Pages

sexta-feira, 19 de fevereiro de 2010

Lula diz que vai usar Telebrás na banda larga e ações disparam

SÃO PAULO (Reuters) - O presidente Luiz Inácio Lula da Silva afirmou nesta sexta-feira que o governo vai recuperar a Telebrás.

Questionado por jornalistas sobre a expressiva valorização das ações da Telebrás na bolsa nos últimos anos, Lula disse que "as ações de todas as empresas cresceram" durante seu governo.

"Que ela (Telebrás) vai crescer, vai, porque nós vamos recuperar a Telebrás. Nós vamos utilizar ela para fazer banda larga neste país", disse o presidente em visita a Três Lagoas (MS), sem dar mais detalhes.

O governo está trabalhando num Plano Nacional de Banda Larga, com objetivo de universalizar o acesso rápido à Internet no país.

As ações da Telebrás têm exibido forte valorização na Bovespa diante da expectativa de que a empresa será o braço do governo na iniciativa.

Às 17h20, as ações preferenciais da Telebrás subiam 18,06 por cento, para 2,55 reais. Os papéis da empresa subiam ao redor de 3 por cento antes das declarações de Lula, e aceleraram a alta após os comentários do presidente da República.

Os papéis da Telebrás respondiam pelo quarto maior giro financeiro da bolsa paulista, com mais de 160 milhões de reais, atrás apenas das preferenciais de Vale e Petrobras e das ordinárias da BM&FBovespa.

No início de fevereiro, o secretário de Logística e Tecnologia da Informação do Ministério do Planejamento, Rogério Santanna, sinalizou, após reunião com Lula e representantes do setor de telecomunicações, que a Telebrás tinha "grandes chances" de ser a empresa pública no Plano Nacional de Banda Larga.

Nenhuma decisão foi tomada até o momento e a expectativa é de que isso aconteça em março.

Em documento encaminhado à Comissão de Valores Mobiliários (CVM) no último dia 11, o ministro das Comunicações, Hélio Costa, afirmou que a inclusão da Telebrás no plano de banda larga "continua sendo objeto de estudos".

Executivos do setor de telefonia têm se posicionado contra a reativação da Telebrás, afirmando que as empresas privadas têm condições de liderar o Plano Nacional de Banda Larga e que a competição em bases desiguais de uma estatal poderia desestimular investimentos pela indústria.

A privatização do Sistema Telebrás ocorreu em 1998, mas a holding não operacional continuou a existir.

Atualmente, a Telebrás mantém em seu quadro funcional empregados cedidos à Agência Nacional de Telecomunicações (Anatel), Presidência da República e alguns ministérios.

(Por Cesar Bianconi)

quarta-feira, 10 de fevereiro de 2010

País vê entrada de quase US$2 bi, mas BC reduz compras

SÃO PAULO (Reuters) - A entrada líquida de dólares no país alcançou quase 2 bilhões de dólares na primeira semana de fevereiro, mas o Banco Central diminuiu a intensidade das compras por meio dos leilões diários no mercado, segundo dados divulgados nesta quarta-feira.

O saldo positivo do fluxo cambial no mês é de 1,917 bilhão de dólares. Houve superávit de 400 milhões de dólares no segmento comercial e de 1,517 bilhão de dólares no operações financeiras.

O dólar mostrou bastante volatilidade na semana passada, oscilando entre 1,819 e 1,897 real. A moeda caiu nos dois primeiros dias do mês, em um ajuste após a forte valorização de janeiro, mas depois subiu com força por causa da reação global aos problemas fiscais da Grécia.

Nesta quarta-feira, o dólar se mantinha estável, a 1,846 real.

O BC também informou a compra de 54 milhões de dólares no mercado à vista em operações liquidadas neste mês até o dia 5. Em todo o mês de janeiro, foram adquiridos 1,709 bilhão de dólares, mais que o fluxo cambial do período, de 1,075 bilhão de dólares.

No ano, o país tem superávit de 2,991 bilhões de dólares. Desse montante, 1,763 bilhão de dólares foram comprados pelo BC e incorporados às reservas internacionais, que somavam 240,952 bilhões de dólares em 9 de fevereiro.

(Reportagem de Silvio Cascione)

Dólar tem leve alta com Fed e incerteza sobre Grécia

Por Silvio Cascione

SÃO PAULO (Reuters) - O dólar fechou em leve alta frente ao real nesta quarta-feira, depois de um dia de bastante incerteza no exterior a respeito da ajuda europeia à Grécia e da recepção desfavorável aos planos do Federal Reserve para o início da retirada do estímulo econômico nos Estados Unidos.

A moeda norte-americana subiu 0,22 por cento, a 1,850 real. No mês, o dólar ainda acumula baixa de 1,86 por cento.

O dia começou com o dólar emplacando a terceira queda consecutiva, como reflexo da expectativa internacional sobre uma possível ajuda europeia à Grécia. Naquele momento, o euro tinha leve alta, rondando o patamar de 1,38 dólar.

"Hoje foi a trajetória da moeda europeia que ditou o ritmo", disse Rodrigo Nassar, gerente da mesa financeira da corretora Hencorp Commcor.

Ministros de Finanças dos países da zona do euro se reuniram, e um plano deve ser apresentado na quinta-feira, de acordo com fontes ouvidas por publicações na França e na Bélgica. A Grécia tem preocupado os mercados desde o começo do ano por causa do enorme déficit que vinha desestabilizando o euro.

Ao longo do dia, porém, a moeda comum perdeu força com a falta de informações claras sobre o possível socorro à Grécia. Além disso, o anúncio de detalhes do plano do Fed para a retirada de estímulos econômicos favoreceu a alta do dólar em todo o mundo. Com isso, o euro caiu às mínimas do dia, ficando brevemente abaixo de 1,37 dólar.

Ante uma cesta com as principais moedas, o dólar subia 0,2 por cento no fim da tarde.

Nassar destacou, porém, que a intensidade dos movimentos foi menor que na véspera, dia também marcado pelo vaivém na Europa.

sábado, 6 de fevereiro de 2010

Nova nota do real custará R$ 94 mil a mais ao BC


Custo de produção da 2ª família de cédulas será 25% maior e sobe para R$ 429 mil ao anoAs novas cédulas do real custarão R$ 94 mil a mais ao Banco Central, ou seja, um aumento de 25% a 28% sobre o valor atual da produção.

Com isso, o custo do novo dinheiro sobe de R$ 336 mil para R$ 429 mil ao ano.

As informações foram divulgadas nesta quarta-feira (3) pelo BC durante a apresentação da segunda família do real.

O Banco afirma que o investimento será compensado pela redução dos prejuízos em falsificações, que totalizaram R$ 23 milhões no ano passado. Com 143 notas falsas para cada 1 milhão em circulação. Para a fabricação do novo dinheiro, o BC investiu ainda R$ 400 milhões na renovação do parque gráfica da Casa da Moeda.

Entre as principais mudanças das novas cédulas estão o tamanho e as cores. As novas notas são inspiradas no dólar americano e no euro e têm o objetivo de aumentar a segurança, segundo o ministro da Fazenda, Guido Mantega.

As principais mudanças nestas notas são à disposição dos animais – a garoupa e a onça pintada permanecem, só que agora estarão na posição horizontal - e a presença da efígie (escultura) da República no verso. As notas de R$ 50 e R$ 100 começam a circular em 2010. Já as cédulas de R$ 10 e R$ 20 devem entrar em circulação em 2011 e as de R$ 2 e R$ 5 serão somente em 2012.

As novas notas de real terão mais durabilidade devido ao processo de invernização. Em média, as cédulas do real duram em média três anos, sendo que as de valor mais baixo, como as de R$ 5 e R$ 10, um ano. Cerca de 70% das transações financeiras no país ainda são feitas em dinheiro vivo, segundo o BC. Metade dos brasileiros ainda recebe o salário em dinheiro vivo no país, segundo o BC.Banda holográfica

A banda holográfica, que é o adesivo de segurança da lateral do dinheiro, será estendida para as notas de R$ 50 e R$ 100 – atualmente ele é presente somente na nota de R$ 20.

O sistema será melhorado e todos os itens de segurança terão três níveis de identificação. O primeiro que estará disponível a olho nu, um segundo que pode ser identificado com lupa ou luz diferenciada, e um terceiro nível, que é o da perícia do Banco Central e da Casa da Moeda.

A marca d’água das notas também será melhorada, com o acréscimo de várias nuances de

quinta-feira, 4 de fevereiro de 2010

Bovespa fecha em baixa de 4,73%, a maior desde outubro

Mau humor contaminou mercados financeiros de todo o mundo.
Patamar de 63.934 pontos é o menor desde 4 de novembro de 2009.

A intensificação dos temores com a situação fiscal de países europeus contaminou os negócios nos mercados do mundo inteiro nesta quinta-feira (4), levando o principal índice da Bovespa ao pior dia desde 28 de outubro, quando o indicador perdeu 4,75%.

Pressionado pelas perdas de todas as ações que compõem a carteira, o Ibovespa perdeu 4,73%, para 63.934 pontos, menor nível de fechamento desde 4 de novembro de 2009. O giro financeiro da sessão foi de aproximadamente R$ 8 bilhões.

Depois da perda desta quinta-feira, o índice passou a acumular baixa de 2,24% na semana. No acumulado de 2010, as perdas do Ibovespa chegam a 6,79%.

Entre os ativos de maior peso do Ibovespa, Petrobras PN caiu 5,11%, a R$ 32,30; Vale PNA recuou 5,21%, a R$ 41,25; Itaú Unibanco PN perdeu 3,85%, para R$ 35,71; BM&FBovespa ON teve baixa 7,26%, a R$ 12,00; e Gerdau PN se desvalorizou 4,67%, a R$ 25,29.

EUA e Europa

A repentina escalada nos custos para proteção contra um default (calote) da dívida soberana de Portugal espalhou o medo de cortes no rating de vários países, após o governo local ter falhado em tentar aprovar um projeto para reduzir o déficit público.

O principal índice europeu de ações teve a maior queda diária em dez semanas, enquanto o euro tombava frente ao dólar. As commodities também tive. Os índices de Wall Street caíam mais de 2% no final da tarde, também refletindo a decepção com um aumento surpreendente nos pedidos de auxílio-desemprego nos Estados Unidos.

(Com informações da Reuters e do Valor OnLine)