nesta segunda-feira passou a vigorar a nova carteira teórica do Ibovespa, quem tem como novidades os papéis de LLX Logística, MRV, OGX Petróleo e PDG Realty.

Entre as estreias, destaque para a queda de 5,48 por cento da PDG, a 16,40 reais, após anúncio de que fará uma oferta pública secundária de ações estimada em 1,94 bilhão de reais.

Nestlé compra divisão de pizza congelada da Kraft por US$3,7 bi

ZURIQUE, 5 de janeiro (Reuters) - O maior grupo alimentício do mundo, a Nestlé, está comprando o negócio norte-americano de pizzas congeladas da Kraft Foods por 3,7 bilhões de dólares e rejeitou fazer uma oferta pela Cadbury, anunciou a empresa nesta terça-feira.

A Nestlé, que esta semana vendeu sua participação de 52 por cento no grupo oftalmológico Alcon para a Novartis, por 28,1 bilhões de dólares, divulgou que os Estados Unidos são o maior mercado mundial de pizza com vendas de aproximadamente 37 bilhões de dólares.

Em um comunicado separado, a Nestlé também descartou fazer qualquer oferta formal pela britânica Cadbury.

O negócio de pizza da Kraft inclui marcas como a DiGiorno, Tombstone, California Pizza Kitchen, Jack's e Delissio. A Nestlé disse que as sinergias estão estimadas em 7 por cento das vendas e serão totalmente realizadas em cinco anos.