Por Matt Spetalnick
CHARLOTTE, Estados Unidos (Reuters) - O presidente norte-americano, Barack Obama, saudou os números sobre o emprego nesta sexta-feira como uma evidência de que a economia está mudando para melhor, mas ele disse que ainda levará tempo para se atingir a geração de empregos sustentável de que o país precisa.
Procurando manter o ritmo depois de os parlamentares terem aprovado sua histórica reforma no sistema de saúde, Obama mudou o foco para combater o alto desemprego, um problema que ameaça prejudicar as perspectivas do Partido Democrata nas eleições parlamentares de novembro.
Obama falou após um relatório do governo ter mostrado que a economia dos EUA criou 162 empregos em março, o sinal mais forte até agora de que a recuperação econômica está em terreno mais sólido.
"Hoje é um dia encorajador. Nós aprendemos que a economia realmente produziu um número substancial de empregos ao invés de perder um número substancial de empregos. Nós estamos começando a virar a esquina", disse Obama a trabalhadores em uma fábrica de componentes de bateria na Carolina do Norte, um estado disputado onde ele venceu nas eleições presidenciais de 2008.
Apesar de receber o relatório desta sexta-feira como "a melhor notícia sobre o mercado de trabalho em mais de dois anos", ele alertou que há mais a ser feito para incentivar a criação de empregos, sua prioridade doméstica.
"Não é rápido e não é fácil", disse ele. "É importante enfatizar que, apesar de nós termos percorrido um longo caminho, nós ainda temos um longo caminho pela frente."
O mercado de trabalho atrasou a recuperação da economia norte-americana na pior recessão desde os anos 1930, criando um desafio político para Obama. No mês passado, a taxa de desemprego continuou em 9,7 por cento.
Mas Obama disse: "O pior da tempestade terminou e há dias mais claros pela frente."
Ele também usou sua visita à Carolina do Norte para promover a reforma do sistema de saúde, tendo em mente as pesquisas mostrando que muitos norte-americanos estão céticos sobre o extenso plano, aprovado apesar da forte oposição republicana.
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