Pages

quinta-feira, 11 de março de 2010

Mexicano Carlos Slim passa Bill Gates e é o mais rico do mundo, diz 'Forbes'


Empresário tem fortuna de US$ 53,5 bilhões, estima revista.
Brasileiro Eike Batista aparece em 8º na lista, com US$ 27 bilhões

O bilionário mexicano Carlos Slim Helú ultrapassou os norte-americanos Bill Gates, fundador da Microsoft, e Warren Buffet, megainvestidor e fundador da Berkshire Hathaway, e se tornou o homem mais rico do mundo em 2010, segundo ranking da revista "Forbes".

A fortuna de Slim é estimada em US$ 53,5 bilhões, um aumento de US$ 18,5 bilhões em relação ao ano passado e à frente dos US$ 53 bilhões de Gates e dos US$ 47 bilhões de Buffett.

Brasileiros

O brasileiro com a maior fortuna a aparecer na lista é Eike Batista, em oitavo lugar, com US$ 27 bilhões. Segundo a "Forbes", ele foi o integrante da lista que mais aumentou sua fortuna entre 2009 e 2010: o crescimento foi de US$ 19,5 bilhões. No ano passado, a posição de Batista na lista era 61º, com US$ 7,5 bilhões.

Eike Batista é dono do grupo EBX, que inclui as empresas MMX, de mineração; LLX, de logística; MPX, de energia; OGX, de petróleo; e OSX, de estaleiros. Com exceção da EBX e da OSX, as demais empresas têm capital aberto e ações negociadas na Bolsa de Valores de São Paulo (Bovespa).

Outros brasileiros na lista dos 100 mais ricos do mundo são Jorge Paulo Lemann, um dos controladores da InBev, com US$ 11,5 bilhões, na 48ª posição; e Joseph Safra, do Banco Safra, com US$ 10 bilhões, na 64ª posição.

Dez mais

O quarto mais rico do mundo é o indiano Mukesh Ambani, que vale US$ 29 bilhões, seguido pelo também indiano Lakshmi Mittal, com US$ 28,7 bilhões. Ambani controla a Reliance Industries, empresa com maior valor de mercado da Índia, enquanto Mittal preside a ArcelorMittal, a maior siderúrgica do mundo.

Completam os dez mais ricos do mundo o norte-americano Larry Ellison, da empresa de tecnologia Oracle, na 6ª posição, com US$ 28 bilhões; o francês Bernard Arnault, do conglomerado de luxo LVMH, com US$ 27,5 bilhões, na 7ª posição; o espanhol Amancio Ortega, do setor de varejo, com US$ 25 bilhões e na 9ª posição; e Karl Albrecht, alemão do setor de supermercados, com US$ 23,5 bilhões, na 10ª posição.

Bilionários

O número de bilionários no mundo subiu de 793 no ano passado para 1.011, segundo a Forbes, número ainda abaixo dos 1.125 contabilizados em 2008.

"Atualmente, os bilionários do mundo têm em média US$ 3,5 bilhões", informou a Forbes, o que representa um aumento de US$ 500 milhões em relação a 2009.

O ranking da Forbes inclui 97 pessoas que entraram na lista de bilionários pela primeira vez, incluindo 62 da Ásia, região que teve forte recuperação das bolsas de valores e muitas ofertas de ações no ano passado.

A China, com 64 bilionários, apareceu pela primeira vez depois dos EUA, com 403 bilionários, na lista. A Rússia está em terceiro, com 62 bilionários, muitos deles retornando ao ranking após terem saído no último ano devido à queda nos preços das commodities.

terça-feira, 9 de março de 2010

Dólar cai com melhora externa e segue abaixo de R$1,80

Por Silvio Cascione

SÃO PAULO (Reuters) - A maior disposição dos estrangeiros em investir em ativos de risco manteve o dólar abaixo de 1,80 real nesta terça-feira, após a moeda norte-americana superar brevemente esse patamar pela primeira vez desde o início do mês.

O dólar caiu 0,39 por cento, a 1,781 real. Durante a manhã, quando o mercado internacional hesitava em apontar uma tendência mais firme, a cotação chegou 1,801 real.

À tarde, porém, o clima ficou mais favorável a investimentos de risco em todo o mundo, especialmente ações. Os principais índices acionários em Nova York subiam e o Ibovespa chegou a superar 70 mil pontos --máxima desde 19 de janeiro.

Operadores de câmbio de duas corretoras comentaram que, na segunda metade da sessão, houve um aumento pontual no ingresso de recursos no país.

O volume de negócios foi mais intenso que nos últimos dias, superando 3,4 bilhões de dólares segundo dados parciais da clearing (câmara de compensação) da BM&FBovespa.

Para Moacir Marcos Jr., operador de câmbio da corretora Finabank, a queda do dólar aos níveis de 1,78 real o coloca em um suporte que, se rompido em breve, pode levar a taxa rapidamente para perto de 1,76 real.

Se for considerado que o comportamento do real depende dos mercados internacionais, ainda há bastante incerteza sobre os rumos no curto prazo.

Analistas do JPMorgan, por exemplo, preveem que o ciclo de alta do dólar dos dois primeiros meses do ano está perto do fim. "Os principais riscos sistêmicos (Grécia, desaceleração norte-americana) estão perdendo força, e o posicionamento do mercado agora está defensivo demais diante do ambiente macroeconômico", escreveram.

Por outro lado, economistas do banco suíço UBS veem o dólar caminhando na direção oposta nos próximos três meses, com o risco de o euro cair a cerca de 1,30 dólar em meio à série de notícias negativas sobre a dívida de países europeus.

No mercado futuro, os estrangeiros refizeram parte de suas posições compradas na moeda norte-americana. Entre sexta e segunda-feira, essas posições subiram de 271 milhões para 1,282 bilhão de dólares nos mercados de dólar futuro e cupom cambial, de acordo com dados da BM&FBovespa.